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DEPOITMENTO. ALEXANDRE WOLLNER a referéncia do design no Brasil Marcia Denser Marcia Marani Em quase meio século de atuagao, Wallner é responsavel pela divulgagae da metodologia na area do design e pela identidade visual de diversas empresas. Por sua atuaco pedagégica, continua influenciando os designers brasileiros com um trabalho conceitual e de qualidade, que alia criatividade e experiéncia. ‘O pioneito do design grafico moderna No Brasil, o design visual, como hoje centendemos, foi implantado por Alexandre Wollner (pintor concretista), formado pela escola de Ulm, 0 sancia santorum do design mundial do pés-guerra, Por sua atuagio profissional e pedagégica, Wollner ‘nfluenciou, direta e indiretamente, cerca de cinco geragdes de designers brasileitos. Foi pioneiro ao colocar em prética uma concepgia de designer embasada no pensamento metodolégica racional, ou seja, a imtegracto arte ¢ tecnologia. “Comunicago visual vem a ser a criagdo ¢ estruturagio de cédigas visuais bisicos - sinal, cor e tipografia pacronizados - que serio aplicados na identificaglio de uma @__ Reveta DART empresa ou instituigdo, utilizando meios apropriados tais como papdis administrati vos. folhetos, sinalizago, frota de vefculos, produtos, uniformes, — publicidade, embalagem, pontos de venda, expasicdes. cartazes. B através deste conjunto que uma empresa ou instituicfo se identifica visualmente”. Acscola de Ulm Eis uma amostra do pensamento de Alexandre Wollner cujas principais idéias € opiniges desenvolvemos a seguir: “Composta por Max Bill, Johannes Item, Joser Albers, Walter Peterhans, entre os mais conhecidos, Ulm nao tinha um corpo docente fixo. Quase todos eram -canvidados a dar-aula, o que possibilitou a professares de varias reas darem diversos \workshops. Advinda da Bauhaus, Ulin tendia mais para a estética do que para a técnica, por i880, a partir de 1953, comegaram as cisées. Max Bill, que saiu cm 1957, era adepto da estética e dizia: “Design é arte”. JA Tomis Maldonado entendlia “Design nao é arte, esta € $6 um complemento, existe enquanto resultada, © design tem que renovar, ser criative ¢ mudar 0 comportamenta das Pessoas.” A nossa turma do ano de 1954 foi drasticamente treinada para a ciéncia © teenologia, Nemeu estava preparado paraisso, afinal eu era um artista, Vocés imaginam que até © Norbert Wiener, o pai do computador, foi nosso professor. A tendéncia da escolaera behaviorista (comportamental), O pessoal do et: Lew Pamala servigo secreto americana também deuaulaem Ulm. De forma que entre arte, cigncia ¢ tecnologia, nés chegamas ao limite, uma especie de turning point : vamos fazer arte ow design? - design, no sentido de arte, cigncia © tecnologia” © conceito de grid “Design, para alguns & pensar livremente a partir da intuigo aristica, criar coisas novas, esbacar projetos iniciais, mas, na hora de exccuté-los, voc percebe que € preciso que sua idgia passe integral mente para milhares de pessoas, por isso voce precisa ter wna linguagem técnica inteligivel por todas, sem contude descaracterizar sua criagdo-e esta técnica tem uma gramatica: é o chamado grid, Revs AAT 5 PHILCO Pico, agdneia $20 OFZ 1980 iste & projetar qualquer trabalho gréfice dentro de uma estrutura, Muita gente considera a técnica do grid fechada ¢ rigida, mas ela entiquece as possibilidades de um projeto, Aos poucos vamos compreendendo que todos nés, assim como as estrelas e proprio universe, estamos interligados numa espécie de infinito grid Universal, existente no espago-tempo, numa ‘quarta ou quinta dimensto, Trabalha-se com duas linguagens: digital, que ¢ a tecnologia, © analégica, que é a intuigao.” Dentro do conceit de grid, Wollner cita os seus tuniversais: Leonardo da