sob a vigilncia arbitral do Governo e do seu chefe, as foras
estruturantes do regime. permitindo-lhe medir a temprie poltica e social delas e do pais e evitar passos em falso na cuidadosa gesto dos equilbrios viabilizadores da sua durabilidade. b) O presidente da Repblica. -O sistema de presidencialismo bicfalo previsto na Constituio de 1933 -j se encontra esvaziado de contedo quando, em Fefereiro de 1935, scar Carmona reeleito para exercer o seu primeiro mandato dentro da nova ordem constitucional.
Uma ditadura de chefe do governo
O esvaziamento dos poderes da Assembleia Nacional e do presidente da Repblica e a sua concentrao no Governo permitem, falar, no s de uma real ditadura do Executivo. mas de uma "ditadura pessoal do presidente do Conselho", dado o papel por este detido como chefe do Governo. A prtica governativa desenvolvida por Salazar faz do Conselho de Ministros no s algo de muito distinto dos executivos parlamentares do tempo da I Repblica.,mas um rgo onde deixa de existir a solidariedade governamental horizontal, para dar lugar responsabilidade vertical dos ministros perante o presidente do Conselho. , E interessante verificar que a ditadura pessoal do presidente do Conselho se impe como normalmente poltica sem rupturas nem subverses da Constituio. isto , ao abrigo de uma certa prtica constitucional possibilitada por condicionalismos histricos de varias ordens.
A supresso das liberdades fundamentais
A realidade viria a demonstrar que a regulamentao dos direitos fundamentais corresponderia supresso prtica da liberdade de associao. de expresso e de reunio em todas as suas manifestaes. liquidando-se mesmo o que delas fora sobreviverdo aps o golpe militar de 1926. No que toca liberdade de assocao. a legislao ordinria sujeitou a constituio de quaisquer associaes - prvia autorizao do Governo. que devia aprovar os respectivos estatutos e homologar os seus corpos gerentes. Estes podiam. ser livremente demitidos pelo Governo. Quanto ao associativismo poltico. o que se verificou foi a proibio prtica dos partidos polticos, operada no por via constitucional, nem sequer por disposies legais explicitamente proibitivas da existncia de partidos, mas pela via administrativa da regulamentao do direito de associao. liminarmente exclusiva de qualquer pluralismo associativo de ndole poltico-partidria. mesmo dentro da rea ideolgica do regime. A Unio Nacional. da tarefa tipicamente partidria: propaganda e "educao cvica, organizao e "fabricao das eleies ou de manifestaes de apoio ao regime. escolha dos deputados. seleco poltica do pessoal dirigente da administrao local ou central. etc. Pagina 38
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições