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' Ano 1—N. 6 Maio de 1920 CPAL ) | ANIBAL QUEIROGA forror JOAQUIM NOGUEIRA | Aurora Social Boletim mensal orgao oficial da U, S, 0. de Evora, de educagag propaganda associativa Distribuigao gratis a todos os operarios sindicados | | Redaccdo-—P, Joaquim Antonio d'Agular, 44-BYORA <& Proprledade du U, 8. 0. de Erora —EVORA ‘Composto © impresso na Minerva Comercial, R. da Republics XD € 7&6. CHIEICAG® 7,190. IMORT ALIDADE Gloria acs martires do reacionarismo capitalista Norte-Americano 1 A. Fisch 2 J. ENGEL 3 BR. Pakson: 7 41, LINGG 5 A. SPIES 6 ML. Scrwas 7S. FIELREN 8 Q. NEeBes tonal , AURORS: SOCIAL. Ol. DE. MAIO 2 A Federacdo dis Trabalhadores dos Estados Unidos e Canad, reunida num congresso emi Chisago, em 1884, deli berou votar a gréve geral no dia 1.° de Maio de 1886 para a Conquista da jér- nada de oito horas: Chegado esse dia produz-se o formidavel movimento, ¢ a policia atrepela, mata e fére muitos grévistas. No dia 4 quando um pelotao.. de gendarmes ataca os operdzios, que na praca Haymarket (Chicago) protes- tam contra as violencias da autoridade, festdla: wera: bomba’ no: meio, delesy-mia tando dez, Nunca se soube quem a 3 rou. Potém o furdt canibalesco dos policiotes ‘republicihos, afirma:se bar- Baramente, fusilando @ ésmo, Mais de oitenta populares encontraram a morte nas méos daquels horda ‘de bandidos assalatiados ‘pelos dominantes da: rept. - blica. E em vez de buscarem o° verda- dejro aur do afentado. prendem oito militantes operarios gue pelos seus dotes de inteligencia e actividad se dis- tinguiram no colossal movimento ¢ cin- denam tres a trabalhus furcados e cinco 4 morte! Que os detidos estavam inocentes, Provaram-no as varias pecas do pro- cesso, e afirmou‘o a imprensa operaria mundial, juizes mais tarde confirmados pelas investigacdes a que procedeu o governador de Illinois, o qual pos em liberdade os trabalhadores condenados a trabalhos forcados e publicou uma memoria onde provava, com milhares de detalhes palpaveis, concrétes, positi- vos, que 0s. condenados 4 morte: esta- vam {do inocentes do crime que Ihe assacaram. como o proprio presidente” da sepublica. norte-americana! ‘A convicgao de que os operarios exe- cutados estavam isentos de toda a culpa; as circunstancias do assassinato juridico; © tristissimo facto da morte das mass, amantes © esposas dos sentenciados & péna ultima; os discursos vibrantes dos acusados, e a serenidade com que subi- ram a0 patibulo produziram grande comogio no mundo do trabalho, e¢ 0 1 de Maio ganhou corpo @ vida no meio das massas, comovum dia de luto € de revolta, ee ah “dita da grévéy anivérsario:do assassinato.desses quatro sess ime oc e har oy apenbrems, tomar fori mefnoria das 'infarhias cometidas soa dos cinco martires: de Chicago midabilissima ¢ dum crime horrive £0) pelo proletariido universal. Em <0s nels chegar esse dia, 0 protesto grond Ben rah 4 burghfn fac geet fio -sado. en, esolveu Maio cont rs - Z dores nao sabemos se part tifaF 0 terror fos capitalistas, fizer oposi a0 protest real BHGhiok que “tava de: ano para deviam ser ambas as coisas. os que amam. a verdade, dedicavam e deticam essa data de luto e de révolta a recordar gicos dos que csiram na luta magna- nima em prol da total emanzipac trebalhadores, no como iddlatras mas sim para demonstrar aos burgueses © a0s goversantes que néo so cumplices dos seus crimes, os socialistas parlamen- tares organisavam, e organi festas campéstres, © toda a diversdes com fungdgds © morteitos, como se fusse possivel, que os optim: dos ¢ explorados possam ter um dia indicado para fazer festanca, vivendo, como vivern, num regime social, onde tudo convida d revolta, onde se leva uma vida miseravel e desgracada, cheia de fome, de misétia, de desumanidade ede selvageria. cias dum tal regime, barburo © iniquo, © unico dia de festa que pode haver serdaquele em que. desembaragando se | de todos 08 convenctonalismos, dogmas © prejuizos que o oprimemn, possi viver uma vida feliz, sendo ° dono! absolute. Q8 periodicos operarios, muito tempo falavard deste incidente, Durante os dois ae eiros, snes, 01,9 de Maro, “ry de’ Novembro, cb visto que um, Linge, je limpidas No roletar' jitava alguiha < ondeta.e que se ia nut facto gue havia de per oa ate © 1.9 de Maio, data duma gréve fe asagrado, ,.permita-se.ngs, re na 889. (tres deppis) fac Saat lista reali 6,01 de abalha ino; Naturalmente De entdo “para c4,! emquanto todos _esforcos. ener- dos Par 0 povo que solre as consequen- AURORA SOCIAL de tudo quanto produz, de tudo. quanto . ihe cenceleaatasaauapecons GS ORAS - lidadey emfim; 7 Enido pode o pov consagrar um dia o gy 10 ¢ 12 horas de trabalho com uma aru fwzer fests. Mas emquanto restr set olicacao mecanica que ndo.deu a esctavo da. propriedade: privada e do Girima palayra visto, que a electricidade Fstadojo-pove deve revaltarse: ©Pre- (forca motriz do, Universg),. ainda. esta {estar Bontinuamente, defininds posicbes eee een esa uventudey © d¥ixindd-se de: festarélos que: *6 - comtuda, jd constata, uma espantosa tedundam’ emiscuprejuizo.\Haiaem <\.erabundancia de producto em todos Vista queos.governis jéideclaramferiadd (. mercydos mundiais, causa directa: de cred gus am som adh pa aeumin gue apy 9 aes Publica edigdes bem cuidadas, para ex- Salen seater gun, aadelee, UR plorar’ a; simplicidade, dos. incrédulos se Dee innate. trabalhiadores. bi citar dgneuilec gehen. 2o estore cismo do desemprego milhares de trax {alhadores, proyocando assim 0 vicio da octosidade que, simultaneamente com & miseria, fomenta n’uns 0 instinto dos entadgs, das burlas e dos crimes, € nloutros @ gevolta mais ou menos cons- cliente, contra a ,actual orgenizacio da sociedade., A uns, e outros a let pede as severas contas dos seus actos, como Representa uma ‘aspiracaa, “qué come criminosos, c\muns, spoliticos .¢ .sociais, todas ns que: teem sentido os escréves ~ elementos perturbadores, dicsolventes ¢ através dis epocasy. a burguesia fem — Jnimigos da sociedade: mas no, para pretendida’ afogar em sangue. Nao 0 aqui a accdo nefasta dos. exploradores esquecamas, proletarios mundisis, elute es dustry * mos sem descanco até que.brilhe 0 fon; myso Sol a Anarquis, que’é a melhor ¢ mais bel forma porgue podemos recor dare honrar os martires do Progregso. E ai-tendesy proletarios portugueses, 4 origem: dos." de“Maioie so que cle significa, E% uma, data-revolucionaria de Feivindicacdes © ndo- umidid-de borga, um dia desfesta, um dia'de musicates-e de foguetorioO seu baptismo sangu folépto ni pade. ser olvidado por aqui Jes que sofrem o mal estat sociai. ‘Ele ‘A sordidez de um egoigmo sem limi- tes, lancou-os em procura de novos porr ts onde despejar -os