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colecso oo videoaula svestibulares O passo decisivo para sua aprovacao colecao 8 I res © passo decisivo para sua aprova¢so A Coleco Enem & Vestibulares ~ 0 passo decisivo para sua aprovacao foi desenvolvida especialmente para vocé que busca conquistar uma boa Pontuacdo tanto no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, como em vestibulares tradicionais. Com contetido desenvolvido por professores do ensino médio, com ampla experiéncia em preparacao de estudantes para o Enem e para ves- ‘ibulares, cada um dos 12 volumes da série apresenta linguagem afinada com o que tem sido cobrado nos exames atuais, muitos exemplos prati- cos, fotografias, tabelas, ilustragdes e muitas dicas para vod. Cada volume € complementado por um DVD com videoaulas dos te- mas mais importantes. Essas aulas esto disponiveis na internet, num site interativo e exclusivo, que inclui simulados compostos de questdes retira- das do Enem, separadas por disciplina, e mais de 350 videos com a respos- ta comentada de cada uma delas. Confira em www.colecaoenem.com br (atilize 0 cédigo de acesso impresso na segunda capa deste volume). Este segundo volume ~ Matemética I - enfatiza temas como conjuntos numéricos, fatoragéo, razdo e proporgéo, juros, sistemas de equacées, sequéncias e progressdes, andlise combinatéria, relagio e funcéo e tri- Angulo, entre outros. A compreensio e a pritica desses temas basicos so fundamentais para a conquista de uma boa pontuagio no Enem. Bom estudo! Matematica | Acesse 0 site da Colegio Enem ) &Vestibulares no navegador de internet de seu computador: www.colecacenem.com.br Faca seu cadastro Identifique 0 cédigo de 3 > einsira 0 cédigo acesso na segunda capa do volume. do livro. Cs Pronto! Agora vocé 4 > ja tem acesso ao contetido exclusivo. Como fazer um simulado Escolha o simulado do dia ou a disciplina a que quer responder, Fique de olho no tempo de resoluco e treine para a hora da prova. Leia a questo e \ assinale sua resposta antes de acessar 0 comentario em video. | Gavan do sitado Depois de completar as respostas, clique no link do video e assista ao comentario ‘ dofa) professor(a). i mene urna wwe correla escotna a ator Confira a pontuacao | obtida em cada simulado e compare | seus resultados. Conhecimentos numéricos.. Conjuntos numéricos 1, Representa¢ao de um conjunto.... 2. Classificagéo dos conjuntos numéricos.. Operacdes com conjuntos numéricos. 1, Simbolos mais comuns usados em Matematica 2. Representacdo grafica das operagées com conjuntos... Operacées aritméticas.. 1, Ordem das operacées.... 2. Operacdes com fracées, Fatoracio.... 1, Decomposi¢ao de um numero em fatores primos.... 2. Critérios de divisibilidade .. Raz&o e proporcao.... 1. Razao Proporcao Porcentagem . Cdlculo de juro Montante... . Relacdes de dependéncia entre grandezas.... NO RWN Tipo de relacao estabelecida entre grandezas..... 8. Sistemas de equacées.... Sequéncias e progressées. 1. Progressao aritmética (P.A.). 2, Progressdo geométrica (P.G. Principios de contagem 1. Andlise combinatéria Conhecimentos algébricos Relagdo e funcdo 1. Produto cartesiano.. 2. Relaco. 3. Fungo. = Fungées algébricas (polinomiais de primeiro e segundo graus) 53 i 1. Fungao afim. 2. Fungdo exponencial 3. Logaritmo... 4, Fungdo logaritmica.. Equagées e inequacdes 1. Equacées. 2. Equacées de primeiro grau com duas incégnita: 3. Equacées de segundo grau 4, Inequacées.. Triangulo..... 1. Triéngulos congruentes.... 2. Semelhanca de triangulos.... 3. RelagSes métricas num triangulo retangulo.. 56 61 63 64 64 66 Expediente Conhecimentos a gens MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Conjuntos numéricos Podemos entender como conjunto uma colegao de ele- mentos. Conjuntos numéricos so aqueles cujos elemen- tos sdo mimeros. 1, Representacdo de um conjunto £ comum nomear os conjuntos com uma letra maitis- cula e representar seus elementos com letras mintisculas. 1.1. Representacdo tabular ou entre chaves Os elementos sio apresentados entre chaves e separa- dos por virgula. Exemplos: A=(1,2,3,4,5) V={a,e,0,u) 1.2. Representacao por Diagrama de Venn 0s elementos so representados por pontos interiores em uma regio plana delimitada por uma linha poligonal nfo entrelagada. 1,3, Representacao por uma propriedade Os elementos so determinados por uma propriedade comum a todos eles. Esta representagio é muito util quando néo é possivel nomear todos os elementos ou quando o conjunto possui muitos elementos e queremos simplificé-lo Exemplos: A=bl 15 R Maior ou igual a: 2 De forma geral, podemos ° 1 incluir nas desigualdades a expressio da diferenca (#). Operacdes com conjuntos numéricos 1. Simbolos mais comuns usados em Matematica Unido Implca Interseccao Qualquer que sea Contido iferente Contém Aproximadamente Nao contém Baste Nao contido Nao existe Pertence Somatéria Nao pertence Talque Complementar ou Conjunto vazio e See somente se Vejamos algumas de suas aplicacdes: Note que os simbolos U,,C, 3, ¢, D,C; e @ referem-se exclusiva- mente a operagGes entre conjuntos. Por exemplo, o conjunto dos niimeros naturais esté contido no conjunto dos niimeros inteiros (veja a figura da pagina 9). Simbolicamente, temos: * NC Z (lé-se: 0 conjunto dos niimeros naturais esta contido no con- junto dos ntimeros inteiros) ou ‘© ZDIN(lé-se: 0 conjunto dos ntimeros inteiros contém o conjunto dos miimeros naturais). Exemplo 1: O ntimero 2 pertence ao conjunto dos némeros naturais. Como 0 conjun- to dos niimeros naturais esté contido no conjunto dos mimeros inteiros, entio o ntimero 2 também pertence ao conjunto dos niimeros inteiros. Simbolicamente: 2=N\2€Z MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Exemplo 2: niémero -2 no pertence ao conjunto dos mimeros naturais, Simbolicamente, temos: -2 € IN. Porém, -2 pertence ao conjunto dos ntimeros inteiros. Simbolicamente, temos: -2 € Z. 2. Representagao grafica das operacées com conjuntos ‘Vamos supor dois conjuntos numéricos: A={1,2,3,4) © B=(3,4,5,6} Observe que os elementos 3 e 4 so comuns aos dois conjuntos. Nesse caso, dizemos que a intersecco dos conjuntos A e B é o con- junto formado pelos elementos 3 e 4. Simbolicamente: AB = (3, 4} {3,4} 60 conjunto contido simultaneamente em A e B. Os elemen- tos 3 e 4 pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. AUNIAO dos dois conjuntos, portanto, tem os elementos 1, 2, 3, 4, 5 e6,endo 1,2, 3,3,4,4,5€6 Note que os elementos 3 ¢ 4 no sio contados duas vezes. Assim, simbolicamente, temos: A U B = {1, 2,3,4,5, 6). Graficamente, também podemos usar os diagramas de Venn, ‘como mostra a figura abaixo: A B Problemas sobre conjuntos geralmente so mais féceis de compre- ender com 0 uso de diagramas. 1 Dados dois conjuntos A eB, temos a seguir as operagées mais comuns. Exemplo de aplicacao: "Numa pesquisa em que foram ouvidas criangas, constatou-se que: * 15 criancas gostavam de refrigerante; * 25 criancas gostavam de sorvete; * S.criancas gostavam de refrigerante e de sorvete, Quantas criangas foram pesquisadas? Resolugéo: As criancas que gostam de refrigerante serdo representadas pelo conjun- to Ae as que gostam de sorvete, pelo conjunto B, Note que a situacdo pode ser representada assim: 20 No € obrigatério usar as letras A e B. Aqui, elas foram utilizadas por co- modidade. Observe que: * oconjunto A (criangas que gostam de reftigerante) tem 15 elementos; * oconjunto B (criancas que gostam de sorvete) tem 25; * ea interseccdo (que 6 comum a Portanto, temos: 10+ 5 +20=35. dois conjuntos) tem 5. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Operacé6es aritméticas ‘As quatro operagdes fundamentais da Matemética sao adicao, subtracio, multiplicagio e divisdo. A rigor, todas as operacdes sfio decorrentes da adigao. ‘A subtracio é a adicao de um niimero positivo e um negativo. A multiplicagao é uma sequéncia de adig6es no conjunto dos nimeros naturais. A potenciagdo é uma sequéncia de multiplicagdes em Ny que sao adicées. £ muito importante ter o dominio das operacées bisicas, por mais. que seja proclamado o enfoque nos processos matematicos aliados ao uso de calculadoras e computadores. O conhecimento da tabuada acelera as operagées aritméticas, facilitan- do entendimento de situagées de maior comple- xidade. Também é itil o dominio em operacdes aritméticas simples, de adicdo e subtracao. 1. Ordem das opera¢gées Em uma expresséo matemiética, realiza-se em primeiro lugar a operagao potenciacao/radiciacao, depois multiplicacao/diviséo e, por Ultimo, adigo/subtracio. Veja o exemplo a seguir: 2-3-Re fagamos em primeiro lugar: 7*= -3:49=) agora, 3-49 = 147 -147= —— portiltimo, 2-147 =-145 145 2. Operagdes com fra¢gdes 2.1, Adigao e subtracao SE Duas ou mais fragdes s6 podem ser adicionadas ou subtraidas se tiverem o mesmo denominador. Quando os denominadores sao dife- rentes, deve-se encontrar o denominador comum por meio do mini- mo miltiplo comum (MMC). 0 MMC é ento dividido pelos denomi- nadores originais e multiplicado pelos numeradores de cada fragio. Exemplos: 245-7 3°03 3 Observe que, neste caso, apenas foram somados os numeradores, pois as fragdes tém o mesmo denominador. y2-5 A "3 7 21 21 24 Note que, no caso b, primeiro encontramos o MMC de 3 e 7, ou seja, 0 menor mimero que pode simultaneamente ser dividido por 3 e por 7. Este nero é21, Depois,dividimos 1 por 3 (denominadot) da fragio 3 ¢,em seguida, multiplicamos o resultado pelo numerador, 2. Fazemos 0 mesmo com a fracéo > ‘Mantemos o sinal de subtracio entre as fracdes 0 utilizamos para os resultados. 