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© 2004 by autores “Todos os direitos desta edigf foram codios 3 Escrituras Eitorae Distibuidora de Livros Leda ‘Rua Maestro Calli, 123. 4012-100 — Vils Matiana ~ io Paulo ~ SP ‘Tek: (11) 5082-4190 ~ esritras@escriuras.com.br ‘huplfwreveescicaras.combr Coordenasio editorial ‘Nilson José Machado Capa Vers Andrade Apart da intra de Lenza Beauty Gada Eiditorasio Rovetson Kt Diniz Revisio Maria Bstela de AleSncara Impressio Bercta Geifica Dados Intesnacionais de Catalogagéo na Publicagso (CIP) (Ciara Brasileira do Liveo, SP, Brasil) Ticologa sca desdobramentos epics npaizadores Mara de ‘itm de Sen eS, Cssa Adriano Braz de Aquino ~ So Pal Enis Editors, 2004, ~ (Cole ensios tansvenais) Vision aot ISBN 85.7531-1425 Biblingrfi 1. Dicologin social 1. Siva, Matin de Pima de Sena Aquino, Caio Adriane Braz de UL Série 14.5606 Tadices para catilogo 4a hgnes 1. Psicologia social Sociologia 302 Innpreso no Basil "Printed in Brexil COLECAO ENS! AIS AULA 02 PSI WoLOGiA DO TRABALHO £ PRoF? RODRIGd TOLEDO Psicologia Social Desdobramentos e aplicagdes organieadores Maria de Fatima de Sena e Silva Cassio Adriano Braz de Aquino ‘Sio Paulo, 2004 A Psicologia Social ¢ a Psicologia (Social) do Trabalho Maria de Fatima de Sena ¢ Silva [uc] se um marciano tivese caldo naguela oeupada ilba it Inglaterra teria considerado loucos todos os habitantes da “Terra. Pois teria visto de um lado a grande massa do povo tra balhando duramente, volando a noite para os mizerdveis e doentios bunacos onde moras, que nto serviam nem para por- 0s; do outro lado, algunas pessoas que nunca sujandm as mos com o trabalho, mas nao obstante, faziam as eis que governa- vam as masias e viviam como res, cada qual num paldcio individual, (HUBERMAN, 1979, p. 188) Introdugio (onde e como estévamos...) A transigio do feudalismo ao capitalismo assistiu a duas grandes revolusées: uma técnico-cientifica-econd- mica, a Revolugio Industrial, ¢ outra politica, a Revolu- gio Francesa. A primeira sistematizou e ofereceu as con- diges necessétias para 0 estabelecimento definitive do capitalismo ea tlkima legitimou-o, ao dar & classe emer- gente 0 poder politico, pois o econdmico cla jé vinha acumulando, 93 Com a desestabilizagio crescente do sistema feudal, a abertura do comércio ¢, conseqiientemente, o fortaleci- ‘mento da burguesia, a partir do século XVI o processo pro- dutivo comegou a softer vitias modificagées. A industtiali- zacio produziu um trabalhador independente do senhor feudal, reorganizou a divisio social do trabalho e criow as classes assalariadas. Do alugiel das fazendas agetcolas, pas- sando pelo modo de produgio artesanal organizado em gr2- ios pelos artesios independentes, surgiu a modalidade do trabalho a domicilio, visto que as formas anteriores jf no estavam atendendo as demandas cada vez maiores de um aumento da producio. Tivemos entio a modalidade de trabalho doméstico ou jcflio, em que o mestre artesio e seus aprendizes rece- bbiam a macéria prima de uma pessoa que funcionava como um agente intermedidtio ~ preconizando aqui a figura do capitalisca ~ e, com suas peéprias ferramentas, transforma vam-na em um produto acabado, pronto para set vendido rnos mercados por esse mesmo agente. ‘Com esse personagem mediador, jé néo era o mestre artesio que comprava a matéria prima e que vendia 0 pro- duro a0 consumidor. Comegava a se extinguir a figura do artesio independente, dono de sua oficina e de suas Ferra mentas. Com a expansio do comércio nacional e interna- cionalmente, a pessoa do intermediério foi-se tornando cada. vez mais indispensével, trabalhando com invers6es, sempre crescentes (PEREIRA & GIOIA, 1988). Do trabalho doméstico, o processo produtivo passou ao sistema de manufatura, no qual em um mesmo lugar eram reunidos varios obreiros, que trabalhavam segundo um plano estabelecido, cada um fazendo apenas uma parte do trabalho. Eles jé no detinham mais os instra- mentos de producio (como no sistema a domicilio), estes agora pertenciam ao proprietirio que os contratava. Os trabalhadores jd no compravam a matéria prima, jé nao ado 94 vendiam 0 produto, j4 nao possufam as ferramentas ¢ 0 Ainico bem que lhes restava era sua forca de trabalho, Para continuarem sobrevivendo, tinham que a vender em tr de um salirio, ttansformando-se