RESUMO
1 INTRODUÇÃO
DAOUN (1999), afirma que em agosto de 1999 a imprensa geral publicou matérias sobre o
misterioso desaparecimento de dinheiro de contas bancárias movimentadas pela internet. E desde
então o problema continua e a cada dia toma proporções maiores aos usuários do internet banking.
Outro fato é que não são apenas os usuários de internet banking que estão sofrendo com os efeitos
do cibercrime, mas sim os usuários de quase todos os serviços de sistemas de informação
disponíveis na internet como usuários de mesmo de redes sociais, ferramentas que tem como intuito
conectar as pessoas, mas que também tem causado dor de cabeça a muita gente.
O projeto de lei projeto de lei Nº 84 de 1999, conhecida como lei de crimes digitais ainda
está em análise por autoridades políticas e sendo aperfeiçoada embora ainda não tenha sido
concretizada por motivos que variam desde as questões penais às questões que poderiam limitar o
crescimento da rede ou ainda dificultar ainda mais a inclusão digital. Considerando o fato de que
que ainda não existam leis exatas para o tratamento de crimes digitais, as decisões judiciais são
normalmente estudadas e julgadas caso a caso e normalmente utiliza-se também das conhecidas
jurisprudências, assunto do presente artigo.
2 JUSTIÇA E LEIS
ATHENIENSE(1999) em seu artigo “Justiça derruba anonimato e pune cada vez mais por
crimes na internet”, publicado em 15/10/2008, afirma que: A exposição excessiva é o primeiro
ponto que os especialistas acham importante combater. Por conta de uma comunidade no Orkut que
o elogiava por ajudar os alunos a colar, o inspetor J.A.Q.M. foi demitido por justa causa de um
colégio gaúcho. Foram as fotos expostas pela psicóloga A.C.C., no mesmo site, que permitiram a
criação de perfis falsos em nome dela, com informações de que era lésbica e prostituta. É preciso ter
em mente, segundo Atheniense, que, apesar de conseguir indenização ou a responsabilização
criminal do ofensor, a vítima pode ter de suportar o fato de a agressão não sair do ar. "Quando o
ilícito cai na rede, é impossível retirar completamente.
Costumo dizer que, na era da mídia digital, todos poderemos ter nossos 15 minutos de execração
pública. Então, é bom se precaver."
Na Europa, foi criada em 2001, e vigente desde 2004, a convenção de Budapeste que trata
da prevenção e da punição a crimes de ofensa contra a confidencialidade e a integralidade de
sistemas de dados e de computadores (como invasões de crackers a sistemas bancários) e a crimes
de ofensas praticadas com o uso de sistemas de dados e computadores (como pornografia infantil e
racismo), além de prever formas de uso de sistemas de dados e computadores como evidências em
processos criminais.
Baseado nesta premissa discute-se atualmente em congressos das nações unidas, o que pode
ser três propostas de novas convenções da ONU. As delegações das dezenas de países que
participam dos eventos discutem a edição de recomendações para a criação de novas convenções
que estabeleçam regras para o combate aos cibercrimes, a cooperação jurídica internacional entre os
países e o tratamento de presos. Há dois dias do término do congresso, a discussão mais avançada é
a que envolve os chamados cibercrimes.
Com base no direito e leis brasileiras muitos casos de calúnia e difamação tem ocorrido em
redes sociais como o Orkut, rede social mais popular para os usuários brasileiros. Considerando o
fato da alta popularidade de redes sociais que têm como intuito servir de ferramenta de
comunicação para amigos, parentes e parceiros de negócio que pode ser utilizada também
indevidamente por utilizadores mal intencionados que praticam a difamação, pedofilia, atos contra a
honra entre outros atos ilícitos.
• Calúnia: O nosso código Penal versa sobre a “Calúnia” no Capitulo V, que rege os crimes
Contra a Honra, o qual é pressuposto pessoal do indivíduo. Os doutrinadores vêm
classificando a honra como Subjetiva (auto-respeito, a auto-estima, o pensamento de si
próprio etc.) e Objetiva (é o seu respeito no meio social, o que pensam dele a comunidade).
CABETTE(2009) afirma ainda em seu artigo que não podemos confundir a difamação com
o direito de liberdade de expressão previsto no art. 5º, inciso IV, da Constituição Federal. A
jurisprudência conhecida como ação cominatória define que:
Em meados dos anos 2000 frente à popularização da internet, muitos sites passaram a ser
pichados, ou seja, alterados de forma não autorizada recebendo manifestos de crackers
denominados “ciber-punks”.
Fato é que a maioria destes ataques são feitos como pixação virtual, onde o usuário mal
intencionado tira a página inicial de uma empresa ou entidade pública e troca o conteúdo original
por manifestos ou livres expressões.
Embora não existam leis que regulamentes estes casos, as chamadas perícias forenses
computacionais, analisam os casos de atos ilícitos e através das provas coletadas em mídias e logs
de acesso.
Outro caso que vem sido analisado é que considerando que funcionários da área pública
possuem acesso a servidores e sistemas de informação que se mal utilizados podem causar grandes
danos em uma nação, a lei no 9.983, de 14 de Julho de 2000 que se dá por:
5 CONCLUSÃO
A justiça ainda engatinha no que se diz respeito à leis de crimes digitais, porém observa-se
uma posição sensata na aplicação das perícias forenses pela análise caso a caso baseado na
apreensão de mídias logs de acesso.
Observa-se também que pouco tem sido feito em relação à quebra de anonimidade na
internet o que permite ainda mais que os criminosos digitais atuem sem medo às punições e a
dificuldade no rastreamento e coleta de provas.
6 REFERÊNCIAS
ATHENIENSE, A. Justiça derruba anonimato e pune cada vez mais por crimes na internet .
Disponível em: <http://www.dnt.adv.br/noticias/informatica-juridica/justica-derruba-anonimato-e-
pune-cada-vez-mais-por-crimes-na-internet/> Acesso em: 20 jun. 2010.
ATHENIENSE, A. Países estudam criação de uma convenção sobre cibercrimes. Jus Navigandi,
Teresina, ano 4, n. 37, dez. 1999. Disponível em:
<http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2156778/paises-estudam-criacao-de-uma-convencao-sobre-
cibercrimes>. Acesso em: 19 jun. 2010.
DAOUN, A. Os novos crimes de informática . Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 37, dez. 1999.
Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1827>. Acesso em: 19 jun. 2010.