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1. Vários documentos tratam de pedidos de progressão de regime prisional ou livramento condicional negados com base na gravidade do crime cometido, sem motivação concreta.
2. De acordo com a jurisprudência, a gravidade do crime não é fundamento suficiente para negar benefícios se não estiver associada a elementos concretos da execução penal.
3. Muitos dos documentos concedem habeas corpus para cassar decisões que determinaram exames criminológicos apenas com base na gravidade abstrata do crime, sem motivação concreta.
Deskripsi Asli:
Exame Criminológico - Gravidade Em Abstrato Do Delito - Fundamentação Inidônea
Judul Asli
Exame Criminológico - Gravidade Em Abstrato Do Delito - Fundamentação Inidônea
1. Vários documentos tratam de pedidos de progressão de regime prisional ou livramento condicional negados com base na gravidade do crime cometido, sem motivação concreta.
2. De acordo com a jurisprudência, a gravidade do crime não é fundamento suficiente para negar benefícios se não estiver associada a elementos concretos da execução penal.
3. Muitos dos documentos concedem habeas corpus para cassar decisões que determinaram exames criminológicos apenas com base na gravidade abstrata do crime, sem motivação concreta.
1. Vários documentos tratam de pedidos de progressão de regime prisional ou livramento condicional negados com base na gravidade do crime cometido, sem motivação concreta.
2. De acordo com a jurisprudência, a gravidade do crime não é fundamento suficiente para negar benefícios se não estiver associada a elementos concretos da execução penal.
3. Muitos dos documentos concedem habeas corpus para cassar decisões que determinaram exames criminológicos apenas com base na gravidade abstrata do crime, sem motivação concreta.
QUALIFICADO. PEDIDO DE PROGRESSO AO REGIME SEMIABERTO. DEFERIMENTO EM PRIMEIRO GRAU E REFORMA NO TRIBUNAL DE ORIGEM. GRAVIDADE DO DELITO. FUNDAMENTO INIDNEO. DETERMINAO DE EXAME CRIMINOLGICO. EXIGNCIA DE MOTIVAO CONCRETA. DESCUMPRIMENTO DA SMULA N. 439/STJ. ILEGALIDADE. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA. 1. O Tribunal a quo cassou a progresso ao regime semiaberto e a determinou a realizao de exame criminolgico com base em consideraes genricas relacionadas com a gravidade do delito de roubo qualificado, sem que fosse apontado nenhum dado concreto que desmerecesse a conduta do Paciente. Fundamentao que evidencia o alegado constrangimento ilegal e o descumprimento da Smula n. 439/STJ, cuja exigncia a de que a determinao de exame criminolgico seja precedida de motivao concreta. 2. O Superior Tribunal de Justia j se manifestou no sentido de que a gravidade do crime ou a longa pena a cumprir no constituem fundamentos idneos para indeferir o pedido de progresso de regime, especialmente quando dissociados de elementos concretos, ocorridos no curso da execuo penal. (HC 248.488/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHES, SEXTA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 30/10/2012) 3. Ordem de habeas corpus concedida, para cassar o acrdo impugnado e restabelecer a deciso do Juzo das Execues Penais, concessiva do regime semiaberto. (STJ, HC 277.513/SP, Rel. Ministra Laurita Vaz, 5 Turma, julgado em 17/10/2013, DJe 29/10/2013)
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO AO RECURSO APROPRIADO. EXECUO
PENAL. PROGRESSO DE REGIME. DETERMINAO DE REALIZAO DE EXAME CRIMINOLGICO. GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO. FUNDAMENTAO INIDNEA. ORDEM CONCEDIDA. 1. O artigo 112, da Lei de Execuo Penal, aps a alterao trazida pela Lei n 10.792/2003, no mais exige a submisso do apenado ao exame criminolgico para a concesso de benefcios. Essa alterao, contudo, no retirou do magistrado a faculdade de solicitar a sua realizao do exame, desde que calcado em elementos concretos que evidenciem a real necessidade da providncia, conforme o entendimento assentado pela Smula 439, desta Corte. 2. No caso concreto, no houve a devida fundamentao para determinar a realizao da percia criminolgica, de vez que o Tribunal bandeirante obteve amparo apenas na gravidade abstrata do crime praticado. 3. Ordem concedida para cassar o acrdo proferido no Agravo de Execuo Penal n. 0213682- 24.2012.8.26.0000 e restabelecer a deciso de primeiro grau que deferiu ao paciente a progresso para o regime semiaberto. (STJ, HC 275.096/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, QUINTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe 10/10/2013)