assim, literalmente, “mao-de-obra’ Extabeleceu-se a divisio das tarefas e do.ttabalhador, ‘em que cada individuo, agora um empregado, realizava apenas uma parte do que era necessitio para 0 produto final. O obreiro “parcelar”, uma pega do obreiro caletivo € a especializagao das ferramentas levaram a um considerd- yel aumento da produgio ¢ a uma maxivalorizagio do capital. Eneretanto, a manufacura apesar dos avangos que trouxe, apresentava sérias limitagbes a0 pleno desenvolvi- mento capitalista, visto que ainda se mantinha dependen- te do trabalhador. Mesmo com a divisio das tarefas, ainda cera o trabalhador que controlava 0 desentolar do processo produtivo, adaptando-o a0 tempo ¢ a0 ritmo de seu orga- hismo. A producio estava limitada & capacidade estabele- cida por ele. ‘As respostas pata essas limitagdes comegatam a ser construidas a partir da invengio da maquina, que foi substituindo a forga motriz humana por fontes alternati- vas de energia, como 0 vapor, o gis ¢ a eletricidade, per- mitindo mudangas significativas nos modos de produsio, libertando-os dos limites impostos pelo organismo humano, Instalou-se a produgio mecanizada, instituin- dose 6 chamado sistema fabril, inaugurado com a Revo- lugéo Industrial. ‘Esse novo sistema rompeu com a unidade de trabalho centre 0 trabalhador e suas ferramentas, que até entio se mantinha na manufatura, liberando © processo produtivo do ritmo e do tempo dos trabalhadores, ou seja, de suas limitagSes e/ou caracteristicas fisicas e psicolégicas. Perden- do.o controle desse processo, o homem/trabalhador agora precisava obedecet/adaptar-se & velocidade ¢ & cadéncia 95 impostas pela produgdo maquinal. A fibrica insereveu-se como a unidade social bésica da producao capitalista e as pessoas eram forcadas a vender sua forca de trabalho como mercadorias e instrumentos do desejo do capital. Instau- rou-se o sistema de produgio hierdequico-piramidal (0 sis- tema dos grémios e corporagGes era linear), no qual se dife- renciou e se separou os trabalhadores/ produtores das donos do capital e dos meios de produc A partir dessa fase, 0 capitalismo péde desenvolver-se plenamente, pois tanto o trabalho artesanal quanto 0 traba- Iho doméstico ¢ a manufatura haviam sido substieuldos. Assim os artesios, antes orgulhosos de suas ocupagbes, foram transformando-se em uma massa de obreitos, repre- sentando uma mao-de-obra desvalorizada continuamente pela supremacia da miquina,a grande estrela da producéo. © homem somente a vigiava para que operasse bem. Para os proprietétios, jé no era necesséria a contratagio de mao de obra tio especializada. Os estrangeitos e principalmente as criangas e as mulheres podiam ser aproveitados com um custo muito menor. sistema fabril conseguiu ir impondo-se, ajudado pela ruptura com o pensamento tradicional, a instauragio da razdo humana como medida de todas as coisas do céue da terra ea crenga de que ela levaria ao progresso ¢ ao bem geral da humanidade. Estavam, pois, postas as condigées para que a técnica ea ciéncia comegassem a caminhar jun- tas, a servigo, logicamente, de quem detinha o poder: burguesia oriunda da Revolucio Industrial e da Revolugio Francesa, Se a primeira fase da Revolucéo Industrial garantin a expansio das indiistrias de metalurgia, réxtil e mineracio, alterando uma tecnologia que era usada pela forga humana fe de animais, a segunda fase caracterizou-se como uma revolucio cientifico-téenica, que produziu mudancas do papel da cigncia a respeito da produgio, modificando o 96 préprio processo de trabalho. Ciéncia e técnica interliga- ram-se a0 sistema econdmico e aos meios de produgio. A compra e venda, tomnou-se ‘Aciéncia moderna floresceu tendo como aliados o sur gimento do capitalismo a ascensio da burguesia. Rom- pendo a visio medieval, conhecer jé néo era a contempla- gio da verdade e transformava-se na intervengio da hatureza, com os objetivos de exploragio, dominio e con- tole. A ciéncia, inseparivel da técnica, passava a ser uma demonstragao do poder e da superiotidade do homem, caracterizando, assim, a razio instrumental ou a razao ilu- ‘inista, cunho dado pelos frankfurtianos. Francis Bacon usou o termo “natureza atormentada” para explicar 0 objeto do conhecimento cientifico e do Iaboratério como forma paradigmstica de realizar esse tor- mento (CHAut, 1994). (Os pressupostos cientificos foram utilizados com bas- tante eficécia no sistema prod Cada dia novas méqui- ras, agora aperfeigoadas por elas mesmas, muito mais “capa- fa que ohomem, formaram parte da produco. Alada 3 técnica, foi criada uma tecnoestrutura para controlar todo 0 saber cientifico e técnico. Aos opetitios, despossuidos de qualquer qualificagao e iniciativa, estava ajustar-se a0 ritmo das novas engrenagens. O crescimento anuinciava-se como grandioso e 2 idéia positivista de progresso legitimou-se Como fruto da nova ciéncia, Este era 0 novo ethos Fundado ina modernidade que inspirow o surgimento das teorias orga~ nizacionais e psicol6gicas no final do século XIX. “Aaadministragio em nome da Ciéncia (elou do capital) ‘A classe operitia moderna, formada a partir da opressio da pobreza, ofereceu muita resistencia para se adequar 3s grandes fabricas. As mudangas ocortidas no mundo laboral j 7 cexigitam que os engenheiros ¢ industriais repensassem seus métodos de “cuidar” de seus empreendimentos, preocupan- do-se em promover uma melhor adequacio da mao de obra cexistente is novas méquinas disponiveis no mercado. A preo- cupacio era tornar cientfico 0 processo de administragio de seu capital. Essa necessidade casou-se com o saber téenico- cientifico e tornou auténtico 0 movimento de uma adminis- tracio cientifica ‘A geréncia cientifica foi construtda a partir do cresci- mento da fibrica e da complexidade das operagses indus- ttiais, da participagéo dos engenheiros nas organizacSes assumindo responsabilidades gerenciais e técnicas ¢ dz separacéo da fungio gerencial do papel de proprietitio, estabelecendo no final do século XIX a figura do capataz para tratar dos trabalhadores de mancira profissional. As caracteristicas da razio instrumental: a eficdcia, 0 rendimento ¢ os resultados proveram a base para que F. W. ‘Taylor (1856-1915), engenheiro ¢ inventor, estrucurasse algumas idéias manifestadas nos finais do século XVIII ¢ durante o século XIX e propusesse um método de trabalho ‘constituldo de movimentos de decomposigio e recomposi- ‘sho das tarefas. A traducio dessa metodologia em suas leis e procedimentos revelou claramente seu objetivo primordial: “o controle do homem no trabalho, sua submissio a uma cordem que nio Ihe compete discutir” (ORSIMAN, 1978). Taylor acreditava que homem apresentava como motivacio bésica as recompensas financeiras. Tratava-se do ‘homo economicus, pronto para trabalhar em sua velocidade ‘maxima se lhe fosse dado um aumento de salério. Mas, 20 ‘mesmo tempo, percebia que os trabalhadores possuiam uma tendéncia natural & simulagio do trabalho, a que denominou de bolgazaneria innatalnatural soldiering, afir- mando que eles eram naturalmente preguicosos, além do {que estabeleciam ence si relacées de cumplicidade, classifi- cadas como holgacaneria sistemdticalystematic soldiering 98 (Conusr, 1982). Essas relagGes eram formadas a partir do saber técrico que ainda possufam e que precisava ser contro- inde-sapenpaa gol. cit fimde que nfo fos inter rompido o funcionamento e desenvolvimento da empress. ‘O trabalhador, era certo, nao poderia ser deixado & sua propria sorte. A geréncia cientifica criow a fungio do geren~ te, aprimorando a do capataz e determinando que ele nao devia apenas controlar/supervisionar 0 trabalhador, mas também Ihe informar qual a melhor maneira de executar sua tarefa. Isso petmitiu o controle da forma como se exe- cutava todas as operagdes do processo produtivo, represen- tando a desvinculagio entre concepgio ¢ execusio, ou entre trabalho mental e manual. “Assim como os extudos de tempo e movimento, original _mente realizados pelo casl Gilbreth, quando conseguiram defi- niras dezoito operacées basicas de qualquer atividade mowiz (os sherblig), contibuindo para transformar o crondmetro em um instrumento politico a servigo do capital, a separagio entre 0 pensar eo fazer, proporcionando a liberagio do processo de tre balho do poder do trabalhador, € considerada como uma das ais significativas contribuigées de Taylor (Contar, 1982). _ Podemos resumir os postulados principais do tayloris- mo ou da Organizacio Cientifica do Trabalho (OCT), como também ficou conhecida, a partir da apresentagio feita por Orstam, (1978): A individualizagao do trabalho ‘Aiindividualizacdo