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Dica
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tecnológicas
potencialidades
conhece as
inteligente
Gestor
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Artigo
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Revista

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Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista


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Tutorial
brasileiros
nos municípios
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Local
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Giro pelo Brasil

Como nós ...


mostra realidade
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Novembro 2009
Diagramado no BrOffice.org Draw
Ano 2 | N° 9 | novembro 2009

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BrOffice.org

Carta do Leitor
Dê o seu recado 5
Índice

Como nós...
Fazemos o corretor CoGroo 6

Artigo
O Software Livre e a Inteligência 8
do Gestor Público

Reportagem
BrOffice.org sai na frente no 11
processo de inclusão digital

BrOffice.org se prepara para o IV EnBro 23

Entrevista
BrOffice.org e o planejamento 21

Dica
Auto preenchimento de dados no Calc 26

Barra de ferramentas para Broo 30

Tutorial
Criando extensões basic 38

Resumo do mês
Resumo 43
EDITORIAL
Colaboradores desta edição
Redação:
Fernando H. Leme
Nova fase da Revista BrOffice.org Luiz Oliveira
marcada pela mobilização de toda a Rochele Prass
William Colen
comunidade.
Dicas e tutorial:
Herbert de Carvalho
Desafio é a palavra que marcou o início da edição nº 9 da Noelson A. Duarte
Rubens Queiroz
Revista BrOffice.org há apenas três semanas. Um tema
Diagramação:
instigante, o BrOffice.org nos municípios, precisava mais Eliane Domingos
do que o ideal de fazer. Precisava de pessoas que Vera Cavalcante
quisessem encarar o desafio e colocar a “Revista na rua”, Revisão:
com uma edição que não poderia ser simplesmente para Carlos Antonio da Silva
Eduardo Mundim
constar. Queríamos uma edição marcada pela Fatima Conti
excelência, que agregasse discussões pertinentes sobre Francival Lima
o tema a que se propõe e conteúdo verdadeiramente útil. Jerusa Manfredini Netto Mazuco
Luiz Fernando Carvalho
Além, é claro, de mostrar aos leitores como o Paulo de Souza Lima
BrOffice.org se estrutura para disponibilizar aos seus Pedro Ciríaco
usuários um software de qualidade. Regina Souza Moraes
Vera Cavalcante
Nas páginas que seguem, além das dicas e tutorial, o Zamil Cavalcanti
leitor poderá experimentar um momento de reflexão com Edição:
o excelente artigo de Fernando H. Leme mostrando as Luiz Oliveira
Rochele Prass
vantagens da migração para software livre e BrOffice.org comunicacao@broffice.org
em órgãos públicos. Na reportagem principal, Rochele Jornalista responsável:
Prass nos traz informações precisas e atuais dos Luiz Oliveira – Mtb.31064
municípios brasileiros que passaram por migração luizheli@openoffice.org
recente para software livre e BrOffice.org, além de Coordenador Geral BrOffice.org:
análises, gráficos e entrevista que não deixam dúvidas Claudio Ferreira Filho
filhocf@openoffice.org
sobre a importância e aceitação da suite BrOffice.org nas
Agradecimentos especiais:
instituições brasileiras que em muitos casos passam 4CMBR
primeiro pelo BrOffice.org antes de fazer uma migração Ministério do Planejamento
total. Gnutech
Gustavo Luiz Morais
Estamos entregando uma nova revista. O leitor vai notar Escreva para a Revista BrOffice.org:
as mudanças no visual, no nome, no cuidado pela revista@broffice.org
excelência, mas uma coisa não mudou: para que essa Edições anteriores:
revista fosse possível, várias pessoas da comunidade se www.broffice.org/revista
mobilizaram; uniram-se para assumir o compromisso de O conteúdo assinado e as imagens que o integram
são de inteira responsabilidade de seus respectivos
fazer uma revista a altura da instituição BrOffice.org. A autores, não representando necessariamente a
essas pessoas um agradecimento especial. opinião da revista BrOffice.org e de seus
responsáveis. Todos os direitos sobre as imagens são
reservados a seus respectivos proprietários.
Boa leitura e não se esqueça de nos enviar comentários
O que é o BrOffice.org
e sugestões: revista@broffice.org. É o produto, ferramenta de escritório multiplataforma,
livre, em bom português, desenvolvido sob os termos
Luiz Oliveira da licença LGPL, composto por editor de texto, plani-
luizheli@openoffice.org lha de cálculo, apresentação, matemático e banco de
dados, mantido pela comunidade e ONG, que trabalha
para a difusão do SL/CA no País.
Desenvolvimento
Esta revista foi elaborada no BrOffice.org, editor de
texto, planilha eletrônica, apresentação e, agora, dia-
gramação.
CARTA DO LEITOR

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Esta é a sua seção! Na “Carta do Leitor”, você pode tirar dúvidas
sobre o BrOffice.org, seja produto, comunidade ou
desenvolvimento, enviar críticas ou sugestões que possam
enriquecer ainda mais a nossa revista. Envie um email para
revista@broffice.org participe.

Olá,
Sou jornalista e responsável pela revista COM- A todos da equipe, parabéns!
MAND.COM, uma publicação lançada bimestral- É a primeira vez que leio a revista e adorei a edi-
mente em bancas de jornais e livrarias há mais de ção 08, mais especificamente o artigo sobre o
4 anos pela editora Escala. Tive o prazer de co- formato ODF. A carta de Ana Paula Vasconcelos,
nhecer o trabalho que vocês fazem com a revista que cita a dificuldade na migração para o BrOO na
digital BrOffice.org. Há dois anos, aproximada- empresa, me chamou atenção porque também
mente, venho fechando parcerias com profissio- lido com problema semelhante.
nais que realizam projetos similares, a fim de dis-
Creio que esses processos de migração devem
tribuir GRATUITAMENTE, suas revistas digitais
ser apoiados com informativos bem objetivos so-
através do CD-ROM brinde da minha publicação.
bre Software Livre e o formato ODF, enfocando
Acredito que este tipo de parceria fornece mais
sua utilidade e não o custo.
conteúdo para os meus leitores e, por outro lado,
amplia a audiência dos leitores de sua publicação Denis Dobbin
online. Gostaria de saber se posso incluir as duas
edições de sua revista digital na próxima COM-
Estou muito grato pela revista Broffice.org. É mui-
MAND.COM.
to instrutiva e valoriza o Broffice.org. Estou a es-
Alessandro Treguer pera de novas edições.
Luciano Souza
Olá Alessandro,
A equipe BrOffice.org entrará em contato com Luciano,
você para saber mais sobre esta parceria e
Muitos colaboradores estão se envolvendo
desde já agradecemos o interesse.
para que tenhamos uma produção constante
da nossa revista. Esperamos continuar ofere-
cendo o melhor que a comunidade BrOffi-
ce.org tem a oferecer a todos, além do nosso
produto, a suíte para escritórios livre mais
usada do mundo. Lembrando que a comunida-
de tem vários projetos que podem receber con-
tribuições variadas. Visite o nosso portal e
saiba muito mais sobre os projetos da comu-
nidade: http://www.broffice.org

5 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


COMO NÓS... Por William Colen

O Corretor Gramatical CoGrOO


é composto de centenas de re-
gras de erros, possui um dicio-
nário com centenas de milha-
res de palavras e é capaz de
classificar o texto morfossintati-
camente. Como foi a criação

...fazemos o
dessa poderosa extensão do
BrOffice.org?
Tudo começa com uma neces-
sidade. Em 2003, o idealizador

corretor do CoGrOO, Carlos Menezes,


já notava que diversas institui-
ções públicas migravam para a
suíte de escritórios BrOffi-

gramatical ce.org. No entanto, profissio-


nais da área já enumeravam
algumas funcionalidades que o
BrOffice.org não tinha, e uma

CoGrOO bastante importante era a au-


sência de um corretor gramati-
cal.
Foi então que Carlos Menezes,
pesquisador de linguística
computacional, se uniu a ou-
tros pesquisadores e inscreve-
ram a ideia do CoGrOO no Edi-
tal de Software Livre promovido
pela FINEP, fundação federal
que apoia projetos estratégicos
este foi um dos quase 50 proje-
tos aprovados que recebeu re-
cursos financeiros por um ano.