2.2. Multiplicagao. Multiplicar fragées é mais fécil que adicionar ou subtrair. Basta mul- tiplicar numerador por numerador e denominador por denominador. Exemplo: 242-4 3.5 3:5 2.3. Divisdo Para dividir duas fracdes, basta conservar o numerador (fracao de cima), inverter o denominador (fracao de baixo) e fazer a multiplica- cao: numerador por numerador e denominador por denominador. Veja que, no final, devemos simplificar a fraco. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matemétical Fatora¢ado Niimero primo é todo ntimero natural divisivel apenas por ele mesmo e por 1. 0 niimero 1 no é con- siderado primo, Os outros mimeros (nao primos) so compostos por multiplicacdes de ntimeros primos. 1. Decomposi¢&o de um numero em fatores primos Veja como deve ser a fatoracdo do niimero 100. 100] 2 | so |2 25 |s 1 [aes * Primeiro, dividimos o ntimero 100 pelo menor numero primo, 0 2. t * Se possivel, dividimos 0 resultado novamente por 2. Depois, se possivel, fazemos a divisdo pelo ntimero 3 (como 25 nio é divi- sivel por 3, passamos ao 5). Repetimos as divisdes até encontrar como resultado o numero 1. * Por fim, escrevemos o resultado em forma de poténcia na iilti- ma linha. Como ha dois mimeros 2 e dois mimeros 5, temos que 100 = 2-2-5-5, Para simplificar, escrevernos 2 - 2. como 2° e 5 - 5 como $*. Note que estamos usando o ponto (+) para representar a multiplicacéo. Pode-se usar também o simbolo “x”, mas no Brasil o mais comum é uti- lizar 0 ponto para multiplicacéo. Para indicar casas decimais, usamos a virgula, Para saber rapidamente se um mimero é divisivel por outro, recorremos ao critério de divisibilidade. Na pagina a seguir, so apresentados os critérios de divisibilidade por nimeros primos. 2. Critérios de divis lade * Divisibilidade por 2 Um ntimero é divisivel por 2 quando é par. Exemplos: 2, 54, 106 Divisibilidade por 3 Um niimero é divisivel por 3 quando a soma de seus algarismos é um miltiplo de 3. Exemplos: 123(1+2+3=6), 360(3+6+0=9), 45(4+5=9) Divisibilidade por 4 Um niimero é divisivel por 4 quando termina em 00 ou quando os dois ultimos algarismos sio multiplos de 4. Exemplos: 16, 2500, 2516, 3777 504 Divisibilidade por 5 ‘Um ntimero é divisivel por S quando termina em 0 ou 5. Exemplos: 100, 275, 3 005 © Divisibilidade por 6: Um niimero é divisivel por 6 quando é par e divisivel por 3. Exemplos: 222 (par,2+2+2=6), 264 (par,2+6+4=12) Divisibilidade por 7 Um nimero é divisivel por 7 quando, a0 excluir seu tiltimo digito, a di- ferenga entre o niimero formado e 0 dobro do digito exclufdo € zero ou miltiplo de 7. Exemplos: 7924 ~ 792 -(4- 2) =792-8=784 ~ 78- (4-2) =78-8=70, que é milltiplo de 7. 105 > 10- (5-2) =10-10=0 Ta * Divisibilidade por 8 ‘Um mimero é divisivel por 8 quando termina | €m 000 ou quando os tésiltimosalgarismos sao miltiplos de 8. Exemplos: 1 000, 2 000, 38016 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Divisibilidade por 9 Um nuimero é divisivel por 9 quando a soma de seus algarismos for um némero miltiplo de 9. Exemplos: 729(7+2+9=18), 333(3+3+3=5) Divisibilidade por 10 Um numero é divisivel por 10 quando termina em 0. Exemplos: 10, 20, 370, 10 000 Divisibilidade por 11 Um ntimero é divisivel por 11 quando a soma das classes pares ‘menos as classes impares é 0 ou miltipla de 11, As classes sto as posicdes dos algarismos no nimero. Exemplos: 5 610 ~ (5 +1)-(6 +0 9097 + (9+9)-(0+7)=11 Divisibilidade por 12 Um naimero é divisivel por 12 quando também é divisivel por 3 e 4. Exemplos: 480 (4+ 8+ 0= 12 e 80 miltiplo de 4) Exemplo: Determine o MDC (méximo divisor comum) e o MMC (minimo multiplo comum) de 18 e 60. Resolugéo: Fatorando ambos, temos: 18] 2 60 |2 o|3 30 | 2 3 15/3 alae sis 1faa-s ‘Temos: 18 = 2-3? e 60=2-3-5 (© MMC sera composto pelos fatores comuns com maiores expoentes pelos ndo comuns: MMC (18, 60) = 2-3-5 =4+9-5 = 180, (© MDC seré composto pelos fatores comuns de menor expoente: MDC (18, 60) =2:3=6. Matematica! Razao e proporcao 1. Razao Ea relagdo entre duas grandezas de espécies iguais ou diferentes, expressa geralmente por a : b, a ou “a para b”, em que a denomina-se antecedente e b, consequente. Exemplos de razio: Escala, velocidade média, densidade de um corpo, densidade de- mogréfica, porcentagem, gramatura etc. Leitura: 8:3 ((é-se: oito esté para trés ou oito para trés).. Exemplo: Em uma classe hé 18 rapazes e 16 mogas. ‘+ Determine a razo entre o niimero de rapazes ¢ 0 niimero de mocas. Resolucéo: ws 28 = 2,0 que indica que na sala de aula ha 9 rapazes para 8 mocas. * Determine a razdo entre o mimero de rapazes eo total de alunos. Resolugéo: zg = 2,0 que indica que ha 9 rapazes para cada 17 alunos. 2. Propor¢ao £ a igualdade entre duas raz6es, expressa geralmente por: =< (lé-se:a esté para b, asim como ¢ esté para d) Exemplo: 10 i < uma proporgéo que pode ser escrita assim: 10: 15 8 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica I Os nimeros 10, 15, 6 ¢ 9 so denominados termos, sendo que 10 ¢ 9 séo termos dos extremos ¢ 15 ¢ 6, termos dos meios. ‘A propriedade fundamental da proporgio diz que “em uma proporgéo, 0 produto dos extremos é igual ao produto dos meios” isto é,10-9=15-6=90. Questao 147, caderno amarelo | Enem 2010 | Para uma atividade realizada no laboratério de Matemética, um aluno precisa construir uma maquete da quadra de esportes da escola que tem 28 m de compti- mento por 12.n de largura. A maquete deverd ser construida na escala de 1 : 250. Que medidas de comprimento e largura, em cm, 0 aluno utilizaré na construgao da maquete? a 48el12 b)70e30 112e48 —d) 280120 _—e) 300e700 Resolugao: Naescala 1 :250, com as medidas em cm, temos: Comprimento: 28 m +250 = 2 800cm +250=11,2¢m Largura: 12m +250=4,8cm Note que as medidas em metros foram transformadas em centimetros pela multiplicago por 100, Resposta: alternativa “c’ Questao 164, caderno amarelo | Enem 2011 | Cerca de 20 milhdes de brasileros vive na regiao coberta pela caatinga, em quase 800 mil km? de area. Quando nao chove, 0 homem do sertéo e sua famfia pprecisam caminhar quilometros ern busca da Agua dos acudes. A iregularidade cli itica é um dos fatores que mais interferer na vida do sertanejo. Dispontel em:hetp/ fanning. Acesso em: 23 ab 2010. ‘Segundo este levantamento, a densidade demogréfica da regido coberta pela c2a- ‘nga, em habitantes por km?é de a) 250 by) 25 925 ) 025 @) 0025 Resolucéo: A densidade demografica é dada pela razio entre o numero de habitantes (N) rea da regido (A) em que esto localizados, Assim, temnos: pm =-N. = 20000 000 habitantes ju- DM = 25hab/km? Area 800 000 km? Resposta: alternativa “b”, 3. Porcentagem Porcentagem ou taxa porcentual é uma razo de denominador 100, isto é, ou simplesmente x6 (é-se:x por cento). Exemplo: ‘Uma roupa custa R$ 120,00. Pagando a vista ha um desconto de 5%, Qual o prego dessa roupa a vista? Resolugio: Comprando a vista, ha um desconto de 5%, logo paga-se: = 95% = 25 100% - 5% = 95% = 5 = 0,95, 95% de 120 -+ 0,95 -120= 114 Portanto, 0 preco da roupa sera de R$ 114,00. Questéo 45, caderno amarelo | Enem 2009 | © Alco! hidratado utiizado como combustivel veicular & obtido por meio da destilacio facionada de solucdes aquosas geradas @ partir da fermentaco de bio- ‘massa, Durante a destilacio, o teor de etanol da mistura é aumentado, até o limite cde 9696 em massa. . CConsidere que, em uma usina de produgio de etanol, 800 kg de uma mistura etanol/ ‘qua com concentragdo 20% ern massa de etznol foram destlados,sendo obsidos 100 kg de Slcoolhicratado 969% em massa de etanol. partir desses dados é cometo condluirque a destla5o em questéo gerou um residuo com uma concentragdo de etanol em massa a) de om 9) entre 90% e 9.2%, b) de sox. } entre 13% @ 1436, ) entie 849% € 8.6% Resolucéo: Dos 800 kg da mistura inicial, temos: 20% de etanol, o que corresponde a 160 kg. 80% de Sgua, o que corresponde a 640 kg. Dos 100 kg da mistura inicial, temos: ‘96% de etanol, o que corresponde a 96 kg. 4% de agua, 0 que corresponde a4 kg. Dos residuos De etanol, 160 kg - 96 kg = 64kg. De gua, 640 kg - 4 kg = 636 kg. 20 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS os res{duos:calculando a porcentagem de etanol 700 kg > 100% 64-100 6tkg> x 7 700 NM Resposta: alternativa “d”. 