das tarefas permite um melhor con- role, recompensando de forma individual os obreiros mais atives, gerando a competitvidade e os “aceleradores” da product ‘A decomposigio do trabalho ‘As atividades devem ser decompostas em um menor iimero possivel de passos. Quanto mais simples for uma i 9 tarefa, mais faclmente poderi ser ensinada e aprendida por qualquer pessoa, faciliando © uso da mio-de-obra nio qualificada A descricéo pormenorizada dos postos de trabalho Cada movimento deve set meticulosamente estudado analisado. A descrigio detalhada permite 0 contiole de todos os gestos, a eliminagio daqueles iniitcis e, portanto, 0 cumprimento rigoroso das regras prescritas. ‘A programagao ‘A planificagio total, em que nada deve petmanecer de fora, é uma etapa crucial. Todas as varidveis devem ser pre- determinadas. O trabalho deve ser decomposto em uma cescala de tarefas simples, previsives efixas antecipadamente. A organizagio dicotémica eos circuitos de comunicagio A geréncia detém o saber e a autoridade, Ela é a res- ponsével pela concepsio, a decisio, a coordenagio e 0 con- trole de todo 0 proceso, Aos trabalhadores, cabe-lhes somente a execugio. Cada obreiro tem uma tarefa simples a realizar e nao se deve preocupar com mais nada. Por isso a rede de comunicagio € vertical (as informagdes sobem, as decisées descem). ideal da organizagio cientifica concebida em um modelo mecinico poderia agora se cumprir, pois 0 traba- Ihador estava mecanizado, subdividido e separado de seu oficio. O objetivo maior era a mecanizagéo completa, O que no foe porte mecanirarpoderia ser deitado 20 ;omem, “mas a um homem que a Organizasio Cientifica do Trabalho tornou tio préximo de uma maquina quanto possivel” (OKTSMAN, 1978). ‘A Abordagem Clissica da administeagio sistematizada por Taylor e Fayol (ste ltimo elaborou na Franga a Teoria Clissica dando énfase a0 estudo da estrutura, como variével determinante da eficiéncia organizacional’), continuow desenvolvendo-se e-teve um. grande-avango. com Henry Ford, que introduziu inovagées significativas (o Fordismo) no processo produtivo. Sua contribuigio fundamental foi estabelecimento da linha de montagem, que petmitiu a eli- minagdo de grande parte da mao de obra ¢ dos tempos mortos, 0 parcelamento a0 méximo do trabalho ¢ uma maior vigilincia, controlando de uma s6 vez todos os traba- Ihadores. A criagio da cadeia de montagem representa © protétipo do sistema moderno de produgio em massa. (© taylorismo ¢ 0 fordismo, em nome da ciéncia, impuseram exigéncias fisioldgicas até entio desconhecidas. ‘A separacio entre concepgio e execugio do trabalho anulou a atividade mental dos operrios, facilirando a disciplina e a submissio do corpo as novas tecnologias. fordismo, hoje transformado em medonaldismo, ainda esta em plena forma e convive com as novas tendéncias (de gerenciamento e/ou producio) que configuram o postfordismo, a sociedade postindustrial de nossos dias. Longe de soluicionar os problemas gerados pelo capitalismo, © postfordismo continua proporcionando as ferramentas pata a exploragio dos trabalhadores, agora com uma nova roupagem, mais refinada e quigs mais eficaz (RITZER, 1996). Paralelo 20 Movimento da Administracio Cientifica, a Paicologia, jé distanciada da Filosofia desde o final do século XIX, definia-se como o estudo cientifico do comportamen- to humano, carregando em si as caracterfsticas da ciéncia moderna: positivista, experimental, empitica, mecanicista, quantitativa e determinista, "Para uma leicura mais completa sobre a Teoria Clissica, recomendamos ‘liv do Henri Fayol Adminisragao industrial e geral (Sao Paulo, ‘Aas, 1950) ou ainda os vivios livzos existences no mercado sobre Teotia Geral da Administragio (TGA). i mm Desde a primeira década do século XX, a necessidade de resolver questées de efcinciaoriginadas no processo de crdo redesenho dos postos de trabalho, nas novas estra. tégias de gestio e no uso de novas ferramentas no processo de produsio criou bases para que uma Ste especies de Psicologia fosse construinco-se, ransformando se em une campo legitimo de especializaso, que congregava eatudion sos interessados na andlise © compreensio do ttipé ‘homem, trabalho e organizagées”, embora ainda nfo con. Seguissem atentar para a complexa e interdependente rela. co presente neste fendmeno. Essa