6 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


COMO NÓS...
Um laboratório da Escola Poli- mais limpa, inclusive com direi- Centro de Competência em
técnica da USP foi equipado to ao sublinhado ondulado azul Software Livre do IME/USP.
para sediar o projeto. Colabora- quando um erro fosse detecta- Dentre as atividades em anda-
ram com o trabalho quase 20 do. Em 2007, a segunda gran- mento, estão a conversão do
profissionais e alunos de inicia- de versão do corretor gramati- modelo de desenvolvimento do
ção científica. cal foi lançada, desta vez, pro- CoGrOO para que efetivamen-
Apesar do financiamento ter gramada em Java. Agora ele te siga a definição de Bazar
durado apenas um ano, foi o era um pouco mais facilmente segundo Eric Raymond, em
suficiente para o lançamento instalado, já que não dependia que todos pudessem colaborar
do CoGrOO 1.0 em maio de mais do ambiente Perl, e ainda com o projeto.
2006. o instalador foi reduzido de O CoGrOO ainda está sendo
aproximadamente 25 MB para revisado para a novo acordo
Os maiores desafios dessa apenas 5 MB.
fase foram: o desenvolvimento ortográfico e sofrendo uma
da tecnologia de análise de tex- Infelizmente, em meados 2007 nova revisão de arquitetura, de
to; a criação das regras de er- o projeto ficou perigosamente forma que seus módulos sejam
ros, concebidas pela professo- sem colaboradores. Apenas bem delimitados, permitindo
ra Sueli Uliano; e a primeira Carlos Menezes e William Co- sua portabilidade, e ainda su-
versão da integração do corre- len ainda ajudavam usuários porte a outros idiomas.
tor gramatical com o BrOffice do projeto no fórum, e investi- O que esperar do futuro do pro-
.org, que foi a primeira com o gavam e corrigiam problemas. jeto? Isto vai depender da co-
código aberto do mundo. munidade. Entre as possibili-
Em agosto de 2008, com a no- dades, estão análise semântica
Com o financiamento chegan- tícia do próximo lançamento do
do ao fim, o projeto corria o ris- para detecção de erros do tipo:
BrOffice.org 3.0 com a API para “Joana chegou. Sairei com ele”.
co de ser abandonado. No en- corretores gramaticais, o de-
tanto, alguns dos colaborado- Nesse caso, O CoGrOO indica
senvolvedor William Colen ini- o erro de concordância nomi-
res continuaram trabalhando ciou uma corrida para reorgani-
voluntariamente. nal. Outras possibilidades seri-
zar o código para o lançamento am permitir personalizações
Ainda em 2006, Bruno Sant'a- em novembro. Foi um grande das regras e dos dicionários
nna conseguiu apoio do Google sucesso, já que pela primeira mais facilmente, e ainda a cria-
Summer of Code para, numa par- vez a instalação era bastante ção de um eficiente sistema de
ceria entre o CoGrOO e o pro- simples, e a usabilidade muito relatórios de erros.
jeto internacional OpenOffi- melhorada com a nova API.
ce.org, desenvolver um protóti-
po da API para verificação Finalmente em 2009 o projeto
gramatical dentro do próprio já fazia bastante sucesso, man-
núcleo OpenOffice.org. O proje- tendo em média quatro mil
to foi bem sucedido, e graças a downloads por mês. No entan-
ele, a partir do BrOffice.org 3.0, to, o projeto continuava carente
a integração entre o CoGrOO e de colaboradores. Foi então
o BrOffice.org passou a ser que o trabalho foi adotado pelo

7 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


ARTIGO Por Fernando H. Leme

Há poucos anos, essa conver-


sa faria pouco sentido. Num
mundo plenamente físico, de
papéis datilografados e pro-
cessos acumulados em arqui-
vos reais e empoeirados não
há discussão sobre a natureza
da gestão da informação. Este
mundo, em vias de extinção,

O Software Livre e abriu caminho a outro em que


há arquivos digitais lá e cá, em
que os tribunais se encarregam

a Inteligência do de disponibilizar seu material


pela internet e em que os me-
canismos de gestão ou simples

Gestor Público administração cotidiana produ-


zem-se e encontram-se todos
alicerçados em uma estrutura
de informática e computação.
Neste mundo não havia alter-
nativas ao usuário comum.
Sempre houve necessidade de
recorrer aos sistemas operaci-
onais “fechados”. Diz-se “fe-
chada” toda propriedade inte-
lectual, cujo código-fonte é ina-
cessível e cuja cópia, distribui-
ção ou simples uso são defe-
sos ao que não adquire a li-
Professor de música, escritor e cença para tanto.
estudante de Direito.
Arquivo pessoal

Particularmente influenciado por


questões relativas ao software e cultura
livres, economia e filosofia do direito.
Escreve regularmente para o blog
fernandohleme.wordpress.com

8 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


ARTIGO
A Microsoft, empresa de Bill
Gates, lucrou cifras que fazem
inveja ao simples exportador de

http://www.flickr.com/photos/ryyo/41609610/sizes/o/
comoditties minerais (que por
sua vez já aufere ganhos con-
sideráveis) por que fez uso de
sua posição de único sistema
amplamente difundido tornan-
do-se um quase monopólio
para pc's de uso doméstico e
empresarial.
Sua grande vantagem consistia
no fato de que seu grande
competidor, o Macintosh da
Apple, de Steve Jobs, se base-
ava num modelo ainda mais
“fechado”. A empresa de Jobs
A opção por Software Livre é o caminho que garante melhor
produzia a parte física e a parte utilização dos recursos públicos.
lógica de seus equipamentos, que a condenou por abuso de Dada a impossibilidade da se-
criando produtos tecnicamente posição dominante no mercado gunda hipótese quando se trata
competentes, porém economi- a pagar uma multa de R$ 1,3 da coisa pública (Lei no.
camente proibitivos ao grande bi. Tal entendimento é o de 10.695/03), o gestor de boa-fé
público. que, de acordo com a lei anti- se via obrigado a gastar parte
Valendo-se da ampla populari- truste, a Microsoft deveria per- importante de seus recursos na
zação do chamado computador mitir que outros desenvolvedo- aquisição de tais licenças. Aí
pessoal (sistema que por sinal res tivessem acesso a determi- entra o software livre. Software
opera por meio de padrões nadas partes de seu código Livre é aquele que pode ser ob-
abertos - os “standards” - atra- para que fosse possível cons- tido, copiado, alterado e distri-
vés do qual inúmeras empre- truir software que operasse tão buído sem custos. Pede-se aos
sas podem produzir material bem no Windows quanto ope- desenvolvedores, no entanto,
para construir computadores ram o Microsoft Office e o Win- que retribuam à comunidade
usando as mesmas configura- dows Media Player, por exem- seu esforço no desenvolvimen-
ções - chave de interoperabili- plo. to disponibilizando, mais uma
dade, criando competitividade Esse cenário sempre pareceu vez as alterações feitas de
e reduzindo os custos ao con- monstruoso ao observador modo a contribuir com a evolu-
sumidor final) a Microsoft ter- atento. Qualquer usuário em ção do sistema como um todo.
minou por dominar o mercado qualquer computador se vê Software Livre não é, portanto,
e impor, estratégias comerci- preso a ferros em uma estrutu- simplesmente gratuito . Softwa-
ais, que recentemente têm sido ra na qual ele só entrará atra- re Livre é aquele que devolve
duramente atacadas. Como é vés de um custo financeiro ao usuário o poder de decisão
o caso da União Européia considerável ou pela pirataria. sobre seu equipamento e for-

9 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


ARTIGO

mato. http://softwarelivre.gov.br Não se sabe de uma determinada administração, setor ou


(e provavelmente o cálculo surpreenderá a to- Estado, transformando-os todos em reféns de
dos) o quanto o setor público desperdiçou sua lógica empresarial-mercantilista. Uma
com o chamado software “proprietário”. En- simples alteração no formato padrão em que
quanto não houvessem alternativas, tal des- se devem salvar os documentos de determi-
perdício seria escusável. Hoje, Sistemas ope- nado órgão público traria imediatamente de
racionais baseados em Linux têm sido o obje- volta a segurança que se espera dos seus do-
tivo de todo gestor inteligente. Engana-se, cumentos.
quem pensa que se trata de alguma novidade. Muitos têm iniciado sua caminhada nesta di-
Servidores de internet rodam Linux há muito reção. O Banco do Brasil economizou R$ 20
tempo. Quem usa email usa software livre milhões nos terminais da instituição com o uso
sem saber. Servidores de sistemas bancários de Software Livre. O Metrô de São Paulo eco-
também usam Linux e a lista pode ir longe. nomizou outros US$ 900 mil com a mesma
Mas por quê? medida.
A economia é um fator importante. Cada ór- O Estado do Paraná, além de uma política
gão público que economiza dinheiro de in- clara de adoção de Software Livre, estabele-
formática e investe em treinamento, capaci- ceu como formato preferencial o ODF (Open
tação, segurança e celeridade merece respei- Document Format, ou formato de documento
to e admiração. Mas neste caso nem tudo é aberto, a opção ao .doc). Pelo mesmo cami-
diretamente aferível em moeda. As diferentes nho seguem países como o Equador e a Ho-
distribuições Linux, dadas algumas caracterís- landa, que adotaram o SL como Política de
ticas de sua estrutura lógica, são reconheci- Estado.
das por profissionais da área como sendo
Qualquer gestor sério da coisa pública deitará
mais estáveis, seguras, isso considerando seu
os olhos sobre a questão e iniciará sua pró-
uso normal. Soma-se a isso o fato de que
pria caminhada em direção a uma gestão
computadores que usam Linux são imunes a
inteligente no que se refere à qualidade, cus-
vírus. Só neste aspecto, portanto, há uma se-
tos e segurança de sua tecnologia da infor-
gunda economia, computadores que estra-
mação.
gam menos passam menos tempo em assis-
tência técnica. Computadores sem vírus são o
sonho de quem trabalha com arquivos impor-
tantes ou sobre os quais opera segredo de
justiça.
Por último existe a segurança dos formatos.
Todo arquivo salvo, por exemplo, no Microsoft
Word, é salvo no formato padrão do programa
(a saber, o “.doc”), que é um formato fecha-
do, sobre o qual não existe documentação e
http://www.broffice.org/investimos
que pertence a uma única empresa, cujos
fins podem ou não coincidir com os interesses

10 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


http://www.flickr.com/photos/mappix/218637089/sizes/o/ REPORTAGEM Por Rochele Prass

A necessidade da inclusão digital para o desenvolvimento social, educação e conhecimento no


Brasil é indiscutível. Mas ainda é uma realidade um tanto quanto distante para milhares de brasi-
leiros. Segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil divulgada em maio de 2009, de
um universo de 20.020 domicílios entrevistados, somente 28% dos lares localizados em centros
urbanos possuem computador para o uso da família. Na área rural, o número chega a apenas
8%.
O custo elevado para a compra de equipamentos de informática é o principal motivo, conforme
75% dos entrevistados. A falta de habilidade representa 29%. Somente 18% dos domicílios de
área urbana possuem internet. Na zona rural, o índice é de 4%. Dentre os motivos apontados, o
custo representa 54% e a falta de rede é a dificuldade para 17%.