chamados. seus productos, que verificaram nao diminui- Tae aeneha rane rem apesar do despedimento de milha- huz ao Povo _- res de bracos e dahi o-resvltado de uma guetta que se.chamou di Liberdade “Femos sobre a nossd mesa de traba- da Civilizacdo, quando ela foi tio s6- Iho o primeito:numero com este suges- mente 0 gladiamento dos. interesses tivo titulo, publicado pelo Nucleo Juven- opastos, do. mercantilismo. comercial. € tude Anarquista de Coimbra, industrial, defrontando-se nessa guerra Impressiona-nos, e enche-nos de fé 2 millides de trabalhadores, que se dila abnegagéo ¢ a vontade de-ferro’daque- ceraram ¢ assassinaram: mutuamenté les. denodados *eamaradas, atiranda a por uma causa diametralmente oposte lata pela emancipacdo proletariaia Lug 4 sua. i eae a0 Povo, 7 ‘i ImpGem-se, pois, a tados os analistas Claro. de revolta santa, iluminando da actual organizacHo social ¢ econo- com a chispa prescrutadora da historia, mica da sociedade, 0 dever de dizerem 4s frontes de tantos:martires queatra- as classes praductoras que néo devem vés os seculos; na luta ingente dademo- trabalhar mais que ‘8 horas cada ligGo do, erro. social ide-que séo vitimas dia, unico, meio pelo qual: diminuira a os trabalbadores, teem,tombadovenci- producio. ¢ consequentemente _ sero dos pela: morte. - reintegrados nas industrias os sem tre- ‘Ao nove paladino da revolucio social alo, iniciando assim. 0 saneamento aU, S. O: de Evora pelo seu porta voz marl ¢ economico da sociedade pela a Aurora Social envia saudacdes fra: diminuic¢do da oferta e aumento. da ternaes. pracura. \ 6s _ AURORA SOCIAL DESPERTAR! Acordar, erguer apés a quietude se: mi-morta da letargia da materia, Des- pertar rotativamente ha milhares de anos para a luta formidavel da vida. ‘Tem passado bilides de dias solares marcados no relogio do tempo. pela rotscio do globo terraqueo, em que uma legido sofredora que se chama: cudra, paria, gleba, ralé, operario, pro- letariado, desperta todos os dias de so- bre os farrapos humidos onde repousa a fadiga e a fome da vespera e, a0 alvo- recer das primeiras fulgurac6es dos raios solares, 14 vae numa heroicidade estoica, com a pujanga do braco e do cerebroy edificar, construir, desenvolver 0 pro: gresso, a sciencia ea felicidade humana, E, simuitaneamente, outra legido in: sofrida, que se denomina kchatria, feu- Gal, burgueza, capitalista, com a sua cohorte tétrica de escribas, sacerdotes, carruscos © srautos, despetta: de’ sobre ci lchas douradas onde repousa a mori dez libidinosa, e If vae na sua missio dissolvente, apregoando o privilegio da Sua raca superior que tripudia, prostitue, Sequcia e assassina, em nome de Deus da Patria, da Lei e do Estado, Quantas lagrimas?! Quantos milbde: de victimas atravez centos de seculos, soltando pragas e maldicdes contra Deus, que nao repartiu equitativamente © patrimenio da natureza por todos os seus filhos; contra a Patria, a Lei e o Estado, qué Ihes cerceiam 6 direito de viver, de pensar, de agir, pela livre aco; que roubam em nome do Direito, que escravisam em nome da Liberdade e matam em nome da vida nacional. E a Patria, a Lei ¢ o Estado, os Kehatrias dos vedas, os Cezares dos romanos, os Magnos e os Burgos dos’ gaulezes, espectros sanguinarios do egois- mo, do odio'e da morte, desperta todos os dias para o mal, ‘Os cudras, os parias, 0 proletariado, agentes da