Vinci, Diter, Galileu, Copérnico, Guttemberg, Einstein, Le Corbusier ¢ Norbert Wiener. Tal conceito é abrangido pela fisica quintica, gestalt, behaviorismo e arte concreta. O design no mundo “No Brasil, antes de Ulm, ndo-existia nada em termos de design. O marketing francés aqui er muito forte, preponderante, poueos eram os brasileiros que conheciam Klee, Kandinsky, Malevitch, ete, Os russos Mo apareciam, salva os que mudassem para Paris, Em termos de Brasil, 2 universidade foicriada pelos franceses, a exemplo da FAU USP que até hoje ministra o programa da Escola de Belas Artes francesa do inicio do século. No pds-guerra, a cultura americana no tinha a forga que tem hoje. Hoje somos @ ova DART lumnar Ca. Basin so Fein, 1970 dominados pela cultura americana.Com a guerra, a Franga acabou, s6 que no soube que morreu, O avango da indistria de guerra fez preponderar 0 espirito prético americano, utilizando, posteriormente, toda essa tecnologia na indastria de paz ¢ estabilidade. Assimsurgiu odesign tal comoeleé conhecida hoje em dia. Por exemplo, a escola gréfica suiga influcnciou bastante aescola alemd, mas enquanto a alemd equilibrow a parte eriativa coma cignciaeatecnologia, a suiga ficou mais na criatividade, A escola francesa ja foi importante, a italiana, a nio ser no renascimento, nunca foi tio importante, salvo no design de objetos, porque na Itilia existe uma grande tradiggo de artesanato, como ocorre na Espeniha, mas em matéria de design visual gréfico a tdlia € pobre. Para mim, em termos de design, os pafses mais importantes so Alemanha, Sufga, Holanda, Inglaterra, mas 9 americanos levaram os melhores profissionais para seu pais e, atualmente, sie cs-mais avangadas em design. Vooé veja, Won Braun foi para 1a levando a renovagio de muteriais como © titOnio, trazendo- um desenvolvimento répido e verdadeiramente extraordinério. Os iangues conquistaram a ‘mundo pelo poder da tecnologia eda economia. ‘Ao final da guerra fria, nos anos 80, & Riissia mostroa que nio tinha nada, s6 forga atémica, era um pafs pobre, sem tecnologia, fechado ao intercimbio, incapaz de conceber um computador." PAPAIZ_ Papa, pénca SAO DPZ, 1869 Design hoje: mercado e decadéncia “Ocore hoje em nossa cultura uma decadéncia do design visual. Algo sobretudo gerado pela atitude de profissionais da drea que exclui quaisquer compromissos de orcem moral, cultural, sociolégica, salvo o da sua propria sobrevivéncia, numa espécie de wale tudo onde quem aparece é aquele que faz a coisa mais agressiva possivel, linda de morrer, sem fungo alguma, Atualmente os arquitetos esto sem trabalho © nao querem scr decoradores de interior ponque parece coisa de bicha, contudo nfo podem ser engenheiros porque sua formacio€ insuficiente, de forma que escolhem o design para usar “sua decoragaio". O que esté acontecendo & uma violenta invasio de decoradores na comunicagio visual © os arquitctos sfio os responsdveis por isto. Nao estamos percebenda, mas o fato € que o conceito de design esta desaparecendo da nossa cultura. ‘Hoje 05 grandes clientes do- design siio_ restaurantes, lojas dé moda, ineluindo-se todas as formas de comunicagao perecfvel, merchandising, embalagens de cerveja, essas coisas. Ent&o usa-se 0 que est em moda no momento, se for vermelho, vamos de vermelho, usa-se a letra tal, vamos todos usar a letra tal, ov no se usa letra alguma, entio retiram-se todas as letras, A decadéncia do design hoje esté vinculada a indistria do perectvel ¢ descartavel, ou seja, moda e MAC Museu de Ate Conternponea, 1870 decoragdo. Obsolescéncia programada é outro processo impartado dos americanos. Foi desenvolvido nos Estados Unidos, antes da guerra, em razio da crise econémica. Teve= se que conceber produtos e equipamentos de curta duragao, com constante reposi¢io de pegas etc, devido aos