nova disciplina, denominada Psicologia Indus- ial, tem dois psicélogos como seus fundadores, Walter ill Score ¢ Hugo Miinsterberg, discipulos de W. Wand, « > proprio Frederick W. Taylor, o engenheizo que instaurou grec inti do cabo” obras The Theory of Advertising (1903), The Pocho- ogy of Advertising (1908), fiftens Me in Rms 1911), Increasing Human Efficiency in Busines (1911), odas de W. D, Scott; The Principles of Sieifc Manage, ment (1911), de FW. Taylor, e Pychology and Industtal jeiency (1913), de H. Miinstetberg, representam. as ublicagdes que serviram de base para o desenvolvimento nicial dessa dtea de aplicaséo da Psicologia. Desses trés fora ge nn in 4 autores, quem é amplamente reconhecido como pai da Psi- cologia Aplicada e, principalmente, da Psicologia Industrial €H. Miinsterberg- Outro académico que também merece ser citado é 0 psicdlogo Walter V. Bingham, que em 1915 criou o primeiro Departamento de Psicologia Aplicada no Garnegie Institute of Technology, realizando em colaboragio com W, Scott estudos sobre selegio de pessoal (PEIRO, 2000). Esses escudiosos ampliaram para o campo do traba- tho ¢ da indistria os métodos ¢ procedimentos que Wilhelm Wunde desenvolvia em seu laboratério no estudo das diferengas individuais. O desenvolvimento e as transformagées na Psico- logia Industrial E possivel contar uma histéria de muitas formas. [Nagquela escolhida e no texto produzido, o historiador reve- la-se pelos elementos que delimitam-e conformam 0 que seri contado, definindo os recortes que realgam alguns fatos enquanto outros poderio permanecer esquecidos. ‘Muitos autores, ao escreveremrsobre a trajetdria da Psi- cologia, chamam atengio para a conexio das duas guertas mundiais com o desenvolvimento do saber psicoldgico, demonstrando a estreita relagao entre a psicometria e a pri- meita guerra mundial e a Psicologia Social com a segunda grande guerra (Fark, 1996; IBANEZ, 1990). De fato, por ocasiéo do conflito de 1914, 0 exército americano solicitou ajuda & American Pyychological Associa tion, 0 que levou o presidente da APA, Robert Yerkes, a reu- nit um grupo de especialistas que pudesse atender a essa demanda, dando énfase principal & construgao de testes psi- coldgicos para serem utilizados na selecio c testagem dos soldados e oficiais. Foi nesse contexto que surgiram os tes- tes Army Alpha c Army Beta, aplicados a varios milhoes de soldados, Na Europa, 0 governo bricinico ctiow 0 Health of Munition Workers Committee, onde se iniciaram os estudos sobre a fatiga desde uma perspectiva multidisciplinas, con- tando com a colaboragio de Bernard Muscio, professor de Psicologia Experimental em Cambridge e um dos primeiros colaboradoes do Industrial Fatigue Research Board. im 1917 surge nos USA o Journal Applied Prychology, fundado por G. S. Hall, trazendo em ie ao ros estudos sob relates presente a Dacoogh © guerra, € em 1921 James Cattell cria a Pychological Corpo- ration, com a finalidade de iaeenotars Blea, bee cializar suas aplicagées na industria ¢, 20 mesmo tempo, protegé-la de leigose charlaties, que, indiscriminadamente, se anunciavam como psicélogos. No final deste periodo, a Psicologia Industrial ja tinha conseguido certo reconhecimento dentro ¢ fora da acade- mia. A partir de 1924, com 0 objetivo de verificar a relagio entre produtividade e ‘luminagao no local de trabalho, uma equipe de pesquisadores de Harvard iniciou uma série de experimentos em algufnas companhias americanas. A mais conhecida dessas experiéacias ocorreu na Fabrica de Haw- shove da Water Elis Company, Ese exude, enguindo, originalmente, os pressupostos vigentes editados pela debs Celica de Bln, pec oy ps pn ‘uma investigagio comparando as variveis acima citadas, mas transformou-se em um cldssico da Psicologia Indus- trial, rompendo com esses mesmos pressupostos e dando origem 4 Teoria das Relagées Humanas2 Pode-se dizer que 2 Ene os representantes da Abordagem Humanftica da Administagio temor G. Eon Mayo, E J. Roethliberger, K. Lewin, G. C. Homans, R- Tannenbaum, B Lippit, R. White, N. Mae, T; White head, J. French, D. Carewrigh, 1. Festinger, H. Leavit, H. Kelley, A Bavelas, M. Sheriff, B. Gardner, M. Viele L. Coch. Em 1932, M. Viteles publics Handbook of Indusrial Pycbolgy, que srvia de ‘made pata os que apateceram postriormente 104 ‘esse