E é diante desse quadro que a necessidade mostrando que se trata de uma solução apro-
de os municípios brasileiros estarem atentos priada para a disponibilização de recursos de
ao processo de inclusão digital toma sentido informática.
e reforça a importância do desenvolvimento “O BrOffice.org cumpre o papel de mostrar
de softwares livres, como o pacote de escritó- aos usuários que computador é uma ferra-
rio BrOffice.org. Conforme explica o coorde- menta de trabalho, ou seja, aprender a usar
nador do Programa de Apoio Tecnológico aos um editor de texto ou uma planilha eletrônica
Municípios Brasileiros, o 4CMBr, Luis Felipe sem ficar preso a um único software de de-
Costa, existem várias iniciativas para promo- terminada empresa”, argumenta. Segundo
ver a inclusão digital. O 4CMBr, subordinado ele, quem é incluído digitalmente com o uso
ao Ministério do Planejamento, por exemplo, de ferramentas livres tem a possibilidade de
tem mais de 1.500 representantes de municí- manipular qualquer outra. Além de destacar
pios que atuam na divulgação do BrOffice.org, que a migração para o software livre

11 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
promove difusão do conhecimento, Luis Felipe progrediu consideravelmente nos últimos
salienta que o BrOffice.org é uma alternativa anos, desde a época do COMSOLI - Consór-
importante para promover o aprendizado cio de Municípios em Soluções Livres até o
usando a língua nativa dos usuários. surgimento do 4CMBr. “Uma prova deste
Para o professor do Departamento de Infor- crescimento foi o Encontro Nacional de Tecno-
mática e Estatística da Universidade Federal logia da Informação, promovido pelo Ministé-
de Santa Catarina José Eduardo De Lucca, o rio do Planejamento em Brasília”, afirma. O
BrOffice.org é o ponto de partida para todo evento reuniu cerca de 1.500 pessoas, entre
processo de informatização. “A evolução cons- Prefeitos, secretários e técnicos de TI. O co-
tante do BrOffice.org é fundamental para a ordenador destaca que as salas de palestras
aceitação de praticamente todo software livre sobre BrOffice.org e ODF tiveram lotação má-
posteriormente”, explica. xima.
Evidentemente, existem barreiras quando se
Há, ainda. o aspecto econômico, uma vez
trata da migração de modelos proprietários
que, por ter código aberto, software livre não
para abertos. “Resistências existem, mas não
tem custos com licenças. “Trata-se de investir
é diferente da resistência natural de qualquer
em inteligência nacional, economizar verbas
mudança de mentalidade. Ela vem principal-
públicas sem o pagamento de royalties para
mente dos usuários que durante anos apren-
empresas estrangeiras. A adoção de tecnolo-
deram a usar somente uma tecnologia”, escla-
gias abertas gera renda para a população lo-
rece.
cal, o que reforça os aspectos positivos na
adoção do BrOffice.org nas ações de inclusão O ponto de vista é compartilhado pelo profes-
digital”, afirma. Conforme o coordenador do sor De Lucca, que considera as resistências
4CMBr, provavelmente os projetos de inclusão inerentes a qualquer processo de mudança
digital ficariam inviáveis se os gestores públi- organizacional, assunto que é objeto de estu-
cos tivessem de investir em softwares proprie- do de áreas como administração e psiclogia.
tários. “Tem a ver, em alguns casos, com a zona de
conforto em que os usuários se encontram”,
diz. O professor lembra que muitas organiza-

conhecer é o ções ainda acreditam que, ao substituir uma


ferramenta com a qual os usuários estão

primeiro passo acostumados, haverá perda de produtividade.


Conforme o coordenador do Programa de
Apoio Tecnológico aos Municípios Brasileiros,
o investimento em treinamento é fundamental
Mostrar resultados e funcionalidades que um para o sucesso da migração, e funciona as-
software pode gerar para a comunidade é o sim para qualquer novidade. Ele cita que a
primeiro passo dado pelo Ministério do Plane- mudança de consciência se dá a partir da ela-
jamento para conscientizar os gestores muni- boração de um Plano Diretor de TI, o chama-
cipais. Conforme Luis Felipe, o trabalho do do PDTI, a demonstração de documentações
4CMbr é justamente o de oferecer consultori- tratando do uso de software Livre, tais como o
as. O coordenador afirma que o processo Protocolo Brasília, o GUIALIVRE e a arquite-

12 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
tura de padrões de interoperabilidade e-PING, mum na realidade de diversos municípios. A
desenvolvidos pelo Governo Federal. Os ca- consequência é um planejamento baseado no
sos de sucesso acabam se tornando a argu- comodismo. Fica prejudicada também a trans-
mentação que mais vale para os gestores, ferência de tecnologia e conhecimento, tor-
explica Luis Felipe. nando a administração cada vez mais refém
de serviços paliativos.
O planejamento E há também a falta de recursos – humanos
Quaisquer ações, das mais simples às mais e financeiros. “Muitas vezes, a prefeitura não
complexas, necessitam de uma estratégia possui um corpo de funcionários qualificados
para que os resultados apareçam. E não é di- para elaborar um projeto. Diante disso, encon-
ferente quando se trata de tecnologia. Mas tra dificuldades em obter verba. E, sem pro-
nem sempre isso é fácil para quem está ocu- jetos e recursos financeiros, o trabalho se tor-
pado com assuntos como saúde, educação e na mais difícil ainda”, diz Luis Felipe. A saída
segurança, conforme explica Luis Felipe. “Ge- que aponta é investir nos funcionários públi-
ralmente os gestores não têm muito tempo cos em todos os setores.
para "planejar" ações de melhorias tecnológi- Para De Lucca, a melhor solução é o inter-
cas e não percebem que o investimento em câmbio de experiências: “Informar-se como
tecnologia pode ajudar a resolver os proble- gestores públicos de outros municípios enfren-
mas de todos os setores. Sem planejar, gasta- taram problemas semelhantes é, na minha
se muito mais e o resultado é bem menor”, opinião, a melhor solução”. Ele ressalta que,
explica. no debate entre pares, normalmente não há
interesses escondidos. “Ao conhecer casos de
Conforme o professor De Lucca, para os ad-
sucesso (e de insucesso, por que não?) de
ministradores públicos, as possibilidades de
outras cidades, o gestor pode ter mais confi-
experimentação são bastante restritas. “O
ança em suas decisões”, completa.
principal problema que o gestor municipal en-
frenta é o de não poder errar. Ele tem uma
margem de erro muito pequena, pelos orça- DOMICÍLIOS COM COMPUTADOR
mentos apertados e pelas perspectivas de re- 100%
80%
solver rapidamente os problemas”, afirma.
60%
Uma política de TI bem planejada pode dar 40%

mais tranquilidade aos gestores que precisam 20%

tomar decisões. Isso inicia pela elaboração do 0%


Área urbana Área rural Total
PDTI, que reúne todos os dados estratégicos Sim Não
do órgão. A partir dessa análise, as chances
de sucesso se tornam maiores. Conforme Luis
Felipe, a etapa seguinte, a busca de financia- Longe das Capitais
mentos, chega naturalmente. O principal erro O afastamento dos grandes centros urbanos
no processo, afirma o coordenador do 4CMBr, ou a falta de uma articulação local para a
é a falta de uma busca precisa e clara sobre ampliação de horizontes pode até ser
as soluções existentes para questões em co- considerado um problema tradicional para o

13 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
processo de busca de soluções tecnológicas, ras liberdade em relação a produtos e forne-
como explica o professor De Lucca. Mas ele cedores, pois os softwares livres adotam pa-
pondera: “Com a integração que a internet drões abertos e dão ao usuário a possibilida-
proporciona, cada vez mais os municípios es- de de escolha do prestador de serviço, a
tão se conversando, debatendo e conhecendo qualquer momento.
opções livres.
Na opinião de Luis Felipe, ainda falta às em-
E esse é o caminho que De Lucca sugere presas prestarem atenção aos novos nichos
para os pequenos municípios, onde, muitas de mercado e ao tão falado espírito inovador
vezes, não há público e comunidades atuan- no mundo dos negócios. “Os prestadores de
tes para realização de encontros e grupos de serviço devem observar os novos caminhos
estudo. “O compartilhamento de conhecimen- que a tecnologia traz em diversos setores da
to, o debate em busca de soluções conjuntas sociedade”, diz. Ele cita que a remuneração
extrapola os limites das instituições municipais pelo trabalho, pelo serviço prestado em co-
e os limites municipais. Por isso, listas de dis- nhecimento livre, e não monopolizado, deveria
cussão, redes sociais e grupos de interesse, ser uma das maiores apostas das empresas.
como o 4CMBr, são pontos de apoio funda- Em sua opinião, a divulgação de informações
mental”, explica. e novas redes de colaboração e capacitação
Acostumado à realidade das pequenas cida- de profissionais é a saída para proporcionar o
des, o coordenador do 4CMBr lembra de um desenvolvimento sustentável das tecnologias
importante detalhe: “Os municípios são os lo- abertas: “A união e a força deste ecossistema
cais onde o cidadão acessa as políticas públi- é que possibilita a implementação cada vez
cas que interferem diretamente na sua vida”. maior de programas de código aberto nas pe-
E esse é o papel que o Portal do Software quenas cidades espalhadas pelo Brasil”.
Público Brasileiro busca cumprir, na tentativa
de viabilizar um modelo econômico capaz de DOMICÍLIOS COM INTERNET
incentivar o desenvolvimento. “O 4CMBr vem 120%
100%
incentivando os municípios a se organizarem
80%
em torno de uma grande comunidade”. A ideia 60%
é envolver toda o município, inclusive o setor 40%
20%
privado. “Buscamos apresentar formas de
0%
contratações capazes de melhorar a gestão, Área urbana Área rural Total
dando oportunidade para os novos talentos Sim Não

locais”, explica.
Além dessas dificuldades, a carência de mão Inclusão digital:
de obra qualificada é outro obstáculo que De
Lucca cita. “O comprometimento de uma pre-
Inclusão de pessoas
feitura, por exemplo, com determinada solu- A despeito de todas as ações empreendidas
ção informática é uma decisão muito sensível rumo à democratização da tecnologia, é
e, se a escolha for incorreta, o custo pode ser consenso que o trabalho está apenas no
muito alto”. As soluções livres dão às prefeitu- início. O Ministério das Comunicações, por