HABEAS CORPUS IMPETRADO EM SUBSTITUIO AO RECURSO PREVISTO NO
ORDENAMENTO JURDICO. 1. NO CABIMENTO. MODIFICAO DE ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. RESTRIO DO REMDIO CONSTITUCIONAL. EXAME EXCEPCIONAL QUE VISA PRIVILEGIAR A AMPLA DEFESA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL. 2. PROGRESSO PRISIONAL CONCEDIDA PELO JUZO DAS EXECUES PENAIS. REVOGAO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM POR AUSNCIA DE PREENCHIMENTO DO REQUISITO SUBJETIVO. DETERMINAO DE REALIZAO DE EXAME CRIMINOLGICO. 3. FUNDAMENTAO INIDNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. RECURSO IMPROVIDO. 4. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFCIO. 1. A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, buscando a racionalidade do ordenamento jurdico e a funcionalidade do sistema recursal, vinha se firmando, mais recentemente, no sentido de ser imperiosa a restrio do cabimento do remdio constitucional s hipteses previstas na Constituio Federal e no Cdigo de Processo Penal. Nessa linha de evoluo hermenutica, o Supremo Tribunal Federal passou a no mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinariamente cabvel para a espcie. Precedentes. Contudo, devem ser analisadas as questes suscitadas na inicial no intuito de verificar a existncia de constrangimento ilegal evidente a ser sanado mediante a concesso de habeas corpus de ofcio, evitando-se prejuzos ampla defesa e ao devido processo legal. 2. Embora o art. 112 da Lei de Execuo Penal, aps a alterao trazida pela Lei n 10.792/2003, no mais exija a submisso do apenado ao exame criminolgico para a concesso de benefcios, o Juiz da Execuo, ou mesmo o Tribunal de Justia, de forma fundamentada, pode determinar, diante das peculiaridades do caso, a realizao do aludido exame para a formao do seu convencimento, nos termos do enunciado n 439 da Smula do Superior Tribunal de Justia. 3. No caso, no houve motivao idnea para a revogao da progresso prisional concedida pelo Juzo das Execues Penais, pois o Tribunal de origem valeu-se apenas da gravidade abstrata dos crimes praticados, da longa pena a cumprir, bem como de alegaes genricas acerca do cabimento do exame criminolgico, o que configura o alegado constrangimento ilegal. 4. Habeas corpus concedido de ofcio. (HC 275.702/SP, Rel. Ministro MARCO AURLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 10/09/2013, DJe 16/09/2013)
PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. REMDIO CONSTITUCIONAL
SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRPRIO. IMPOSSIBILIDADE. NO CONHECIMENTO. EXECUO PENAL. PROGRESSO DE REGIME CASSADA PELO TRIBUNAL A QUO. EXAME CRIMINOLGICO. FUNDAMENTAO. AUSNCIA. 1. luz do disposto no art. 105, I, II e III, da Constituio Federal, esta Corte de Justia e o Supremo Tribunal Federal no vm mais admitindo a utilizao do habeas corpus como substituto de recurso ordinrio, tampouco de recurso especial, nem como sucedneo da reviso criminal, sob pena de se frustrar a celeridade e desvirtuar a essncia desse instrumento constitucional. 2. Entretanto, esse entendimento deve ser mitigado, em situaes excepcionais, nas hipteses em que se detectar flagrante ilegalidade, nulidade absoluta ou teratologia a ser eliminada, situao ocorrente na espcie. 3. So requisitos cumulativos para a concesso da progresso de regime - nos termos do art. 112 da Lei de Execuo Penal, com a nova redao introduzida pela Lei n. 10.792/03 - o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior (requisito objetivo) e bom comportamento carcerrio (requisito subjetivo), ficando a lei silente sobre exigncia de exame criminolgico. 4. Verifica-se que o Tribunal de Justia cassou a progresso de regime ao semiaberto concedida pelo Juiz de Execuo com base na gravidade do delito e na longa pena a cumprir, elementos que no constituem motivao concreta para se negar o benefcio. Tal circunstncia evidencia o alegado constrangimento ilegal. 5. Habeas corpus no conhecido, concedida a ordem de ofcio para restabelecer a deciso do Juzo das Execues. (HC 268.639/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 11/06/2013, DJe 21/06/2013)
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINRIO. EXECUO PENAL.
