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: INGUAGEM DAS MAOS os ca CSSR is a a EUGENIO OATES - Bel TD a — & aoe Ay; Ei rm ™ 3 ial Y e a APRESENTACAO Honrado com o convite do amigo Padre Eugénio para apresentar 0 presente livro, aos meus irmfos, surdos, expresso primeiramente os "me- Thores sentimentos de admiragdo:e de gratidao. pelos seus altos propésitos de ajudar os surdos na sua comunicagao. Passando aos trabalhos do Padre Eugénio, posso asseverar que foram feitos com a préocupagiio de dar a todos os surdos brasileiros a grande felicidade de poderem viver unidos entre si, através de compreensio mitua, & éste volume o resultado da uniéo de linguagens mimicas usadas em varios ambientes do Brasil. Antes de organizar éste diciondério de mimica o nosso amigo, Padre Eugénio, realizou exaustivas pesquisas pelo territério nacional, colecio- nando gestos nos lugares onde conviveu com os surdos. As mimicas escolhidas e colocadas neste manual resultaram do nimero * maior de gestos parecidos. Alguns gestos nao existentes no Brasil e pre- sentes neste livro, visaram completar e dar exata expressdo do pensamento, N&o houve escolha das mimicas com desejo de agradar mais a um grupo de surdos que a outro. A escolha foi feita cuidadosamente e apés acurados estudos. Houve, também, consultas a surdos e a professéres mais conhecedores da linguagem gestual. ste livro levou muito tempo para ser elaborado, Entretanto, nin- guém pensou, nem pensa, que é 0 ultimo trabalho no género. & apenas 0 comégo dé dutros trabalhos e de esforgos de todos, para formar, futura- mente: ym livro mais completo sébre o assunto. =Um sonho dos surdos no mundo inteiro 6 que aparega no futurd um livro de mfimica internacional. Jé houve tentativas para organizar tal livro e ha esperangas de que, muito em breve, tal esférgo venha a ser concretizado. Espero que éste livro preste aos surdos os Servicos que os elevados sentimentos de solidariedade humana ditaram ao seu autor. Padre Vicente de Paulo Penido Burnier Chanceler e Secretério da Ciria Metro- politana da Arquidiocese de Juiz de Fora Estado de Minas Gerais. PREFACIO DO AUTOR A linguagem de gestos, de mimica, é basicamente, uma linguagem natural e universal. E o primeiro idioma que aprendemos nos bracgos de nossa mie. Durante téda a vida usamos as méos fazendo gestos e simais para expressar nossas idéias com mais énfase e clareza e tal habito é tio’ natural como chorar ou rir. No mundo silencioso dos surdos vemos a grande necessidade e uti- lidade da linguagem-mimica. Por meio de gestos e mimica uma crianga surda comeca @ compreender as coisas. & 0 imicio do caminho longo e drdvo para tal crianga ser finalmente uma “surda-falante.” O surdo que nao consegue falar, por uma razio ou outra, chama-se “surdo-mudo”, mas, mesmo assim, “fala” com as méos e “owve” com os othos, Suas maos pintam quadros dos seus pensamentos ou idéias. Mesmo quando néio existe mimica de uma certa palavra, 0 surdo-mudo pode transmitir essa palavra parafraseando-a com outra mimica ou usando o alfabeto manual. A beleza da linguagem falada depende muito da articulagéo e do tom da voz. Igualmente, a bédleaa da linguagem-mimica depende do mo- vimento ritmico das maos e da maneira de se expressar as idéias. Movimentos desnecessérios e expressies faciais exageradas devem ser evitados. Os gestos devem ser jeteoi suavemente e com uma certa calma e continuidade. E certo que, por outro lado, podem e devem ser usadas expressdes faciais que ajudam a comunicagéo da palavra: um olhar interrogativo no caso de wma pergunta, wm olhar alegre para demonstrar alegria ou um olhar triste para expressar uma tristeza. Certas mimicas, entretanto, se fazem com mais férea e rapidez para meihor acentuar a idéia, Assim, colocar levemente o indicador da mao. direita em letra “D” nos lébios: significa: “siléncio”, e 0 mesmo gesto, feito com rapidez e olhar de reprovagio, significa: “cale a boca!” A linguagem mimica constitui uma comunicacio relémpago. Para se dizer, por exemplo: “Vocé pretende ir a festa hoje a noite?”, o surdo- mudo, em trés sinais mimicos, diz a mesma coisa mais resumidamente: “Vai festa noite?”