paz ¢ do progresso, desper tam todos os dias para o bem. E Deus, que ndo desperta porque nfo dorme, na sua altissima mansio celes tial, mais velho do que o mundo, visto ser 0 seu progenitor (segundo os livros sagrados), caducou na sua divina sabe- doria e fez de capa de ladrées, locuple- tando os maus com todos os beneficios “da natureza e condenando os’ bans ao ostracismo ed miseria. | 9 Estranho despertar, porém,. vae agi= tando os povos num estremecdo mun- dials é o\despertar do escravo, secular- mente mergulhado no letargo da igno- rancia ignominiosa; & a consciencia re- voltada que Ihe comeca-a segredar: levanta-te paria, identifica-te com os vinte e cinco caracteres do alfabeto que teem mais luz do que as, constelacdex ‘do firmemento (Guerra Junqueiro). Pres- \cuta a sciencia, © ela te constata que Deus é um mito e te emancipard d todos os dogmas, de todos os preconcei- tos sociaes. ey entdo, abolirds Deus, Patria, Lei e Estado, arrazards fronter -ras, estabelecendo assim a paz universal Abolirés a propriedade, comunisards a ‘materia prima e as maquinas; resolveras todas as relac6es sociaes pelo teu livre acordo; proclemards, emfim, a sociedade comunista, onde nfo podem existir 0 roubo e a guerra, que soa consequen: cia logica da sociedade burgueza, funda- mentada na mercancia comercial e na exploracZo do homem pelo homem. #1 €0 despertar dos povos. rr Um diario comunista Os anarguistas do Pérto vo congre- gar todos os seus esforcos, todas as suss inergias, para a realizagao duma obra verdadeiramente colossal. A AURORA, 0 nosso modesto quin- zenério, seré transformada em. breve num diario Comunista-Anarquista ¢ pas- sard a denominar-se: 1 A COMUNA Chegou enfim o momento de vermos realizada a nossa aspiracéo de tantos anos, Sao pesadissimos os sacrificios a rei lizar. Séo. inumeras as-dificuldades vencer, Mas, a necessidade absoluta, inadiavel, que os anarquistas portugue- zes teem, de lancar 4 publicidade neste momento, um o:gao exclusivamente seu, ~ impGe a todos o dever de’arroster com todos os sacrificios, com todas as dificut- dades para a concessio deste desidera- tum. eat Nunca, como agora, se impoz tanto a AURORA SOCIAL 65 necessidade da fundacdo dum didrio anarquista. B’ que a’ nossa missio de- molidora esta prestes a conciuir-se..O Tegime capitalista esta aluido’nos seus alicerces, Comeca a desmoronar-se. Nao & preciso tocar-lhe mais. O resto far-se- ha por si mesmo. O que é preciso ¢ ini- ciar quanto antes a grande obra de re- construeao social e lancar as bases de organizacdo da sociedade futura, E essa obra de reconstrucdo ¢ organizacdo po- litica e econémica s6 aos anarquistas ¢ sindicalistas pertence, A COMUNA surge no momento proprio, a contribuir com a sua quota parte na grandiosa tax Tefa da Renovacdo Social, demunstrara que so as realisacdes comunistas énar- Quistus so uma consequencia logica da forma de organisacdo do proletariado da Europa Ocidental e da’ civilisacio ame- ricana © procurard definir, ortentar ¢ metodizar a acco dos libertarios antes, dursnte € apés a Revolucio Social que se avizinha. y Aa COMUNA | extremard os campos, definird atituues, desmac.irard todos os munejus politicus, venham donde vierem, tendentes a fale sear,—com fins inconfessaveis,—o ver dadeito objectivo da proxima Revolucdo, Impedird a’ aceao tendenciosa dos falsos apostolos, dos meneurs