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À descoberta da Química e da Bioquímica

Oficina de Verão

Prof. Dr. Joaquim C. G. Esteves da Silva


Dr.ª Sónia de Jesus Rocha
Faculdade de Ciências
Universidade do Porto | Julho 2010
À descoberta da Química e da Bioquímica Oficina de Verão 2010

Índice

Parte I ------------------------------------------------------------------------------------------- 3

Material e Equipamento de Laboratório ------------------------------------------------------- 4


Regras de Segurança ------------------------------------------------------------------------------ 6
Parte II ------------------------------------------------------------------------------------------ 8

Actividades Experimentais ------------------------------------------------------------------------ 8


1. Detecção de impressões digitais ----------------------------------------------------------- 9
2. Detecção de vestígios de sangue ---------------------------------------------------------- 10
3. Fluorescência ------------------------------------------------------------------------------------ 11
4. Produção de bioetanol ------------------------------------------------------------------------ 12
5. Síntese das pérolas de alginato ------------------------------------------------------------ 17
6. Aquecimento químico ------------------------------------------------------------------------- 19
7. Arrefecimento químico ------------------------------------------------------------------------ 20
8. Síntese da borracha natural ----------------------------------------------------------------- 21
Bibliografia ------------------------------------------------------------------------------------- 22
Blogue ------------------------------------------------------------------------------------------ 22

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Parte I

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Material e Equipamento de Laboratório

Kitasato ou matráz
Garrafa de
Gobelé Matráz com tubuladura Proveta
esguicho
lateral

Frasco conta-
Pipeta graduada Pipeta volumétrica Pompete Balança
gotas

Espátula Pinça Vareta de vidro Funil Pipeta conta-gotas

Suporte Termómetro
Noz Garra Banho termostático
universal digital

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Placa de
Barra Placa de agitação Manta de
Suporte elevatório aquecimento com
magnética magnética aquecimento
agitação magnética

Cabeça de Adaptador de
Balão redondo Condensador Alonga
destilação termómetro

Vidro de relógio Tubo de ensaio Suporte para Lamparina Mola de madeira


tubos de ensaio

Frasco de Frasco de vidro Anel adaptado a um


Coador Estufa
plástico com rolha funil

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Regras de Segurança

Regras gerais
 Vestir sempre uma bata, não a usando fora da área do laboratório.
 Usar sempre luvas.
 Usar sempre óculos de protecção.
 Nunca trabalhar sozinho no laboratório.
 Nunca realizar experiências não autorizadas.
 No laboratório não se brinca.
 Evitar em absoluto fumar, beber, comer, ou guardar alimentos dentro do laboratório.
 Nunca ingerir, inalar, ou tocar com as mãos nos produtos químicos. Se algo deste tipo
acontecer, tomar imediatamente medidas de primeiros socorros relacionados com risco e
segurança dos produtos químicos.
 Muito cuidado com os olhos. Nunca friccioná-los com as mãos. Ter em atenção o cabelo. Se
este for comprido, deve ser amarrado.
 Se sentir alguma irritação, lavá-los imediatamente com água em abundância.
 Não iniciar uma experiência sem antes ler atentamente como se deve proceder (ler o
protocolo experimental) e tirar todas as dúvidas, caso haja, até ficar totalmente esclarecido.
 Identificar claramente todos os recipientes. Nunca usar algum em relação ao qual se tenha
dúvidas quanto ao conteúdo.
 Depois de abrir o frasco que contém o produto químico, colocar a tampa na mesa sempre
voltada para cima. Assim, evita-se a contaminação do produto.
 Enquanto se transfere o líquido, voltar o rótulo do frasco para cima para que não fique
deteriorado com o líquido que escorre.
 Evitar troca de tampas.
 Depois de retirar o produto químico, fechar imediatamente o frasco.
 Evitar a abertura simultânea de vários frascos.
 Ler sempre o rótulo de qualquer produto químico antes de o utilizar.
 Não guardar nenhuma substância sem rótulo.
 Trabalhar na hotte sempre que necessário.
 Adicionar sempre lentamente soluções concentradas a água ou a soluções diluídas, para
evitar reacções violentas.
 Para diluir um ácido, adicionar sempre o ácido à água e nunca fazer ao contrário.
 Adicionar sempre qualquer reagente lentamente e nunca de uma vez só, observando
qualquer ocorrência que tenha lugar. Observar o que acontece quando a primeira pequena
quantidade é adicionada e esperar uns segundos antes de adicionar mais quantidade;
algumas reacções demoram a começar.
 Manter a bancada limpa e organizada.
 Colocar o material no centro da bancada.
 Nunca manusear equipamento eléctrico com as mãos molhadas e sempre que for necessário
deslocar, ou inspeccionar um aparelho, deve-se desligá-lo primeiro.
 Quando o trabalho estiver concluído, lavar todo o material e limpar a bancada de trabalho.
Verificar se os frascos estão bem fechados e assegurar que tudo o que foi utilizado está em
ordem para os colegas que vêm a seguir.
 Deixar o laboratório com segurança, desligando todo o equipamento eléctrico e fechando as
trompas de água.
 Conhecer a localização de extintores de incêndio, saídas de emergência, caixa de primeiros
socorros, chuveiros e equipamento protector.
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Regras de segurança durante a transferência de sólidos


