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PROPOSTAS DA ADUFMS

1 – Carreira Docente – perspectivas e encaminhamentos

Tema 1

A universidade brasileira, embasada no tripé “ensino, pesquisa e extensão” vem


crescendo dia após dia. O atual governo criou nos últimos anos mais de 13 novas
Instituições de Ensino Superior e consequentemente abriu inúmeras vagas para
contratação de docentes e funcionários não só para as novas, mas também para atender
o quadro de professores das IES que já há alguns anos encontrava-se defasado.
Por outro lado, muito são os professores e pesquisadores que tem terminado
doutorado seja no país ou no exterior e buscam empregos principalmente nas regiões
sudeste e sul do país onde encontram uma relativa facilidade de desenvolvimento de
pesquisa e melhores condições para realização de docência. Ou pior ainda, abandona o
país em busca de emprego lá fora.
Os professores universitários até o início do governo Fernando Henrique, ainda que
não tivessem um bom plano de carreira, claramente definido. Podiam subir na carreira e
se aposentavam sempre um nível acima do ultimo no qual o mesmo se encontrava. Com
o governo FHC isso foi retirado e os docentes amargaram por vários anos, até o ano de
2006 a falta de um plano de carreira que permitissem aos professores galgar novos
níveis acima de Adjunto IV.
Em 2006, foi então criada uma nova categoria, a do professor Associado,
contemplando mais 04 níveis, com interstícios de 24 meses. A diferença entre os níveis
1 e 4 da categoria de professor Adjunto é de R$579,73 reais, valor não muito grande,
fazendo com que muitos nem se preocupassem com a ascendência no cargo. No entanto,
com a criação da classe de professor associado, a distância salarial entre um professor
Adjunto nível IV e um professor Associado também nível IV é bem maior, R$ 3511,15,
fazendo com que a partir de então, aqueles professores que estavam por alguma razão,
adormecido na carreira, começassem a buscar as progressões (valores obtidos em julho
de 2010).
Por outro lado, se considerarmos quatro classes dentro de cada nível, atualmente
um docente tem pela frente quatro classes e portanto, 16 níveis. Dois anos cada nível,
daria 384 meses (16*2*12 = 384 meses), ou seja, um professor que entrar no nível I da
carreira atual levaria 32 anos para chegar ao cargo de professor associado nas condições
atuais. Teria ainda a questão do salário, o professor entrará ganhando R$ 7.333,77 reais
como adjunto doutor ou R$ 2.762,36 como professor auxiliar com graduação?
Bem nos dois casos fica difícil manter bons professores e pesquisadores
trabalhando para as instituições públicas de ensino, o que faz muitos de nossos
professores e pesquisadores recém qualificados buscar novos horizontes e muitas vezes
abandonar as instituições de ensino superior, ou até mesmo opta por uma carga horária
reduzida para atender os seus consultórios, que é muito mais rentável que atender as
IES.
Para tanto, rever o plano de carreira dos servidores públicos do magistério superior
é uma alternativa, que poderá compensar esse desgaste salarial de forma a melhorar as
condições de remuneração dos docentes e possibilitar que os mesmos permaneçam nas
instituições de ensino e pesquisa e mantenha a qualidade do ensino público que temos
no Brasil. Isso deve ser realizado, assegurando também uma aposentadoria digna aos
grandes mestres das Universidades, que dedicam uma vida inteira ao seu trabalho. É
bom lembrar que como estatutário, o aposentado das IES tem simplesmente o salário
para viver o final da vida e que muitas vezes em função das gratificações, ao se
aposentar tem o salário reduzido.
O que fazer para melhorar? Criar uma nova categoria na carreira do magistério
superior? onde inseri-la? Se colocarmos acima do nível de professor associado não seria
justo, visto que o professor associado hoje de maior nível passou para o nível três agora
em maio de 2010. O mesmo terá mais 04 anos para chegar no nível quatro de professor
associado. Se for criada uma nova classe, mais 08 anos como professor da mesma (isso
para quem esta no topo), teriam mais 12 anos.
Se pensarmos naqueles professores que por alguma razão não pontuaram na
carreira e estão com Adjunto I. Bem esse é pior, pois terão 12 níveis pela frente, 24 anos
e provavelmente se aposentarão sem chegar se quer a categoria de professor associado
IV!
Uma proposta seria permanecer as mesmas classes existentes atualmente (Auxiliar,
Assistente, Adjunto, Associado e Titular), porém com escalas diferenciadas, e
interstícios menores (18 meses).
Os professores que ingressarem a partir de agora, no ensino superior, ingressam no
nível I da categoria de professor Auxiliar (com 04 níveis). O professor permanecerá
nessa fase por 72 meses.
Uma vez cumprido essa fase e o estágio probatório, o professor passará a subir para
as próximas classes, professor Assistente (06 níveis), professor Adjunto (06 níveis),
professor Associado (06 níveis), todas com interstício de 18 meses. O professor que
ingressar dessa forma, levaria 33 anos para chegar ao topo da carreira, se atender a
todos os quesitos solicitados e portanto estaria pronto inclusive para disputar o cargo de
titular, caso esse permaneça (Tabela 1).
Para os professores associados está se criando mais 02 níveis o que faria com que
esses permaneçam mais no mínimo 72 meses (04 níveis) para se aposentarem com
salário total de associado VI, ou seja, mais seis anos para esgotar a classe de associado.
A maioria dos professores que se encontram nessa classe estará se aposentando nos
próximos dez anos. Manter-se-ia os direitos adquiridos dos mesmos, que teriam uma
aposentadoria digna.