profissionais, mas acolherd fraternalmente, esquecerido ém- bora antigos resentimentos, ligeiras fale tas, todos quantos Ieal, honesta e sin- ceramente queiram vir para o nosso lado, cooperar com o seu esfurco, ¥ sua boa vontade € 0 seu valor, para a edificacio da Sociedade Nov: i a COMUNA conta jd com o concurso intelectual ¢ material de valiosos elementos. E’ ja importante a contribuicdo | monetaria subscrita. E’ porem insuficiente ainda essa importancia, em--vista das enor- mes despezas qie temos de realizar. E? preciso, portanto, que’ todos os que comunguem no nosso ideal, ¢ como nos reconhegam a necessidade de levar 4 © mais breve possivel a nossa iva, venham imediatamente pres- tar-nos 0 seu auxilio. Camaradas! Mao 4 obra. Querer ¢ poder! A’vante pela Comunal QUANDO. EU RASGL IK ISTO ASSIMLERA- A. sciencia depois*de uma aturada tnvestigacdo sobre a evolucdo césmica do planeta que habitamos, declara que a evolugao das sociedades € a resultante ou a acdo diréta do eyolur da natueza. Mas @ analise historica das civilisacGes dos povos e ainda da atual estructura da sociedade, demonstra que nao temas acompanhado a par e passo a evolucdo da natureza. ee Qual seré pois a causa desta dife- Fenga que se constata entre o homem e a natureza, colocando aquele algumas dezenas de’ milhares d’anos distanciado da evolueao natural? Engenar-se haa sciencia quando faz uma tal afirmacdo? Evidentemente que nfo, visto que 0 “homem € uma parte integral da mesma natureza, com’um cerebro superiormente organisado para comprehender, acom- panhar e aproveitar todos os seus bene- ficion.> 45 : Ha ent&o uma forca poderosa que se antep6e e incompatibilisa o homem com @ natureza, . Essa forea € a educacdo perniciosa que a sociedade rutineiramente ministra as creangas, E a resultante dessa sentenca filosofica eriminosa que diz: «quando eu nasci jd isto erd assim.» As creancas so as forcas vives da sociedade futura, e é um crime de lesa moral humana fecher-lhe o cerebro a hnovas concessGe O que hontem nos parecia belo, € hoje inutil, e detestavel amanha. Eduquemios pois as creancas livres de preconceitos © dogmas. Mostremo-lhes todas as étapes porque a humanidade tem ‘passado, desde a animalidade pri- mitiva, ds. descobertas das sciencias na- turais; desvendando os misterios da na~ tureza, langando por terra os deuses, os privilegios eos erros sociais; facamos emfim uma educacio racional, baseada nas proprias leis naturais, ¢ teremos edi- ficado uma geragdo robusta e capaz de transformar esta sosiedade corruta € criminoza, onde se deseja morrer, por outra cheia de felicidade € de vida. Jora. 6 __ AURORA! SOCIAL Falta de trabalho Migeravel proletirid, “operdtio, das ‘thtaas, da” ofigiiia,” do“escritétio, do ‘afmazem} assilariddo a qifem regiteiam 0 ‘esciss0 pao! Tehs for¢a para traba- thar? tens Competencjd? sabes do “ten Gficio? Tevaste’ anos e ands a fortiar-te? ‘a ddquirir. a instruedo: profiSsional? s habil? desembaracado? ibretigeie? tens saude? 