14 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
exemplo, já investiu R$ 134 milhões para dis- se fala em software livre? Para o professor De
ponibilizar a 5.354 municípios pelo menos um Lucca, não resta dúvida de que o professor é
kit telecentro, composto de 10 computadores, a variável fundamental nessa equação. Con-
câmera de monitoramento, impressora, apare- tudo, ele lembra que, na realidade educacio-
lho de projeção, além de mesas e cadeiras. nal brasileira, a postura dos ensinadores nem
sempre é a ideal. “Acaba variando entre a ne-
A montagem do telecentro se dá por meio de
gação da utilidade da tecnologia, pelo medo
parcerias com as prefeituras, cuja contraparti-
do desconhecido, principalmente quando con-
da é disponibilizar o espaço e arcar com des-
frontado com estudantes que já dominam a
pesas de água, luz e outros. O acesso à inter-
tecnologia com maior maestria do que eles”,
net também é cedido pelo Ministério gratuita-
analisa De Lucca.
mente. As máquinas rodam software livre, op-
ção que se dá em razão de segurança e de- Para ele, a inclusão digital dos professores e
sempenho, além de tornar o projeto viável de suas disciplinas demanda planejamento e
economicamente. apoio pelos órgãos competentes. Isso inclui
considerar a sobrecarga de responsabilidades
Mas esse investimento não é suficiente se os
que têm, sobretudo no setor público. “Sem
gestores e a sociedade não se preocuparem
apoio dos órgãos e entidades que pensam es-
com algo mais simples, porém não menos de-
tratégias para a educação, os professores têm
safiador. “O que chamamos hoje de inclusão
sérias dificuldades em conhecer e colocar em
digital ainda é, infelizmente, só um processo
prática ferramentas de software que poderiam
de "digitalização". Colocam-se computadores,
ser muito úteis, desde softwares específicos
infra-estrutura de rede e internet, mas não se
educacionais até suítes de produtividade
preparam os usuários nem o cidadão. No fi-
como o BrOffice.org”, afirma.
nal, o investimento não dá o resultado espe-
rado, porque ficou limitado ao básico, sem Para De Lucca, O BrOffice.org pode ser uma
considerar o mais importante: as pessoas”, forma de introduzir o conhecimento sobre
opina o professor De Lucca. software livre nas instituições de ensino. Ele
defende que o processo pode muito bem ini-
Educação e tecnologia ciar pelo uso do aplicativo para a elaboração
de textos, planilhas e apresentações. Além
disso, há uma série de componentes, como os
dicionários temáticos, o Vero (primeiro corretor
lançado adaptado à reforma ortográfica da
Arquivo pessoal

língua portuguesa) e o corretor gramatical.


“Também para auxiliar nas atividades didáti-
cas, em projetos que demandem criatividade,
organização de ideias, pesquisa etc”, finaliza
Cada vez mais, os recursos tecnológicos De Lucca.
estão a serviço da Educação. Entretanto,
qual tem sido a atitude de educadores frente
ao ensino de tecnologia, sobretudo quando

15 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM

Os municípios contam

http://www.flickr.com/photos/stephenm/148400367/sizes/o/
as suas histórias
A revista fez um roteiro pelo Brasil,
através das redes de relacionamento,
para mostrar ao leitor ações que os
municípios vêm empreendendo para
incentivar o uso do BrOffice.org e do
software livre. São histórias de qualifi-
cação de usuários, de inclusão digital,
mas são histórias, sobretudo, de inves-
timento em pessoas.

Licínio de Almeida, Cordeiros, Piripa e Mor- alunos.” Houve um único caso de uma
tugaba – Sertão Baiano professora que resistiu, mas não por achar
ruim, e sim por comodismo, já que havia
A triste realidade dos municípios do Sertão aprendido informática usando softwares
Baiano começou a ser mudada a partir do proprietários.
empenho do coordenador e idealizador do Os objetivos do coordenador, de promover
Projeto Aula Modelo, Rômulo Vinfield Gomes educação juntamente com inclusão digital,
Ribeiro. O caçula do projeto é o município são atingidos através de atividades dirigidas
Licínio de Almeida, que é atendido há um para crianças a partir dos 4 anos, seguindo
mês. O professor, hoje mestrando em por todas as faixas etárias. “No intuito de
Ciências Educacionais, passou pela mesma angariar elementos que viessem a dar corpo
falta de perspectiva que boa parte da ao meu projeto, tive acesso aos softwares
comunidade enfrenta durante o período do linux Educacional, BrOffice.org, Gcompris e
Ensino Básico. Entretanto, mesmo tendo Ekaaty Educacional, que juntos proporcionam
começado a graduação em Ciências da uma harmoniosa integração do aluno e
Computação sem esperança de conclusão, professor”, explica ao enfatizar a importância
encontrou uma forma de mudar o cenário: de educação e informática serem requisitos
“Com o passar dos meses, inciaram-se várias fundamentais para o desenvolvimento
alternativas e sonhos. Vendo o que a humano.
informática me proporcionou depois que a
Para desenvolver as atividades, são 63
conheci, isso se refletiu em propostas para
computadores, sendo 21 em uma casa da
erradicação do analfabetismo digital nessas
comunidade. Todos os alunos da rede pública
localidades, que é quase 99.9%”, conta.
dos municípios são beneficiados. O
E foi justamente por isso que Rômulo não orçamento, de R$ 262 mil para dois anos,
enfrentou resistência alguma: “Quando não se inclui salário dos professores e técnicos, com
tem contato com Software Proprietário no deslocamento, alimentação e hospedagem
início do aprendizado, tudo é aceitável para os além da montagem dos laboratórios.

16 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
O projeto, realizado em parceria entre entre já têm turmas novas com os pais de alunos da
prefeituras, Proinfo, Secretaria de Ciência e escola e de outras instituições de ensino do
Tecnologia e o Instituto Anísio Teixeira, só se bairro.
tornou viável a partir do uso de software livre. Para superar as resistências, o caminho que
Hoje, a reflexão da comunidade sobre tecno- eles seguiram foi o de incentivar a experimen-
logia só poderia ser uma, conforme explica tação ."Os professores conseguiram identificar
Rômulo: “Todos percebem que através da in- a lógica do uso que já vinham fazendo, sem
formática mais uma barreira da desigualdade uma grande curva de aprendizado para pas-
foi quebrada." sar a usar o BrOffice.org", explicam. Outra ex-
periência que trazem é a migração para o
BrOffice.org nos computadores que os profes-
sores usam para as suas rotinas de trabalho.
A receptividade tem sido boa, garantem. "Os
professores querem "fazer seu trabalho" inde-
pendente do software que está sendo usado.
Crédito: divulgação

Entretanto, dificuldades de compatibilidade


têm impedido uma adoção 100%", ressalvam.
A estrutura da escola conta com 20
computadores para o uso dos alunos, todos
com BrOffice.org. Mais três máquinas são
exclusivas para os professores. Ao todo, mais
Porto Nacional - Tocantins de 120 pessoas são atendidas. A expansão
do atendimento para toda a comunidade deve
Os professores do Curso de Ensino Médio In- aumentar o número de beneficiados em seis
tegrado - técnico em Informática, Givaldo Fer- vezes em 2010. Para desenvolver o projeto,
reira Corcinio Junior e Brunno Franklin de os professores usaram a estrutura de
Lima Alves, precisavam atingir o objetivo de hardware já existente. Sem software livre,
formar mão-de-obra para um setor em expan- garantem, seria inviável.
são e extremamente carente: o suporte ao
usuário e manutenção de micros. O curso, Duque de Caxias – Rio de Janeiro
que é público, e tem quatro anos de duração,
Em Duque de Caxias, município localizado na
conta com aproximadamente 100 alunos nas
Baixada Fluminense, Região Metropolitana do
turmas de 2º e 3º anos.
Rio de Janeiro, a inclusão digital é sinônimo
Os professores perceberam que era necessá- de capacitação profissional para a geração de
rio compartilhar com colegas conhecimentos emprego e renda. Usando exclusivamente
sobre software livre e formaram uma turma pi- software livre, mais de 50 mil alunos já
loto com professores que se dispuseram a receberam treinamentos de informática básica
conhecer o BrOffice.org. "A repercursão posi- e avançada. O projeto, desenvolvido pela
tiva nos incentivou a transpor as barreiras da Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciência,
escola", dizem Givaldo e Brunno. Agora, eles Tecnologia, Esporte e Lazer, Cultura e Políti-