altos fndices de desemprego. De forma que uma geladeira cafa aos pedacos em 6 meses ¢ era preciso comprar uma nova.” Design e ensino “A formagio académica é e ndo é importante. Mesmo aqueles sem esta formagio, mas que tém talento € saber desenvolvé-lo, nio precisam de diplomas. Aos jornalistas, exige-se que sejam diplomados, mas 2 escrita deles nao melhorou nada com a faculdade de jornalismo. Bu, por exempla, até quando fui para Ulm, no tinha completado 0 2° Cientifico. Fui escolhido para a escola de Ulm porque tinha talento © muita gente estudou Id por isso. Ulm nio era uma escola oficial, o diploma 1a nada valia, aqui consegui ser reconhecido até pelo Ministério da Educagao como professor, mas, atualmente, se tivesse que dar aula seria recusado, pois no tenho pés-graduagio, nem sou doutor. Na universidade, a formagiio de profissionais como advogado, médico, etc, cria um corporativismo que € negative em qualquer tipo de atividade. Quanto 4 parte RevataDaRT 7 \Utege, 1977 SindusCon, 1884 ta! Leve, 198 educacional, eu achei a safda na ESDI-Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro, porque desde Ulm a gente projetava essa escola, Muitas pessoas me auxiliaram a ganhar a bolsa de Ulm com a condigdo de que eu fizesse uma escola semelhante aqui no Rio. O objetivo dessa escola era implantar © conceite de design para os empresarios & para a nossa cultura, Alg o ano passado eu ia & ESDI quatro vezes por ano, ministrando workshops para professores. No momento sou professor apasentado compulsoriamente. Com esse negécio de professores doutores, etc., vooé est mais interessado na sua aposentadoria ¢ em ganhar RS 4,000, 00 por més, do que criar algo novo ¢ aESDI, do Rio, até hoje é um fenémeno, Ulm existiu de 1954 a 1970, a Bauhaus durante 10 anos, mas a ESDI existe hé 36 anos.” O conceito moderno de identidade corporativa “Assim como eu, outros que vieram de Uli para o Brasil tomaram conseiéncia detipas de linguagem visual, tais como: sinais © signas abstratos referenciados pela conotagdo a que estavam comunicando, A Lever, por exemplo, utilizava um X, que ne Tepresentava nada, mas ¢ra aplicndo de tal modo qué todos identificavam 0 X como sendo da Lever, por ter o nome Lever embaixa, Urn sinal de transite, de contramdo por exemplo, representa-se por um cifculo Vermelho com a tafja branca, Antes usava-se a palavra contramdo na placa, Chegou-se a uma época em que se precisava dar significado ao signo, para que se tornasse sinal, Isso comegau a ser incutido na nossa cultura industrial, empresarial. Os sinais da Metal Leve, Santista, Cofap parecem abstratos, mas tém um conceito dentro deles quest ligado a todo o complexo industrial A cor, a tipologia, fazem parte do cédigo visual da empresa ¢ entram na construgio da identidade que seré utilizada em tudo. Este coneeito de design, por incrfvel que pareca, estava acontecendo simultancamente no infcio dos anos 60 no Brasil (Equipesca, Metal Leve ¢ Argos Industrial), Alemanha (com a Lufthansa € Braun) € Estados Unidos (com a Westinghouse ¢ IBM). Naturalmente, nés estivamos caminhando em grau menor, porque tinhamos indfstrias apenas locais. O mais importante era educar 0 empresério, Falava-se direto com o dono da empresa, aquele que decide a sim ou o nda, O empresério precisava ser catequizado sobre o que € design, porque ele dizia: chama 0 cara para fazer uma marquinha. Certa vez, mostrei meu portféliocom varias marcas aum cliente que disse: gostei mais desta. Ele pensou que fosse mostrudrio, A identidade visual de uma empresa € uma assinatura que vac8 cria para ocliente: essa assinatura é dele, mas a criago permanece sua. Porexemplo, eu acionei uma empresa paulista porque ela comegou a mudar certas coisas sem minha autorizagao. Disse~ Ihes: se vocés quiserem modificar