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O documento discute conceitos de direito tributário como isenção, imunidade, não-incidência, anistia e remissão. Apresenta um quadro comparativo destes conceitos e analisa questões como a distinção entre isenção e alíquota zero, direito a crédito tributário sobre insumos isentos e a possibilidade de isenção parcial.
O documento discute conceitos de direito tributário como isenção, imunidade, não-incidência, anistia e remissão. Apresenta um quadro comparativo destes conceitos e analisa questões como a distinção entre isenção e alíquota zero, direito a crédito tributário sobre insumos isentos e a possibilidade de isenção parcial.
O documento discute conceitos de direito tributário como isenção, imunidade, não-incidência, anistia e remissão. Apresenta um quadro comparativo destes conceitos e analisa questões como a distinção entre isenção e alíquota zero, direito a crédito tributário sobre insumos isentos e a possibilidade de isenção parcial.
A iseno uma hiptese de excluso do crdito tributrio que viabilizada mediante uma lei criada com o fito de atuar sobre um ou mais critrios que constituem a regra- matriz de incidncia tributria, aniquilando-os de forma parcial. A iseno pode atingir tanto os critrios que integram o antecedente da norma, como os critrios que constituem o consequente da norma. Significa dizer que dentro do antecedente, a norma isentiva poder suprimir o critrio material, desqualificando o verbo nuclear. O critrio material mediante a retirada do complemento, poder, ainda, ir contra o critrio espacial, como tambm contra o critrio pessoal, pelo sujeito ativo ou passivo, o critrio quantitativo, pela base de clculo, assim como pela alquota. Desta forma, a RMIT pode ser afetada atravs de diversas formas, porm, a caracterstica de fato isento ser o mesmo, tendo por consequncia a excluso do crdito tributrio e a no exigncia da relao tributria
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) iseno; (ii) imunidade; (iii) no- incidncia; (iv) anistia; e (v) remisso.
Iseno Imunidade No-Incidncia Anistia Remisso
A obrigao nasce, Forma qualificada ou Situao em que o Perdo da falta Situao em que h o mas, por conta da especial de no- evento sequer est cometida pelo aperfeioamento da norma isentiva, ela incidncia, por previsto na norma infrator de deveres obrigao tributria, no se completa, em supresso, na jurdica tributria tributrios e tambm com o consequente razo da excluso Constituio Federal ou que resulta na quer dizer o perdo lanamento do crdito, do crdito de 1988, da impossibilidade da penalidade a ele contudo, no momento tributrio. competncia jurdica de tributar. imposta por ter superveniente, h a impositiva ou do infringido o dispensa legal do poder de tributar. mandamento legal. pagamento. Decorre da Lei Decorre da Independe de Decorre da Lei. Decorre da Lei. (Infraconstitucional Constituio Federal. previso (Infraconstitucional) (Infraconstitucional) ) (Infraconstitucional ) Art. 175, I, CTN. Diversos artigos da Construo Art. 175, II, CTN. Art. 156, IV, CTN. CF/88. Exemplo: art. doutrinria. 150, VI, art. 184, 5, 195, 7. 3. A expresso crdito tributrio utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo contedo de significao para a iseno e para a anistia? Justifique. O crdito tributrio, como decorrente de obrigao principal, prevejo como direito subjetivo do Fisco exigir prestao tributria, que implica o dever subjetivo do contribuinte execut-la. O direito e dever compem a relao jurdica intranormativa, sinnimo da obrigao principal, segundo o disposto no art. 113 do CTN. Desta forma, no, pois observo que na iseno, a expresso crdito tributrio significa que o dbito que vir a ser constitudo, ou seja, a constituio do dbito. Diferente da anistia, no qual, o crdito tributrio ser aquele dbito j existente em que atos pertinentes a cobrana j foram levados constitudos pela autoridade lanadora, a ttulo de exemplo: um auto de infrao, o qual, j foi constituda um penalidade por um ilcito tributrio.