17 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM

cas Sociais (Fundec), mantido pela prefeitura ções, com 10 máquinas. Todos usam software
desde 2005, estrutura cursos de 56 horas aula livre. A Coordenadora Geral dos Telecentros,
nos Centros Avançados de Ensino Renata Fernandes Dias Coelho, conta que o
Profissionalizante. Os professores são uso de programas de código aberto teve
profissionais da área de Tecnologia da resistências iniciais, em função de os usuários
Informação contratados pela Instituição ou terem sido acostumados com plataformas
através de convênios firmados entre fechadas. Mas, no decorrer do uso, a
instituições públicas de ensino. adaptação deslanchou e hoje os aplicativos
OpenOffice.org e BrOffice.org fazem parte do
Silva Jardim – Rio de Janeiro cotidiano dos usuários. A prefeitura investiu na
locação de salas, climatização, arca com a
A Prefeitura de Silva Jardim desde 2002 utiliza
remuneração de cinco funcionários, taxas de
somente suítes de aplicativos para escritório
luz, água e telefone, além dos suprimentos.
livres. O processo teve início quando eram no
Além disso, o poder público investe nos
máximo 50 máquinas em toda a Prefeitura,
funcionários, custeando viagens para cursos e
conforme conta o professor de Inclusão Digi-
seminários. Conforme Renata, os projetos só
tal, Marcelo Massao. A primeira experiência foi
são possíveis pelo uso de software livre.
com a versão 1.0 do OpenOffice.org, usada
por bastante tempo. Em 2003, chegaram as
primeiras instalações do BrOffice.org. A princi-
pal motivação para a migração estava relacio-
nada ao custo de implantação ou atualização
de uma solução proprietária. No início, houve

Crédito: divulgação
resistência de usuários, que foram se acostu-
mando aos poucos - a produtividade e o custo
zero compensavam. Hoje, completamente
aceito, o BrOffice.org está em 250 máquinas
da prefeitura e a comunidade passou a co-
nhecer outro benefício da migração: o formato
aberto de documentos.
Natal – Rio Grande do Norte
Felixlândia – Minas Gerais
A professora de Ciências da Computação da
Em Felixlândia, município de 14 mil habitan- Universidade do Estado do Rio Grande do
tes, cerca de 600 pessoas por mês são bene- Norte, Gláucia Melissa Medeiros Campos,
ficiadas com cursos de profissionalização e de conta que o Projeto Qualificação Tecnológica
locais de acesso a equipamentos de informá- para Professores e Estudantes de Escola Pú-
tica desenvolvidos pela prefeitura. Dois tele- blica do RN surgiu a partir da necessidade de
centros montados pela Secretaria Estadual qualificar usuários de Tecnologias da Informa-
de Ciência e Tecnologia disponibilizam 10 ção no estado. “Infelizmente, muitas pessoas
máquinas e um terceiro local foi montado com ainda se restringem a utilizar computadores
o Kit Telecentro do Ministério das Comunica- para salas de bate-papos, mensagens curtas

18 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
e Orkut acreditando, assim, fazerem parte de ce.org e outros softwares de código aberto,
um mundo digital. É preciso ensiná-las a utili- mas elas foram vencidas pela disposição dos
zar os computadores em benefício próprio”, integrantes do projeto a ultrapassar barreiras.
explica. A partir disso, conta, o caminho foi a dedica-
A partir disso, foram criados mecanismos para ção e o diálogo com os usuários. “Nos senti-
atender a alunos e professores da rede esta- mos motivados principalmente com o relato de
dual de ensino. Com a ideia de software livre alguns diretores que comentavam sobre resis-
desde o início, por uma questão econômica e tência tanto dos professores como dos alunos
educacional, o projeto estava restrito ao labo- em aprender outros softwares”, resume.
ratório da Universidade. Mas, com a chegada Em vigor desde maio de 2009, mais de 160 já
de mais equipamentos às escolas, a demanda receberam treinamentos, por meio do trabalho
aumentou, ampliando os níveis de atuação: de alunos bolsistas da UERN. O projeto Quali-
“Primeiramente, os professores são incluídos ficação Tecnológica para Professores e Estu-
digitalmente para posteriormente serem multi- dantes de Escola Pública do RN, que está
plicadores destes novos conhecimentos”, diz presente em quatro escolas, deve iniciar uma
Gláucia. nova etapa em breve, já que estão sendo es-
A professora universitária conta que houve re- tabelecidas parcerias com prefeituras do inte-
sistências no que se refere ao uso do BrOffi rior do estado.

USUÁRIOS QUE ACESSARAM INTERNET


Nunca acessou

Há mais de 12 meses
Crédito: divulgação

Nos últimos 12 meses

Há menos de 3 meses

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

MOTIVOS PELOS QUAIS NÃO TEM INTERNET EM CASA


Custo/benefício não vale a pena

Falta de disponibilidade de rede

Não há necessidade / interesse

Tem acesso a outro lugar

Custo elevado / Não tem como pagar

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

19 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM

Matões do Norte - Maranhão

Crédito: divulgação
Na zona rural e urbana do município que tem
menos de 10 mil habitantes, as inscrições es-
tão abertas no projeto “Educação para Todos”,
criado pela prefeitura. O objetivo é treinar
usuários de todas as faixas etárias para o uso
de Tecnologias da Informação, usando BrOffi-
ce.org e outros programas abertos. O técnico
em Processamento de Dados Raimundo Fra-
zão conta que, inicialmente, serão 320 alunos
beneficiados. A estrutura disponível é de qua-
tro laboratórios de Informática com 32 compu-

Crédito: divulgação
tadores e internet banda larga, instalados na
zona urbana e rural. “O uso de software livre
facilita muito o processo, porque não precisa-
mos fazer investimento com compra e licença
e aquisição de software para setores da ad-
ministração, sobrando dinheiro para investi-
mento de equipamentos e capacitação”, expli-
ca Raimundo.
MOTIVOS PELOS QUAIS NÃO TEM COMPUTADOR EM CASA
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Não há necessidade ou interesse
Custo elevado Falta de habilidade / Não sabe usar
Área urbana Área rural Total

USUÁRIOS QUE USARAM COMPUTADOR


Nunca usou

Há mais de 12 meses

Nos últimos 12 meses

Há menos de 3 meses

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Pesquisa completa disponível em: http://www.cetic.br/publicacoes

20 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


ENTREVISTA Por Rochele Prass

http://www.flickr.com/photos/kengo/17201022/sizes/l/
e o planejamento

O coordenador do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios


Brasileiros, o 4CMBr, Luis Felipe Costa, 30 anos, é formado em Análise
de Sistemas.
Arquivo pessoal

Ele explica que a sua rotina profissional no 4CMBR (Comunidade,


Conhecimento, Colaboração e Compartilhamento dos Municípios
Brasileiros), é centrada no apoio à implantação de Software Livre.

Como foi o seu primeiro contato com o importância desse aplicativo para os procedi-
BrOffice.org? mentos internos das prefeituras. O EDIDOC é
Luis Felipe: Foi no início do projeto, em 2005. muito conveniente para os setores administra-
Meu contato foi se estreitando a medida em tivos, que necessitam gerar documentos pa-
que participava de eventos de SL, e na medi- dronizados e numerados sequencialmente.
da em que fui desenvolvendo trabalhos de Ele facilita muito a organização, além de ser
consultoria para os municípios. poderoso na recuperação das informações.

Qual o recurso do BrOffice.org que mais Para você, software livre é apenas uma
impressiona ou que você considera impor- necessidade profissional?
tante apresentar durante as consultorias? Luis Felipe: Não. Acredito muito que o SL é o
Luis Felipe: Uma das coisas que me chamou melhor caminho para as soluções
a atenção foi o desenvolvimento do EDIDOC, tecnológicas, dentro de uma visão em que
software que gera documentação automática compartilhar conhecimento é o primeiro passo
no BrOffice.org. Eu costumo ressaltar muito a para o desenvolvimento econômico e social

21 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


ENTREVISTA

do Brasil. Por isso, também sou militante de utilizados por outras prefeituras. Os Governos
software livre há alguns anos e membro do Municipais, Estaduais ou Federais não podem
Software Livre Rio de Janeiro, o grupo de destinar recursos várias vezes para comprar
pessoas que apoiam o software Livre no esta- uma mesma solução, que pode muito bem ser
do. adaptada para sua realidade local, porque o
Qual é o custo da falta de planejamento código está lá disponível e o conhecimento é
para os municípios? livre.