4. Calculo de juro Juro (ou juros) é o rendimento de uma aplicacao financeira ou va- lor pago referente ao aluguel do dinheiro. Podemos classificd-lo em juro simples ou juro composto. Para calcular o juro simples, utilizamos a seguinte formula mate- mitica: J = Ci: t, sabendo que: J = juro simples C= capital inicial (dinheiro) = taxa de juro t= tempo de aplicacdo (que pode ser dado por més, bimestre, tri- mestre, semestre, ano etc.) 5. Montante £asoma do capital inicial e do juro produzido em certo tempo. Sua formula é: M=C +], sabendo que: M-=montante C= capital inicial__j = juro simples Exemplo: Rafael aplicou um capital de R 1 000,00 numa instituigéo . financeira durante 6 meses, a uma taxa de 0,7% ao més, 1 juro simples. ‘+ Determine em reais 0 juro recebido. J=C-i-t=1000- 0,7% + 6 = 1000- 0,007 -6 = 42 Portanto, 0 juro é de R$ 42,00. + Determine o montante. M=C+J=1000+42= 1042, (© montante é de R$ 1.042,00. a 22 Questdo 157, caderno amarelo | Enem 2011 | (Um jover investidor precisa escolher qual investimento Ihe traré maior retorno financeiro em uma aplicag3o de R$ 500,00. Para isso, pesquisa o rendimento € 0 imposto a ser pago em dois investimentos: poupanga e CDB (certificado de depé- sito bancério), As informacdes obtidas estdo resumidas no quadro: Rendimento mensal (%) IR imposto de renda) fotos! ISENTO ry 496 sobre o ganho) Para 0 jovem investidor, ao final de um més, a aplicago mais vantajosa é: a) @ poupanca, pois totalizaré um montante de R$ 502,80. ©) a poupanca, pois totalizaré um montante de R§ 500,56. )_ ©CDB, pois totaizaré um montante de R$ 504,38, ) 0CDB, pois totaizaré um montante de R$ 504,21 ©) ©CDB, pois totalizaré um montante de RS 50087. Resolucéo: © Poupanca:J,..,=C-i-t > J=500- 0,0056- 1 > J= R$ 2,80 Como a poupanca éisenta, este é 0 valor liquido a ser creditado. © COB J=C-i-t > J,,,=500- 0.00876-1 — J,,,=RS-438 Oimposto € calculado sobre o rendimento. Assim, temos: Jeng = 0,04 + 4,38 = 0,1752 Portanto, 0 valor liquido a ser creditado é: L = 4,38 - 0,17 (aproximando para baixo 0 imposto),o que da 4,21. Entdo, o montante é: 500,00 + 421 = 504,21. Resposta: alternativa “d”, 6. Relagdes de dependéncia entre grandezas Regra de trés (simples) £ um processo pratico de resolugao de problemas envolvendo quatro valores, dos quais trés so conhecidos. Baseada no principio da propor- ionalidade, a regra de trés pode ser aplicada quando trabalhamos com ampliagées e redugSes, como plantas de iméveis e mapas ou para utilizar cémeras fotogréficas, GPS e outros equipamentos atuais. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS + Matematical Exemplo: Luisa comprou 4 colegdes de DVDs por R$ 184,00. Quanto pagaria por 7 colegdes do mesmo tipo e preco? er ee 184 4 x 7 ‘Verificamos que, com o aumento do mimero de colecdes, 0 valor em reais aumenta, Entdo, podemos afirmar que se trata de grandezas diretamen- te proporcionais. Aplicando a propriedade das proporcdes, temos: 144 x7 Logo, as 7 colegdes custam R$ 322,00 74 184-7 > 4x = 1288 > x= 322 Questao 141, caderno amarelo | Enem 2010 | £2010, um caosaéteo afetou o continente europe, devido 8 quantidade de uma- «2 expelide por um vulcdo na[séndia,o que levou ao cancelamento de intimeros voos, Cinco dias aps inicio desse caos, todo 0 espaco aéreo europeu acima de 6 000 metros estava lberado, com excegdo do espaco aéreo da Finléndia. 4, apenas vos internacionais acima de 31 mil pésestavam liberedos. Dsponvel em: hrpswflhauoicombr. Acesto em: 21 abr 2010 adapted), Considere que 1 metro equivale a aproximadamente 3,3 pés. Qual a diferenca, «em pés, entre as altitudes liberadas na Finlandia e no restante do continente europeu cinco dias ap6s 0 inicio do caos? 2) 3300pé 6) 9390p% 9 11200pés —) 19800 ps —_«) SO.BOO pss Resolugéo: Estabelecendo a proporgao entre as unidades de medida, temos: 6.000 metros xpés Assim, x, = 6 000 - 3,3 pés > x.,,= 19 800 pés Portanto,a diferenca, em pés, entre asaltitudes diae no restante da Europa &: h=31 000-1980 + h=11 200 pés Resposta: altern: 23 Questéo 171, caderno amarelo | Enem 2011 | Nos iitimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 24 anos foram internadas nos hospitals do SUS por causa de AVC, Entre os homens da mesma faixa etéria, houve 28 mil intemagdes pelo mesmo motivo, pce, 26 ab. 2010 ladaptado) ‘Suponha que, nos préximos cinco anos, haja um acréscimo de 8 mil internacdes de mulheres e que o acréscimo de internagées de homens por AVC ocorra na mes- ma proporgéo. De acordo com as informagdes dadas, o ntimero de homens que seriam interna dos por AVC, nos préximos cinco anos, corresponderia a a) 4mil b) 9mil 9 21 mil d) 35 mil ©) 39 mil Resolucéo: Como a proporcéo de internacées & mantida, podemos escrever: 32.000 mulheres _ 8000 mulheres > 32000y = 224000000 + y=7000homens 28 000homens homens Com um acréscimo de 7 000 homens com diagnéstico de AVC, teremos um total de 35 000 homens internados em cinco anos. Resposta: alternativa “d”. 7. Tipo de relagado estabelecida entre grandezas Para a finalidade deste t6pico, levaremos em consideragio apenas dois tipos de relagao entre grandezas. Saiba, porém, que existem ou- tras formas de as grandezas se relacionarem. Vamos a elas: 7.1. Diretamente proporcionais No gréfico, tem-se a representac&o de duas grandezas, A eB, MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Note que 0 tipo de relacdo estabelecida é direta, isto é, quando uma das grandezas cresce, a outra cresce também na mesma proporgo, como podemos observar na tabela: 7.2, Inversamente proporcionais Nesse grafico, a relagdo estabelecida entre as grandezas Ae B é inversamente proporcional, isto 6, quando uma das grandezas cresce, a outra decresce na mesma proporcio, como podemos observar na tabela: 25 26 8. Sistemas de equacdes Introdugdo aos sistemas de equacées lineares Essa ferramenta, importante para a resolugio de problemas com mais de uma variavel, é muito utilizada em Matematica, Fisica, Qui- mica, Engenharia, Economia etc, Muitos dos problemas requerem a transformagiio de textos em equa- ges matematicas, associadas de forma a organizar o raciocinio ea favo- recer sua resolugao. Um sistema de equagées lineares com duas incégnitas (grande- zas) nada mais é do que a reunifio de equagdes Ha varios métodos de resolugdo para um sistema de equacées lineares, ‘mas neste volume utilizaremos apenas o da substituicdo eo da adigdo 8.1. Método da substituicao Consiste em isolar uma das incdgnitas em uma das equacées, para depois substitui-la na outra, a fim de diminuir o mimero de incégnitas e, se possivel, resolver o sistema. Exemplo: Certo dia, o proprietério de uma balsa arrecadou R$ 500,00 (quinhentos reais) com a travessia de carros € motos, Sabe-se que os carros pagam R$ 10,00 (dez reais) e as motos RE 5,00 (cinco reais) por travessia. Nesse mesmo dia, sabe-se que o ntimero de motos foi duas vezes maior que o nniimero de carros. Quentos carros e quantas motos utilizaram a balsa nes- se dia? Considere que cada veiculo utilizou a balsa apenas uma tinica vez Resolugio: © Chamando dex o mimero de carros e y o niimero de motos, temos: { 10x + Sy = 500 (representa a arrecadacio} Y= 2x (relagdo entre niimero de motos e carts) * Substituindo a segunda equacdo na primeira, temos: 10x +5 «(23 10x + 10x = 500 20x Utilizando a segunda equacao, encontraremos o valor dey: y=2x y=2-(25) y=50 Portanto, nesse dia, 25 carros e 50 motos utilizaram a balsa. 8.2. Método da adicao Consiste em adicionar as equagées, a fim de diminuir 0 némero de incégnitas e, se possivel, resolver o sistema, Exemplo: Em uma festa, ha 10 criancas. A diferenca entre o ntimero de meninas e ‘ode meninos é 6, Quantas meninas e quantos meninos hé nessa festa? ‘Chamando de x o ntimero de meninas e de y o mimero de meninos, temos: { x+Y-=10 (representa o total de criangas) x= =6 (relagdo entre ntimero de meninos e meninas) Resolugio: Adicionando as duas equagSes, membro a membro, temos: (ere ee x= 16 x8 Substituindo o valor de x em qualquer uma das equagées, encontrare- ‘mos o valor de y: x+y=10 8+y=10 y=2 Portanto, nessa festa, hd 8 meninas e 2 meninos. Em algumas situagdes, uma das equagées deve ser multiplicada por ‘uma constante no nula para, em seguida, ser adicionada & outa, visan- do eliminagio de uma das incégnitas. Em outras, é necessério multipli- car as duas equagées por constantes nao nulas, diferentes entre si, Exemplo: O esquema a seguir representa as ruas e quarteirdes de uma cidade do interior. Todos os quarteirées so iguais e possuem a mesma forma re- tangular, com dimensoes xe y. 28 Bruno mora na casa A e vai a padaria C passando por B, percorrendo uma distancia de 290 m. Tiago mora na casa D e percorre 410 m para chegar & ‘mesma padaria C, pasando por E. Quais as dimensées xe y indicadas na figura? (222728 feminine npc 43x + 4y = 410 epresentaocaminho que Tago pecorre) ‘Multiplicando a primeira equacdo por 3 e a segunda por -2, temos: 6x + 9y= 870 6x - By =-820 Adicionando as duas equagées, temos: { (say = 870 | ~ ay =-820 y=50 Substituindo o valor de y em qualquer uma das equagées, encontrare- mos o valor de x. 2x + 3y = 290 2x + 3(50) = 290 2x +150 = 290 2x= 140 x=70 Portanto, as dimensdes so x = 70me y=S0m. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! 8.3. Classificagao dos sistemas lineares Os sistemas lineares podem ser classificados de diversas formas. Acompanhe a seguir. Sistema possivel e determinado Um sistema de equacGes lineares ser considerado possivel e de- terminado quando existir uma tinica solugio para ele, Exemplo: xty=5 { x-y=3 S={(41)} Sistema impossivel Um sistema de equacées lineares seré considerado impossivel quando no existir solugdo para ele. (reyes xty=7 Perceba que, na primeira equacdo, dois nameros somados resul- tam em 5, enquanto, na segunda, esses mesmos dois niimeros so- mados resultam em 7, 0 que é claramente impossivel. S={(} Sistema possivel e indeterminado Um sistema de equacées lineares sera considerado possivel e in- determinado quando existirem infinitas solugdes. x+y=3 2x 42y Perceba que nenhum dos métodos apresentados anteriormente nos auxilia a solucionar o sisterna em questo, uma vez que chegare- mos @ identidade 0 = 0. Isso ocorre porque as equagées so equivalentes, ou seja, qual- quer par ordenado teré o mesmo valor em ambas. Exemplos: Quando x for 2 em ambas, y sera 1; quando x for 0, y seré 3; quando x for 1, y serd 4; e assim por diante, formando uma ‘inica reta em um plano cartesiano. 