 Para transferir sólidos, utilizar uma espátula devidamente limpa e seca.

Regras de segurança durante a transferência de líquidos


 Nunca pipetar líquidos com a boca. Usar uma pompete, proveta ou uma pipeta conta-gotas
de acordo com a situação.
 Deve ser usada uma vareta de vidro e/ou um funil durante a transferência de líquidos.

Regras de segurança durante a “pesagem”


 A balança deve estar nivelada e mantida sempre limpa.
 Não se deve colocar reagentes directamente no prato da balança.
 O prato da balança deve ser limpo com um pincel imediatamente após algum derrame
ocasional da substância a “pesar”.
 A temperatura do objecto/substância a “pesar” deve estar próxima da temperatura ambiente.
 Nunca usar maior quantidade de reagente do que a necessária para a experiência. Caso
exceda essa quantidade, não recolocar o excesso no frasco original, mas antes numa
embalagem separada.

Regras de segurança durante o aquecimento com uma lamparina


 Não levar à chama recipientes que não foram feitos para tal.
 Durante a utilização da lamparina de álcool, deve-se ter cuidado para não derramar o álcool,
que é inflamável. Se isso acontecer, limpar imediatamente toda a superfície atingida.
 Sempre que a lamparina não está a ser utilizada ou quando se pretende transportá-la de um
local para outro, deve-se tapá-la.
 Cuidado com os materiais que ardem. Nunca se deve aproximá-los da chama.
 A lamparina nunca deve estar completamente cheia de álcool e o pavio deve ter uma altura
aproximada de 4mm.
 Nunca voltar a boca de um tubo de ensaio, que esteja a ser aquecido, para o próprio rosto ou
para o rosto de um colega pois há perigo de projecções de material.
 Segura sempre o tubo de ensaio com uma mola de madeira.
 Durante o aquecimento, mantém o tubo de ensaio inclinado para fora, move-o ligeiramente
em torno da chama e nunca apontes a extremidade aberta para ti ou para os teus colegas.
 Ter em atenção a capacidade do tubo de ensaio. Não encher demasiado um tubo de ensaio
que vai ser aquecido.

Regras de segurança durante a destilação


 A ebulição deve ser regular, por isso deve-se adicionar núcleos de ebulição, de modo que
estes estejam dispersos no interior do líquido. A sua ausência provocaria um
sobreaquecimento. Nesta situação, a temperatura ultrapassaria o ponto de ebulição até que
as bolhas de vapor se formassem, devido à excessiva temperatura, e estas teriam uma
pressão suficiente para provocar projecções de líquido, havendo uma ebulição tumultuosa.
 Os núcleos de ebulição podem ser pequenos fragmentos de porcelana porosa, esferas de
vidro ou pedaços de pedra-pomes.
 Os núcleos de ebulição devem ser colocados no início, antes de iniciar o aquecimento.
 O aquecimento deve ser uniforme e não excessivo de modo a evitar o sobreaquecimento em
zonas localizadas.
 O balão redondo ou o balão de destilação não deve conter mais do que ⅔ da sua capacidade.

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Parte II
Actividades Experimentais

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1. Detecção de impressões digitais

Notas introdutórias:
A detecção de impressões digitais é uma das etapas mais importantes em investigações
criminais. Actualmente, existem várias técnicas para revelar uma impressão digital e, de facto, a
revelação da impressão digital corresponde a uma reacção química. Neste caso, usa-se como
reagente a ninidrina e como solvente o etanol ou álcool etílico.