Luis Felipe: Sem um órgão, uma Secretaria E qual é a melhor estratégia?


de Informática, um gestor de TI e mesmo uma Luis Felipe: É estar em comunicação com os
equipe para esclarecer estes benefícios do outros municípios, participar de eventos e
uso das TIC's nos municípios a Prefeitura congressos. Fazer "parte" desta rede
acaba por gastar mais e ter menos resultados. municipal para entender os problemas e
Como fazer para iniciar um planejamento soluções encontradas pelos seus "vizinhos" e
sem precisar “reinventar a roda”? desta forma estar sempre de "olho vivo" nas
oportunidades que o Governo Federal vem
Luis Felipe: É preciso aproveitar o trabalho proporcionando. A formação de consórcios
de desenvolvimento colaborativo que municipais também pode ser uma boa saída,
municípios, como Fortaleza e outros mais reduzindo custos que podem ser
estão adotando. Investem verbas públicas no compartilhados.
desenvolvimento de softwares que podem ser

Acesse o site do 4CMBr para participar da rede de relacionamentos dos municípios:


http://www.softwarepublico.gov.br/4cmbr

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22 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM Por Rochele Prass

uma finalidade determinada,


mas acabam se engajando e
passam a integrar as listas de
discussões e se tornam
colaboradores em tempo
integral.
BrOffice.org se prepara para receber
mais de 3 mil participantes no IV O objetivo da organização ao
convocar voluntários, além de
Encontro Nacional expandir as discussões sobre o
O mais importante evento da conferência. O modelo, bem BrOffice.org, é aproveitar co-
comunidade BrOffice.org já sucedido, se repete novamente nhecimentos e experiências in-
começou para mais de 40 pes- no IV Encontro Nacional BrOffi- dividuais. Conforme Vera Ca-
soas que estão envolvidas dire- ce.org (EnBro) que, em 2010, valcante, líder do Grupo de
tamente nos preparativos do IV acontece nos dias 15 e 16 de Usuários BrOffice.org São Pau-
Encontro Nacional BrOffice.org. abril, em pontos de transmis- lo (GuBro-SP), os eventos são
O evento se realiza nos dias 15 são localizados nos estados sempre um ótimo momento de
e 16 de abril, mas para colocar brasileiros. difundir informações sobre o
toda essa estrutura a funcionar, BrOffice.org, reunindo usuários
Carlos Braguini, um dos orga-
a equipe está trabalhando para engajados no aprimoramento
nizadores do evento, conta que
que todos os detalhes, como a do aplicativo, o que contribui
a ideia surgiu da necessidade
programação, a divulgação e o para que a suíte de escritório
de agregar. “Tínhamos a opção
estabelecimento de parcerias, aberta e gratuita seja uma op-
de fazer igual a todos, ou seja,
façam do Encontro um momen- ção confiável e segura para
reunir uma quantidade de pes-
to de grande produtividade e empresas e usuários domésti-
soas em algum local e fazer um
de aperfeiçoamento da suíte de cos. "Este é apenas um exem-
encontro presencial. Mas, atra-
escritório aberta que já con- plo de como as comunidades
vés de videoconferência, tí-
quistou mais de 12,5 milhões de software livre conseguem se
nhamos a possibilidade de
de usuários no Brasil. articular para oferecer soluções
reunir os principais desenvol-
tecnológicas seguras", afirma
Reunir mais de 3 mil pessoas vedores da comunidade inter-
Vera.
para dois dias de discussões e nacional, explica. Nesta edição
troca de informações sem que do Encontro, terá ao menos um
isso represente custos e tempo palestrante internacional que
elevados para os participantes. virá para o Brasil exclusivamen-
Esse era um dos desafios do te para participar do evento.
BrOffice.org, que há quatro
anos integra estudantes, gesto- Mobilização
res, desenvolvedores e público Para fazer funcionar tamanha http://www.broffice.org/anuncie_no_brofficeorg

interessados em tecnologias estrutura, é necessário um


livres de todo o País. O cami-
“Seu produto aos olhos
grande envolvimento, aí é que
nho encontrado está na própria
de quem realmente
entra o papel dos voluntários.
tecnologia: encontro por video- entende”
São pessoas que chegam para

23 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


REPORTAGEM
Tenho a intenção de colaborar para melhorar a disseminação de software livre
como o BrOffice.org - Luis Paulo Guimarães, 33 anos, desenvolvedor. Santa
Isabel / SP.

Pretendo colaborar com tudo que for necessário - Vanessa Laux, 28 anos, web
design. Porto Alegre / RS.

Quero colaborar na divulgação do evento e, possivelmente, organizando uma


caravana em minha cidade para iO IV EnBro - Marcelo Massao, 34 anos, instrutor
de Inclusão Digital. Silva Jardim / RJ.

Meu objetivo é mostrar para as pessoas que há vários caminhos, existem


softwares livres e que não é necessário pagar por um programa de computador e
ele não ser realmente seu - Victor Augusto Zago Menegusso, 19 anos, estudante
de Ciência da Computação. Curitiba / PR.

Junte-se a nós
As convocações seguem a pleno vapor. Ao juntar-se à equipe, você pode contribuir com suas ex-
periências e exercitar suas competências, num espaço de ampla visibilidade nacional. Para se
candidatar, mande um e-mail para os endereços abaixo, dizendo como você gostaria de colaborar
para o IV Encontro Nacional BrOffice.org: luizheli@openoffice.org / carlosbraguini@openoffice.org
/ filhocf@openoffice.org

Na rede
Outra aposta que o IV EnBro está fazendo para se comunicar com integrantes da equipe de orga-
nização e, sobretudo, com o público em geral, é nas redes de relacionamento. O Twitter, que vem
se tornando uma das ferramentas de comunicação mais populares no Brasil, já conta com um pro-
file do IV EnBro.
De acordo com o líder nacional do grupo de usuários BrOffice.org, e um dos organizadores do
Encontro, Luiz Oliveira, os resultados gerados a partir da divulgação por meio do twitter são imen-
suráveis. “Postamos a informação lá e elas, rapidamente, repercutem entre centenas de pessoas,
já que grande parte dos nossos seguidores replicam a mensagem no seu próprio profile, levando
a informação para os seus contatos”, diz.

Seja um seguidor:

http:// .com/IVEnBro
24 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009
4 e 5 de dezembro de 2009

No mundo do software livre os interesses são


Inscreva-se, inúmeros e a melhor escolha é entrelaçá-los,
particularizando a pertinência e importância dos

participe! temas.

Qualquer pessoa pode entrar de peito aberto no


futuro sendo necessário apenas ouvir, apreender e
assimilar o que realmente interessa.
www.conisli.org.br O conhecimento é o grande capital humano.

4 e 5 de dezembro de 2009
MIS – Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158-Jardim Europa, São Paulo,SP

John Maddog Hall, Sergio Amadeu


Veja mais algumas atrações

Presença das comunidades:


BROffice.org, Firefox, Perl, Ruby, PHP, Java, Python
Aplicação da prova de Certificação LPI pelo Maddog
Festival de Cultura Digital – Apresentações musicais, Flamenco,
Mágico e muitas outras atrações
Encontro das Empresas no “Open Business”
25 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009
Fórum de Software Livre do Serpro - Regional São Paulo
DICA Por Rubens Queiroz

Auto preenchimento de dados


no Calc
A ferramenta de planilha eletrônica da suíte BrOffice.org oferece alguns recursos que, embora
simples, facilitam bastante a vida dos usuários. Este artigo irá demonstrar algumas dessas faci-
lidades.
O Calc possui um recurso muito interessante de auto preenchimento de células que funciona
para diversos tipos de dados. Por exemplo, se quisermos completar doze células com os me-
ses do ano, basta escrevermos “Janeiro” na primeira célula, selecionarmos em seguida a célula
preenchida e arrastarmos para baixo ou para o lado, que as células serão preenchidas com os
meses subsequentes. Não precisamos parar em doze meses, podemos auto preencher quantas
células desejarmos. O sistema automaticamente reinicia tudo após chegar no mês de “Dezem-
bro”.

Figura 1
No canto inferior esquerdo da célula contendo a palavra “Janeiro”, vemos uma pequena alça.
Quando arrastamos esta alça para a direita (ou para baixo, se assim desejarmos), o Calc exibe
automaticamente o valor do auto preenchimento para a última célula selecionada. As células se-
lecionadas assumem um contorno vermelho. No nosso exemplo da figura 1, o último valor a ser
selecionado é “Julho”. Ao soltarmos o mouse, as células assumem automaticamente uma
sequência do valor iniciado em “Janeiro”.

Figura 2

26 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA

Os valores de auto preenchimento não se restringem apenas a meses do ano. Podemos fazer o
mesmo com números, datas, dias da semana, moeda.

Figura 3

A forma de auto preenchimento aceita também abreviações:

Figura 4
Na situação reversa, em que não desejamos que o Calc automaticamente preencha os campos
com uma sequência, mas sim copiar um mesmo valor para múltiplas células, basta selecionar a
célula desejada e pressionando simultaneamente a tecla <CTRL>, arrastamos o mouse até a úl-
tima célula que desejamos preencher. O valor da primeira célula será então automaticamente
copiado para todas as células. Outra forma de fazer isto é selecionar o valor desejado, copiar o
valor da célula para a área de transferência (CTRL-C), selecionar todas as células para as quais
desejamos copiar os valores, e colar o valor (CTRL-V). É só escolher a forma que mais lhe
agrada.
Mas ainda não acabou. Podemos fazer o auto preenchimento com mais de uma coluna. Na figu-
ra 5, desejo criar uma sequência com os valores da coluna A1 (valor 1) e da coluna A2 (valor
100). Basta selecionar as duas células e arrastar o mouse para a direita, até o ponto desejado.

Figura 5

27 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA

Podemos ver o número 8, ao final do campo delimitado. Este é o valor que será assumido pela
primeira célula selecionada. Ao liberar o botão do mouse, temos o resultado:

IMAGEM

Figura 6
Utilizamos neste exemplo apenas duas células, mas podemos utilizar muitas mais.
Em todos os exemplos apresentados até o momento, utilizamos os recursos de auto preenchi-
mento já definidos. Entretanto, podemos fazer as nossas próprias especificações. Para isto, no
menu “Editar”, selecione a opção “Preencher” e em seguida “Séries...”.

Figura 7

28 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA

Aparecerá então a tela a seguir:

Figura 8

Especificamos então o valor inicial da série (100), o valor final (400) e o incremento (30). Será
criada a série de números seguindo estes parâmetros:

Figura 9

Lembre-se sempre: a série só será preenchida nas células selecionadas. No exemplo dado, fo-
ram selecionadas sete células, o que fez com que o último valor da sequência fosse 280. Da
mesma forma, para trabalharmos com este tipo de auto preenchimento precisamos selecionar
as células previamente.