5 “Nada disso te garante’ pao, porque... goth trabathol _ Que tortures, fadcnantes i possas vendo os teus filhos famintos, tua mu- Iher {snecendo lentamente pelas. priva- Ges softidas: € tu... sentindo o agui- |hao,.da_fome-a, espicacar-te as entra- thas... € 00 coracao, 0 espinho agudo da cruciante dor, moral... : —Mas (gritards, tu, aflito) eu. poss ifabalhar, tenho saude.e sei do. meu oficio! ee —Quie ‘importa? nfo ha traba- Tho. : + —Porém (retfucards) porque: marre- mos nés°ad desamparo, nos*que nao pedimos senda. trabalho? e’isto quando ha tanta gente que ado come, que nao tem que vestir, @ quem falta onde abri- gar.o gélado. corpo contra as initempé; Figs. e guandé nos podemos, fabricar gssas vestes, produzir esses alimentos, Tevantar esses predios? quando ha tanta gente descalca ¢ nds sebendo fabricar esse calcadé?havendo yanta terra em baldio © nés disponda de. bragos vigo- rosos pata o,arduo,Javor dos campos? Sim! porque: morremos nés 4 mingua de tudo, vitimas da fome ¢ do frio, quando Se. inutilisam, fabulosas. somas de comestiveis? tao consideravels qu: tidades, de produtos, de tetidos que nos abriguem, de generos.que nos: alimen tem? Sim! Porque, prdpasitadamente se queimam, se destcoem por. todas as formas, quantidades ¢ quantidades de tudo quanta a industria, o saber humano podem. produzir: quando nés,, famintos, nus, sem pao, sem lar, sabendo produr zir tado quanto-a vida necesita ¢ tendo vigor nos musculos, nq podemos apli- car 0 nosso saber endo nos € permitido comer na mésma ocasido em que tanto ~forcal Emguanto nao a tiveres, & crime @ tanto Se esperdica e propositadament se -estaga? Sim! ade @ iF Escusis de estar com reflex miseravel » protetsrio, ‘vill assalariddos Tens de morter, de tudo carecendo, porque assim € preciso para uma mino- Tia poder gosar'de’ tudo! “A “materi prima: ablindas os produtos nao faltam; a sciencia fo seu incessante progredir, aumenta fabulosamente os meios de producao para que nada falte ao home e-contudo... ta mofres de inanicau! Que quercs? has de morrer ‘estiolado porgue a tel minoria- deve viyer na.ple- tora da abundancia... “Porem! nese €as0)'(regouga as t vamos roubar ‘afim de podermus mentat-nos sem que esd minoria déixe de ter sustento: tabbem, ‘Trabalbe ela Como ids temos trabalhado ¢ terd assim direito § Vida. NAo Ihe negdremos esse direitos mas exigimorlo pare nds “egual- mente. E pois que na actualidade somos Expoligdos do que-custou 6 nosso traba- Tho, bom‘é que hoje, que estamos a cair de fome, Izncemos mao do que produt zimos ¢ outros estae fruindol = % —Atreve-te a isso, desprezivel bichy € verds.todo.um bando.de moralistas € de, boas -almas temerites a Deus, cair-te em, cima, -esfacelar-te 0, corpo’ com 0 suplicio do castigo.e torturar-te 0 schti- mento com 6 requintada martiria moral ” de mil. preconceitds, sociais, de dolosas concepcGes. atireaf ict Pois que julgas? Pensas gue basta ter © direito 4 posse do que produziste? 1? indispensavel ter.a consciencia da 86 0 pensares em tomar.uma parcela do que a tal minoria gosa 4 tua custa, quanto mais levares 4. pratica um pen- samento desses! ‘ Nao!s:meu carol: geme, definha-te ¢ morte ao desamparo, —Ou entéo! sim! olha para ti mesmo! repara que téns a forcal une-te aos teus pares no infortuniol-e verds como ja nfo Ser crime-o que’ fizeres! Werds ‘como essa minoria se abastardal) yerds’ como todo 6’ edifieio. socials desmorona: , uma nova moral se estabeléce ¢ a jus- tiga campeard oyante!” -" i ‘Olha ‘para ti! ola para ti! assalariado! repara que tens a forca! Educa-te © isa delat : “ José Cantos vt Souza, AURORA SOCIAL 67 nomia € da higiene’ das sociedades mo- dernas, preconisado pelos. sociologos:¢ apulistas saidos, de todas as caidas ‘socidis. Estabelece o ponto de partida’ lara a conguista de uma snci¢dade equitibrada, Consentanea e jOsta, erranceda spelo esfurco de uma mindtia “Cobiéctenciosa, ags Iegalistas demagogos, que se pracla- mam directores das gentes, donos do mundo, fazedores de leis regulamenta- res dos costumes dis’ sociedades,. sem ‘érem que quanto mais’ legistain taint ‘mits se ‘dproxitiam’ da titania’ ‘huis fomentam’ a rebeldia das .classes deserdadis, visto que a lei escrita, ‘apes sur de mascatada com aliberdade. igual- dade ¢ fraternidade, ¢ a negécad dis ‘eis naturals, unicas que,pesriquicamente ‘influem nos destinos dt hutmsnidade, qiie desde:tempos preistoricos vive amul= tada pela Tei escrita ab thotico.‘iguotni- nioso da serviddo © da miseris,-imposte peli fraude de ‘um roubs .grussero.que €$Sa'mesma lei sancions ‘combs principio ‘di justica, difsdinddo: dé um poder sobre: mitural que estabeleceu'v Privilegio de wma casta que’ se-apaderou; de:todos os. bens naturaes ¢ viyeiocigsamente d barba__ longa 4 custu do trabalho alhew, explo- rando, tripudiando, profiting eases sinandd em nome do dirvito’é. ds Hei. Com. que direitogum.patasita de maos diafanas ¢ enluvadas vem perante, as forcas vivas da, socked adoris. de toda a produgdo, detudas as marayilhas do .trabalh, dizer-Ihes num decretwo de Tel, um horario de trabslie, se. éle & um profeno, amt iautil tt if ioutil. social Sepa 2 Mas nao ha Baixareis, oem nem! defutados, ‘nein presi dentes, reis, imperativres; nem , Deus sem Pfo, eo. pao <éid resultante da fecundidade do ,trabatho.,para ©. qual todas ¢ssus nulidades nfo teem consti Buido, ‘Os trabalhadbtes ‘indo précis’ que thes: facamy jlegislug&o operaria, essa rais- so hade, ser obra exelusivamente, sud Nos sabemos bem 0 que ueremus, © para‘onde: vimes, : “Desaparece a pequehia industria cami ~ dizem alguns industri 2? a marcha -sfétal da evolueaa; Desaparécem a8 eos. tumes acanhados ¢ rédimentares da pequena sndustria, subvertidos pelo pro- ignesso dalgeand mécanita,e aconéor- Fencid das grandes’ emprezas. capitalis- tas que em sindicatas: poderosos centra- Jisaram, 4 produgdo humans. Nav. pods- reis vs outros, pobres amigos, concos: rer ng, mercado i essa grande’ industria ponque nao sois cepitalistas? Elitao, fechai, as, porias, das vossns pobresificinass © vinde. para nosso Jados: entrae, nos nossos ‘sindicatoss, ‘nas mosses federacdes cooperativas. que mais sande! cohstituirfio emia organisdedo;‘ur forca superior que subverteré por 4urno\ 70s grades. sindicatos’ industriais da atualidade, que impelides pela force das cireunstanicias icentralisam a. produ 80, iniciando sem duvidao principio das comunas, duturo..proximo’ das sotie dades bamanas. (E.tal futuro -€ nosso,'¢ ssc proletaria..E? auluma. civil jeitedas, que teem'vindo. suce- Gdemdo ghoataz slisetulan, + © Vop dutrosiehrgusteis ag epogeu do. jwosso. dominio, ‘Nauspedeis subir mais. ‘Esta proxima a vosea puragem. . A obra. do-Estado: »» oes _Espantam-se e.clamam, contra a‘chiiss, ma’ de diplomados.em 1 publicos, B’ tolo 0. espan A Cohsequencia logica da orientacdo ficial do-ensind €fareisamente esta. O, Estado s6, prepacaa macidade para asto ou para a militenca. Ou buehubeis mu- “teix, ou militares” prejucheibis” Exuge sé ao exirdmmo a preoccupied) de fret agar’ patriotasc ngo ha. muitp que.se We twodaa-mocidade devdria ter ogee O ‘inte