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O documento discute a regionalização como instrumento de ação para promover o desenvolvimento econômico e reduzir desigualdades regionais. Aborda teorias como polos de crescimento e regiões funcionais que visam estimular o crescimento de diferentes regiões. Também explica conceitos de regiões homogêneas, geográficas e funcionais e como a globalização não necessariamente gerou homogeneização dos espaços territoriais.
O documento discute a regionalização como instrumento de ação para promover o desenvolvimento econômico e reduzir desigualdades regionais. Aborda teorias como polos de crescimento e regiões funcionais que visam estimular o crescimento de diferentes regiões. Também explica conceitos de regiões homogêneas, geográficas e funcionais e como a globalização não necessariamente gerou homogeneização dos espaços territoriais.
O documento discute a regionalização como instrumento de ação para promover o desenvolvimento econômico e reduzir desigualdades regionais. Aborda teorias como polos de crescimento e regiões funcionais que visam estimular o crescimento de diferentes regiões. Também explica conceitos de regiões homogêneas, geográficas e funcionais e como a globalização não necessariamente gerou homogeneização dos espaços territoriais.
Nas dcadas de 50 e 60 a preocupao com as desigualdades espaciais do
desenvolvimento econmico estimulou a formao de teorias econmicas de desenvolvimento regional de teorias econmicas de localizao. At a 2 Guerra Mundial Crescimento e desenvolvimento econmico eram considerados sinnimos. A reconstruo dos pases atingidos pela guerra, juntamente com a poltica do Welfare State (estado do bem-estar) propiciaram a distino desses termos: crescimento econmico passou a ser entendido como aumento na renda per capita do pas, enquanto o desenvolvimento econmico passou a ser visto como uma melhoria da qualidade de vida da populao em geral. Nos anos 1950, surge um ramo da cincia dedicado ao estudo do desenvolvimento regional. Nesse sentido, foram elaboradas teorias que visavam ao crescimento e ao desenvolvimento de regies distintas. Um ano antes do trmino da Segunda Guerra, problemas de toda a sorte comearam a ser percebidos na economia mundial. A escassez de recursos monetrios em virtude da guerra e a necessidade de reconstruo se faziam necessrios. A reestruturao das economias atingidas era eminente. Desenvolvimento econmico leva em considerao as condies sociais. Ao se tratar do desenvolvimento regional, deve-se ter em mente a [...] participao da sociedade local no planejamento contnuo da ocupao, do espao e na distribuio dos frutos do processo de crescimento. (OLIVEIRA e LIMA, 2003 p. 31). As teorias do desenvolvimento regional servem para dar suporte s polticas econmicas que alavancam a sociedade regional. Polos de Crescimento - Quando Perroux refere-se ao crescimento dos plos e ao crescimento das economias nacionais, lembra duas consequncias que esto associadas a esse processo: primeiramente a ao conflituosa entre os espaos de crescimento originado pelos plos e a ao do estado e, em segundo lugar, a ao corporativa de governanas, cujos interesses, em algumas situaes, podem dificultar o crescimento dos plos. Regionalizao como instrumento de ao: Est diretamente vinculada com s teorias econmicas de desenvolvimento regional e de localizao, sendo o conceito de regio aplicado a qualquer parte do territrio a partir de propsitos quaisquer. a forma de regionalizao amplamente utilizada para a descentralizao poltico-administrativa, onde a regio entendida como sinnimo de espao econmico, sendo homognea ou funcional (PERREIRA, 2000, p.68). Teoria da localizao Uma das caractersticas mais evidentes da economia espacial a nohomogeneidade, pois existem aglomeraes na atividade econmica e na distribuio da populao em dadas localidades. Essa falta de uniformidade na economia espacial e o reconhecimento de que ela pode ter significado econmico conduz aos conceitos de regies nodais ou polarizadas, que so compostas por unidades heterogneas (uma hierarquia de centros populacionais), que esto estreitamente inter-relacionadas com cada outra funcionalidade (RICHARDSON, 1973). Essas interconexes so fluxos no uniformes no espao, onde os fluxos mais fortes tendem a polarizar-se em direo ao ndulo dominante (grandes cidades). Em torno de cada ndulo existe uma zona de influncia, onde ocorre uma