Material/Equipamento:
 Borrifador  Estufa
 Papel

Reagentes:
 Ninidrina (s), C9H6O4  Etanol, C2H5OH

Esquema de montagem:

Figura 1.1 – Impressão digital.

Procedimento experimental:

Preparação da mistura ninidrina/etanol

 Dissolver 0,5 g de ninidrina no estado sólido em 30 mL de etanol.


 Transferir a mistura preparada para o borrifador.

Revelação de impressões digitais

 Pressionar o dedo sobre um pedaço de papel.


 Borrifar a zona onde está localizada a impressão digital.
 Esperar que o solvente evapore e borrifar novamente, caso seja necessário.
 Colocar o pedaço de papel na estufa, a uma temperatura entre 50-70ºC.

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2. Detecção de vestígios de sangue

Notas introdutórias:
Em locais de crime, os investigadores forenses têm que procurar vestígios de sangue. Uma
das maneiras mais vulgares de detectar vestígios de sangue, mesmo após a lavagem da zona com
detergentes, é a utilização do produto químico luminol. O luminol, juntamente com água oxigenada,
ao entrar em contacto com vestígios de sangue origina a emissão de luz. Esta emissão de luz
corresponde a uma reacção quimioluminescente. Os vestígios de sangue vão catalisar a reacção
química de oxidação do luminol pela água oxigenada.
Nesta actividade experimental, em vez de sangue vai-se utilizar uma solução aquosa de
catião Cu2+ que é um catalisador da reacção química de oxidação do luminol pela água oxigenada.

Material:
 Frasco de polietileno  Vidro de relógio
 Balança  Esguicho
 Espátula  Borrifador
 Vareta de vidro  Gobelé
 Proveta  Pipeta conta-gotas

Reagentes:
 Peróxido de hidrogénio, H2O2 (aq), 3%  Bicarbonato de sódio, NaHCO3 (s)
 Água desionizada  Carbonato de amónio monohidratado,
 Sulfato de cobre pentahidratado, (NH4)2CO3.H2O (s)
CuSO4.5H2O (s)  Carbonato de sódio, Na2CO3 (s)
 Luminol, C8H7O2N3 (s)

Procedimento experimental:
Preparação da solução A
 Medir 5 mL de peróxido de hidrogénio 3%.
 Adicionar água desionizada até perfazer o volume de 100 mL.
 Transferir a solução para um frasco fechado de polietileno.
 Rotular a solução preparada.
 Guardar a solução no frigorífico.

Preparação da solução B
 Medir 0,4 g de carbonato de sódio; 0,02 g de luminol; 2,4 g de bicarbonato de sódio e 0,05 g de
carbonato de amónio monohidratado.
 Dissolver os reagentes, pela ordem indicada, em água desionizada, de modo a que o volume de
solução seja de 100 mL.
 Rotular a solução preparada.
 Guardar esta solução no frigorífico.

Preparação da solução aquosa de sulfato de cobre(II) 0,01mol/dm3


 Preparar 100 mL de solução aquosa de sulfato de cobre(II) 0,01mol/dm3.

Simulação de detecção de vestígios de sangue


 Borrifar em simultâneo com as soluções A e B a superfície indicada.
 Observar o que acontece e ler a mensagem que aparece.
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3. Fluorescência
Notas introdutórias:
A fluorescência ocorre quando uma substância absorve radiação electromagnética a um
determinado comprimento de onda do espectro magnético e reemite-a como radiação a um
comprimento de onda maior (menor energia). Algumas substâncias absorvem luz ultravioleta e
reemite-a como luz visível numa variedade de cores.
Nesta actividade experimental, observa-se a cor que diferentes objectos têm antes e após a
incidência de luz negra. O quadro 1 mostra exemplos da exposição de algumas frutas e legumes à
luz negra.

Quadro 1 – Cor de frutas e legumes antes e após a incidência de luz negra.


Banana Pimento verde Cebola Kiwi Courgete Alface

Material:
 Luz negra

Reagentes:
 Cebola  Courgete
 Alface  Pimento verde
 Banana  kiwi
 Água tónica

Esquema de montagem:

Figura 3.1 – Fruta no interior da caixa onde se encontra a luz negra.