IMAGEM

29 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA Por Herbert de Carvalho

Um dos grandes desafios dos


projetos de utilização do BrOffi-
ce.org é a questão do suporte.
É natural que as mudanças ge-
rem uma certa insegurança nos
usuários, uma vez que estes
não querem perder produtivi-
dade em seu trabalho. A notícia
de usar um programa novo
chega a causar pânico em al-
guns deles, que têm de apren-
der uma nova forma de fazer a
mesma coisa.
Nós que utilizamos o BrOffi-
ce.org sabemos que ele faz, e
faz isso muito bem. O que
acontece é que os usuários
normalmente decoram onde es-
tão os recursos e se mudar a
posição de um botão, muitas
vezes não percebem que o re-
curso de que precisa está no
botão ao lado.
O erro mais frequente nos pro-
jetos de utilização do BrOffi-
ce.org em instituições está no
fato de que estas apenas insta-
lam o programa e deixam o
usuário abandonado. Outras
dão algum tipo de treinamento,
mas depois deixam os usuários
sem nenhum auxílio, achando
que ter treinado resolve tudo.
Algumas poucas se preocupam
com o suporte por algum tempo
e depois também deixam os
usuários de lado.

30 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA
Diante desse quadro e da pre- recursos. Qualquer projeto de Ela funciona nos principais na-
ocupação de dar aos gestores migração, uma vez que ela vegadores utilizados (IE, Fire-
de informática uma ferramenta possui recursos que vão facili- fox e Safari) e o propósito não
que possa auxiliá-los neste tar o acesso a informações re- é substituir o suporte, mas dar
processo, a barra de ferramen- lacionadas ao BrOffice.org e in- aos usuários mais uma fonte
tas desenvolvida pela Comuni- tegrar toda a comunidade de de ajuda, em caso de necessi-
dade BrOffice.org é uma pode- usuários num único local onde dade.
rosa aliada. Esta barra de fer- informações podem ser troca-
ramentas possui uma série de das tanto online quanto offline.

Instalando a Barra de Ferramentas BrOffice.org.


Usando seu navegador preferido (recomendamos o Firefox), a barra de ferramentas pode ser
instalada através do endereço http://brofficeorg.ourtoolbar.com/.

Clique no botão "Free Download". Logo abaixo da barra de ferramentas do seu navegador, deve
aparecer um aviso de que este site pretende instalar um programa. Clique em "Permitir" para que a
instalação prossiga.

31 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA
Uma nova janela aparecerá para instalar o programa. Aguarde alguns segundos e clique em
"Instalar agora".

IMAGEM

A instalação prosseguirá até o final e, ao ser concluída, deve-se reiniciar o navegador. A página de
boas vindas será aberta, assim como a barra do BrOffice.org aparecerá na barra de ferramentas
do navegador.

Além disso, será aberta uma janela de configuração de alguns recursos extras da barra. O primeiro
é um notificador de e-mail. Com ele, você pode ser avisado de e-mails novos que chegarem em
sua caixa. A segunda opção permite que você defina o sistema de busca personalizado do
BrOffice.org como padrão para pesquisas na web. A Terceira define a página da Barra de
Ferramentas BrOffice.org como sua página padrão. Para os usuários do Windows, deve aparecer
uma outra opção para a instalação de um Recurso de Multimídia de Rádio, em que algumas
emissoras online podem ser configuradas.

32 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA

Observação: Se você está usando esta barra de ferramentas no trabalho, verifique com o
administrador de rede de sua instituição se é permitido o uso deste recurso. Se você está
atrás de um Firewall/Proxy, pode ser que ele não funcione.

Além disso, um sistema de alertas da Barra de Ferramentas irá aparecer no canto inferior direito do
seu navegador. Este é um recurso muito interessante e útil. Todos os usuários da Barra receberão
alertas sobre informações que forem relevantes. Recomendamos que você mantenha este recurso
habilitado.
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Usando a Barra de Ferramentas BrOffice.org.


Ícone de configurações

O primeiro detalhe a ser observado é que a Barra de Ferramentas BrOffice.org é um projeto comu-
nitário. Em função disso, os recursos que serão descritos abaixo poderão ser modificados na me-
dida em que a comunidade de usuários sugerirem alterações que forem relevantes.

Clicando no ícone BrOffice.org seremos direcionados para a página


oficial do projeto.

O menu de opções deste ícone permite que você indique um amigo, visite outras páginas
relacionadas ao projeto da barra de ferramentas, atualizações da barra, bem como configurar os
recursos que você deseja ou não que apareçam.

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33 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA
Área de Pesquisas na Web
Este recurso permite que você faça buscas gerais os específicas na web. Se você trocar a opção
"Ir", para a opção "Broffice", suas pesquisas serão feitas apenas em sites que contenham tutoriais
sobre o BrOffice.org em português. Se clicar no "Pincel amarelo" ao lado da opção de pesquisa, as
palavras pesquisadas irão receber um destaque na página de pesquisa.

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Aplicativos
O menu de opções dos Aplicativos oferece uma série de recursos extras que tornam
a barra de ferramentas útil para as atividades do dia-a-dia, além de entretenimentos.
Nele temos calculadora (Calculator), lista de tarefas (Todo), Sudoku, Conversor de
Unidades (Unit Converter), Jogo Invaders, tradutor de termos (Babylon), bloco de notas (Notes),
pesquisa na Wikipédia e a opção de instalar outras aplicações muito interessantes (More
Gadgets).

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34 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA
Previsão do tempo
O ícone de previsão do tempo permite que se verifique as condições climáticas das prin-
cipais cidades brasileiras. Para deixar sua cidade como previsão padrão, basta clicar no ícone e
clicar na opção "Mudar a localização".

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Comunidade On-line

Este, com certeza, é um dos mais úteis recursos da barra. Ao clicar neste ícone, você terá
acesso a uma sala de chat onde poderá interagir em tempo real com os integrantes da comunida-
de que estiverem on-line.

35 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA
Twitter

O Twitter é a nova onda do momento. Trata-se de um microblog para escrever de qual-


quer assunto. Até o momento, este ícone abre opções sobre BrOffice.org de algumas fontes. Es-
tamos abertos a sugestões de dicas de outros membros do Twitter que possam aprimorar o recur-
so.

Links úteis

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Este ícone oferece uma série de links para páginas web que tenham alguma relação com
o BrOffice.org. Até o momento, a lista contém o que existe de melhor em termos de dicas, páginas,
apostilas e recursos sobre BrOffice.org. Também, solicitamos a todos que deem suas dicas de si-
tes úteis sobre BrOffice.org.

Links úteis

Como a comunidade está sempre realizando encontros em todo o Brasil, incorporei à barra
um atalho para a agenda BrOffice.org. Os principais eventos da comunidade estarão visíveis na
agenda para que você possa estar informado sobre os principais eventos da comunidade.

36 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


DICA

Notícias

Este ícone dá acesso a uma série de notícias, via RSS, de vários sites ligados ao
software livre e a tecnologia. Basta passar o mouse sobre os sites que as notícias mais recentes
aparecerão ao lado.

IMAGEM
IMAGEM

Como explicado no início, nada é capaz de substituir o apoio pessoal da equipe de TI de uma insti-
tuição em qualquer projeto de migração de sistemas. Contudo, ao oferecer ao seu usuário um re-
curso que coloque à sua mão a possibilidade de obter ajuda de forma rápida, você certamente es-
tará tornando este processo menos doloroso e oferecendo melhores condições de sucesso ao final
da caminhada.
Esperamos que a comunidade abrace esta iniciativa fazendo críticas, dando sugestões de melho-
rias e principalmente ajudando aqueles que precisam de nossa colaboração.

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37 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


TUTORIAL Por Noelson A. Duarte

Criando
http://www.flickr.com/photos/geoff1f/127355648/ O Calc pode converter todas as
letras de um intervalo de célu-
las em maiúsculas. Mas, care-
ce de um comando direto para

Extensões transformar a primeira letra de


cada palavra em maiúscula.
Neste artigo, apresentamos al-

BASIC guns conceitos sobre o ambi-


ente BASIC, desenvolvendo
uma solução simples para o
problema acima. Os leitores in-
teressados apenas na exten-
são, podem encontrá-la no por-
tal http://www.broffice.org.

38 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


TUTORIAL

Criando a biblioteca
Uma biblioteca BASIC contém os módulos, diálogos e arquivos de configuração. Os últimos,
criados automaticamente. Para criar a biblioteca, carregue o BrOffice.org e ative o diálogo Or-
ganizador de Macros, comandando:

- Ferramentas >> Macros >> Organizar Caixas de Diálogo


- Selecione a aba <Bibliotecas>

A lista Biblioteca exibe os nomes das bibliotecas existentes no Local selecionado, sendo que:
Minhas macros e caixas de diálogo: contém as bibliotecas armazenadas na área do usuário;
Macros e caixas de diálogo do BrOffice.org: contém as bibliotecas armazenadas na área
compartilhada por todos os usuários;
Documentos ativos: contém as bibliotecas armazenadas dentro do documento selecionado.
Nossa biblioteca ficará na área do usuário, então:
- Na lista Local, selecione <Minhas macros e caixas de diálogo>;
- Clique sobre o botão de comando <Nova...>;
- No diálogo, digite o nome <TamLetra> para a biblioteca e clique sobre <Ok>.

Acabamos de criar a biblioteca. Mas, não feche o diálogo Organizador.

Criando a interface gráfica


Precisamos de uma caixa de diálogo que ofereça algumas opções ao usuário, então:

- Na lista Biblioteca, selecione TamLetra;


- Clique sobre o botão Editar.