29 Exemplo de vestibular | UFG - GO| [Um caminhdo transportou, em duas viagens, 50 toneladas de soja, Sebendo que, na primeira viagem, o caminhao carregado pesou 45 toneladas e que, na segunda, 0 caminhdo e a carga pesaram 35 toneladas, calcule a quantidade de soja transportada ra primeira viagem e 0 peso do caminhao vazio. Resolucao: Massa do caminhéo vazi Massa da soja transportada na primeira viagem: y Massa da soja transportada na segunda viagem: 2 by 45 x+2=35 y+z=50 Adicionando a primeira e a segunda equacées, temos: +y+2=80 Substituindo a terceira equacao na equagao acima, temos: 2+ (50) 2x=30 x=15 Substituindo x= 15 na primeira equacdo, temos: xty=45 (as)+y=45 Substituindo x= 15 na segunda equacio, temos: Resposta: A quantidade de soja transportada na primeira viagem fol de 30 to- nreladas ea massa do caminhao vazio & de 15 toneladas. Exemplo de vestibular | Fuvest | Um caminhgo transporta macas, peras € laranjas, num total de 10 000 frutas. AS frutas estdo condicionadas em caixas (cada caixa s6 contém um tipo de fruta). Cada ‘uma tem 50 mags, 60 peras e 100 laranjas e custam, respectivamente, 20, 40 e 10 reais Se a carga do caminhao de 140 calxas e custa 3 300 reals, calcule quantas mags, peras€ laranjas esto sendo transportadas. Resolucéo: Caixa de macé:x Caixa de pera:y 30 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS +Mateméatica I Caixa de laranja:z xty+z=140 [etna 50x + 60y + 100z= 10000 ‘Vamos multipicar a primeira equacéo por ~20 e adicioné-la a segunda: ~20x- 20y-202=-2800 [x+y +2z=140 20x-+40y +102 = 3300 ~ [iy 50x+60y+100z=10000 | Sox + 60y + 1002= 10000 ‘Agora vamos multiplicar a primeira equacdo por -50 e adicioné-| equacdo. Assim temos: [erie [me 40 laa tercelra 20y-102= 500 20y-102=500 50x+60y+100z= 10000 | 10y+50z=3000 Finalmente, vamos dividir a segunda equacao por -2 e adicionar a terceira equacao. Assim temos xty+2=140 xtytz=140 [Soreefae ~ [ot dee 10y +502=3000 552=2750 ‘* Determinando o valor dez: 552=2750 50 © Determinando o valor de y: ~1oy +5z=-250 ~10y +5(50) ~10y +250=-250 y=50 ‘© Determinando o valor de x: xty+z=140 x+50+50= 140 x+100= 140 0 Como 0 caminhao transporta 40 caixas de maga com 50 unidades em cada uma, tem 40-50 = 2 000 macés. '50 caixas de pera com 60 unidades cada caixa: 50-60 =3 000 peras. 50 caixas de laranja com 100 unidades cada: 50-100 = 5 000 laranjas. ‘Somando: 2.000 + 3 000 +5 000 = 10 000. Resposta: Nesse caminhao esto sendo transporta- das 2.000 macas, 3 000 peras e 5 000 laranjas. Sequéncias e progressdées Uma sequéncia ou série é uma fungdo matemitica que se traduz numa sucesso de niimeros dispostos em certa ordem. Ela obedece a um critério ~ 0 termo anterior define o posterior, caso em que é cha- mada de sequéncia recursiva. Também existem sequéncias que no sao recursivas. Os casos mais comuns sao a progressao aritmética e | a progressdo geométrica, As sequéncias que vamos estudar podem ser crescentes ou decrescentes. Crescentes Exemplo: (12, 19, 26, 33,40, 47, 54, 61, 68) Decrescentes Exemplo: {2 048, 1024, 512, 256, 128, 64, 2, 16, 8,4) Uma sequéncia crescente muito famosa é a sequéncia de Fibonacci: {1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1 597, 2 584, 4 181, 6 765,10 946,..}. Pode no parecer, mas essa sequéncia tem uma lei de formagao, que 60 processo pelo qual o termo anterior gera o termo subsequente. Vejamos outros exemplos: 1,2.3.4,5,6,7.8, | Adiciona-se 1 ao termo anterior para se chegar a0 resultado do termo posterior. CO tera posterior € obtido dividindo-se o termo anterior Nos exemplos anteriores, a sequéncia S, é uma progressao arit- miética (P.A.), porque sua lei de formacao envolve a operacdo de a co. Ela crescente, pois o termo posterior é maior que o anterior. ‘Temos entdo uma progressio aritmética crescente. Jd a sequéncia S, é uma progressao geométrica (P.G), pois sua lei de formagéo envolve a multiplicagao do termo anterior para gerar o posterior. Como ela diminui (96 > 48 > 24 > 12 > 6 > 3), temos uma progressao geométrica decrescente. 32 — MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! 1. Progress&o aritmética (P.A.) A progressio aritmética é definida por um termo inicial (a,) e por uma razo (r), que é 0 valor a ser so- mado ao primeiro termo da sucesso. Exemplo: ‘Vamos supor que o termo inicial seja 0 e a razdo seja 3. Teremos a seguin- te sequéncia: Sequéncia 1: (0,3,6,9, 12,15...) Note que hé um comeco, mas neste caso néo ha um fim. As re- ticéncias depois do ntimero 15 indicam que a sequéncia se estende até o infinito. Mas nem sempre é assim. Veja a seguir. Exemplo: ‘Vamos supor outra sequéncia, em que o ntimero 12 seja o tiltimo termo. Sequéncia 2: (0,3,6,9, 12) Essa sequéncia possui apenas cinco termos, que so enumerados da se- guinte forma: aso a, 7 3 0 indice subscrito a direita da letra “ ‘mo ocupa na sequéncia, Alei de formacao de uma PA. é dada pela formula: + (a= 1), em que a, representa 0 termo geral ou enésimo termo, a, equi- indica a posigo que o ter- a, vale ao primeiro termo, n é o mimero de termos e r é a constante, chamada razio. Dependendo do valor da raziio (1), a progressiio aritmética pode ser: * crescente, se r > 0 (0s elementos estardo em ordem crescente); * constante, se r = 0 (0s elementos sero todos iguais); * decrescente, se r <0 (0s elementos estardo em ordem decrescente). 1.1. Soma dos termos de uma progressao aritmética (@+a)en 33 A formula possibilita somar todos os termos de uma PA. da qual se conhecem o primeiro e 0 enésimo termos. Exemplo: Qual a soma dos 20 primeiros mimeros impares? ‘Temos que o primeiro termo (a, é igual a 1. Ainda precisamos encontrar co valor do 20° termo antes de realizar a soma. Para isso, usamos a formula do termo geral, embora seja possivel obter a resposta apenas com o uso da légica. 1+(20-1)-2=1+19-2=1438=39 Veja que a razio é 2¢ que o vigésimo termo 6 39. (1,3,5, 7.) ‘Agora, aplicando a férmula da some, temos: @,+a)-n 2 1.2. Situagées comuns nas progressées aritméticas Uso imediato das formulas do termo geral e da soma Exemplo 1: Determine o nono termo da PA. (2,4, 6,8, 10, Resolucao: Nesse tipo de questo, nem precisamos usar a férmula, pois basta fazer a sucesso até o nono termo, pois é uma situagio fécil. PA. 2,4, 6,8, 10, 12, 14, 16, 18 (18 é 0 nono termo) Note que nesse caso estamos diante da tabuada do 2. Logo, o nono termo seré 9.2. Porém, pela frmula temos: + (n= 1) r=24 (0-1) 278, =248> 2416=18 Exemplo 2: Determine a soma dos nimeros de 1 a 10. Resoluséo: a, = 1, ta)en a MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica l Exemplo 3: Determine a soma dos niimeros de 1 a 100. Resolugio: a,=1,r=4,8,=100en=100 (+a) om —~F __ (1+109)-200 _ 10100 9 Exemplo 4: Determine a soma de todos os miiltiplos de 3 entre 50 e 90. Resolugéo: Note que os miiltiplos de 3 formar uma PA. em que a razio é 3. No caso, 0 primeiro miiltiplo de 3 depois de 50 é51 (pois 5 + 1=6, que é miiltiplo de 3). 90 é miltiplo de 3 ‘Temos de saber quantos termos hé em uma PA. em que: a,=S1,r=3e8,=90, s a,za+(n-1)-r 51+ (n-1)-3=90 (divide-se a equacao toda por 3) 17 +n-1=30 nei ‘Temos entéo: a, en=14 Disso decorre: (1499-14 341-18 Se Exemplo 5: Determine a soma dos 20 primeiros termos da PA. decrescente [17,14,11,..) Resolugao: ‘Temos de descobrir o termo a, 3 ‘Temos: a, = 17, a,=a,+(n-1)-17 a,=17 + (20-1) -(-3)=17-57=-40 ‘Agora, aplicamos a formula da soma dos termos de uma P.A. ))-20 ran, Ws BI 9 2 35 36 Situagées que conduzem a um sistema de equacées Exemplo: O nono termo de uma PA. 679 ¢ 0 terceito é 37. Determine: + arazio; * oprimeiro termo; * a sequéncia do primeito ao décimo termo, Resolugio: ‘Vamos usar apenas a formula: a, = a, + (n-1)-r yt O-1) +7 a= a, +8r > a+ 8r=79 pt GA aaa, 42r a, +2r=37 Nessa situagio a,+8r=79 a+2r=37 -(-4) a,+8r= 79 7 6r= 42 > 7 Substituindo r na segunda equacao, temos: a,42-7=37 4 a= 37-14-23 Assim, a,=23er=7 Portanto, P.A. dos 10 primeiros termos: (23, 30, 37, 44, 51, $8, 65, 72, 79, 86} Interpolagéo Nesse caso, deseja-se criar uma P.A. conhecendo o primeiro e 0 ‘iltimo termos. Exemplo: Interpole 5 meios aritméticos entre 12 ¢ 36. Resolugéo: Primeiramente, quantos termos teré esta PA? J temos os termos 12 e 36, em que a, = 12. Depois de a, hé os 5 termos inseridos e, por fim, 0 tiltimo termo, 36. Isso nos dé uma PA. de 7 termos, em que a, = 36. (12,8), a) 2, 25 36) Usando a formula do termo geral, temos: a,=a,+(n-1)-r (u-reajea, + (7-1)-1412=36 + 6r=36-12 > 6r=24 > r=4 PA.: (12, 16, 20, 24, 28, 32, 36) MATEMATICAE SUAS TECNOLOGIAS Mateméatical Pode-se ainda calcular a soma (use a formula da soma): s, yma dos 7 primeiros termos 68 Relacdo entre o valor do termo central ea soma dos n termos (S,) Atente para a seguinte sequéncia: (7,8, 9}. A soma dos trés termos é 24. Observe que 24 = 3 - 8. A média aritmética de um grupo é a soma de seus niimeros dividida pela quantidade de mimeros. No caso de uma P.A. com quantidade de niimeros impares, a média é o termo central. Entdo, o que fazer no caso de um niimero par de termos? A. = {2, 6, 10, 14} Note que: 2+ 14=6 + 10 = 16.A soma de todos os termos é 32, A mé- diaé 28. Note que a média entre 6 e 10 é 8. A média