4. Tratando-se de iseno com prazo certo, ou de iseno por prazo indeterminado,
responda: a revogao da iseno que reinstitui a norma tributria no sistema, apenas restabelece sua eficcia ou requer a publicao de nova regra tributria no ordenamento? Neste ltimo caso, dever ser respeitado o princpio da anterioridade? H direito adquirido (vide anexo II)? O art. 178 do CTN especifica que se a iseno no for por prazo certo e em funo de determinadas condies, ela poder vir a ser revogada, ou seja, caso a iseno tenha prazo certo e condies, a mesma no poder ser revogada, em consonncia, portanto, no art. 5, XXXVI, da CF, que fundamenta o direito adquirido do contribuinte e a sua revogao seria desobedincia a Constituio Federal. Em contraponto, caso a iseno for de prazo indeterminado e sem condies, pode vir a ser revogada a qualquer tempo. A iseno por tempo indeterminado est destacada no art. 178, do CTN: o disposto no inciso III do art. 104, do CTN. Essa parte do artigo destacado, fundamentado que para ocorrer esse tipo de iseno dever se analisar o prazo de vigncia, constitudo no art. 104, III, do CTN, conhecido como o princpio da anterioridade. Portanto, entendo pela no eficcia da parte final deste dispositivo, isso porque a lei que revoga a iseno no est criando ou majorando tributo, desta forma, podendo vir a ser revogada a qualquer tempo.
5. H distino entre alquota 0% e iseno? Os insumos isentos no tributados e
tributados alquota 0%, adquiridos no processo de industrializao, conferem direito ao crdito tributrio? Por qu? Qual critrio deveria ser utilizado para determinar o crdito presumido? (Vide anexos III, IV, V e VI) A alquota 0% e a iseno no se confundem, pois, enquanto a primeira no serve para excluir o crdito tributrio, mas sim para estabelecer que o aspecto quantitativo de determinada obrigao tributria possuir expresso econmica nula (0%), a iseno, trata de hiptese de excluso do crdito tributrio em razo da no ocorrncia do fato gerador da obrigao. No entanto, alguns doutrinadores, como grande referncia, Paulo de Barros Carvalho, entendem que iseno e alquota 0% so a mesma coisa, como fundamento para tanto de que a alquota 0% aniquila os efeitos do critrio quantitativo da regra matriz de incidncia, equiparando-se, assim, a uma espcie de iseno. De acordo com a doutrina, ser possvel ocorrer o creditamento destes insumos, pois o direito ao crdito no decorre da regra matriz de incidncia tributria. Em suma, embora a iseno, a no tributao e a tributao alquota 0% estejam vinculados ao critrio material da regra matriz dos insumos adquiridos, na base de clculo, estes institutos no interferem na regra matriz de direito ao crdito, que envolve o princpio da no cumulatividade. Desta forma, o direito ao crdito ocorre com total independncia da circunstncia de nascer ou no o crdito tributrio, atentando-se apenas dinmica da no cumulatividade, tendo em vista que esta que enseja o creditamento no processo de industrializao. Importante ressaltar, inclusive, que o critrio que deve ser utilizado para determinar o crdito presumido a sistemtica de apurao produto-a-produto, no se importando com o quantum fiscal que foi isentado. Isso porque, como foram os insumos adquiridos que eram abarcados pela iseno, evidente que, mesmo assim, o produto final decorrente deste insumo sofrer a incidncia de tributo. Necessrio destacar que esse creditamento adotado, atualmente, apenas pela doutrina, pois o Supremo Tribunal Federal assume posio contrria, entendendo que no haveria direito ao crdito em razo da ausncia de incidncia de tributo na etapa anterior. Concluindo, observa-se que o direito de crdito decorrente da aquisio de insumos isentos tambm uma controvrsia, no tendo esgotado suas discusses.