39 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


TUTORIAL

Note que a janela do IDE Basic foi ativada, na sua parte inferior temos abas com os nomes dos
módulos e diálogos existentes na biblioteca. Em nosso caso, apenas uma aba Module1.

IMAGEM
Para ativar a janela de edição de diálogos:
- Clique com o botão direito do mouse sobre a aba Module1;
- Selecione Inserir > Caixa de Diálogo do BASIC

Identifique os controles existentes na caixa de ferramentas, posicionando o ponteiro do mouse


sobre os ícones. Em nosso diálogo vamos usar: dois botões de opção, linha horizontal, caixa de
seleção, caixa de grupo e dois botões.

Após desenhar os controles no diálogo, altere a propriedade Rótulo de cada um deles conforme
a figura acima (abra o diálogo Propriedades com um clique duplo sobre qualquer controle).
Defina a propriedade Estado do primeiro botão de opção para Selecionado.
Defina a propriedade Tipo do Botão do botão Converter para OK e a do botão Cancelar para
Cancelar.
Selecione o diálogo (clique sobre a borda) e altere a propriedade Título.
Após o desenho da interface gráfica, vamos ao código BASIC.

O Código Fonte
Clique sobre a aba Module1 para retornar ao editor de código, selecione e apague todo o seu
conteúdo. Então, use o código fonte abaixo:
' Extensão que converte as letras iniciais das palavras
' numa célula ou intervalo de células para maiúsculas.
' Autor: Noelson A. Duarte, em Fev 2008.
'__________________________
Sub ConverterLetrasIniciais
oDoc = thisComponent
oSelec = oDoc.getCurrentSelection()

40 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


TUTORIAL
If (Not oSelec.supportsService("com.sun.star.sheet.SheetCellRange")) Then
MsgBox "Selecione a célula ou o intervalo de células!", 48, "Erro"
Exit Sub
End If
DialogLibraries.loadLibrary ( "TamLetra" )
oDialogo = CreateUNODialog (DialogLibraries.TamLetra.Dialog1)
iResp = oDialogo.execute()
If iResp = 0 Then
Exit Sub
End If
bMinusc = False
If oDialogo.Model.CheckBox1.State = 1 Then
bMinusc = True
End If
bNome = False
If oDialogo.Model.OptionButton2.State = 1 Then IMAGEM
bNome = True
End If
LetrasIniciaisMaiusculas (oSelec, bNome, bMinusc)
End Sub

Sub LetrasIniciaisMaiusculas (oSel As Variant, bNomeProprio As Boolean, bMinuscula As Boolean)


vEnd = oSel.getRangeAddress()
nrLinhas = vEnd.EndRow - vEnd.StartRow
nrColunas = vEnd.EndColumn - vEnd.StartColumn
tipoTexto = com.sun.star.table.CellContentType.TEXT
For i = 0 To nrLinhas
For j = 0 To nrColunas
oCelula = oSel.getCellByPosition(j, i)
If oCelula.getType() = tipoTexto Then
sConteudo = oCelula.getString()
If bMinuscula Then
sConteudo = LCase(sConteudo)
End If
If bNomeProprio Then
novoCont = LetrasNomeProprio(sConteudo)
Else
novoCont = TodasIniciaisMaiusculas(sConteudo)
End If
oCelula.setString(novoCont)
End If
Next j
Next i
End Sub

Function TodasIniciaisMaiusculas (sCadeia) As String


vPalavras = Split (sCadeia)
For i = 0 To UBound(vPalavras)
letra = UCase(Left$(vPalavras(i),1))
Mid(vPalavras(i), 1, 1, letra)
Next i
TodasIniciaisMaiusculas = Join(vPalavras())
End Function

Function LetrasNomeProprio (sCadeia) As String


vExcluir = Array("e","da","de","do","das","dos")
vPalavras = Split (sCadeia)
For i = 0 To UBound(vPalavras)
bExcluir = False IMAGEM
For j = 0 To UBound(vExcluir)
If LCase(vPalavras(i)) = vExcluir(j) Then
vPalavras(i) = LCase(vPalavras(i))
bExcluir = True
Exit For
End If
Next j
If Not bExcluir Then
letra = UCase(Left$(vPalavras(i),1))
Mid(vPalavras(i), 1, 1, letra)
End If
Next i
LetrasNomeProprio = Join(vPalavras())
End Function

41 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


TUTORIAL
Vamos testar a nossa macro:

- Abra um novo documento do Calc;


- Preencha uma pequena extensão de células com texto;
- Selecione a extensão;
- Comande Ferramentas > Macros > Executar Macro;
- Expanda a entrada Minhas Macros;
- Expanda a biblioteca TamLetra e selecione Module1;
- Selecione a rotina principal ConverterLetrasIniciais;
- Comande Executar.

Recursos que facilitam a execução de uma tarefa beneficiam outros usuários. O BrOffice.org,
IMAGEM
via extensões, simplifica a distribuição e instalação de novos recursos. Vejamos como transfor-
mar a nossa macro numa extensão.
Exportando como extensão
No BrOffice.org, uma extensão é um arquivo “zip” contendo código e arquivos correlatos. Se-
guem os passos para criar uma extensão simples, a partir da nossa biblioteca Basic:
- Ferramentas > Macros > Organizar caixas de diálogo;
- Clique sobre a aba Bibliotecas;
- Selecione Minhas macros e caixas de diálogo;
- Selecione a biblioteca TamLetra e comande Exportar;
- No diálogo, marque Exportar como extensão e clique sobre Ok;
- No diálogo Exportar, defina a pasta e um nome (scTamLetra) para a extensão;
- Clique sobre o botão Salvar;
- Feche o diálogo Organizador de Macros.

Verifique, na pasta de destino, que um novo arquivo scTamLetra.oxt foi criado. Arquivos “.oxt”
são identificados pelo sistema como Extensão do BrOffice.org.
Os usuários podem instalar a extensão através do Gerenciador de Extensão:

- Ferramentas > Gerenciador de Extensão ...

E, depois, usar o diálogo Seletor de Macros para executá-la:


- Ferramentas > Macros > Executar macro ...

Finalmente, a extensão desenvolvida ao longo do artigo, encontra-se no portal do BrOffice.org


[1].

Referência:
[1] http://www.broffice.org/files/scTamLetra.oxt

www.broffice.org/amigos_do_broo

42 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


RESUMO DO MÊS

Governo Gaúcho OpenOffice.org supera cem


rejeita pedido de milhões de downloads
http://www.flickr.com/photos/665
68868@N00/3080423428/sizes/

impugnação feito
pelo BrOffice.org
e ASL
o/

A justificativa do Governo foi que os computadores terão


dual-boot e os professores que aderirem ao programa 100 Million downloads of V3
Professor Digital, que prevê linha de financiamento es-
pecial pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul, po- O número foi registrado desde que a versão 3.0 do
derão optar em usar BrOffice.org ou a suíte proprietária, software foi anunciada, há pouco mais de um ano. En-
além do SO Linux. Esta informação, no entanto, não tretanto, o índice de usuários do aplicativo é bem maior,
consta no edital que motivou a mobilização das comuni- já que muitas pessoas fazem a instalação a partir de
dades SL. O pregão eletrônico acabou acontecendo em Cds, outros sites que disponibilizam o download, além
13 de novembro. A Lenovo Brasil apresentou a proposta das instalações a partir das distribuições Linux.
com o menor preço, oferecendo laptops por 1.563 reais
para cada um dos 80 mil portáteis.
BrOffice.org é a primeira ONG a
Mais informações:
PATROCINAR a OooCon2009
http://listas.broffice.org/pipermail/gubro-rs/2009-November/thread.html

http://wiki.broffice.org/wiki/gubro/gt/juridico

http://www.celic.rs.gov.br/index.php?menu=editaldetalhe&id=820&link=aW5kZXgucGhw

http://www.compras.rs.gov.br/coe/ConsultaLicitacaoLote.do?idLote=84154&contextoSite=Celic

Livro Aprendendo BrOffice.org -


Aconteceu no início do mês o OpenOffice.org Conferen-
Exercícios Práticos ce 2009, em Orvieto - Itália, reunindo os principais de-
senvolvedores do OpenOffice.org mundial, discutindo
sobre o desenvolvimento e horizontes do projeto. O
Brasil, com muito esforço, tem participado desse evento
sendo praticamente o único representante da América
do Sul. No entanto, este ano, estamos começando a
mudar esta realidade. É a primeira vez que temos dois
brasileiros participando do projeto, interagindo pessoal-
mente com os líderes dos projetos, além de ser a pri-
meira vez que uma ONG patrocina financeiramente o
Foi lançado no dia 14/11, na Feira do Livro de Porto OooCon.
Alegre, desenvolvido pela Seção de Treinamento do
OpenOffice.org ajuda a
Centro de Informática da UFPel (Universidade Federal
de Pelotas), o livro “Aprendendo BrOffice.org – desenvolver mouse open source
Exercícios Práticos”. A obra é acompanhada de um CD A WarMouse, em parceria com a comunidade OpenOffi-
Rom com o material utilizado para a realização dos ce.org, apresentaram no inicio de novembro o OpenOf-
exercícios e com as respostas para correção. Os ficeMouse (OOMouse), desenvolvido especificamente
endereços para baixar o programa e apostilas, entre para usuários da suíte de aplicativos OpenOffice.org.
outros itens. fonte: http://pcworld.uol.com.br/noticias/2009/11/09/mouse-open-source-tem-18-b...
Fonte: http://ccs.ufpel.edu.br/wp/2009/11/11/livro-aprendendo-broffice-%e2%80%9... mais informações: http://openofficemouse.com/

43 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009


44 | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Novembro 2009

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