. Do mesmo modo, indica-se a profissio de alguém em frases relimpagos, fazendo-se a mimica do verbo ou do substantivo que identifica a profissio e, a seguir, fazendo-se a mimica de “homem” ou @ mimica da “mulher”. Assim, “alfaiate” faz-se a mimica de “costurar” ea mimica de “homem” que quer dizer: “homem costirar” que significa “alfaiate” e, “cozinheira”, fazsse a mimica, de “cozinhar” e a mimica de “mulher” que quer dizer “mulher cozinhar” que, finalmente, significa “cozinheira”. No decorrer da leitura déste livro, o leitor notaré que algumas pa- lavras tém como sinénimo outras, cujo significado nao tem. rigorosa correspondéncia & palavra principal. Gostaria, pois, de esclarecer que na linguagem dos.swrdos-mudos, recorre-se @ expresséo manual para, com uma tmica mimica, dizer-se varias palavras, isto 6, 0 gesto é 0 mesmo com vérios significados, conforme a frase, a idéia ow a maneira de expressao. Como exemplo posso citar a palavra velho onde aparecem os sinéni- mos “antiquado”, “obsoleto”, “muito usado”. Conquanto o seu sentido, as vézes, pode guardar certa disténcia, o gesto, na linguagem mimica, é nico, pois, tanto vale 0 mesmo gesto para se dizer “carro velho”, “mével obsoleto”, “casa dos velhos” como para se dizer “pessoa idosa”, “velhi- nho”, ou “sapato muito usado”, O gesto é o mesmo, significando varios sentidos. Da mesma forma, vale a explicagéo para a palavra paciéncia onde aparecem os sinénimos “agiientar”, “sofredor” e “conformado”. Sempre se pode, também, recorrer @ soletragéo de uma palavra, E muito aconselhével soletrar devagar, formando as letras com nitidez. Entre as palavras soletradas é melhor fazer uma pausa curta ou mover a méo direita aberta para o lado esquerdo, como se se estivesse empur- rando a palavra jd soletrada para o lado. Na linguagem falada hd regionalismo no Brasil, isto é, certas pala- vras sio mais usadas em uma regiéio do que em outras. A mesma palavra, também, pode variar na sua pronincia de regiéio para regio. Os surdos 10 adultos, egressos das escolas ou como membros de associagées e clubes esportivos, sabem que existe “regionalismo” na linguagem-mimica do Brasil. Hé sinénimos de uma palavra falada, Hd, também, sinénimos da mimica, isto é, um jeito pouco diferente para fazer o gesto da mesma palavra, Com o auxilio de muitos surdos, peritos nesta linguagem das mios, estou apresentando neste livro wm. vocabulério funcional da mimica, que entendo ser mais significativa da idéia ou da palavra, O objetivo principal déste manual é, simplesmente, o de ajudar. os surdos-mudos brasileiros a terem um melhor entrosamento na sociedade e que haja um melhoramento continuo na sua vida social, educacional, recreativa, econdmica e religiosa. &, também, minha esperanga que o livro seja util a todos aquéles que tém aontato ‘com os surdos. Muitos surdos-mudos, surdos-falantes e pessoas ouvintes auzilia- ram-me na confecgao desta obra e encorajaram~me a publicd-la em prol dos surdos, Aprecio especialmente a colaboragéo valiosa e constante do meu amigo surdo, Pe. Vicente de Paulo Penido Burnier, A éle e a todos estendo os meus sinceros agradecimentos. Deus thes pague! “No. Evangelho segundo Séo Marcos (C. 7, 31/37), constatamos como Jesus, certo dia, se