alguma coisa pegam para mim, pois eu sou o tinico que pode fazer isso, do contrétio, jogucm fora a marca ¢ contratem outro.” Design e Grande Imprensa “Nao temos jornais decentes, fotografia colorida nfo € para estar vonstantemente no primeiro eademo, pois & coisa de entretenimento e tira toda a seriedade da fotografia jomnalistica, que é porexceléncia em preto e branco, até porque a fotografia colorida esta sempre fora de registro. A fotografia em preto ¢ branco é verdadeira, no pode ter truque¢ precisa ser muito boa a cores WY Ecuipesca, 1957 ¢? Gia, $i Paulo, 1988 Gramaieca Brasileira, 1954 sacs Foctwdurs Bas, 1987 Feveia DAAT 9 qualquer foto parece dtima. Os jornais e revistas que esto aparecendo agora no S30 representativos da nossa cultura, S80 impostos por questo de moda, Nos Estados Unidos, por ‘exemplo, surgiu nessa linha o USA Today, todo caloride que achou que podia competir com a televisio, porque a imprensa estava em crise. A Foiha de, Paulo trouxe da Alemanha umnovo tipo de letra. Paraqueinventar um tipo? Titexistem tipos Gtimos, Para que desenhar um em especial se ninguém nota a diferenga? O Joma da Tarde, que surgiu em 1968, foi 2 melhor solugaio de jornal didrio j4 feita. A idéia do Mino Carta era fazer um jornal de variedades e, como tal, 6 excelente, Mas agora 4-7. virou a Tustrada do Estado de S. Paulo, as mesmas chamadas, as mesmas matérias acrescentando-se a fotografia; é a sinopse ilustrada do estadao. No design sungem profissionais que brincam com a parte grafica, a ponto de vocé no conseguir ler, pois as letras esto sobrepostas, fazendo confusio. final nao é para ler, é para olhar. © jomal O Globo contratou Milton Glaser, que €um cara genial, para fazer 0 novo projeto grifico, Este projeto exigia uma tecnologia inexistente no pafs, portanto, nto foi implamtado de imediato, levou cerca de 3 anos, Desde a década de 70, houve varias publicac6es alternativas de cultura que desapareceram. Eram muito bem feitas por jomnalistas. Dou, como cxemplo, a propria revista Escrita. No Brasil, atualmente, o que mais evolui num jornal € a parte de 70 Reva DART O obhar do brasileira médio néo é educado para aprectar um bom design, porque para tss0 € necessario toda uma cultura que nao tenios. classificados, para vocé comprar sapato etc Aqui, 0s classificados — evoluem extraordinariamente, mas o jomal, nao.” Design e computagio “No nosso tempo nfo ha computador, mas tinhamos toda o conhecimento em informitica, quer dizer, sabjamos oque era digital e analégico. Como tivemas a sorte de niio ter computador como fertamenta, pudemos nos equilibrar muito melhor. ‘Temos uma experiéncia analdgica importante. Por exemplo, nfio sou capaz de comecarum projetono computador, porque nele voc nfo tem 0 formato do papel, vooé nao tem a experiencia desse espaca; © papel faz. parte desse espago ¢ no computador isso voce nia tem. Nao centendo como as pessoas fazem um projeto no computador. Para ter a nogio do projeto & preciso fazer 0 esbogo (impresso no computador) ¢ colocé-lo num mural, procedendo a uma andlise combinatéria de todas as possibilidades. Vocé precisa do contato material com o projeto. Ninguém & mais a favor do computador do que eu como ferramenta de trabalho, E um instrumento maravilhoso. Antigamente, era utra coisa, havia 0 chumbo, a fotografia, © foiolito, etc. Avs poucos, a gente pereebe que © computader também. nio € perfeito, O computador faz: um trabalho bem acabado, ¢ o fazer bem acabado impressiona as pessoas. Existem limitagdes no computador ¢ voce (ne0)c1080 precisa conhecé-las para saber o que cle pode fazer por vocé. A perfeigao depende as vezes de imperfeicdes. O olhar do brasileiro médio no € educado para apreciar um bom design, porque para issaé necessério toda uma cultura que 0 brasileiro ainda