lost @ aliFgems 0 resse do eee que do € absoli tumfente oda. eslectiidudey -€ tude. Quer se-unilrmidadé-no-mudd ‘de per Sar-e ndo Se procura regpeltat 0 pensi- “mento de cada um. Noutros tempos os padres /prepardvaii ‘Bons e ferventes hoje cticm-se guerreiros ou Servicnis dos Estado, 3 ~ Fapto-Lavz. SR 68 AURORA SOCIAL. Vida Sindical ; Unido dos Sindicatos Operaris de Evora Reuniu no dia 26 0 Gonselho Central com a representacdo de delegados de toda a organisacdo operaria de Evora, tomando resolug6es sobre o dia 1.° de Maio. Outrosim tambem layrou o seu: vee: mente protesto, contra a. persegnicdo sistematica que de um modo: geral esta sendo feita ‘@ organisacdo operariay sus pendendo arbitrariamente 0. seu orgdo- diario, A Batalha, al da CG. T, e U. alguns sindiatos. E’'necessario que a organisagao. ope- raria de todo’ pais demonstre exube- rantemente "a sua repulsa contra tal estado de coisas, E vem ha uns bons 10 anos 0 opera- tiado portugués em: revolucdes, conti- nuas derramando'o seu precioso sangue, para melhorar; a sua situacdo politica, economica ¢ social, -e cvda vés\sé ve mais faminto © tiranisado, B’ que as revalucdes que tem feito nfo sfo suas, 880 dos seus inimigos.. Uses. OL” | Balancote do mer de margo, 1920 - . RECEITA Saldo de Fevereiro 2. | Renda da cows do'S, Mixto, Dezembro, es do encerramento “O. de Lisboa ¢ 1892195 DESPESA, Renda da casa da U.S.0. 20. Mixto, ‘mez de Novembro... So cartOes e giz para ardazia 1.2... Duas cauernetas, receita e despeza - Um dicionario......-..-.. Dictadura proletaria,. Ao S, Miso, energia elesticd dé 6 Ou TUbrOwseten eens ‘Ao professor, mez de Margo. ‘Ao continuo,» Renda da casa do mez de Abii” 0 5 da «Aurora Social Energia electica, mez de feereiro 5 cadernos de papel.. : Saldo para Abril......-. 0 Secretarlo Geral Joaguim Noguei 0 Tesourelro André Silva. Sindicato Unico das Classes de Constaréo Civ, Era Balancote do trimestre de Fevereiro, largo @ Abril de 1920° RECEITA Saldo de contas do movimento de au mento de silario.s.-. iimportancin de selos obrados wx gaderaetas sc. os > a selon e eadernetas da secgio da Papdieli cs... Importancia de selos © exdernctas da Recgio da Azaroja. mportuncin de selon e eadsrnetas da Seegio de'S, Miguel de Machede * Soma.. aS DESPEZA Pefcntagem 29 eobradon { posta pasta para folhas de des Gita eles. 1 fechadura de gavel aa de delegados Azirojas i livro para matricula de sindicatos. ; nite be tonaeseen So Ua’ de delegados 9 Veni 3815 >» Pardiela 9887 Para essolada US. 0, Margo's Abril 38586 Renda da séie social; Margo e Abril. 6800 Regu, dg um val de corso paraa N.C. 831 Pogamento @ F) NYG. G. p: ‘de 2400 selos bonus Soo cadernetas e250 verbetes, Quota 4 U.S. 0., Margo ¢ Abril. Soma,..-.-- Saldo para o proximo trimestre. ‘7807 “Evora 30 de Abril de i920. O Secretario Geral OTezoareira Joao B. Alcanena. » José F. Batista. Mostrae-me um general, um bangueiro © um: padre, que eu vos spontarei 0 crime, © roubo © ‘embratecimento da especie humana, f Cut. Rossiavor. —_—_— Anibal Queiroga Por motivos estranhos a sua von- ea tade, este dedicado camarada sairi breve para Lisboa para onde vae trabalhar, privando-nos assim do seu concurso na Aurora Social, com- quanto ainda tenhamos 9 seu nome na cabega do jornal, por nao o podermos ainda ter substituido. “& Renace

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