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Escola Regional Dr.

José Dinis da Fonseca

Luís de Camões

Trabalho elaborado por: Cláudio Hilário nº 5 T. 9ºA


Índice
Introdução_____________________________________________________________3
Capitulo 1
Biografia de Luís de Camões________________________________________4
Um olhar sobre Camões____________________________________________6
Capitulo 2
Breve Contexto da época___________________________________________7
Fontes e Características d’ Os Lusíadas________________________________8
A Mitologia do poema_____________________________________________9
As partes que integram o poema_____________________________________10
Pequeno Excerto d’ Os Lusíadas____________________________________10
Capítulo 3
A Lírica Camoniana______________________________________________11
Capítulo 4
Apresentação de alguns poemas: ____________________________________12
- Redondilhas_____________________________________________12
- Sonetos_________________________________________________13
Conclusão____________________________________________________________16
Bibliografia___________________________________________________________17
Introdução
O presente trabalho tem como principal objectivo conhecer um pouco melhor a vida e a obra do
maior poeta português de todos os tempos, Luís Vaz de Camões.
Luís Vaz de Camões foi um autor que escreveu a epopeia para exaltar os descobrimentos feitos
por um povo, o povo Português.
Seguidamente, vou apresentar a estrutura do meu trabalho: encontra-se dividido em quatro
capítulos e cada capítulo encontra-se dividido em sub-pontos de acordo com o tema a ser
estudado.
Biografia de Luís de Camões
1525 → Nascimento de Luís de Camões em Lisboa.
O autor parte para Coimbra muito jovem com o objectivo de estudar humanidades. O seu
ingresso foi-lhe facilitado devido a que um tio seu, D. Bento Camões, era Chanceler da
Universidade. Camões era filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo.
1542 → Regressa a Lisboa e começa a declamar versos próprios e alheios nos serões de Paço,
contudo divide o seu tempo entre o Paço e a vida boémia da capital.
1549 → No final do ano, alista-se no exército e parte para Ceuta, a razão de tal feito não se sabe
ao certo e assim ficamos na dúvida se o autor sofreria de amores proibidos ou se o fés de livre
vontade.
1552→ Regressa a Lisboa e entra numa briga com Gonçalo Borges, um criado do Paço com o
intuito de defender dois amigos seus. Foi preso durante um ano.
Assim, o rei D. João III, na carta do perdão, toma em consideração Tratar-se de um pobre
mancebo e Camões oferece-se para partir para a Índia.
1553→ Luís de Camões parte para a Índia, na nau S. Bento e na Viagem sofre grandes
temporais. Após a sua chegada ao oriente, faz parte de grandes expedições, onde toma contacto
com personalidades de vulto, como o vice-rei D. Francisco Sousa Coutinho, Garcia de Horta,
entre outros. É expulso de Macau e diz ter sido por motivos injustos e no regresso náufraga e
nesse triste acontecimento perdeu a sua amada Dinamene, uma jovem chinesa. Este
acontecimento fez com que Luís de Camões fosse para Malaca e para várias ilhas da Malásia.
1561→ Chega à índia, mas Camões tinha um sonho, regressar à pátria que o viu nascer. A sua
viagem foi feita por etapas, a primeira foi a viagem até Moçambique a expensas de um irmão do
vice-rei, D. Francisco Barrento, que o obrigou a um pagamento de 200 cruzadas que gastara com
ele. Assim, Diogo de couto Encontro-o vivendo da caridade dos amigos, facto que fez com que
lhe pagassem as dívidas e lhe comprassem uma passagem para Lisboa.
1569→ Chegou a Lisboa. O autor ficou admirado com o ambiente que se vivia em Portugal, este
facto veio agonizar mais o seu espírito, a sua amargura aumentou. Nesta época reinava D.
Sebastião e Camões Sentia-se muito pessimista em relação ao futuro da nação.
1572→ Públicos os Lusíadas. Através da sua publicação recebia do erário a teça anual de 15 mil
reis, este pagamento era irregular. Os últimos anos do poeta, foram vividos na miséria e no
abandono na companhia de um escravo chamado Jau que ia mendigar para as ruas de Lisboa para
providenciar o sustento dele e do poeta.
1580→ Morre Luís de Camões a 10 de Junho, seu corpo desceu á terra em campa rasa e sem
nenhum sinal que lhe distinguisse a sepultura. No entanto, um admirador seu, mais tarde
procurou os seus restos mortais e mandou depositá-los em sepultura que mandou erguer para o
efeito.

