Graal, 1988.
- [na pastoral crist] no somente confessar os atos contrrios lei, mas procurar fazer de
seu desejo, de todo o seu desejo, um discurso [sobre o sexo]. 24
- Polcia do sexo: isto , necessidade de regular o sexo por meio de discursos teis e
pblicos e no pelo rigor e uma proibio. 28
- Entre o Estado e o indivduo o sexo tornou-se objeto de disputa, e disputa pblica; toda
uma teia de discursos, de saberes, de anlise e de injunes o investiram. 29
- A mecnica do poder [...] encrava-o [esse despropsito] nos corpos, introdu-lo nas
condutas, torna-o o princpio de classificao e de inteligibilidade e o constitui em razo de
ser e ordem natural da desordem. 44
- Prazer em exercer um poder que questiona, fiscaliza, espreita, espia, investiga, apalpa,
revela; e, por outro lado, prazer que se abrasa por ter que escapar a esse poder, fugir-lhe,
engan-lo ou travesti-lo. 45
- Proliferao das sexualidades por extenso do poder [...] garantida e relanada pelos
inumerveis lucros econmicos que, por intermdio da medicina, da psiquiatria, da
prostituio e da pornografia, vincularam-se ao mesmo tempo a essa concentrao analtica
do prazer e a essa majorao do poder que o controla. 48