PROGRESSO DE REGIME PRISIONAL. PLEITO INDEFERIDO PELO JUZO DA EXECUO PENAL. DECISUM MANTIDO PELA CORTE DE JUSTIA. GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO. DETERMINAO DE REALIZAO DE EXAME CRIMINOLGICO. FUNDAMENTAO INIDNEA. APLICAO DA SMULA N. 439/STJ. WRIT NO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Faz-se imperiosa a restrio do cabimento do remdio herico s hipteses previstas na Constituio Federal e na lei processual penal, sob pena de desvirtuamento de sua finalidade histrica e banalizao do sistema recursal penal. 2. Assim, no se presta o habeas corpus a substituir os recursos ordinrios e extraordinrios previstos em nosso ordenamento jurdico, salvo a ocorrncia de manifesta ilegalidade. 3. A Lei n. 10.792/2003, ao dar nova redao ao art. 112 da Lei de Execuo Penal, afastou a exigncia do parecer da Comisso Tcnica de Classificao e da submisso do condenado a exame criminolgico, para o deferimento de benefcios como a progresso de regime e o livramento condicional. 4.Admite-se o exame criminolgico pelas peculiaridades do caso, desde que em deciso motivada. (Enunciado n. 439 da Smula desta Corte) 5. O Tribunal de origem manteve a deciso concessiva da progresso de regime prisional proferida pelo Juzo singular, que exigiu a realizao do exame criminolgico, sem evidenciar nenhum elemento concreto que apontasse o demrito do paciente, limitando-se a aduzir a gravidade abstrata do delito de roubo praticado. 6. Writ no conhecido. Ordem concedida de ofcio para, afastada a exigncia de prvia submisso do paciente exame criminolgico (com esteio apenas na gravidade abstrata do delito por ele perpetrado), determinar ao Juzo das Execues Penais que aprecie o pleito de progresso de regime por ele formulada, com base em fatos concretos existentes nos autos. (HC 253.532/SP, Rel. DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA, SEXTA TURMA, julgado em 06/06/2013, DJe 14/06/2013) HABEAS CORPUS. EXECUO PENAL. BENEFCIO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL. REQUERIDO PELO PACIENTE. EXAME CRIMINOLGICO DETERMINADO PELA VEP. FUNDAMENTAO INIDNEA. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. Exame criminolgico que tem carter facultativo s podendo ser determinado se demonstrada necessidade para tal. Cabimento da smula 439 do STJ. Deciso que foi motivada em dados genricos no constando qualquer particularidade do paciente. Precedentes. PROCEDNCIA DO PEDIDO. ORDEM CONCEDIDA PARA CASSAR A DECISO ATACADA E DISPENSAR O EXAME CRIMINOLGICO, DEVENDO SER VERIFICADOS OS OUTROS REQUISITOS DO LIVRAMENTO CONDICIONAL. (TJ/RJ, HC n 0039877-88.2013.8.19.0000, Rel. Des. Paulo Rangel, 3 Cmara Criminal, julgado em 27/08/2013)
EXECUO PENAL - PROGRESSO DE REGIME - EXAME CRIMINOLGICO -
SMULA VINCULANTE N. 26 DO STFSMULA 439 DO STJ - DECISO DESFUNDAMENTADA - ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDADisciplina a lei penal que as penas privativas de liberdade devero ser cumpridas de forma progressiva, tratando-se de medida de poltica criminal que objetiva estimular o condenado durante o cumprimento da pena. A progresso de regime se materializa mediante a satisfao de pressupostos de carter objetivo e subjetivo, aquele relativo ao cumprimento de um sexto da pena, este relacionado ao mrito do condenado. Com o advento da Lei 10792/03, no mais passou a ser obrigatria a realizao do exame criminolgico para o deferimento do benefcio da progresso de regime, sendo o requisito subjetivo avaliado de acordo com o mrito carcerrio atestado pelo diretor da unidade prisional. Foi vontade do legislador, firmando a jurisprudncia no sentido de que o juiz da execuo, de forma fundamentada em dados concretos, poder determinar excepcionalmente a realizao do exame criminolgico. O exame passou a ser facultativo. Tanto o Supremo Tribunal Federal (smula vinculante n 26) como o Superior Tribunal de Justia (smula 439) esto pacificados no sentido de ser vlida a exigncia do exame quando fundamentada a sua necessidade. No caso concreto, a deciso que determinou a realizao do exame no apresenta qualquer fundamentao, apenas se escorando na gravidade em abstrato do delito praticado, o que insuficiente, por si s, para ser adotado o procedimento excepcional, at porque o deferimento da progresso para o semi-aberto, por si s, no acarreta automaticamente a sada do apenado do crcere, como consignado na deciso atacada. (TJ/RJ, HC n 0022688-05.2010.8.19.0000 1 ementa, Rel. Des. Marcus Baslio, 1 Cmara Criminal, julgado em 12/08/2010)