Um Olhar sobre Camões


Luís de Camões nasceu e viveu num ambiente lendário, pois criou-se um mito à sua vontade que
vão desde amores impossíveis, ás suas paixões pelas damas da corte, a luta para se salvar das
ondas do naufrágio e finalmente o aparecimento d’ Os Lusíadas.
Criou uma imagem de um poeta – maldito dividido entre os desgostos de amor e os desgostos da
vida. No que diz respeito à sua personalidade, era rica e complexa, pois estamos perante um
homem profundamente culto, inteligente, observador, perspicaz e um pensador sem limites.
Um outro lado de Camões que parece pertinente mostrar é o seu lado apaixonado, impetuoso,
amante da vida com todos os seus excessos, experiente em humilhações e louvores, em viagens,
naufrágios de desprezos, de lutas e sonhos, amores e morte.
E a sua obra…
A obra de Luís de Camões tem um grande valor histórico e é de grande magnitude. Contudo,
apenas uma parte é que foi publicada em vida do poeta, facto que causou grandes problemas para
aqueles que pretendem estudar Camões e a sua obra.
Como poeta lírico, Camões viu publicada apenas quatro publicações, um outro facto é que Diogo
de Couto refere que durante a sua estada em Moçambique o poeta trabalhou num livro cujo o
título seria «Parnaso de Luís de Camões» que lhe foi furtado. No entanto, apareceu como sendo
da autoria sua: 126 redondilhas, 204 sonetos, 8 éclogas, 13 odes, 1 sextilha, 10 elegas e 11
canções.
No que diz respeito ao teatro, o poeta deixou-nos três obras: Auto do Enfatriões que está escrito
em versos de redondilha maior e relata-nos a paixão de Júpiter por Almena; O Auto de El- Rei
Seleuco fala-nos dos amores de Antíoco, filho do rei e dá o nome ao auto; finalmente o Auto de
Filodemo que conta a história de 2 irmãos, Filodemo e Florimena que ficam sós no mundo após
um naufrágio.
No entanto, o teatro é apenas uma parte pouco significativa na produção literária do poeta, mas
em conjunto com as Cartas permite-nos estudar mais profundamente a posição do poeta perante
os problemas da sociedade teatral do século XVI.
Contudo a obra que maior relevo teve na vida do poeta foi o poema épico Os Lusíadas.
A Obra – Prima de Luís de Camões
Os Lusíadas
Breve contexto da época:
Um dos traços mais característicos da época em que viveu Camões é o ideal de um homem
renascentista. Assim, o homem renascentista é chamado o senhor do seu próprio destino: nesta
época vê-se a exaltação da razão em que se confia plenamente, as paixões devem ser
exteriorizadas e dos imperativos do instinto que devem seguir a determinação moral cristã.
Nesta época, a vida situa-se no plano temporal pois o homem renascentista sente-se atraído pela
necessidade de encontrar respostas científicas para os fenómenos da natureza.
Ao nível das humanidades, há um renascer do estudo de Filosofia, da História e das Letras
Clássicas, enquanto que a formação teológica dos intelectuais foi neutralizada.
Por outro lado, há um retorno ao estudo da antiguidade greco-latina e de todos os seus ideais
valores, adaptam-se à mitologia e ás suas expressões; imita a estética clássica e cultivam-se os os
géneros épicos, lírico e dramático. Por fim, o poeta renascentista considera-se detentor de uma
mensagem fecunda para outros homens, acha-se profundamente dotado para revelar os meandros
íntimos do mar; o elogio dos heróis que o fará dar conselhos aos poderosos, aos monarcas e à
corte real.

