1. O CICLO DA GUA
Na Figura 3 representa-se um extracto das folhas norte e sul do Mapa Geolgico de Portugal
Continental na escala 1/500.000 (Oliveira, et al., 1992) [5]. Por se tornar ilegvel no se
apresenta a respectiva legenda. Sobre esta base assinalam-se as unidades hidrogeolgicas:
- Macio antigo;
- Orla ocidental;
- Orla meridional;
- Bacia do Tejo-Sado.
Adaptado de:
http://snirh.inag.pt/snirh/estudos_proj/aquiferos_PortugalCont/aquiferos.html
Algumas depresses esto preenchidas por formaes com idades que vo do Cretcico
aoQuaternrio e originam sistemas aquferos como o Lourial (O29) eViso-Queridas (O30).
Tambm na orla meridional existem sistemas multi-aqufero mistos, por envolverem aquferos
do tipo crsico-fissurado e do tipo poroso, que se constituem em formaes do Jurssico,
Cretcico e Miocnico. Esto nesta situao os sistemas aquferos: MexilhoeiraGrande-
Portimo (M3), Ferragudo-Albufeira (M4), Albufeira-Ribeira de Quarteira (M6), Quarteira (M7),
Campina de Faro (M12), Luz-Tavira (M15) e S. Joo da Venda-Quelfes (M10).
Ainda na orla meridional, est reconhecido no SNIRH um aqufero fretico, pouco profundo,
poroso e homogneo, instalado num cordo dunar entre Vila Real de Santo Antnio e a praia
Verde. Trata-se do sistema aqufero Monte Gordo (M17).
Viana-Alvito
Moura-
Bacia de Alvalade Ficalho
Gabros de Beja
- Aqufero Moura-Brenhas;
O Aqufero dos Calcrios de Moura constitudo pela cobertura cenozica da zona de Moura e
recarregado subterraneamente pelo Aqufero Moura-Ficalho. Trata-se essencialmente de
calcrios e calcarenitos, mais ou menos argilosos.
Figura 1 Sistema aqufero de Moura-Ficalho, inventrio hidrogeolgico, rede de monitorizao e sentidos de fluxo.
VI Encontro de Professores de Geocincias da Associao para a Defesa e Divulgao do
Patrimnio Geolgico do Alentejo e Algarve
No aqufero Moura-Ficalho o fluxo subterrneo faz-se genericamente de SE para NW. As zonas
principais de recarga abrangem um conjunto de relevos alinhados segundo trs eixos
principais:
- Calvos-Savos-Malpique-Atalaia Gorda.
Nas condies actuais do sistema de Gargalo no existe perigo de falta de gua para o
abastecimento pblico mas, nas primeiras chuvas, a gua captada pode tornar-se turva, por
influncia da Ribeira de S. Pedro em relao ao aqufero, afectando a qualidade da gua de
abastecimento.
Augusto Costa