entre 2e 1468. Em uma PA. com nero par de termos, a média ndo estaré na P.A., mas serd a média entre os termos equidistantes do meio da PA. Em {2, 6, 10, 14} + 2 14 esto a duas posigdes do meio e 6 e 10 estiio a uma posiciio de distancia do meio da sequéncia. | 2. Progressdo geométrica (P.G.) A progressdo geométrica é regida pela multiplicago, o que signifi- ca que o termo posterior é igual ao anterior multiplicado por um fator. Exemplo: PG. {1,2,4.8,. + Vamos chamar o primeiro termo de a, (a, ). * Jo fator de multiplicagao, denominado razao, serd simbolizado pela letra q (q =2). A sequéncia 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024 nao deve ser estranha para voc8. Essa progressio é muito usada em informatica para representar capacidade de armazenamento, em bits, bytes, kilobytes etc., como um pendrive de 512 MB (megabytes) ou um processador de ar- quitetura de 32 ou 64 bits. 37 38 2.1. Formulas das progressdes geométricas Lembre-se de que a férmula do termo geral na PA. é:a, =a, + (n—1).r Na PG, a formula 6a, =a, q** Para gravar, pense que a adicao (+) é substitufda pela multiplica- do () e que a multiplicacao é substituida pela potenciagio (q™). © mesmo se dé entre a formula da soma dos termos na PA. ¢ 0 produto dos termos na PG. (lembre-se: adicéo “vira” produto e pro- duto “vira” poténcia). face) Pau Note que a soma a, + a, corresponde ao produto a, - a, e que a multiplicagéo de n por a, + a, resultando em (a, + a,) -n, correspon- de aa, -a, elevados a poténcia n. Dessa forma, duas importantes formulas das progressées geomé- tricas sdo assimiladas. . Se Entéo, na PG. Crete? Pt 2.2. Tipos de problema envolvendo P.G. Muitos problemas relacionados a progressio geométrica sio si- milares aos que envolvem progressao aritmética, Contudo, hé uma categoria exclusiva das progressdes geométri- cas, que so os problemas que envolvem a soma de termos. A soma dos n primeiros termos de uma RG. obedece & formula: a: (q°-1) 5, “Vat 1 (0 que nos dé que q € positivo) e a, < 0 (negativo). Nesse tipo de questo, faremos uma simulacdo com ntimeros simples: J& que a, <0, escolhemos a, = ~1 ¢, para q> 1, escolhemos 2. Logo, teremos a PG. 2,4, 8, ~16, -32, ~64, ~128, -256, -512,..}, que 6 € uma “velha conhecida” nossa, apenas com os sinais negativos. Note que -1 >-2 >-4>-8>~16, Sea PG. diminui, ela é decrescente. Portanto, a correta é a alternativa “a”. 3 G3 39 40 Exemplo 3: No exercicio anterior, o que aconteceria se 0 primeiro termo e a razio fossem negativos? Resolucéo: ‘Vamos user a, A progressio geométrica fica: -1, 1,~1, 1,~1}. Ou seja, é uma PG. altemnante. Aescolha de a, =-1eq=-16 chamada arbitréria, Nao quer dizer que eles tenham esses valores. Quer dizer que eles podem ter esses valores. O que importa é a propriedade matematica do conjunto numérico que eles representam, no caso a dos inteiros negativos (Z). Situacdes que conduzem a um sistema de equagées Exemplo: (FIA) Numa progressio geométrica, tem-se a, 40ea, dos oito primeiros termos é: a) 1700 b) -850¢) 850). 1700 e) 750 Resolugio: ‘Vamos usar a formula do termo geral: a, = a, + q°-* 320. A soma Agora temos a, e q. Como nao é dado o citavo termo, vamos usar: a, (q-1) 4 10: [(-2)*-1] 10 - [256-1] = 2-1 3 alternativa “b”. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Interpolagéo Exemplo: Insira 4 meios geométricos entre 2 e 486, nessa ordem. ‘Temos o termo inicial (2) € o iltimo (486). Se houver, 4 termos entre eles, teremos: Pe = [2,8 ay ay ay 486), em que a, =2e a, = 486 Usando a formula do termo geral: a, = a, + q°-* aj=2-qh! > 2g5=486 > qh =243 > q} =38 > q= Se q=3, basta multiplicar a, PG.= (2, 6, 18, 54, 162, 486) por 3 para obter os termos: ‘Soma dos termos de uma P.G. decrescente infinita ‘Exemplo: © lado de um triangulo equilétero mede 3 m. Unindo-se os pontos mé- dios de seus lados, obtém-se um novo triéngulo equilétero, Unindo-se os pontos médios do novo triangulo, obtém-se outro tridngulo equilétero ¢ assim sucessivamente. Determine a soma dos perimetros de todos os trigngulos construfdos. Resolucéo: Um tridngulo equilétero tem os 3 lados e os 3 angulos iguais: (0 perimetro € definido como a soma dos 3 lados. metros. Quando unimos os pontos médios de cada lado do triangulo, ob- ‘temos um novo tridngulo com lados iguais a 1,5 m: fo caso, 3+3+3=9 41 42 Onovo perimetro tem a metade do primeiro, isto 6, 4,5 m. O terceiro teré a ‘metade do segundo e assim por diante, infinitamente. Nesse caso, temos: 1G. = {9; 4,5; 2,25; 1,125; 0,5625;..}, que € uma PG. infinita. Note que a RG. é decrescente, com um mimero infinito de termos. Logo, ela tem uma soma determinada. Se fosse uma PG. crescente, a soma seria indeterminada. Em qualquer progressao, aritmética ou geométrica, os ter- ‘mos mais importantes so 0 termo inicial e @ razao. Neste caso: a, =9eq A férmula da soma & S, Note que, para valores muito grandes de n, o termo q°, que neste caso é gy torna-se muito pequeno. Pode-se dizer que, para n ~ = (n tendendo toinfinito, (5) o esse modo, a férmula da soma fica: a, (g-1) a, (0-1) Asa MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Principios de contagem 1. Anadlise combinatéria Ea parte da Matemética que se ocupa principalmente da “conta- gem’ de objetos, isto é, arranjos, permutacées e combinacées. A anélise combinatéria é a base para outros assuntos mateméti- cos importantes, como 0 célculo das probabilidades, isto é, a teoria utilizada para estudar a incerteza oriunda de fendémenos aleatérios. 1.1. Principio fundamental da contagem (PFC) Baseado no principio multiplicativo, trata-se de uma técnica em- pregada para definir a quantidade de maneiras que podemos combi- nar determinados elementos. De acordo com o PFC, se um evento for composto por duas ou mais etapas sucessivas ¢ independentes, o ntimero de combina- ‘GOes seré determinado pelo produto entre as distintas possibili- dades de ocorréncia em cada etapa. Exemplo 1: ‘Uma familia decidiu passar o final de semana (s4bado e domingo) em uma praia. Conside- rando que o clima possa estar chuvoso (C), rublado (N) ou ensolarado (&) em qual- quer um dos dias, quantas so as pos- sibilidades para o clima no final de se- ‘mana? E quais so essas possibilidades? Resolugio: HA tés possibilidades (C, N, 5) tanto para o sébado, quanto para domingo. Assim, temos:3-3=9 possibilidades. Para definir quais séo as combinagées, vamos desenhar a érvore de pos- sibilidades para 0 sdbado e o domingo: © = <6 we o<8= _@ =e Ez Gc Resposta: Hf nove possbiidaes: \ ©O—e- EE, EG, EN, CE, CG, CN, NE, NGe NN. \ ~(N) =0N aor ~@ =m Exemplo 2: Rafael iré organizar um jantar em sua casa e, para isso, preparou trés opcdes de bebida, quatro opgées de prato principal e duas opcdes de so- bremesa, Partindo do principio de que uma refeicdo é composta de uma bebida, um prato principal e uma sobremesa, de quantas maneiras dis- tintas Rafael pode compor as refeicdes? Resolugio: De acordo com o PFC, temos: 3 (bebidas) 4 (prato principal) «2 (sobreme- as) = 24 possibilidades. Em geral, buscamos calcular a quantidade de combinagées dis- tintas que podem ocorrer em determinado evento formado por kk etapas sucessivas e independentes entre si, com ny, N,, My, ,M, POS sibilidades para cada etapa, por meio do produto n,. n,n, +...°0, 1.2. Permutacées Possibilitam encontrar 0 ntimero de combinagées dos elementos de um conjunto simplesmente pela alteracdo da ordem desses ele- mentos. Vejamos trés tipos de permutacao: Permutagdo simples £ aplicada quando nao existem elementos repetidos no conjunto. 44 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Exemplo: Encontre a quantidade de anagramas que podem ser construfdos com as letras da palavra BOM. Anagrama de uma palavra é qualquer combinacéo que se obtém pela alterago da ordem de suas letras. Resolugio: Perceba que, para a primeira posicio, inicialmente, temos trés possibili- dades (B, O,M). Ao escolhermos qualquer uma das letras, restaré apenas duas letras para ocupar a segunda posicdo, e assim sucessivamente, até se esgotarem as letras e as posicGes. Aplicando 0 PFC, temos: P, = 3!= 3-2-1 =6, Portanto, podem ser construidos seis anagramas. Assim, uma permutacao simples pode ser resolvida por meio da expres- so P, = nl, em que n indica o ntimero de elementos a ser permutados. Permutacéo com repeti¢ao Ocorre quando a permutacao é realizada em um conjunto no qual existem elementos repetidos. Exemplo: Calcule quantos anagramas podem ser construidos com as letras da pa- lavra RIR 45 colepgoenem «. vestibulares Resolug ‘Vamos construir a drvore de possibilidades para ilustrar este caso: i Perceba que a légica anterior jé nao funciona quando ha repeti¢ao. Nes- se caso, encontramos alguns grupos que se repetem e que, por isso, s80 contabilizados apenas uma vez. ‘Vamos calcular matematicamente ontimero de possibilidades para esse caso. Lé-se: permutacdo de trés elementos, sendo que um desses elementos se repete duas vezes. Portanto, hé trés anagramas. : n al bl-c..zl Em geral, usa-se esta formula: P,* Sm = Nela, n indica o total de elementos do conjunto que seré permutado cada uma das letras (a, b, ¢, ... 2) representa o niimero de vezes que de- terminado elemento se repete. Exemplo: Calcule quantos anagramas podem ser construidos com as letras da pa- lavra ARARAQUARA. Resolugio: ‘Trata-se de uma permutagéo com repeticdo, pois elementos dessa pala- ‘ra se repetem - a letra A aparece cinco vezes e a letra R, trés vezes. 