Procedimento experimental:
 Colocar as frutas, legumes e água tónica, separadamente, no interior da caixa onde se
encontra a luz negra (figura 3.1).
 Acender a luz negra.
 Observar a coloração das frutas, legumes e água tónica quando a luz negra incide sobre cada
uma delas.
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4. Produção de bioetanol

Notas introdutórias:
O carvão, o petróleo e o gás natural são denominados por combustíveis fósseis e são
considerados fontes de energia não renováveis. Os combustíveis fósseis são constituídos
fundamentalmente por carbono e a sua combustão interfere com o ciclo do carbono, contribuindo
para a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.
As alternativas aos combustíveis ou os combustíveis alternativos são as soluções
encontradas para resolver um problema ambiental inerente ao uso desenfreado de combustíveis
fósseis e à eminente crise energética. Uma das estratégias energéticas implementada a nível
mundial tem sido a produção de biocombustíveis, nomeadadmente biodiesel e bioetanol. O biodiesel
tem sido produzido para substituir parcial ou totalmente o gasóleo, enquanto que o bioetanol
pretende substituir parcial ou totalmente a gasolina. Os biocombustíveis são soluções muito restritas
por continuarem a investir no ciclo do carbono. Ao investir no ciclo do carbono permanece o
problema do envio de dióxido de carbono para atmosfera durante a combustão dos combustíveis.
Em termos idealistas, a estratégia deverá passar pela maior eficiência no uso, pela
necessidade de economizar a energia e por minimizar as implicações ambientais da sua utilização.

A produção de bioetanol pode ser feita usando várias técnicas e matérias-primas. São
exemplos de matérias-primas: cana-de-açúcar, cereais (milho, trigo), erva, amido, celulose e frutas. A
nível laboratorial, a produção de bioetanol compreende as seguintes etapas:
(1) uso de glicose ou a obtenção de glicose a partir de outros glícidos;
(2) fermentação alcoólica;
(3) destilação.

Os glúcidos ou glícidos (vulgarmente designados por hidratos de carbono ou açúcares) são


compostos orgânicos. Os glúcidos podem ser classificados em: monossacarídeos, oligossacarídeos
e polissacarídeos.

A tabela 4.1 mostra exemplos de monossacarídeos.

Tabela 4.1 – Exemplos de monossacarídeos.


Glicose Frutose ou Levulose Galactose

A tabela 4.2 mostra exemplos de oligossacarídeos.

Tabela 4.2 – Exemplos de oligossacarídeos.


Sacarose Maltose Lactose

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Os polissacarídeos podem desempenhar funções de reserva ou estrutural. Os


polissacarídeos de reserva são o amido (figura 4.1) e o glicogénio. Os polissacarídeos estruturais
são a celulose e a quitina. Os polissacarídeos são constituídos por numerosas unidades de
monossacarídeos.

Figura 4.1 – Amido.

Os glícidos que reduzem o reagente de Fehling (Licor de Fehling) são conhecidos por
açúcares redutores. Todos os monossacarídeos são açúcares redutores. Os oligossacarídeos
exemplificados na tabela também são açúcares redutores, à excepção da sacarose, sendo
designado por açúcar não-redutor.

O bioetanol produz-se a partir do monossacarídeo – glicose, C6H12O6, na presença de uma


suspensão de leveduras (leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae). Se não houver
inicialmente glicose, mas um oligassacarídeo ou um polissacarídeo, deve-se proceder à hidrólise
destes para obter glicose. Para confirmar se durante a hidrólise de facto se formou glicose, deve-se
retirar uma pequena amostra e proceder ao teste com o Licor de Fehling. O aparecimento de um
precipitado de óxido de cobre(I) (Cu2O) de cor tijolo geralmente permite comprovar a hidrólise e a
formação de glicose. Após a confirmação de que de facto se formou glicose é que se procede à
fermentação alcoólica. Obviamente que o processo é facilitado se for usada a glicose como matéria-
prima.

Durante a fermentação alcoólica ocorre a seguinte reacção química, descrita através da


equação de palavras 4.1 e respectiva equação química 4.1:

glicose(aq)  etanol(aq) + dióxido de carbono(g) (Equação de palavras 4.1)


C6H12O6(aq)  2C2H5OH(aq) + 2CO2(g) (Equação química 4.1)

A fermentação alcoólica deve ocorrer em meio anaeróbio, ou seja, na ausência de oxigénio.