no tem. Os livros de haje sio muito bem feitos, bonitos. O livro tem uma fungiio. Se € um Tivro de leitura sem compromisso, apenas entretenimento, ele ter um aspecto, se € livro de consulta, outro, O tipode letra, nesse caso, tem que ser bem escolhido, desde o tamanho da letra até 0 espagamento entre as Tinhas. Eu nfo posso colocar uma cadeira de demtista na minha sala de jantar, tampouco a sala de Jantar num consultéria dentério, Livro € a mesma coisa, Nao passo utilizar papel cauc! em livro de estudo, porque reflete a luz cansa a vista. E preciso utilizar papel aspero e letra serifada, pois a letra sem serifa & monétona para ler. Tudo isso voce precisa saber: isso é tecnologia. Mas voc? no pode partir da tecnologia para iniciar um projeto criativo, embora vyoc€ nunca esteja desvinculado da técriica, Ao ctiar de cab vazia, quando vai tragar alguma coisa voce pensa: isso € um absurdo, nao da para fazer. Ai quando esté tudo pronto, voce senta naquela ‘maguininha infernal cla faz rapidamente. Mesmo nela, vocé muda, precisa fazer uma escolha. Alids voc8 deve saber quando fechar um problema e partir para outro, senio continua num projeto s6 a vida inteira.” poder das multinacionais “Atualmente, o.que incomoda grande parte dos designers brasileiros ¢ a presenga, em nosso mercado, de empresas multinacionais na area de criagho de prograrias de identidade visual. Pergunto-me: dagui para frente 0 carster de nossa cultura visual serd definido com uma visualizacdo & la Nike? E possivel que para alguns esse seja ocaminho certo, Esta &a realidade que percebo em recentes projetos para nossas instituigdes financeiras, industriais, comerciais © governamentais, tais como: Banco Bradesco, Escola de Linguas Seven, Agticar Santa Elisa, Anaiel, CCE.—Divisinde Eletrodomésticos, PBD Programa Brasileiro de Design ¢, éclaro, a Nike. Recenternente,o Conselho Empresarial Brasil 500 Jangou um conjunto de sinais representando 0 Brasil 500 Anos, similar a um sem nimero de simbolos oficiais, que seguem esse novo estilo Serd influgncia do NDI-FIESP que insiste em oficializaroestrambstico temo logomarca? Essa expressio sim, aulemticamente nacional ‘A Varig, além de insistirem manter um adequado logograma acrescido de uma rosa dos ventos dourada em fundo azul noturno, 0 inerementou com mais um item: uma gratia inspirada no alfabeto iskimico para designar Rio Sul/Brasil (ou serd uma representagio visual da serpentina do carnaval?) Nada tenho contra a influéncia cultural de outros pafses. © saldo poderd aig Cr) iu (2) ia Indistias Coqusire, Quake, 1858 aus Hyde, 1965 ss? TU, 1987 Fiesta DAT ser positivo. Quem poder sair perdendo sia aqucls que, mediocremente, insistem em copiar o padriio californiano. De resto, manifesto a minha preocupagaa pela auséncia de um esforga profissional brasileiro, no sentido de alcangar mais qualidade, respeitoe seriedade no projeta do design institucional, diferenciando suas particularidades operacionais, investindo em nosso desenvolvimento social, profissional.” cultural € Criatividade ¢ conseqiiéneia: Wollnes hoje A. exposigio Criatividade ¢ Consequéneia, aberta em 17 de agosto de 1999, no Centro de Comunicagaes e Artes - SENAC, tem como idéia central o resgate da consciéncia do homem pelo homem e pela natureza, encerrada no conceito de que: “tudo que € feito pelo homem visa comunicar-se com outrohomem. E comegou com Leonardo da Vinci, Diirer e outros. Hoje, assim como na Idade Média, ohomem esqueceu que € a pega mais importante do nosso universe, Nessa exposigio, mostro, desde 0 surgimento da perspectiva, a relacio do homem com @ espago¢ como o homem pode produzir sem agredir a natureza, realizando, assim, sua comunicagio, ¢ obedecendo as leis do universo. Indico como é essa relacio das SW Grupo dtl Sri, 1863, Wein, 