Tabela 1. Categorias criadas para atender a carreira do Magistério superior,


quantidade de níveis por classe e número de meses dentro de cada classe, respeitando
um interstício de 18 meses.
Categoria Quantidade de Níveis Número de meses
Auxiliar 4 72
Assistente 6 108
Adjunto 6 108
Associado 6 108
Total 22 396
Quantidade de anos 33 (396/18)

A introdução de uma classe de professor sênior seria interessante não como uma
nova classe, mas sim para atender os professores aposentados, que quiserem continuar a
se dedicar a pesquisa, graduação e pós-graduação. Esses teriam assegurado uma bolsa
(Capes, CNPq, Tesouro Nacional ou das Fundações Estaduais). Tal categoria
permanece nas Instituições de Ensino Superior, em suas salas e laboratórios, mas
repassando o seu conhecimento e colaborando com os novos professores, de tal maneira
que para cada disciplina em médio prazo, poder-se-á sempre contar com um professor
sênior auxiliando e treinado os novos recém ingressados. Isso assegura a continuidade
das pesquisas, manutenção dos laboratórios, permanência de mais tempo dos curadores
das grandes coletâneas de materiais estocados em amplas salas e museus e que devem
ser preservados para o conhecimento atual e de futuras gerações. Além do auxilio na
solicitação de verba para projetos de pesquisas.
Ainda mais.
Dentro das categorias sugeridas os professores poderiam optar por estar somente
dentro de sala de aula e ai o mesmo iria repassar conhecimento, ministrando um número
maior de horas aulas, visto que só fará isso. Ou, o docente pode também optar por dar
aulas e fazer pesquisa ou extensão. Ai teria um número menor de aulas, seis horas
semanais para a graduação e três na pós (o departamento deve reconhecer e respeitar as
aulas da pós, mesmo que a pós seja de outro departamento ou unidade da IES).
Após ter passado para o nível de assistente, se o professor quiser assumir algum
cargo tem que obrigatoriamente ter o título de doutor, caso contrario, sobe
horizontalmente na carreira até chegar o nível VI de assistente, onde permanecerá
estacionando nesse nível até obter o título de doutor (isso é importante para a qualidade
do ensino superior).

Para aqueles que têm interesse na parte administrativa, após terminar o período
probatório e atingir um nível de assistente doutor, poderão assumir cargos
administrativos. Dessa forma quase que todos acabariam passando por essas atividades
e sem prejudicar a qualidade do ensino. Visto que os primeiros seis anos de atividade
dentro da academia o professor obrigatoriamente estaria dando aulas e realizando
pesquisa ou extensão.
Para aqueles que optarem pela carreira administrativa, enquanto que atuando nessa
atividade, poderiam ficar isento da pesquisa e extensão. Seriam avaliados pelas aulas
dadas (mínimo 08 horas aulas semanais) e desempenho no cargo como administrador.
Como pontuação poderia ser levado em conta produtividade da unidade e departamento;
aquisições e obra construídas; projetos concluídos na unidade; financiamentos obtidos
pelo grupo liderado e apoiado pelo administrador; patentes, entre outros. É importante
que os administradores permaneçam em sala de aula para acompanhar o dia a dia da
instituição, dos colegas docentes, ter contato com os acadêmicos e vivenciar a realidade
local da IES.
Agindo dessa maneira, não se ira mexer em nenhuma classe, respeitando-se os
direitos de cada um. Por outro lado melhorar-se- á as condições salariais dos professores
e pesquisadores das universidades, que tem a grande responsabilidade de formar a mão
de obra pensante e responsável pelo futuro da humanidade.
Os grandes cientistas, mestres, licenciados e baixareis são quem são, graças as
universidades e aos seus grandes MESTRES que lá fizera, fazem e pretendem
continuar fazendo pesquisas, desenvolvem e aplicam novas tecnologias, repassam
informações a sociedade. Tudo isso é realizado visando o desenvolvimento e melhora
da qualidade de vida dos cidadãos e do planeta como um todo.

Prof. Dr. Julio Cesar de Souza


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