comunicou com um suirdo-~mudo por meio de gestos ou mimica quando, olhando para o céu, tocou-lhe a lingua e os ouvidos e disse-lhe: “EFETA”!, isto €, “ABRE-TE!” Abriram-se imediatamente os seus ouvidos e soltou-se o mé da sua lingua e falava corretamente”. Oxalé éste livro seja para os’ surdos-mudos um eco distanée daquela palavra milagrosa do Divino Mestre: “FETA!” Eugénio Oates, C.SS.R. APOSTAR — (33) — Maos em forma da letra “A”, palmas para den- tro, em posigao horizontal. Baixar as maos enérgicamente, simulando duas pessoas fazendo uma aposta, colocando 0 seu dinheiro na mesa. (Aposta). APRENDER — (34) — Colocar a mao direita em “S” no alto da tes-, ta, palma A, esquerda. Abrir um pouco a mao e feché-la duas vézes. APRESENTAR — (35) — Colocar as mAos abertas, palmas para cima, a0 lado esquerdo do tronco e em’ se- guida eleva-las numa curva em frente do tronco, (Introduzir). ARAR — (36) — Passar para frente a beira da mao direita aberta ao longo da palma esquerda, virando um pouco a palma direita para bai- X0, indicando como 0 disco do arado vira a terra. (Lavrar, sulcar, cul- tivar, agricultar). ARRASTAR — (37) — Estender as méos abertas, palmas para baixo, no lado esquerdo, fechando-as com férga em forma da letra “S” e le- vando-as para frente. ASSOBIAR — (38) — Unir as pontas do indicador e polegar direitos diante da béca, movendo a mao para dentro e para fora e, ao mes- mo tempo, simular alguém asso- biando. ASSUSTAR — (39) — Bater as mjos abertas sdbre o peito, levando-as para cima. (Susto, pavor, comocao, apreensio, sobressalto). ATIRAR — (40) — Simular alguém jogando uma pedra ou apertando o gatilho de um revélver com o in- dicador direito. ATRASAR — (41) — Tracar um cir- culo com o indicador direito ao re- dor do dorso do pulso esquerdo, imitando 0 ponteiro do relégio. (Re- tardar, atraso, demora, retardamen- mento, delongar). AUMENTAR — (42) — Afastar as méos abertas para os lados opostos, parando-as varias vézes, indicando © aumento. (Acrescentar, amplifi- car, progredir, engrandecer, au- mento). 25. 52 GOSTAR DE — (171) — Comprimir a méo direita aberta contra o pei- to. (Gésto, simpatizar, simpatia, aprovar, g6z0, agrado, satisfacio, agradavel). NAO GOSTAR — (172) — Fazer 0 sinal de “gostar de” e logo depois afastar a mao direita ligeiramente para o lado. (Desgésto, desgostar, descontente, desagradar, repugnan- cia, averséo, desgostoso, insatisfei- to, antipatia, antipatico) . GOVERNAR — (173) — Mao direita em “C” na posicao da foto, Tracar uma faixa do ombro esquerdo até © quadril direito. (Govérno, minis- tério, administraco, regime, go- vernanga) GRITAR — (174) — Mao direita em “Vv” curvado, palma para dentro, diante da béca. Elevar a mio em uma curva para frente. (Grito, bra- dar, brado, berrar, falar alto, voci- ferar, gritaria, clamor). GUARDAR — (175) — Maos na posi- go da foto. Mover a mo direita por baixo e além da esquerda, (Conservar). HAVER — (176) — Fazer a letra “H” e colocar a mao no peito, pal- ma virada para dentro. (HA). IMPRIMIR — (177) — Méos postas e viradas em posigSo horizontal. Afastar a mo de cima, comecando pela parte posterior da palma. Re- petir o gesto. (Impresso, imprensa, publicar, estampar). INSISTIR — (178) — Fazer os si- nais de “querer” e “muito”. INVENTAR — (179) — Méo direita em “D”, palma para a esquerda. Encostar o lado do indicador na tes- ta, elevar a m&o, virando a palma para tras. (Imaginar, invengao, in- ventivo, inventor). IR — (180) — Mio direita em “D”, apontando pata baixo, diante do tronco, palma para dentro. Afastar a.mio, virando o indieador para a frente. (Sair, partir, dirigir-se, ida, partida, saida). 53

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