1878 proporgdes, isto €, que o homem é a medida de todas as coisas Arquitetos construfam eatedrais para dar uma idéia de monumentalidade. Num espago urbano restrito usavam o recurso das listras horizontais brancas e pretas em ordem ascendentc, com uma inscrigao no alto, Esse artificio visual s6 seria desenvolvide muito mais tarde, nos anos 20, 30, com a Gestalt No interior das igrejas haviam os afrescos, a sonoridade, 0 cora medieval, um acomodamento gracioso, ete., tudo voltado para enyolver 0 visitante, para proporcionar emogio, elevar o espfrito ¢ se envolver com o ritual, A Igreja cra a maior indéstria que contratava os artistas Coma decadéncia da realeza, ¢ 0 surgimento do neoplasticismo, surge a ciéneia, Com a Revolugio Industrial a méquina torna-se preponderante, Embora, nessa época, a musica tenka evolufde com Mozart, por exemplo, 0 visual ficou esquecido, distanciado do homem Aimportineia do visual retornaeom 0 surgimento das escolas de belas artes, principalmente na Inglaterra (Arts and Crafts). ‘A classe média enriquecida almejava objetos antes usados exclusivamente pelos reis © nobres, como por exemplo, carrinho de bebé em forma de cisne, etc. Apreciavam tais pegas artesanais, mas estas jd eram feitas pela indistria, o que nao fazia muito sentido Depois daRevoluctio Industrial tivemos que (GUN rst Ourada, 168 egos dust, produzir para a inddstria, ou seja, em sétie e ngo mais a peca Gnica. Movimentos surgidos na Holanda como der Stijl, encabegado por Pict Mondrian, até a Bauhaus, propanham a busca da funcionalidade, do conhecimento cientifico € tecnolégico, Portanto, desenvolviam produtos desprovides de omamentos, voltados para a inddstria, porém mantendo a criatividade, Na verdade, 0 supérfluo, no objeto, tinha o objetive de esconder os defeitos, disfargar a falta de contetido e, por isso, eram utilizados.” Do processo de eriagio “Criatividade para mim, € a capacidade de revolucianar o comportamenta das pessoas, criar novas atividades. Leonardo da Vinci twansformou o cotidiano das pessoas, ao mostrar uma nova maneira de ver, de agir. Gutemberg proporcionau a todos o acesso ao livro. A ccriatividade pode ser desenvolvida por vras razdes: tender necessidades bisicas, resolver oambiente-em que se vive até mudar © conceito do mundo. Qualquer pessoa pode ser criativa. Depende de como ela manipula esse conhecimento, inteligéncia ou percepso. ‘Mas o verdadeiro talento tem que ser aberta as coisas espirituais. Esses elementos que formam o talento sio inconscientes; alguns ja se conhece, outros estia fragmentados, fazendo com que essa meméria vibre, para finalmente encootrar aquele fragmento que une todos os outros; e af vem o insight, © que & nova, o que ninguém sabe ainda (Gestalt). Foi necesséria urna linguagem propria, para expressar 0 novo, ¢ esta é a tecnologia, ou seja, uma gramética que faz com que voce se comunique ¢ scja compreendido do outro lado. O que vocé projets nio pode ser perdido ou mal entendido, 1a Reis DART O nove tem que ser comunicado verbalmente, visualmente, pela midia cletrénica, © entendido por todos. Precisa ter conscqiiéneia, senda fica aquela coisa do artista salitrio, sofrido, incormpreendide. \ Bauhaus incentivava esse lado intuitive do artista, Com a guerra, integrantes da Bauhaus imigearam para os Estados Unidos. Mas nio deram certo, porque as condigées sociais cram diferentes da Alemanha, Nos Estados Unidos, incentivava-se a obsolescéncia programada, chamada stylin, devido & depressio € ao desemprego. O stylin € decorati vo ¢ a Bauhaus, anti-decorativa.” TV e linguagens “A TV ainda nfo encontrou sua linguagem visual propria. A que existe hoje, ripida e cheia de elementos, nfo é para ser entendida, nfio contém mensagem alguma. Ela intitil e descartivel. Essa rapidez das imagens