46 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica | sa 10! _10-9-8+7-6-5!_10-9-8-7-6 we S313 Brat 324 Resposta: Podem ser construidos 5 040 anagramas. =10-9-84 Permutacao circular Sua aplicagao exige cuidados especiais, pois a contagem das pos- sibilidades de permutagio entre os elementos distintos de um con- junto na forma de circulo pode confundir. Exemplo: Tiés elementos (A, B eC) esti distribuidos ao redor de uma mesa circu: Jar, como pode ser visto abaixo: @"® © @ ® © Nod Vo \od ‘Ao observarmos os esquemas, peroebemos que, apesar de ter havido a rota- J é cio de A,B eC, a posicao relativa entre esses elementos permanece a mesma. Por isso, devemos contabilizar essas trés possibilidades como sendo ape- nas uma, Essa logica ocorrerd também para as demais permutagdes dos elementos A, Be C. Isso significa que cada combina¢do seré apresentada em trés po- sigGes distintas, embora nao deixe de ser a mesma combinacio. O célculo é feito da seguinte forma: Bt 3-2-1 2 PC, 3°08 Em geral, o célculo das possibilidades para permutacées circulares o seguinte: Nele, n representa o nimero de elementos do conjunto. Nos préximos casos, iremos formar subconjuntos com elementos de de- terminado conjunto. 1.3. Combinagées Aplicadas na formacao de grupos com elementos distintos de um conjunto, de tal maneira que os grupos sejam caracterizados entre si apenas pela diferenca de elementos. Nesse caso de agrupamento, a ordem dos elementos no grupo no altera o grupo. Para calcular a quantidade de grupos possiveis, usa-se a formula: nl pl (n-p)! Nela, n representa o ntimero de elementos do conjunto e p, a Cue quantidade de elementos em cada grupo. Exemplo: ‘Trés amigos, André (A), Bruno (B) e Carlos (), querem formar uma dupla para jogar vélei com outra dupla. Quantas duplas os amigos podem formar? Resolugao: 3 C,,=-— 2 ea" 3 B-2I 2 2 Resposta: Podem ser formades trés duplas: AB, AC e BC, Veja que a dupla formada, por exemplo, por André e Bruno é a mesma formada por Bruno e ‘André, Nesse tipo de combinacéo, a ordem néo deve ser considerada. 1.4. Arranjos Aplicam-se aos casos em que tanto a ordem quanto o tipo dos elementos produzem diferenciacao nos agrupamentos formados. Para calcular quantos grupos podem ser formados, usa-se a formula: fi fea ‘Nela, n representa o nimero total de elementos de um conjuntoe Pp, o ntimero de elementos dos subconjuntos. Exemplo: 10 alunos participam de um campeonato e apenas os 2 primeiros marcarao pontos. Quais as possibilidades de classificago nos 2 primeiros lugares? Resolucéo: _ to! _ 10 ‘waa 0-2) al = 10. 9=90 Resposta: Hé 90 possibilidades de classificacdo nos 2 primeiros lugares. Conhecimentos (2) Be rye ky. (x) oe es eect, » re pee ed Leet Coro) ONE, aS _ dim pe = 2 : -2Aabosreae H =) Eq re ean! NE io rae n a ee = Giese =| 50 Relacao e fun¢gao 1. Produto cartesiano Dados 0s conjuntos A e B, o produto cartesiano de A por B (repre- sentado por A x B [lé-se: A cartesiano B)) é 0 conjunto formado por todos os pares ordenados de elementos de A e B, sendo o primeiro elemento pertencente a A e 0 segundo, pertencente a B. Exemplo: (0,1, 2,3} €B = (3, 4,5), determine AxBeBxA. Resolusio: AX. = ((0,3; (04) (055); (1.3); (4.4); (1,5); (23) 2.4); (25); 8.3); 8.4); 5)} BxA= (3,0); (3.1); (8,2); (3.3); (4.0); (4.0) (44 3); (5:0); (5, 2) (5,3) Note que A xB é diferente de Bx A. 2. Relacdo Dados os conjuntos A e B, a relacdo R de A em B é qualquer sub- conjunto do produto cartesiano A x B, sendo que A é chamado con- junto de partida e B, conjunto de chegada. Exemplo: se = (0.3) (4,4) (5) (0, 1,2, 3} € B= (3, 4, 5), entdo uma possivel relagdo entre Ae BER Podemos tipificar os conjuntos de partida e de chegada com a notacao: R:A +B (lé-se: Rde A em), 3. Fun¢ado Fungo é um tipo especial de relacdo, Por trés do conceito de funco, podemos intuir uma nogo de causalidade na qual o conjunto de partida esté relacionado com a causa e 0 conjunto de chegada, como efeito. Para uma relago constituir uma fungao, so necessérias duas condicées: MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Para todos os elementos do conjunto de partida, é preciso haver um correspondente no conjunto de chegada. Para todos os elementos do conjunto de partida, 86 pode haver um correspondente no conjunto de chegada. Temos ainda que o conjunto de partida é chamado dominio e o conjunto de chegada, contradominio. Exemplo: A=(0,1,2,3} eB = (3, 4, 5}, ento uma possivel fungao entre Ae Bé f:A7B £=((03} (44) 2.95 5) Podemos analisar em diagramas Ao dominio e B, o contradominio A B ‘Temos também os seguintes diagramas de relagdes que nao consti- ‘tuem fungées: A=({1,2), B=(4,5,6} eR R (1,4); (1,6); (2,6)} Ré uma relagio, mas nio é uma fungao, pois o elemento 1 tem dois correspondentes. Ré uma relagio, mas ndo é uma fungGo, pois sobrou o elemento 4em A sem correspondente em B, 51 52 ‘Apesar de 0 elemento 9 de B néo ter correspondente em A, esse fator isolado no impediria que R fosse uma fungi. Aos elementos do con- tradominio de uma fungdo que possuem correspondéncia no dominio amos o nome de imagem. A=(2,3,4) B=(7,8,9Jef:A +B f=(27; 87148) f Ls so dominio Bé : \-F# TEE oper ro €05 elementos 7 €8 formam 0 conjunto imagem (Im = 7, 8). Questéo 1 | Cesgranrio | Sendo A= {1, 3} B = (2,4), 0 produto cartesiano Ax 8é dado por: 2) 0,264) b) €G,2,6,2,0,4,6,4)) 2 (0,3).0,2,0,41,,4)} 8) ((,2,(1,3).(1,4),2,3), 2,4) 8,4) Resposta: alternativa “b”. Questo 2 | Cesgranrio| Sejam F={1,2,3,4eG= 03,4, 7}. Entdo: a) FxG tem 12elementos b) GxFtem9 elementos ©) FUGtem7 elementos @) FA Gtem 3 elementos Resposta: alternativa “a’ Questao 3 | UFPR| Sejam os conjuntos A= 6,8, 9} €B= {a,¢,1,0, u}. Qual das rlagdes abaixo é uma fungao de A.em 8? a) (0,2)6.0,6,0} b) (6,u} (B.i,(6,a)} 2 (6.2,8,0,.0,0,0,03 ¢) (08,2), (6,€), 6, u).(6,0, 9,0)) Resposta: Observe que na alternativa “b” a origem 9 no tem imagem no contradominio. Jé nas alternativas “c” e “d”, ha duas imagens para uma mesma ‘origem. A alternativa “a” é a Unica que para cada origem existe uma tinica ima- ‘gem. Portanto, a correta é a alternativa “a”. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Funcg6es algébricas (polinomiais de primeiro e segundo graus) 1. Fungao afim £ toda fungao que pode ser representada por fx) = ax +b, em que 1 € 0 coeficiente angular eb, o coeficiente linear. Representando a funcGo afim nos eixos cartesianos, temos: foo) 0 coeficiente linear b é o ponto em que a reta intersecta 0 eixo y ou eixo de f(x). 0 coeficiente angular a é a tangente do dngulo entre oeixo xe a rete da funcéo. Se 0 coeficiente angular for positivo (a > 0), a funcao serd cres- cente, mas se o coeficiente angular for negativo (a < 0), a fungdo seré decrescente, Exemplo 1: ffx) = 2x43 53 ‘Ao ponto de interseccao da reta da fungao com o eixo x damos o nome de zero da fungio ou raiz da fungéo. Exemplo 2: Nos graficos a seguir, qual(quais) representa(m) uma funca0? [No € uma fungo, pois exster dois | conespondentesemy paraum mesmo E uma fungio. Nao 6 uma fungo, pois existem dois ccorrespondentes em y para um mesmo x Exemplo 3: Sabendo que uma fungao afim passa pelos pontos A(2, 3) e Bt mine a expressdo dessa fungi. Resolucéo: yeaxsb Somando as duas equagées, temos: Substituindo b = 1 na primeira equacdo, temos: MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! 3=2a41 2a=2 Portanto, a fungao é f(x) = 1x + 1 ast Exemplo 4: Classifique como crescente ou decrescente as seguintes funcdes afins: Resolucéo: Crescente, pois a > 0. Decrescente, pois a <0. Decrescente, pois a <0 (a é 0 coeficiente de x, no caso a=-t). Grescente, pois a> 0 (a é 0 coeficiente de x, no caso a=3). Exemplo 5: Dados f{x) = 2x +3 e g(x) = 5x ~1, calcule fig(x). Observacdo: Essa é uma fungi composta, também representada por fo g (x). Resolucio: #£()=2( 43 Deixa-se um “espago” na funcio f, que seré preenchido com g(x). + fg{%)) =2(g(e)) +3 _—_Coloca-se a expressao de g(x) no segundo termo. * figs) =2(6x-1)+3 Faz-se a distributiva, # f(g(x)) = 10-243 Portanto: flg(s)) = 10x +1 Exemplo 6: Dado o grafico, determine a fungao afim: Como se trata de uma reta inclinada, @ expresso da fungao afim é do tipo f(x) = ax +b. Observemos que a rete da funcdo encontra o eixo verti- cal (das ordenadas) no ponto 1. Logo, b = 55 56 colecaoenem :. vestibulares Areta passa pelo ponto (-3,2); logo: et 3 a Fortanto,f6) = Se+ 1 2. Fun¢do exponencial ‘As fungdes exponenciais derivam das poténcias. Recordemos as principais caracteristicas das poténcias. Dado um niimero a, denominado base, e um niimero n, 0 expo- ente, temos: Exemplos: 22-2228 H23329 2°21, V a R* (qualquer numero real do ‘ulo elevado a zero & igual a1) Pet a! =a, Wa € IRqualquer némero real elevado a 1 igual aele mesmo) 3143.14 Questao 1 | PUC-SP | (Onniimero de elementos distintos da sequéncia 24, 4,42, (4), 2), (-2)+ & ad by 2 03 a4 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Resolucao: Basta elevar cada poténcia: 2422-2-2-2=16 (-2)'=16 (-4F=16 Resposta: alternativa “b”, Questao 2 | FEI-SP | valor da expresséo B= 5: 108-4: 10-%é a) 20 b) 2-108 20 ) 20-10-* Resolugdo: Podemos efetuar 5-4=20¢ 10": 10°?