Fontes e Características d’Os


Lusíadas
A obra prima de Camões segue a Eneida de Virgílio na sua concepção e no que diz respeito ao
verso é decassílabo, em oitava com rima abababcc, facto que foi retirado da obra de Orlando
Furioso de Ariosto.
Este programa vai retardar factos e acontecimentos históricos, para tal Camões baseou-se em
vários autores e obras como:
- Duarte Galvão: Feitos de D. Afonso Henriques;
- Rui Pina: Feitos doa Amores da Primeira Dinastia até Afonso IV;
- Fernão Lopes: Feitos de reinados de D. Pedro e D. Fernando e D. João I;
- Gomes Zurara: Feitos do infante D. Henrique;
- Fernão Lopes de Castanheda: História dos descobrimentos e Conquistada da Índia pelos
Portugueses;
- História Trágico-Marítima: Descrição dos naufrágios;
- André de Resende: As ninfas do Tejo que designa as Tágides;
- Novelas de Cavalaria: alguns relatos.

Apesar de tentar obter o rigor histórico, Camões tenta ser um «Homem de honesto estudo», mas
o poema também tem no seu conteúdo descrições maravilhosas da natureza contadas por quem
as conheceu intimamente e também contém fenómenos vários coma a tromba marítima.

A Mitologia do Poema
Um dos elementos mais relevantes do poema é o Maravilhoso, isto remete-nos para a
participação r intervenção de seres sobrenaturais na acção. Assim, Camões optou pelo
maravilhoso pagão; isto está presente quando vemos a influência dos deuses da antiguidade
favorecendo ou estorvando os feitos dos portugueses.
Também vemos no poema a influência da Eneida de Virgílio, quando Camões escolhe como
protector dos portugueses, a deusa Vénus que já aparecera Eneias.
Camões também coloca na sua obra o Maravilhoso Cristão, aquando os marinheiros portugueses
se viram aflitos e clamam por socorro aos céus:
«Ó Tu, Guarda divina, tem Cuidado
De quem sem ti não pode ser guardado…»
(Canto II, estrofe 31)

As partes que integram o poema


Segundo a influência clássica, Os Lusíadas dividem-se em quatro partes:
1ª Proposição: nesta parte, o poema anuncia o que vai cantar, situa-se no Canto I, estrofe 1,2 e 3.
2ª Invocação: Camões pede às divindades para que o inspirem a compor a sua obra; esse pedido
aparece nos Cantos I (estrofe 4 e 5), Canto III (estrofe 1 e 2), Canto VII (estrofe 78 á 83) e o
Canto X (estrofe 8).
3ª Dedicatória: Camões dedica a sua obra ao rei D. Sebastião e aparece no Canto I (estrofe 6 à
15).
3ª Narrativa: Camões apresenta a narrativa das acções e começa no canto I (estrofe 9) e acaba no
canto X (estrofe 144).
Pequeno excerto do poema
Seguinte, apresento um pequeno excerto da obra-prima de Luís de Camões:
«As armas e barões assinalados,
Que da Ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força Humana,
E entre gente remota Edificaram,
Novo reino, que tanto sublimaram.»
Canto I, estrofe 1
Análise:
O poeta começa a sua obra-prima por elogiar o nobre povo Português por todas as descobertas de
além do mar. Exalta também a força que os portugueses tiveram para conquistar um novo reino e
novas riquezas.

A Lírica Camoniana
Falar da Lírica Camoniana é não apenas referir ou referenciar a tradição do lirismo peninsular,
mas caracterizar a estética clássica e renascentista que marcou o seu tempo. E se alguma Pessoa,
por exemplo o criticou pela «obsessão do italianismo» e o acusou de falta de originalidade,
reconheceu, porem que o lirismo da Sua obra era o lirismo da sua vida.
Em Camões existiu a poesia com sabor trovadoresco dos cancioneiros «a medida velha» com
uma poesia cujos modelos formais e temáticos «medida nova» revelam a cultura humanística e
clássica do autor, que soube em Platão, Petrarca ou Dante encontrar o seu mentor ou um mestre
para o caminho que trilhou e explorou com sabedoria, com entusiasmo e com a paixão do seu
temperamento.
Cantando o amor sublime ou a relação mais fútil, o poeta soube como poucos definir-se e definir
a alma humana, oferecendo-nos a sua experiência de vida ou o mundo no seu desconcerto, com
os seus problemas sociais e morais e a eterna questão do mal que aflige a humanidade. Os temas
da vida lírica são vastos e variados, indo da análise da sua vida interior à caracterização da
realidade do seu tempo ou á busca do dimensionamento do homem universal.
Alguns poemas da obra lírica de
Camões:
1. Redondilhas

«Menina dos olhos verdes


Porque me não vendes?