esté influenciando o design grifico atual, que 6 feito para nao se perceber, niio se ver. Initil ¢ descartivel. E aquilo que a Bauhaus ja condenava coma supérfluo decorative. Design niio€ arte,coma defininas arte. Considero uma coisa orgiinica no sentido social, cultural e econémico, Nao considera uma coisa especial. As pessoas véer coisas ue fize nfo sabem que fui cu cen acho étimo. ‘A busca da perfeigio €0.caminho do design.” Exe depoiments ise 0 pret A Crago Grsfiea 70°90 Un olhar sobre irks divadas, covetinen de depoimentos © ceverpliri de obras dos designers grfcos mais since iva deste perade de 30.anot.O projeto € uma realieapdo e Equipe Teenie de Ares Gréfcas « Desenho Industrial ie Divisde de Pesquisas, de esporsabiidade de Marcia ewer, pexqusadora ¢escritra, e Mércia Maran pesquisadora e designer "Atetnaie Woes caida docaaigD"O Design wr Brasil iin Reni”. eapsgao SESC Pompe Miseuce Aanede Sto Fas * Casi da Fotoe: Catloge da expigao Criatvidade Conseiia alexandre wo ATM PAL Recebe oprémioFlviade Ganathode revelarSo depintura dal Bienal em 1853, eno queconciseusestudes dda deslgn no Insttutode Ace Conterpatinea do Museude Arte de S20 Paulo. ‘Seus rabathoscaracteream-se,nessepotiodo, or uma pinta geométrcamadulardeseacivide atraves deum paneamenta maleic, Em 1954,recebeo segundo frémio de pintura do Salo Paulista Arts Moderna. (ComBerao deBaroseria nogrupo Rupiurae garhaoprémiodecartares para oFesihalinemacionalde Cinemade'Séo Pavi.€ convidad por MaxBil aingressar nna Hochschule fuer Gestatung (Escola Super da Fora) em Urn Alamarha, de 195481958, comobobsistads Capes daNinistéia da Educa. Neste prod, esd com Mex Bill Ot|Acher, Josef Albers, Johanes ten, HansGugelct, \ordemberge-Gidewart, Toms Maldonado e cubs. Em Ulm abandona @ pintura para se dedicar exclushamante ac design visual. Nessa época, rabalha nos estidios de Ot Alchero Max Bil. Ganta esconcursns Irteracionals decartszespara a l(1955) eN (1957) Banas dodo Paulo, Davokaa Sao Paul, erfins de 1958, funda eam Geraldo de Barros, Ruben Martins Renalo Macedo a Forminom de desig, sem terapresengade unarqulet, cequecerainéio saul Em 1860, juntamente com Décio Pignatarie Horrneindo Flaminghi cra um departamenta de design na Panam Propaganda, Aparirde 1962, desenvelve em escritria préprio, sua atividade de designer visual. A convite de Max Bill pariiza, em 1960, da mostra Wankrele Kunst naHelmaus em Zurique, Suga Em 1963, juntamente com Karl Hoin2 Bergmilr, Simeeo Leal, Marcello Reberto, Flavio de Aquina o Aloisio Magaihdes, implenta a primeira escola brasileira de design no Rio do Janeiro - ESDI, Escola Superior de Desenho Industal, Nosbidnios 1970/72e 197274 ol residente da ABDI, AssociardoBrasieira. de Desenha industri Em 1973, acomvita do govemo canadense,treqienta 0 curso do Design Managomont ne Univorsidade de Terente com Marshall Meeluban Alvin Toller. Partcioa, como expastr, em drversos eventos intemacionais de design, em 1870 e1872 nas Bienals Intemacionals de Design do Museu deArte Moderna do Flo deJanera, en 1871 na Biel rtemacional de Artes Graicas em Call Coidmta, om 187Bra Design Ppostion cm Téqui, Jape, em 1992 na Bilderwatt Srastion- Kunsthaus, 2urque, Suigae, am 1904, com design vsual, nlntemaionale Buchmesse, Farkiu, Alera Eth 1880, expasigic-salano Museu ce Arte de SoPauloe rnoMlusoude Artelodema do Rio deaneiro, Em agosto de 1988, apresenta desenhos estruturais das euas marcas, bom como seu process cristive, ne expesigao inttlada Criatividade & Consoquineiana SENAG-SP. E autorde grande nimere de projetos, ene 05 quals: Metal Leve, Santis, Colap, Probjeto, Escribe, Securit, MAG, Argos, Eucatex, Bras Banco lal, Laboratério Aché, Fertagens Brasil Grupo Uta, Mactiéw Ktbin Reveia DART 15

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