variedade de interaes. As densidades de fluxo variam na proporo inversa distncia do centro de controle Regies Geogrficas So reas delimitadas de acordo com particularidades que as diferenciam entre si e com outras. Pode ser definida por termos Histrico, Econmico, Paisagismo, Culturais, Climticas, entre outros. Uma regio pode ter vrias definies. Existe uma tendncia concentrao da atividade industrial em reas especficas de um territrio nacional, de modo que se obtenham ganhos de escala e de aglomerao. No Brasil, a expanso e consolidao do complexo agroexportador do caf, no estado de So Paulo, engendraram um processo de industrializao localizado, de forma concentrada, na Capital desse estado, fazendo com que as demais regies perdessem posio relativa na produo nacional. Conforme Tavares (1975), esse aumento dos desequilbrios regionais uma tendncia natural de concentrao da atividade econmica em torno de uma regio polarizada, que foi agravada pela poltica econmica de incentivo industrializao, que na prtica correspondia transferncia de renda das regies menos desenvolvidas para as mais desenvolvidas Regio Funcional = Regio Polarizada A globalizao mesmo sendo entendida como tendncia homogeneizao dos espaos, dos territrios, parece no ter conseguido suprimir a diversidade espacial. Concepo esta, considerada por Corra (1997, p.189) ao afirmar que a economia mundial e a globalizao no geraram a homogeneizao global, mas ora ratificaram, ora retificam as diferenas espaciais que j existiam, criando, desfazendo e refazendo unidades regionais : a regio plano, que um instrumento na mo de uma autoridade e resulta do arbtrio humano, uma vez que o espao submetido a uma deciso; a regio polarizada que resulta da interdependncia de vrias reas, sob influncia da irradiao comercial das aglomeraes urbanas e a regio homognea, que corresponde ao espao contnuo em que cada uma das partes que a constituem apresentam caractersticas que as aproximam umas das outras (ANDRADE, 1987). A teoria das regies nodais e dos plos de crescimento estabelecem relaes entre espaos em um sentido unilateral de dominao, com o espao polarizador. A regio nessa concepo, segundo o mesmo autor, organiza-se em torno de um centro, que pode ser chamado de plo ou n, que no s polariza em torno de si, como domina e orienta a vida econmica da sua rea de influncia. Por outro lado, como a regio no pode ser considerada como uma rea isolada, tambm sofre uma relao de dominao com as instncias superiores nos planos financeiro e poltico, tendo em vista que, no plano administrativo se constitui um nvel intermedirio entre o poder central e os organismos locais. Ela o quadro territorial onde se aplicam as decises dos planos de ao. No mbito da Nova Geografia, a regio passou a ter duas abordagens fundamentais: regio homognea, formal ou uniforme e regio funcional, polarizada ou nodal. A regio homognea aquela cuja identidade sempre se relacionar com caractersticas fsicas, econmicas, sociais, polticas, culturais, entre outras, em uma determinada rea (BEZZI, 2004, p. 136). Essa definio pressupe que a estruturao do espao vista pelo carter da uniformidade. Um exemplo desse tipo de regio consiste na diviso regional do Brasil em microrregies homogneas, formulada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), que perdurou at 1989 A regio funcional define-se pela existncia de um plo (n) que preside a teia de relaes que d substncia regio. Nesse caso, o carter da funcionalidade estabelecido a partir de mltiplas relaes que criam fluxos de naturezas diversas (mercadorias, informaes, pessoas, decises, idias etc.), articulando um espao que internamente diferenciado. Nesse tipo de abordagem, a cidade assume um importante papel como centro (n) da organizao espacial, plo irradiador da dinmica regional. Homogneas caracterizam-se pela inalterabilidade de critrios ou variveis analisadas, levando ao agrupamento de reas; as regies funcionais so definidas de acordo com os fluxos de pessoas, mercadorias, informaes, decises e idias. As regies homogneas e funcionais so excludentes, mas podem ser simples ou complexas. O mtodo utilizado para estabelecer as regies pode ser a diviso lgica, na qual se procura diferenciaes entre os lugares, ou o agrupamento, que consiste na procura de regularidades. Esse processo cria uma tipologia, as regies, que so distinguidas pelos seus atributos especficos, no havendo a necessidade de contiguidade espacial.