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Usando o live-CD do Ubuntu como sistema de

recuperação
06/02/2009 – 20:16

Além de funcionar como um live-CD, permitindo testar o sistema antes de


instalar, o Ubuntu Desktop inclui também o suporte ao AUFS (o sucessor do
UnionFS), que permite instalar programas. Como comentei no primeiro
capítulo, o AUFS combina os arquivos do CD-ROM com um ramdisk, que é
usado para guardar as modificações. Com isso, você pode baixar arquivos,
instalar programas usando o apt-get, ou até mesmo compilar programas, com
o sistema rodando a partir do CD-ROM.

Embora o Ubuntu não venha com muitas ferramentas de diagnóstico e


recuperação pré-instaladas, você pode simplesmente configurar a rede e usar
o apt-get para instalar os programas desejados. Com isso, você pode utilizar o
sistema para recuperar arquivos em instalações danificadas do Windows (ou
de outras distribuições Linux), fazer backup de partições usando o partimage,
clonar HDs, regravar o grub, resetar a senha de root e assim por diante,
tarefas que eram popularmente executadas usando distribuições live-CD
especializadas.

Vamos então a uma lista mais detalhada das tarefas que você pode executar
usando um simples CD do Ubuntu:

Particionamento: As versões recentes do Ubuntu trazem o Gparted pré-


instalado, disponível através do "Sistema > Administração > Editor de
partições". Ele permite que você use o CD do Ubuntu em casos em que
precisa preparar o HD para a instalação de outros sistemas, redimensionar
partições do Windows e assim por diante.

Regravar o grub: Acontece nas melhores famílias. Ao reinstalar o Windows,


originalmente instalado em dual-boot, ele subscreve a MBR, removendo o lilo
e fazendo com que a instalação do Linux na outra partição fique indisponível.
Nesses casos, a solução é regravar o grub, fazendo com que ele volte à sua
posição de direito.

Como o Ubuntu inclui os executáveis do grub, mesmo ao rodar em modo live-


CD, a configuração é bastante simples. Comece abrindo o prompt do grub,
usando o sudo:

$ sudo grub

Dentro do prompt, use os comandos "root" e "setup", que fazem a gravação


na MBR. O primeiro comando especifica a partição onde o sistema está
instalado e o segundo especifica o HD, seguindo a nomenclatura do grub. Se o
Windows está instalado na primeira partição e a distribuição Linux na
segunda, os comandos seriam:
root (hd0,1)
setup (hd0)

Isso regrava o grub, mantendo a mesma configuração usada anteriormente.


Em muitos casos, você precisará fazer pequenos ajustes, incluindo a opção de
inicializar o Windows, por exemplo. Nesses casos, você precisa apenas montar
a partição de instalação do sistema e editar o arquivo "/boot/grub/menu.lst"
dentro dela, como em:

$ sudo mkdir /mnt/sda2

$ sudo mount /dev/sda2 /mnt/sda2

$ sudo gedit /mnt/sda2/boot/grub/menu.lst

Resetar a senha de root: Esquecer a senha de root e ficar sem acesso ao


sistema é outro caso clássico. Felizmente, este é um problema muito simples
de resolver. A menos que você tenha encriptado a partição de instalação do
sistema, você pode resetar a senha de root através do live-CD montando a
partição onde o sistema está instalado e abrindo um chroot, que permite
executar comandos dentro da partição:

$ sudo mkdir /mnt/sda1

$ sudo mount /dev/sda1 /mnt/sda1

$ sudo chroot /mnt/sda1

Com isso você obtém um prompt de root do sistema instalado dentro da


partição, que pode usar para substituir a senha de root usando o comando
"passwd":

# passwd

Como você já está logado como root dentro do terminal, ele simplesmente
pedirá a nova senha, sem solicitar a anterior. O mesmo pode ser feito para
trocar a senha de qualquer usuário do sistema, como em "passwd gdh".

O chroot pode ser usado para executar também outros comandos de


recuperação. A principal limitação deste terminal de recuperação é que não é
possível rodar ferramentas gráficas.

Recuperar arquivos na partição do Windows: O uso de live-CDs de


distribuições Linux para recuperar arquivos em partições do Windows não é
nada novo. Em 2003 já se fazia isso em larga escala usando CDs do Knoppix.
Basicamente, basta dar boot usando o live-CD, acessar a partição e copiar os
arquivos desejados para um HD externo (ou qualquer outro dispositivo de
armazenamento removível) ou para um compartilhamento de rede.
Com a inclusão do NTFS-3G, novas possibilidades foram abertas, já que você
pode também substituir arquivos dentro da partição. Isso permite que você
tente recuperar a partição substituindo arquivos de sistema, repare
configurações manualmente, entre outras possibilidades.