perfodo representa, se nfo a safda dos engenheiros, & tentrada dos cientistas sociais — psicdlogos e socidlogos~ no mundo das organizagoes. (Os resultados das pesquisas de Hawthorne (0 primeiro cestudo deu origem a mais quatro que se seguiram por mais ‘de doze anos) levaram & substiuigao do “home economicus” pelo "homem social’, & compreensio psicofisioldgica da fadiga, & descoberta da organizagio informal, & preocupa- cao com a dinimica dos pequenos grupos e com as questBes Telacionadas ao sistema de comunicagio e de lideranga. ‘Apesar das crfticas que 0 episédio de Hawthorne tem sofrido 20 longo dos anos, principalmente em relagéo & ‘metodologia utilizada em suas investigagées e/ou 8 ingenui- ddade de algumas das formulagSes realizadas pela equipe de Mayo e seus seguidores, nfo podemos deixar de reconhecet a singularidade de suas perguntas ¢ set impacto no cresci- mento e ampliagio da Psicologia Industrial, da Psicologia Social e da Teoria Geral da Administragio. Se durante 2 I Guerra Mundial a Psicologia Industral conseguiu instalarse e ganhar reconhecimento social, I Guerra permitiu que cla se desenvolvesse e se refinasse metodologicamente. Apesar da demanda ser a mesma para 0s problemas de selegio e avaliagio dos militares, os méto- dos técnicas haviam melhorado bastante. W. Bingham coordenou a equipe de psicologia (1939-1949) que desenvolveu para o exército um amplo projeto de pesquisa abrangendo os tradicionais temas de clegio, cassificaglo e avaliagéo e quest6es relacionadas & tomada de decis6es em contextos estessantes, desenho de equipes e maquinaria. E produsio desse grupo o teste Army General Clasification Test (AGCT), um marco de referencia nna histéria dos testes de grupos (FERNANDEZ, 1998), Outra publicacio, na década de 50, sobre a adequa- cao dos soldados na vida militar, investigando mudan- fas de atitudes e processos de comunicasio, foi do livro i 105 The American Soldier, de S. Stoutler, obra de referéncia tanto para a Psicologia Industrial como para a Psicolo- gia Social. Apatecem novas publicagses, reconhece-se a Psico- logia da Engenharia como uma subespecialidade da Psi- cologia Industrial’ e surge 0 Handbook of Aplleid Prycho- logy (de FRYER & HENRY, 1950, apud FERNANDEZ, 1998) como abordagem instrumentalista e pritica da A Psicologia Industrial termina os anos 50 com proje- tos bem sucedidos apresentando instrumentos fidedignos de medidas, pesquisas sobre atitudes, fatores motivacionais « sociais, rotatividade, absentefsmo, satisfagio, moral, aci- dentes laborais ¢ com um maior interesse pelo estudo das organizagbes, campo até entio reservado aos socidlogos. Denominagées como Psicologia das Organizagées, Psicolo- gia Organizacional e Comportamento Organizacional comegam lentamente a tomar corpo. ‘Uma nova etapa, marcada por uma abordagem mais psicossociolégica levou nos anos 60 a mudangas na forma de pensar e compreender o fendmeno organizacional. Segundo SCHEIN (1982), a penetragio de concepgées socio~ logicas e antropolégicas na Psicologia e o erescimento da Psicologia Social, o desenvolvimento de novos marcos teé- ricos nas ciéncias fiscas e biolégicas e as répidas transfor- ‘mages na tecnologia e na sociedade desvelaram dimens6es até entio desconhecidas no mundo do trabalho. FERNAN- Ez, (1998) aponta também para algumas razées que con- tribuitam nesse processo de transformagio (vé-se que coin- cide com Schein em algumas delas, mas complementa, actescentando outras): “Com os tabalhos publicados no Appi Experimental Pychology (Clans Ganer e Moncan, 1949, apud MUCHINSKY, 2001) eno Hand- book of Human Engineering Data (1949, apud MUCHINSRY, 2001), 106 * procura de novos paradigmas na citncia em geral e nas cts soit om pariuar + aplicagdo da perspectiva de sistema aberto' ao estudo das organizagées; + eresimento e complexidade das organizasées; + incremento da influéncia sindical e estatal sobre a vida das organizagées; ' + preocipagio por estudé-las como atoressociais vidoes: + avango no desenvolvimento tecnoldgico. Todas essas varidveis exigiram 0 aprimoramento de conceitos mais pertinentes & diversidade do cotidiané orga- nizacional, Buscava-se uma integracio entre as necessidades individuais e sociais dos individuos e as da organizagio. As pesquisas sobre motivacio, sistemas de recompensa, papel do