O raio de sol que a noite brilhava, os lamentos de alegria que dos olhos saiam, tomava as ruas

de dor e agonia, mais muito mais triste que isso s o cachorro que mia, a roda quadra de meus
pensamentos no que para de girar, e assustadas as sombras escondem-se na luz, o vento que
uiva e acalma as ondas que dele saiam, estrelas cadentes to lentas que caem, sem se dar
conta, o abismo bem raso que engole o mundo medida que este se embrenha no vale
obscuro, o corpo imvel caminha sem direo, na busca de encontra aqueles que nunca
partiram.

No entanto quem partiu sem nunca haver sado, seguia em sua jornada por vrios caminhos
que s o levava ao mesmo ponto de que partira, esquina de pensamentos... Pensamentos que
se misturavam, que sorriam, que doam, que alegravam, que confundiam, que gritavam alto no
silncio da alma de quem desgovernado seguia, em busca de um simples toque daquele que
no sentia,de um olhar entre mil olhares de olhares que nunca se viam,uma busca intil por
uma vida que mesmo perto to longe vivia, sua vida no mesmo mundo mas tendo como sua
realidade uma outra dimenso. No deixando mesmo assim de fascinar quem pelo caminho
passava e assim cada dia descobria um novo encanto um novo trajeto sem saber onde este
caminho o levaria.

As mos que tateiam em busca de achar o que no est ao alcance, o cheiro da carne macia e
doce que nunca cheirou vem lhe embriagar, o brilho do rosto marcado por sombras, que
escondem o medo, a boca deseja aquele inesquecvel sabor que nunca sentiu, atrado pelo
calor que se sente em noite to fria, o sono que passa a media que no se dorme, se embala
ao som da voz muda, que ao ouvido sussurra num eterno desgosto de tanto gostar, desperta
pra noite que o vem acordar.