=10' +20: 10=2 10:10 =2+ 10° Resposta: alternativa “b”” Questao 3 Etetuandorse (L)-(L)'+ (2) obtémse: a) 9000 bo oy g-t a9 Resoluco: Trata-se da mesma base, | . Basta adicionarmos os expoentes referentes & multiplicaggo e subtrairmos of referentes a divisa ) Resposta: alternativa “! Questéo4 a.m O resultado de. TF é a8 b) 32 16 d) 64 281 Resolucao: a Como (2.17}'=28.17% temos a fragio 777", que é2°= 64, Resposta: alternativa “d”. 57 58 colecdoenem :. vestibulares 2.1, Equagées exponenciais Os exercicios sobre equacées exponenciais lidam basicamente com as propriedades das poténcias e equacées de primeiro e se- gundo graus. A tabela a seguir mostra as poténcias mais comuns. f importan- te se habituar a ela. Poténcias comuns como 3, 9, 27 e 81 devem ser lidas de imediato como 3, 3%, 3 34 Isso facilita muito a resolucdo dos exercicios. Poténcias comuns em exercicios 1024 ar | 243 @25_| 3125 15625, 216 | 1296 | 776 | [2201 | ‘Toda equagio do tipo a* = y é denominada equacéo exponencial. Nela, a é a base, x é 0 expoente e y 6 0 resultado de a%, Apesar de existirem equacdes com estrutura mais complexa, todas seguem. esse padrio, Exemplo 1; ‘Vamos resolver: 3* = 81. Resolugio: Sabemos que 81 = 3%, Logo: 3* = 3¢ x= 4. 0 processo para a resolugao & ‘+ Igualar as bases. ‘+ Igualar os expoentes. Resposta: x = 4 Exemplo 2: a)e=8 Como 8 é 2%, logo 2" MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS yam Note que 8 e 4 sao poténcias de 2. Como a raiz é um expoente fraciona- rio, temos: y= (aye pre = (QA) ~ 6x43= 222 3 18x +9 =2x-2 2.2, Grafico da fungéo exponencial A fungdo exponencial segue o padrao y “,1Aa>0. Observe que a base a no pode ser negativa, Também néo ha senti- do em determinar a =1, pois 1 elevado a qualquer numero ¢ igual a 1. O grafico da funcaio exponencial y = 2* tem a seguinte forma: assume para: exs3 apenas se aproxima. Observe os valores que a funcéo xo-2, x=-1, x=0, x=1, x=2 © grafico no intersecta o eixo x; Este tipo de curva recebe 0 nome de assintética, A fungao crescen- te, pois para um aumento de x hé ‘um aumento de y. Toda fungio ex- onencial com base > 1 é crescente. 59 60 Comportement ea Crescente Seabaseaé meioraue Pr Decrescente Sea base mestente081 Exemplo: ‘Vamos construir o grifico de y = () Resolugéo: Como a base esté entre 0 e 1, essa fungio é decrescente. Uma caracteristica das fungées exponenciais é que elas sempre inter- sectam 0 eixo y no ponto (0,1), pois qualquer ntimero diferente de zero elevado a zero é igual a1: a? = 1, a EIR’ (0 conjunto dos reais com o asterisco representa R ~ {0]) ‘Vamos fazer uma pequena tabela para nos orientar: MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica! Observe que, & medida que x aumenta, y diminui. Isso caracteriza uma funcdo decrescente. 3. Logaritmo Dados dois niimeros reais positivos a e b, com a # 1, chamamos de logaritmo de b na base a o expoente x, ao qual se deve elevar a base a, de modo que a poténcia a* seja igual ab. Em logb=x © a*=b, + aéabase do logaritmo * bé0 logaritmando ‘© x60 logaritmo © logaritmo com base 10 € conhecido como logaritmo decimal: log,,b = x ou logh = x. Jé o logaritmo com base e é conhecido como logaritmo neperiano ou logaritmo natural: log,b = x ou In b = que e = 2,71 0 niimero neperiano. em 3.1, Equagao logaritmica Decompondo 0 9 da equacao exponencial 3* = Ba3 > x22 , temos: Aqui, 0 logaritmo é uma equagdo exponencial, que, por sua vez, & uma aplicacao das propriedades das poténcias. Utilizando a notacao logaritmica, o exemplo acima serd representado da seguinte forma: logo = ou logaritmo de 9 na base 3¢ igual a 2 Enacorrespondéncia entre logaritmo e equacao exponencial, temos: log.9=263=9 Propriedades dos logaritmos Jog,0°6=l0g,0-+09,b Exempla 1og,4"8=109,4+00,8 | Esse exemploilustraa propriedade, 43 62 [Nao esqueca que o logaritmo uma [ben sano ener 2 ogtog-f,4— 00,2=x soinemoaie lona=3-2 poe Nessa propriedade,o nero a ~) €multiplicado por ele mesmo nm vezes Isso corresponde a aplicara | !oa,4?=3109,4=3-2=6 | propriedade Pm vezes P3 Exemplo: Essa é a propriedade de mudanga de ‘base, Nesse exemplo, temos 16.na base 4,que é2 No terme da direlta, log, 2= 16elog,4=2, pois? Pa Quando se usaa base 10,0 terme Ps Exemplo: Indicador da base ndo precisa ser log ,100=logi00= 2 rmostrado. Note que 10*= 100, ‘Onimero e, chamado de nimero de Euler ~cujo valor aproximado é 2,71828..-, é um ndmeroiracional, | sendo a base dos logartmos Ps. Questo 1 | Vunesp | Se log 8= 0.903 ¢ log 70 = 1,845, entolog 14 é igual a: Resolucao: Nao esta explicito no exercicio, mas esses logaritmos sao decimais, Observe a propriedade P,. Eimportante ver de imediato que 8 = 2? e que 14= log 14, que é log 2-7 =1og 2+ log 7(P,). +7, Estamos procurando MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS © Primeiro determinamos log 2: Se8=2 + log8=log2 > log8=3l0g2(P,) © Agora, vamos deter log 70=1og 7-10 log 70= log 7 + log 10 log 70=log7+1 log 70= log 7 +1 = 1,845 * Finalmente, achamos log 14: log 14= log 2-7 =log2+log7 Resposta: log 14= 1,146. 301 + 0,845 = 1,146 4. Funcao logaritmica A funcGo logaritmica é toda fungio do tipo: y = log.x, 1 a>0(abase deve ser positiva e diferente de 1), em que y é 0 logaritmo, a éa base ex 60 logaritmando, Veja exemplos de gréfico de funcéo logaritmica: oxacl Seabase a ests entre 0e1 Note que a fungao passa pelo Ponto (10). Aunga0 é decrescente | A funcao néo toca o eixo y | y=logx apt Note que a fungéo passa pelo a Seabaseaé — ponto (1.0) maiorque 1 | Afungao€ crescente ‘Afungdo no toca 0 eo y Matematica I 63 Equacées e inequa¢cdes As equacées e inequagées sdo temas associados a uma parte im- portante da Matematica, que é a Algebra, a ciéncia dos célculos e das grandezas abstratas. Por meio de equacées e inequacées, procuramos resolver proble- mas dos quais desconhecemos uma ou mais informagées. 1. Equacgées So sentencas matemiticas abertas, expressas por uma igualdade. Veja: + 2x-4=0-> 0 valor desconhecido x é denominado incégnita. * y?=4y-7 = 0-> 0 valor desconhecido y é denominado ineégnita. ‘Veremos adiante diversos tipos de equacdo, cada qual com suas peculiaridades, No entanto, existem algumas caracteristicas comuns a todas elas. Destaquemos algumas: * Toda equacdo tem pelo menos uma incégnita. * Toda equacdo deve ter um simbolo de igualdade + Raiz.é o nome dado a solucdo de uma equacéo. * Solugdo é um nimero que, substituindo a incégnita, transforma a equacéo numa igualdade numérica verdadeira. Cabe ressaltar que nem toda equagio tem uma solugio! + Uma equagdo somente terd solugdo se a raiz pertencer a seu dominio. * Duas equagées sao consideradas equivalentes quando as raizes da primeira sdo solugdes da segunda e vice-versa, Inicialmente, iremos considerar as equacées de pri- meiro grau com uma incégnita. Vejamos alguns exemplos: MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS © x+126 © 2x-4=x46 © Sx+3x4x=10-x ‘Vamos definir alguns nomes que sdo recorrentes quando o assun- to é equacio. Exemplo 1: 2x+2=10+%. Nessa equagio, temos as seguintes caracteristicas: © Incégnita: x ‘* Primeiro membro: 2x +2 ‘+ Segundo membro: 10 +x ‘+ Dois termos com a incégnita x: 2x ex * Dois termos independentes da incégnita x: 2 € 10 ‘+ Raiz ou solucdo igual a 8 pois: 2- (8) +2=10+ @)e ‘+ 18 = 18 (igualdade numérica verdadeira) Esse tipo de equacdo, em geral, est relacionado com itens que exigem certa habilidade para a transformagao das informagées de um texto de problema em equasio. Exemplo 2: Sao oferecidas trés modalidades de curso em uma escola - so- noplastia, iluminacao e cenotécnica. As vagas foram distribufdas da seguinte forma: metade para sonoplastia, um quarto para ilu- minagio e 10 vagas para cenotécnica. Quantas vagas foram oferecidas pela escola? Resolus x representa o niimero total de vagas oferecidas = vagas destinadas para sonoplastia = vagas destinadas para iluminago Bix |x ‘+ 10 =vogas destinadas para cenotéenica 65 66 colepgoenem : vestibulares Assim: +10 | Bxerccio proposto equacionado. 24 4¢_2c+x4+40 — Pormelo do MMC {minimo makiplo comum) ou de 4 4 fragies equivalentes, Denominadores so simplficados (equagdo equivalente | sprimeira orreeer | Agrupamento de termos semelhantes. faiz ou solusdo, Resposta: Foram oferecidas 40 vagas pela escola. Em geral, uma equagio de primeiro grau com uma incégnita pode ser representada da seguinte forma: ax + b = 0, em que: * aeb sio as constantes da equacao; + xa incégnita da equacio; + a sempre deve ser diferente de zero (a + 0). Araiz dessa equagao é obtida por meio do seguinte procedimento: 2. Equa¢gées de primeiro grau com duas incognitas Inicialmente, é importante dizer que o termo ineégnita, apesar de continuar valido, sera substituido por variével, conceito mais ade- quado as caracteristicas desse tipo de equagio. Em geral, uma equagio de primeiro grau com duas variéveis pode ser representada da seguinte forma: ax + by = c, em que: + aebsio nimeros diferentes de zero (a # eb + 0); * ©é termo independente de xe y; + xey sido varidveis (ou ineégnitas). ‘As equacées de primeiro grau com esse formato possuem infini- tas solucées. MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Observe 0 exemplo: Sx - y =-1. Se as varidveis x e y assumem valores determinados, encontra- mos igualdades numéricas verdadeiras. Alguns exemplos de solucao: *x=O0y=1 + Sx-y=-1 5-(0)-(a)=-1 o-1=-41 exsley=6 > Sx-y 5-()-()=-1 5-6=-1 Em outras palavras, os pares (0,1) e (1,6) so possiveis solugdes para a equagio 5x ~y =~1. Isso acontece