Recuperar configurações em uma instalação Linux: Outro caso comum é


o uso do live-CD para recuperação de arquivos dentro de uma instalação
Linux, para que você possa reinstalar o sistema. Se você precisa apenas de
alguns arquivos específicos, a maneira mais simples de copiá-los é
simplesmente acessar a partição usando o ícone no desktop e copiar usando
o próprio gerenciador de arquivos.

Como o sistema respeita as permissões de acesso dos arquivos dentro da


partição, você vai precisar abrir uma instância do nautilus como root para ter
acesso completo. Para isso, basta usar o sudo:

$ sudo nautilus

Se, por outro lado, você precisa fazer uma cópia completa do diretório home
(incluindo todas as configurações), o melhor é usar o comando "cp -a" (como
root), que faz uma cópia exata, mantendo todas as permissões de acesso e
incluindo todos os arquivos ocultos e as subpastas, como em:

$ sudo cp -a /media/disk-1/home /media/disk-2/

Você pode gerar também um arquivo compactado usando o tar, como em:

$ sudo tar -zcvf /media/disk-2/backup-home.tar.gz /media/disk-


1/home

Backup e restauração de partições: O Ubuntu pode ser usado também


para fazer backup de partições no HD, usando o Partimage, que você pode
instalar via apt-get. Como ele faz parte do repositório Universe (que fica
desabilitado por padrão no modo live-CD), é necessário editar o arquivo
"/etc/apt/sources.list":

$ sudo gedit /etc/apt/sources.list

… e ativar o repositório descomentando a linha:

deb http://archive.ubuntu.com/ubuntu/ intrepid universe

A partir daí, você pode instalá-lo da maneira tradicional:

$ sudo apt-get update; sudo apt-get install partimage

Se você acompanhou meus livros anteriores, o Partimage é um velho


conhecido, que indico desde a época do Kurumin. Ele permite criar cópias do
conteúdo das partições do HD, gerando imagens que podem ser restauradas
posteriormente. Como ele copia apenas os dados dentro da partição
(diferente de ferramentas como o dd, que fazem uma cópia bit a bit) e salva
tudo em um formato compactado, as imagens geradas são relativamente
pequenas, facilitando a cópia em pendrives e compartilhamentos de rede.

A vantagem de utilizá-lo rodando o sistema a partir de um live-CD é que todas


as partições do HD ficam desmontadas, permitindo que você faça os backups
livremente.

Em resumo, você deve montar a partição (ou o compartilhamento de rede) de


destino, onde as imagens serão salvas e, dentro do Partimage, indicar a
partição da qual será feito o backup e o arquivo de destino (ou seja, o arquivo
dentro da pasta onde foi montada a partição ou o compartilhamento, onde a
imagem será salva):

Para restaurar, basta inverter o processo, indicando o arquivo como origem e


a partição como destino, usando a opção "Restaurar a partir de um ficheiro de
imagem" em vez da "Guardar num novo ficheiro de imagem". Como o
Partimage precisa de acesso completo às partições, é necessário sempre
executá-lo como root:

$ sudo partimage

Caso queria fazer um backup completo do HD, que possa ser restaurado em
um HD limpo, é necessário fazer também um backup do MBR, onde é
armazenada a tabela de partições. Isso pode ser feito usando o dd, como em:

$ sudo dd if=/dev/sda of=/mnt/backup/mbr-sda.img bs=512 count=1

Como de praxe, o "/dev/sda" especifica o device do HD (é preciso indicar


diretamente o dispositivo e não a partição), o "/mnt/backup/mbr-sda.img"
indica o arquivo onde a cópia será salva (salve de preferência no mesmo
diretório das imagens das partições), enquanto o "bs=512 count=1" serve
para limitar a cópia aos primeiros 512 bytes da partição.

Na hora de restaurar, você usaria novamente o dd, especificando o arquivo


como origem e o device do novo HD como destino:

$ sudo dd if=/mnt/backup/mbr-sda.img of=/dev/sdb

Mais uma vez, devo enfatizar que é necessário muito cuidado ao usar o dd, já
que um parâmetro errado pode facilmente fazer com que ele destrua os
dados de seu HD de trabalho.

