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Professor Fabiano Hanauer Abegg – EVR - AGC 1

ARISTÓTELES (384-322 a. C.)

1. BIOGRAFIA
Nasceu em Estagira, na Macedônia, por isto apelidado de o “Estagirita”, filho de
Nicômaco, médico1 da corte de Filipe. Aristóteles foi atraído à Grécia, devido à fermentação
intelectual que lá havia, ingressando, aos 18 anos, na Academia de Platão.
Afasta-se do pensamento platônico, quando valoriza a observação da realidade
sensível, por exemplo: a Biologia e a Lógica, utilizando uma linguagem rigorosa e não
poética. Em 343 a.C., torna-se preceptor de Alexandre Magno (que tinha, então, 7 anos)2.
Quando Filipe morre e Alexandre torna-se rei, funda, em Atenas, a sua escola: O Liceu,
utilizando o método peripatético de ensino.
Com a morte de Alexandre, Aristóteles ficou numa situação delicada, saindo de
Atenas para que esta “não cometesse mais um crime contra a Filosofia”.
2. OBRAS
Seu estilo é investigativo e rigoroso como o de todas as ciências naturais.
PRINCIPAIS: “Órganon” (sobre Lógica), “Ética a Nicômaco”, Os 14 Livros da
“Metafísica” (ou Filosofia Primeira como Aristóteles chamava).
3. O REALISMO ARISTOTÉLICO
PROBLEMÁTICA: Os gregos continuam se perguntando: como conciliar o SER e o DEVIR?
Como explicar racionalmente a mudança? Como conciliar a controvérsia Heráclito, “tudo
muda”, com Parmênides, “a mudança é ilusão”? Platão respondeu afirmando que o
verdadeiro mundo é o das idéias, e é apenas no mundo sensível, simples sombra do
verdadeiro mundo, que as mudanças ocorrem. Aristóteles não concorda. Afirma que o mundo
sensível é o mundo real. Mas, então, como explicar a mudança, sem negar a existência do
Ser?
Aristóteles afirma que o ente (tudo o que existe) é composto por substância e acidente.
SUBSTÂNCIA (essência) é a característica essencial de cada ente; por exemplo, a substância
humana é igual em todos os seres humanos, na ausência desta não há mais “ser humano”.
ACIDENTE são as qualidades próprias de cada ente (alto, baixo, gordo, magro). No ente só
podem mudar os acidentes, quando muda a substância surge um novo ente.
Assim, como é possível a mudança substancial? Segundo o Estagirita, o ente é
composto também por matéria e forma. A MATÉRIA é pura indeterminação, enquanto a
FORMA é o que determina a matéria. Por exemplo: uma matéria tem a forma de madeira,
queimando a madeira, a mesma matéria passa a ter a forma de carvão, brasa ou cinza.
Contudo, como algo pode mudar e, ao mesmo tempo, continuar a ser o que era?
Aristóteles responde com o princípio de Ato e Potência. POTÊNCIA é a capacidade que
alguma coisa tem de ser, sem ser ainda (capacidade de vir-a-ser). ATO é aquilo que algo já é,
é a manifestação do ser (potência realizada).
E como se dá a mudança, passagem de potência para ato? Para o Estagirita, toda
mudança resulta da ação de causas exteriores, distinguindo quatro tipos de causas:
MATERIAL (o mármore), EFICIENTE (o escultor), FORMAL (forma que adquire a obra de
arte), FINAL (motivo, finalidade para a qual foi feita – estética, embelezar).
Toda passagem de potência para ato exige a participação de um motor em ato para
possibilitar tal movimento. Mas não se pode ir de causa em causa infinitamente, ou seja, é
preciso que haja uma primeira causa, não causada por nada (incausada), um primeiro motor
que nunca foi movido por nada. É o primeiro motor, Motor Imóvel (que move sem ser
movido por ninguém), Ato Puro. O Motor Imóvel é a origem do movimento e, portanto, de
tudo quanto está sujeito à mudança.
1
Daí seu interesse pela pesquisa científica, análise da natureza, Biologia.
2
Mais tarde, quando Alexandre conquista o mundo antigo, certamente o que ele aprendeu de Aristóteles
influenciou na difusão do helenismo.
Professor Fabiano Hanauer Abegg – EVR - AGC 2

4. ASTRONOMIA
Como explicar o movimento dos astros? Como entender o cosmos?
Para Aristóteles, existiriam , no cosmos, 55 esferas; o Motor Imóvel transmite o
movimento a última esfera (das estrelas fixas) e este movimento, por sua vez, seria
transmitido por atrito às esferas seguintes até a esfera lunar. No centro de tudo, encontra-se a
Terra, também ela com sua esfera, mas imóvel.
Aristóteles percebeu uma hierarquização no cosmos, por isto afirmava que a natureza
do céu é superior a da Terra. Assim, o mundo supralunar (esfera da Lua até a esfera das
estrelas fixas) seria constituído por uma substância desconhecida (“quintessência” ou “éter”)
que seria inalterável e imperecível. Por isto, os corpos celestes seriam perfeitos e
incorruptíveis, não sujeitos a mudança. Já o mundo sublunar (região da Terra que é imóvel) é
constituído de quatro elementos (ar, água, fogo e terra) responsáveis por todo tipo de
transformação, mudança, corpos em movimentos não circulares, ou seja, não perfeitos,
corruptíveis, sujeitos à transmutação e a degeneração.
5. ÉTICA
O Estagirita formula a questão do “dever-ser” em função da realização das
possibilidades (potências) que o ser humano traz em sua essência. Existem, pois, três formas
de felicidade: uma vida de prazeres e satisfações, uma vida como cidadão livre e responsável,
viver como pesquisador e filósofo. Para ser verdadeiramente feliz, o ser humano deve integrar
estas três formas, encontrar um ponto de equilíbrio, um meio termos entre os extremos.
Quanto às virtudes, Aristóteles enfatiza a importância do “meio-termo de ouro”: a
virtude da coragem é o meio termo entre a audácia e a covardia, a generosidade está entre a
avareza e a extravagância. Somente através do meio termo podemos viver felizes, em
harmonia.
6. POLÍTICA
Afirma que “o homem é um animal político”, e a forma mais elevada de convívio
humano se dá através do Estado. “Aristóteles cita diversas boas formas de Estado. Uma delas
é a monarquia, ou seja, aquela em que há um único chefe de Estado. Mas para que esta forma
de estado seja boa, ela pode degenerar em ‘tirania’, na qual o único soberano comanda e
dirige o estado em proveito próprio. Outra boa forma de Estado é a aristocracia, aqui um
grupo maior ou menor de soberanos governa o Estado. Esta forma de estado deve cuidar para
não acabar virando o governo de uns poucos, que dirigem o Estado em função dos seus
interesses. Seria mais ou menos o que chamaríamos hoje de ‘oligarquia’. Uma boa forma de
Estado é a democracia. Mas também esta forma de Estado tem o seu lado negativo. Uma
democracia pode facilmente desvirtuar e se transformar no chamado domínio da plebe.” 3

3
Texto extraído romance O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder.

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