individuo no grupo, dinimica dos pequenos grupos, participagio ¢ lideranga democritica demonstravam a necessidade de se incorporar uma dimensio organizacional ¢ ambiental a este campo de estudo para que pudésse ser melhor compreendido. Os livros Organizational Pejchology (SCHEIN, 1965) © The Social Pyychology of Ongenearon (kxrz 8 Kaun, 1966) trouxeram grandes contribuigSes nesse sentido, considerando novas perspectivas na aborda- gem desses temas. Katz (1986), em artigo mais recente, ressaltou que as mudangas produzidas na Psicologia Industrial ocprreram devido ao surgimento da teoria dos sistemas abertos corr0- orando com os argumentos apresentados por} Schein 1982) quando afirma que: tea dferenca entre ° pricdlog industrial das dégadas de 20, 30 ou 40 € 0 psicdlogo organizacional de hoje é pois, dupla, Em primeiro lugar, questoes tradicionais tomo as “Tams profi sobre esa penpesv, vj abr de D. Kar © R. Talo Sox das Once (Sh Palo, As 1978) 107 relativas a recrutamento, testagem, selegdo, treinamento, andlise de tarefis, incentives, condigbes de trabalho ¢ otras sito agora tratadas pelo psicdlogo organizacional como ques- tes inter-relacionadas ¢ estreitamente vinculadas ao sistema social da organizaséo como um todo. Em segundo lugar, os (psicélogos organizacionais comegaram a preocupar-se com ‘uma nova série de questies que derivam do conbecimento das caracteriticassistémicas das organizades. Esas questbes refe- remi-se no tanto ao comportamento dos individuos como ao comportamento dos grupos, dos subsistemas e mesmo da orgit~ nizagio total em resposta a estimulos internos e externas, (SCHEIN, 1982, p. 6) ‘A compreensio de que estamos em interacio constat te com 0 nosso entorno, influenciando e sendo influenci do por ele, permitiu que'a teoria da continénciat fosse tor- nando-se um paradigma de referéncia nos estudos organizacionais. ‘As abordagens contingenciais comegaram a tomar corpo fundadas no pressuposto bisico do “se... entio”, 0 que significava afirmar que nao existia a forma mais correta de planejar e gerir uma organizagio, mas que as estratégias organizacionais deveriam ser construfdas a partir das diver- sas contingéncias contextuais presentes, como, por exem- plo: tamanho, forma, meio, tecnologia, estrutura, grat de diferenciasio, centralizacio e formalizagio..Em outras pala~ ‘ras, a racionalidade das decisoes de gestao € mantida como possivel, mas devendo-se levar em conta os diferentes con- textos existentes [Nessa trajet6ria da Psicologia aplicada ao mundo do tra~ balho, podemos detectar claramente uma evolugio teérica A abordagem contingencal enfcia a natureza multivaiada do fend- meno organizacional. O artigo de Kast ¢ Rosenzweig (1972) “Gene- ral Systems Theory: Applications for Organization and Manage- mene” discute bem esse aspecto. 108, edificada sob o paradigma racional, partindo do perfodo das grandes teorias com pretens6es universalistas que assumiam a existéncia de uma Gnica forma correta de planejar as organiza~ {gdes sem precisar levar em consideragio as pessoas ¢ 0 meiolentorno, passando pelas contribuigdes dos humanistas, que realcaram a importincia dos individios como sexes ati- vos, procurando promover a articulagio individuo-organiza- ‘Go, entrando na década de GO numa etapa caracterizada por lima abordagem mais psicossociolégica (de origem europea). Em 1976, Dunnette publica o Handbook of Indusrial and Organizational Pychology, em que aprescnta ém seus 37 capitulos todo 0 caminho percorrido pela Psicologia do Trabalho e Organizacional, desde o inicio do século XX, nos Estados Unidos, j (Os pesquisadores, nos anos 70, tiveram que responder a algumas eriticas que vieram acumulando-se nesse proces- 450 evolutivo. Gostaria de destacar duas delas que, a meu ver, io perderam sua atualidade e continuam merecendo nossa atengio. A primeira dizia respeito & vinculacéo submissa dos psicélogos industriais/organizacionais com a classe cempresarial, convertendo-se, muitas vezes, em assistentes técnicos a servigo do Setor de Pessoal, e a segunda versava sobre 0 questionamento da “utilidade” da disciplina, j4 que no vinha respondendo as novas demandas organizacionais. ‘A partir de criticas dessa natureza, a Psicologia Indus- trial, segundo alguns autores (KORMAN, 1978; FERNANDEZ, 1998), passou por uma auto-reflexao