Eles verdes são,


E têm por usança,
Na cor esperança,
E nas obras, não
Vossa condição
Não é dos olhos verdes
Porque me não verdes.

Isenções a molhos
Que eles dizem terdes,
Não são de olhos verdes
Nem de verdes olhos.
Sirvo de geolhos,
E Vós não me credes,
Porque me não vedes?

Haviam de ver
Por que possa vê-los
Que uns olhos tão belos
Não se hão-de esconder.
Mas fazei-me crer
Que já não verdes
Porque me não vedes?
Verdes não o são
No que alcanço deles;
Verdes são aqueles
Que esperança dão
Se na condição
Está serem verdes,
Porque me não vedes?»
Análise:
O tema do poema é Amor, ou seja, o Amor desencontrado. O poeta ama alguém que não lhe liga,
e, então ele atribui a culpa desse infortúnio à cor dos olhos da sua amada.

2. Soneto: é um poema constituído por duas quadras e dois trecetos.

«Ah, minha Dinamene assi deixaste


Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah, ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!

Como já para sempre te apariaste


De quem tão longe estava a perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tão magoaste?

Nem falar-te somente a dura morte


Me deixou, que tão cedo o negro manto
Em teus olhos deitado consintiste!

Ó mar! Ó céu! Ó minha escura sorte!


Qual pena sentirei, que valha tanto,
Que ainda tenho por pouco o viver triste?»
Análise:
O soneto mostra a saudade que o poeta sente da sua amada Dinamene que morreu no naufrágio
quando regressava de Macau. Aqui, o poeta mostra a sua fúria por ter perdido a sua amada tão
cedo e lamenta o seu pouco tempo de vida.
No final do poema, o poema exprime a falta que sente de Dinamene que é tão grande e não sabe
se valerá a pena viver mais.

Amor é fogo que arde sem se ver


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Análise:
O presente poema é um soneto da autoria de Luís de Camões, e, é constituído por duas quadras e
dois tercetos.
Na primeira quadra, o poeta diz que o amor se assemelha a uma fogueira, mas não é verdade pois
não queima lenha, queima sim o ser humano por dentro os seus sentimentos. Diz, também ser
uma dor que não é física e que vem do seu íntimo e que nos faz sentir uma grande felicidade.
Na segunda quadra, o poeta refere que este sentimento, o Amor faz-nos sentir presos sem
estarmos; o Amor também nos faz sentir sozinhos num mundo aparte mesmo quando estamos no
meio de uma multidão.
No primeiro e segundo tercetos, o poeta interroga-se acerca do sentimento que o queima por
dentro e não sabe o seu significado. Para ele, o Amor pode significar sofrimento, e ao mesmo
tempo, uma felicidade tão grande que o faz acreditar que é apenas uma ilusão da sua memória e
não uma verdade.
Conclusão
Este trabalho permitiu-me aprender um pouco sobre o poeta e também sobre os feitos do
povo Português nos descobrimentos.
Foi um trabalho que eu gostei muito de fazer, pois ajudou-me a ter mais cultura.
Bibliografia
- CÍRCULOS DE LEITORES, (1981), «Obras Completas – Os lusíadas», vol.I, Lisboa.
- CÍRCULOS DE LEITORES, (1984), «Obras Completas – Teatro e cartas», vol.II, Lisboa.
- CÍRCULOS DE LEITORES, (1984), «Obras Completas – A Lírica», vol.III, Lisboa.
- HENRIQUE,Tresa Maria, (1991), «Camões, Os Lusíadas», Publicação Europa – América,
Men-Martins.

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