Este é apenas um resumo rápido do uso do Partimage, você pode ler mais
detalhes sobre ele no capítulo 2 do Linux Ferramentas Técnicas, que está
disponível online: http://www.gdhpress.com.br/ferramentas/leia/index.php?
p=cap2-38

Clonagem de HDs: O CD do Ubuntu pode ser usado também para clonar


HDs de forma fácil, novamente usando o dd. Tudo o que você precisa fazer é
instalar o segundo HD, dar boot usando o live-CD, verificar os devices que
foram atribuídos aos dos HDs pelo sistema (você pode usar o Gparted, por
exemplo) e usar o dd para fazer uma cópia direta de todos os dados, como
em:

$ sudo dd if=/dev/sda of=/dev/sdb

Nesse caso, estamos fazendo uma cópia binária de todos os dados do


/dev/sda para o /dev/sdb. Como pode imaginar, o segundo HD deve ter uma
capacidade igual ou maior que o primeiro (a capacidade excedente aparecerá
como espaço não particionado), caso contrário você perderá dados e coisas
estranhas irão acontecer.

A desvantagem é que a cópia levará várias horas (e o dd não exibirá


nenhuma barra de progresso), mas, por outro lado, quem ficará trabalhando
será o PC: você pode ir fazer outra coisa e dar apenas uma olhada de vez em
quando para ver se a cópia já acabou. Quando a cópia finalmente terminar, o
segundo HD conterá uma cópia exata do primeiro e poderá ser usado
diretamente no lugar dele.

A vantagem de usar o dd é que ele copiará absolutamente tudo, incluindo a


MBR, a tabela de partições, os UUIDs das partições e todos os dados,
incluindo até mesmo arquivos deletados que possam ser recuperados usando
o Photorec ou outro programa de recuperação. Em outras palavras, o dd é
antigo e arcano, mas faz o trabalho.

Se você está em busca de uma alternativa mais moderna, uma boa opção é o
Clonezilla (http://clonezilla.org/), um live-CD que inclui diversas ferramentas
de cópia e restauração e permite copiar partições ou HDs inteiros de maneira
muito prática. Ele possui também uma versão server, que permite fazer as
cópias e restaurações através da rede.
Ao fazer a cópia dos arquivos usando outros métodos (usando o comando "cp
-a" ou o rsync, por exemplo) você precisará também reinstalar o grub e
ajustar os UUIDs das partições do novo HD usando o comando "tune2fs -U",
para que eles utilizem os mesmos UUIDs das partições antigas, como em:

# tune2fs -U 989d9fd5-91bc-4994-9af0-02720a46f443 /dev/sdb1

Isso é necessário por que o Ubuntu referencia as partições no arquivo


"/etc/fstab" e no "/boot/grub/menu.lst" pelos UUIDs e não pelos devices. Se os
UUIDs das partições mudam, o sistema não consegue mais acessá-las.

É por isso que acaba sendo mais fácil fazer a cópia usando o dd ou o
Clonezilla, já que eles são capazes de copiar os UUIDs juntamente com os
dados.

Teste de memória: O Ubuntu inclui o bom e velho Memtest86, disponível


através da opção "Teste de memória" no boot pelo CD. Ele permite localizar
defeitos nos módulos de memória, evitando que você perca tempo tentando
instalar em um PC com problemas de hardware.

Ele fica num loop eterno, repetindo os testes e indicando os erros que
encontrar até que você se sinta satisfeito. A alma do negócio é ter paciência e
deixar ele fazer seu trabalho, concluindo os 8 testes.

Recuperando dados e partições: Você pode também usar o live-CD para


recuperar dados ou partições apagados acidentalmente, utilizando o Photorec
e o Testdisk.

Assim como no caso do Partimage, eles fazem parte do repositório Universe,


que precisa ser ativado dentro do "/etc/apt/sources.list" antes que você possa
instalá-los via apt-get. No Ubuntu, os dois fazem parte do pacote "testdisk":

$ sudo apt-get update; sudo apt-get install testdisk

Apesar do nome, o Photorec é um software de recuperação de uso geral, que


permite recuperar arquivos deletados em HDs ou pendrives, desde que eles
ainda não tenham sido sobrescritos por outros. O Testdisk por sua vez
permite recuperar partições deletadas, salvando o dia em casos em que o HD
perde a tabela de particionamento por defeitos (ou pela ação de vírus ou
outros softwares nocivos), ou em casos em que você se embanana no
particionamento. Ambos podem ser usados para recuperar tanto arquivos e
partições Linux, quanto dados e partições do Windows.

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