analisando suas bases foi neste momento que passou a se denominar Psicdlogia do ‘Trabalho e das Organizagées/Psicologia Organizaciqnal e do ‘Trabalho (POT), redefinindo seus contetidos ¢ metddologia, utilizando-se fandamentalmente das abordagens sistémica, cognitiva ¢ contingencial. Essa crise que enfrentou}revelava uma outra mais profunda e de maior magnitude, gue foi a “crise de confianga” que se instalou na Psicologia Social como tum todo, nossa érea de origem. Crespo (1995) afirma : 109 Los] esta ersis se manifesta como una ruptura de ciertas convenciones sobre el objeto proprio de invesigacién, el modo de hacer cientifico y los métodos considerados aceptables. En definitive, se trata de un cuestionamiento de los presupuestos epistemoligicos dela misma disciplina. (p. 92) Refletindo-se sobre esse momento, em que os valores, de uma forma geral, passavam por uma intensa revisio, nfo € dificil concluir que néo eram s6 a Psicologia Industrial ¢a Psicologia Social que estavam em crise, mas sim toda a modernidade, com sua féilustrada na trilogia “racionalida- de, progresso ¢ liberdade”. ‘As duas tiltimas décadas do século passado foram, por- tanto, de profundos debates que demonstravam a dissonan- cia entre a produgio da Psicologia Social e os graves proble- mas sociais presentes na realidade Iatino-americana (Marrin-Baro, 1992), da mesma forma que, depois da segunda guerra mundial, os psicdlogos sociais europeus inquictaram-se com a especificidade dos conhecimentos ‘que importavam dos Estados Unidos e comecaram a elabo- rar pesquisas que Ihes permitissem teorizar ¢ responder quest6es préprias de seus contextos (FARR, 1999)). Repensar a produgio da Psicologia Social traduzia-se, obviamente, em pensar uma pritica/estratégia social e poli- tica. No lugar da pseudoneutralidade imposta aos pesquisa- dores experimentais, exigia-se dos estudiosos um compro- misso politico com a sociedade. Alguns mais criticos advogam para 3i-o-papel de interventores sociais, com- preendendo a relagao sujeito.¢ objeto como uma relagio construfda social ¢ historicamente que pode manter ou transformar a realidade onde se encontra inserida. ‘A Psicologia Organizacional ¢ do Trabalho, ou ainda a Paicologia Social do Trabalho, denominagio que considero mais apropriada devido & sua filiagio, nao conseguiu estar fora dessa efervescéncia de indagages. Podemos dizer que 110 cla fechou 0 século XX tendo que se situar mais concreta- mente diante dos seguintes fatos: a) 0 cardter s6cio-histérico dos fendmenos sociais e psicossociais; b) a idéia de uma investigaso que se transforma no decorrer da prépria asso investigativa; c) a comprecnsio que 0 conhecimento ¢ por natureza hist6rico, transitério e relativo; d) 2 coricepcdo ‘construtivistae simbélica da realidade social dentro de uma petspectiva dialética; e) a importincia de se estudar a vida cotidiana, por constieuir o local onde os sujeitos produzem otdem e dio sentido ao mundo que Ihes rodeia — etnometo- dologia; f) a participasio ativa do sujeito/objeto de conheci- mento na prépria estratégia de investigacao, intervindo em plano de igualdade com o pesquisador; e g) 0 compromisso com a mudanga e a transformagio social, abandonando a contemplasio ¢ 0 culto aos rituais metodolégicos. Vivemos novamente uma profunda revisio teérica na tentativa de alcangar uma unidade e coeréncia tebrica. Parale- Ja A busca de uma coeréncia tedrica, continua-se investindo nas dreas aplicadas, como anilise de processo, redesenho de cestrutura, desenvolvimento de competéncias, avaliagio de pessoal, desempenho de papel, estresse ¢ stide,influéncia de grupos, sindicato-direcio, tomada de decisio, comunicagio, programa de aperfeigoamento continuo, etc. Os estuflos con- ‘temporineos procuram responder is velhas € novas dtmandas 4 partir dos prestupostosacima, O desfio continua post, | { Crespo, E Introduccién a la Psicologia Social. Madrid, Ed. Universitas, 1995, Coniar, B. El Taller y el Cronometro: Ensayo Sobre fl Taylo- rismo, el Fordismo y la Produccion en masa, Madeid, Siglo XX1, 1982. | Referéncias bibliogréficas mi HAUL, M. Conoite a flosofia. io Paulo, Ed. Atica, 1994. DUNNETTE, M. D. (ed.). Handbook of Industrial and Orga- nizational Psychology. Chicago, Rand MacNally, 1976. 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