6. Considerando o art. 155, Par. 2, II, alneas a e b da CF, pergunta-se:
a) Existe iseno parcial? Reduo de base de clculo pode ser considerada hiptese de iseno parcial? A iseno parcial considerada uma fico jurdica vlida de acordo com o Supremo Tribunal Federal e alguns doutrinadores, como Pontes de Miranda e Paulo de Barros Carvalho. Segundo estes, a iseno parcial aquela que reduz o percentual do tributo, ocorreria o fato gerador do mesmo, mas o valor a ser recolhido seria inferior em razo da iseno parcial. Todavia, para o restante da doutrina, seria incabvel a existncia de uma iseno parcial, tendo em vista que o instituto da iseno obsta a ocorrncia do fato gerador. Ou seja, como a iseno parcial apenas reduz o tributo e no o erradica, h a ocorrncia do fato gerador, e, em razo disto, no poderia se falar em iseno. Outro argumento utilizado pela doutrina contrria, que, como a Constituio Federal no prev este tipo de iseno, deve-se aplicar sobre a iseno interpretao literal prevista pelo artigo 111 do Cdigo Tributrio Nacional, afastando-se, assim, a possibilidade da iseno parcial. Correlato a esta polmica, pergunta-se se a reduo da base de clculo uma espcie de iseno parcial. A resposta a esta pergunta depende de qual corrente ser seguida. Caso opte-se pela possibilidade da iseno parcial, a reduo da base de clculo seria uma hiptese deste instituto, pois, como a reduo visa diminuir a carga fiscal de determinados segmentos da economia, existiria a reduo do percentual do tributo incidente. J no caso de se considerar que a iseno parcial no pode existir em nosso ordenamento, a reduo da base de clculo no se confundiria com iseno, pois o primeiro, conforme j falado acima, um benefcio fiscal concedido pela Administrao Tributria, com objetivo de diminuir a carga fiscal, enquanto que a iseno exonera o contribuinte do pagamento de determinado tributo, atravs da mutilao, pelo legislador, de alguns critrios da regra de matriz de incidncia. Em outras palavras, enquanto que na iseno no ocorre o fato gerador em razo da mutilao de alguns critrios da regra de incidncia, na reduo ocorre o fato gerador e haver a incidncia do tributo, mas com a reduo valorativa do montante a ser recolhido. Diante do exposto, verifica-se que, dependendo da corrente adotada, a iseno parcial e a reduo da base de clculo podem coexistir em nosso ordenamento jurdico juntamente com a iseno total.
b) possvel lei estadual que determine a exigncia do estorno do crdito do ICMS,
relativo entrada de insumos, proporcional parcela correspondente reduo da base de clculo do imposto incidente na operao de sada da mercadoria, com fundamento no art. 155, Par. 2, II, da CF/88? (Vide anexos VII e VIII e Parecer da Procuradoria-Geral da Repblica no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11). De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, possvel que lei estadual determine a exigncia do estorno do crdito do ICMS, relativo entrada de insumos, proporcional parcela correspondente reduo da base de clculo do imposto incidente na operao de sada da mercadoria em razo da iseno parcial concedida a esta operao. Com efeito, os ministros entenderam que o mecanismo que reduz a base de clculo do ICMS na sada de produtos industrializados, prev, em contrapartida, o estorno na mesma proporo dos crditos do imposto recolhido na entrada de insumos. dito ainda que tal previso est em conformidade com o espirito do ICMS e o principio da no cumulatividade, pois o disposto nas alneas a e b do inciso II do pargrafo segundo do artigo 155 da Constituio Federal somente pode ser interpretado restritivamente, artigo 111 do CTN, o que implica em dizer que no possvel que haja o creditamento de ICMS in casu, pois tal hiptese no contemplada pelo referido artigo. Todavia, este entendimento do Supremo Tribunal Federal foi alvo de diversas crticas, e, atravs de embargos de declarao, o acrdo que dispunha o entendimento foi anulado, afirmando-se, inclusive, que se trata de um caso de repercusso geral. Isso porque, conforme j explicado no item anterior, h uma corrente que veda a aplicao de iseno parcial, pois tal instituto desrespeita os elementos de uma efetiva iseno. Portanto, por ora ainda possvel que haja o registro de crditos de ICMS quando a opo do contribuinte pela apurao do valor devido com a reduo da base de clculo em contrapartida ao estorno proporcional de eventuais crditos relativos operao beneficiada.
7. A concesso de benefcio fiscal relativo iseno do ICMS incidente sobre a aquisio de
veculo automotor por deficiente fsico demanda a aprovao por convnio, nos termos do art. 155, Par. 2, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convnio nesse caso, ela poder ser justificada pela garantia fundamental, cuja concesso do benefcio visa a assegurar? (Vide anexo IX). O art. 155, Par. 2, XII, g, da CF, no se coaduna ao art. 1 da LC 24/75, o qual dispe que o benefcio fiscal da iseno do imposto relativas circulao de mercadorias devero ser concedidas nos termos de convnios celebrados e ratificados pelos Estados, ao contrrio do disposto na CF, que dispe que reserva lei complementar federal regular como, mediante deliberao dos Estados, isenes e incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados. Isto posto, a outorga de benefcios fiscais relativos ao ICMS, sem a necessria celebrao dos convnios entre Estados reconhecidamente inconstitucional, conforme consolidados precedentes jurisprudenciais.