porque no plano cartesiano a equacio pode ser representada por uma reta. E todos os pontos sobre essa reta sero considerados solugées para a equacdo. Veja 0 grafico a seguir: valores assumidos pela variavel y valores assumidos pela varivel x Observe que existem outras solugdes para a equacéio do exem- plo, representada pelo grafico e indo até mesmo além dos limites nele estabelecidos. Em geral, para obter uma tinica solucao para esse tipo de equagao, & necessério combiné-la com outra equacio, formando o que se co- nhece como sistemas de equacées. Matematica | 67 68 3. Equa¢des de segundo grau Sao toda sentenca matematica do tipo ax? + bx +c=0,coma,bec pertencentes ao conjunto dos niimeros reais e a # 0. Uma equacio de grau dois pode ter nenhuma, uma (ou duas iguais) ou duas solugées diferentes no conjunto dos mimeros reais. Para definir o mimero de raizes de uma equacdo de segundo grau, iremos recorrer ao discriminante A = b? - 4ac. O discriminante, em geral representado pela letra grega A (delta), é uma formula matemética que auxilia a determinar o niimero de raizes da equagio. * Caso A > 0, hé duas raizes distintas. * Caso A = 0, hé uma raiz dupla (ou duas raizes idénticas). * Caso A < 0, nao ha raizes no conjunto dos ntimeros reais, Para encontrarmos as solucdes de uma equago de segundo grau, podemos recorrer & férmula de Bhaskara, por meio da qual as solu- Ges sdo definidas a partir exclusivamente dos coeficientes da pré- pria equacio de segundo grau. qe baeohe 2a Exemplo: Resolva a equagio de segundo grau x? + 5x+4=0, Calculando o discriminante: O=b?-4ac A= GP-4-(2)-(4) A=25-16 a-9 Agora, vamos determinar as raizes MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica | As duas formulas a seguir também sao titeis, pois fornecem infor- maces importantes em relagio & soma e a0 produto das raizes de uma equacéio de segundo grau: HVE ,-b-VE 2b a 4% 2a * 2a 2a A A demonstragio desta férmula é semelhante ada © %°%=7 | anterior. Como exercicio, tente demonstré-la, ‘Assim, temos: Note que essas formulas formecem como resultado a soma (s) eo produto (P) das raizes de uma equacio de segundo grau. Enfatizando, mesmo sem conhecer as raizes da equacao, é possi- vel determinar os valores da soma e da multiplicagao entre elas, a partir, exclusivamente, dos coeficientes a, bec. 3.1. Equacdes completas e incompletas Uma equagio do tipo ax? + bx +c = 0 seré considerada completa se bec forem diferentes de zero. Caso contrério, teremos uma equa- do incompleta. E nao se pode esquecer que, por definigéo, a precisa ser diferente de zero. No caso das equagées incompletas, o método de solugéo pode ser diferente, bastando isolar a incégnita ou transformar a equacdo em fatores. Veja alguns exemplos: Exemplo: Resolva a equacao incompleta de segundo grau x!-4=0. #-420 a4 ava 69 3.2. Fatoragao de uma equacao de segundo grau ‘A forma fatorada de uma equacao de segundo grau é a seguinte: a: (x-x) (=x) =0 Essa forma é muito titil na resolugao de alguns casos de equacéo de segundo grau. Exemplo: Resolva a equacdo completa de segundo grau x? + 4x + ‘As duas equacées, a seguir, so iguais, mas uma esté na forma fatorada ea outra nao. ere Ccciee Resolugio por Bhaskara Resolugio A= (4)-4-(0-G) Perceba que do's fatores mutiplicados resuitarn | em eto; logo, um dos fatores # igual a er. ou +120 Resposta:S={~1,-3) | Resposta: S={-1,-3}. 4. Inequacgdes Existem muitas diferengas entre equacées e inequagées, mas uma se mostra fundamental: enquanto as equagées distinguem-se pelo simbolo de igualdade, as inequacées caracterizam-se pelo sim- bolo de desigualdade. Resumindo, inequagées so sentencas mateméticas abertas, ex- pressas por uma desigualdade. Veja na tabela os simbolos de de- ee sigualdade utilizados na composigao menor que das inequacées: maior ou igual a menor ou igual a diferente de 70 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica © objetivo das inequacées é apurar 0 conjunto de todas as solu- ges possiveis para tomar a sentenca verdadeira. 4.1. Inequacées de primeiro grau Podem ser representadas da seguinte forma: ax +b > 0. Exemplo: Resolva a inequacao de primeiro grau 2x-10>0. 2x-10>0 2x>10 x>i0 2 x>5 S=(xER|x>5} Representacéo grafica 5 Inequacao produto ‘Trata-se de uma desigualdade em que um dos membros se en- contra na forma fatorada. O exemplo a seguir dé ideia de uma ine- quacao produto e de como resolvé-la: f(%)-g(%) <0 Exemplo: Resolva a inequacao produto (x-5) -(«-2) <0. y (&-5)-(e-2)<0 fator A fator B Resolvendo o primeiro fator: x,-5=0 xs5 Resolvendo o segundo fator: x,-220 %=2 n Analisamos cada fator + isoladamente,comono 7 | ~ seguinte esquema: re en oe Fator A se FatorB eae eee cies r $ $ Fator AO Fator B Em seguida, fazemos a anilise dos sinais pard cada intervalo (menos com ‘menos dé mais, menos com mais d4 menos, mais e mais dé mais). Como o cexercicio solicita apenas valores menores que zero, a solugéo é a que segue. Resposta: § = (x © R|2 0. Agora que obtivemos essas informacées, vamos formular a res- posta do exercicio. Resposta: $ = {x € R|2 catetob n> projegdo do catetob © > catetoc m ~ projegio do cateto ¢ h~ altura 4 Sl Si sl 1 Bl A partir da existéncia desses trés triéngulos retdngulos, vamos comparé-los, de modo a tentar estabelecer a semelhanga entre eles. Para facilitar o entendimento, consideremos os triangulos separadamente. 76 MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica | A semelhanca entre os triangulos I e Il é de verificacdo imedia- ta, devido ao critério A.A. (@ngulo, angulo). Da mesma forma, fica evidente que os triangulos I e III séo semelhantes, utilizando-se as. mesmas regras. Para demonstrarmos que o triangulo I eo triangulo III sao seme- Ihantes entre si, basta utilizarmos a regra da geometria plana se- gundo a qual a soma das medidas dos angulos internos de qualquer tridngulo é sempre igual a 180°. Semelhanga entre os triéngulos le II Tigngule | a_|o |e Trngulo I b [a [a + b=a-n~ O quadrado da medida do cateto (b) é igual ao pro- duto da medida da hipotenusa (a) pela medida da projecao do cateto b (n). + b-c=a-h~ O produto das medidas dos catetos (b e ¢) € igual ao produto das medidas da hipotenusa (a) pela medida da altura (h). ‘Semelhanga entre os tridngulos le Ill Tiangule Tinguio I * @=a-+m~ O quadrado da medida do cateto (c) é igual ao produto da medida da hipotenusa (a) pela me- dida da projecao do cateto c (m). Semelhanga entre os triangulos He Ill Tingule t Tranguio i * h@=m-n > quadrado da medida da altura (h) é igual ao produto da medida da projecao do cateto (m) pela medida da projecio do cateto c (m). Finalmente, é possivel apresentar e justificar uma das mais im- portantes relagdes métricas de um tridngulo retangulo, o Teorema de Pitégoras, ‘Num triangulo retangulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual & soma dos quadrados das medidas dos catetos. {e san c=a-m b+@ran+am be+c=(n+m)a beecsaca be+ce=at Portanto, fica demonstrado 0 Teorema de Pitégoras. Exemplo 1: Calcular a diagonal de um quadrado de lado a. Resolucao: Utilizando o Teorema de Pitégoras, temos: MATEMATICA E SUAS TECNOLOGIAS Matematica | Levamos em consideracao | apenas a solucdo positiva. | Exemplo 2: Calculara altura de um triangulo equilétero, cujo lado tem medida igual a L. A L h i. L 2 Resolugao: ‘Nesse exemplo, também recorreremos ao Teorema de Pitagoras: Lents ) 2 vere 4 Levamos em consideracao apenas a solucao positiva. colecaéo Q ‘paso decisivo para sua aprovacao Produstoedtorak: Gold Edita ida oordenasSo editor Isabel Moraes ‘oordenasSopedegégica: Ménica Lungov, Raquel dos Santee Funari Assetinciaedtorak Henrique Ostronoff, Ana Beraldo Texto: Washington Jost Santos Alves (mestre em ensine de Matemética pela Pontificia Universidade Catlica de So Paulo, professor de Matemétice no ensino médio eem cursos pré-vestibulere, ‘onsultor pedagégico pare a edicko de materiais didticos, membro da Olimpiada Paulista de Matemitica) ‘Ate: Nuova Comunicagio Ionograla: Cduio Perez Revisto: Sandra Miguel Colaboragd: Luciana Sutil Fotos: Shutterstock eee Matemistica I/ [texto Washington José Santos Alves. Barueri, SP: Gold Editora, 2012 — (Coleco Enem & Vestibaares 0 paso decsivo para sua aprovagio;¥.2) 41. Matematica - Enem - Vestibular 2. Alves, Washington JS. I. Série ISBN 973-357-768.490-8 cpp-510.76 Indices para catilogo sistemético 4. Bnem - Vestibular : Matematica : 10.76 2. Matematica : Enem - Vestibular 510.76 8old ‘Alameda Mamoxé, $35, 5° andar, Alphaville 06454-910 — Barueri - SP CONF} 04.963.583/0001-42 ‘rw goldeditora.com br colecao al i & res © passo dlecisivo para sua aprova¢So NAO PERCA O PROXIMO NUMERO. 1. Portugués I - Linguagens, cécigos e suas tecrologias 2. Matematica I - Matematica e suas tecnologias 3. Biologia - Ciéncias da netureza e suas tecnsiogias 4. Geografia | -Ciéncias humanas e suas tecnologias 5. Quimica - Ciencias da natureza e suas teenslogias 6. Historia do Brasil - Ciéncias humanas e suas tecnologies 7.. Fisica - Ciencias da natureza ¢ suas tecnologias 8. Portugués II - Linguagens, cédiges e suas tecnologia e redac5o. 9. Matematica II - Matematica e suas tecnologias 10. Historia Geral - Ciéncias humanes e suas tecnologias 11. Geografia II - Ciéncias humanas e suas tecrologias 12, Inglés - Linguagens, cédigos e suas tecnologias oe, |

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