Durante a fermentação alcoólica surgem bolhas gasosas à superfície, evidência da formação de um
gás durante a reacção química. Pode-se comprovar que o gás formado é o dióxido de carbono
recorrendo à água de cal. O dióxido de carbono formado durante a fermentação alcoólica vai turvar a
água de cal (evidência da presença de dióxido de carbono). A água de cal em contacto com o
dióxido de carbono forma um depósito de cor esbranquiçado de carbonato de cálcio, de
acordo com a equação de palavras 4.2 e respectiva equação química 4.2:

hidróxido de cálcio(aq) + dióxido de carbono(aq) ⇄ carbonato de cálcio(s) + água(ℓ) (Equação de palavras 4.2)

Ca(HO)2(aq) + CO2(aq) ⇄ CaCO3(s) + H2O(ℓ) (Equação química 4.2)

Após a fermentação alcoólica procede-se à destilação para a recolha do destilado (álcool


etílico ou etanol).

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Material:
 Suporte para tubos de ensaio  Mola de madeira
 Tubos de ensaio  Pipeta conta-gotas
 Lamparina  Fósforos
 Suporte universal  Vareta de vidro
 Noz  Gobelé
 Garra  Matráz
 Funil  Papel de filtro
 Matráz com tubuladura lateral  Balança
 Rolha  Espátula
 Frasco de plástico  Banho termostático
 Frasco de vidro com rolha  Condensador
 Mangueira  Alonga
 Manta de aquecimento  Suporte elevatório
 Balão redondo de fundo redondo de 100 mL  Termómetro
 Cabeça de destilação  Proveta de 50 mL
 Proveta de 100 mL  Adaptador de termómetro
 Anel adaptado a um funil

Reagentes:
 Solução A de licor de Fehling  Sumo de maçã
 Solução B do licor de Fehling  Sumo de uva
 Fermento de padeiro  Solução aquosa de glicose
 Água desionizada  Solução aquosa de glicose a 30%
 Óxido de cálcio

Parte A – Teste do Licor de Fehling.

Esquema de montagem:

Figura 4.2 – Teste do Licor de Fehling.

Procedimento experimental:
 Transferir para um tubo de ensaio a solução aquosa de glicose (cerca de 1 cm de altura).
 Adicionar 3 gotas da solução A do licor de Fehling.
 Adicionar 3 gotas da solução B do licor de Fehling.
 Acender a lamparina.
 Com uma mola de madeira, segurar o tubo de ensaio e aquecer a mistura (figura 4.2).
 Observar a mudança de cor e o aparecimento de um precipitado cor de tijolo.
 Apagar a lamparina.
 Colocar o tubo de ensaio no suporte para tubos de ensaio.
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Parte B – Fermentação alcoólica

 Preparação da solução de água de cal, Ca(HO)2(aq)

Procedimento experimental:
 Colocar, com o auxílio de uma espátula, uma pequena quantidade de óxido de cálcio num
gobelé.
 Adicionar água desionizada.
 Agitar com a vareta a mistura obtida.
 Fazer a montagem de uma filtração por gravidade.
 Fazer um filtro de pregas.
 Fazer a filtração da mistura obtida.
 Recolher o filtrado (água de cal) para o interior de um frasco.
 Rotular o frasco.

 Preparação de levedura a partir do fermento de padeiro

Esquema de montagem:

Figura 4.3 – Suspensão de leveduras no banho termostático.

Procedimento experimental:
 Preparar uma suspensão de leveduras (leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae) a partir
do fermento de padeiro a 10%.
 Colocar o recipiente contendo a suspensão de leveduras no banho termostático (figura 4.3), a
uma temperatura de 30ºC, no mínimo durante 2 horas.

 Fermentação alcoólica

Esquema de montagem:

Figura 4.4 – Turvação da água de cal.

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Procedimento experimental:
 Colocar cerca de 100 mL de solução aquosa de glicose a 30% num matráz com tubuladura
lateral.
 Adicionar cerca de 50 mL de suspensão de leveduras à solução aquosa de glicose.
 Rolhar o frasco e dirigir a mangueira para o tubo de vidro que contém água de cal (figura 4.4).
 Observar a turvação da água de cal, enquanto ocorre a fermentação alcoólica.

SUGESTÃO
Substituir a glicose por sumo de maçã ou sumo de uva. Fazer a fermentação alcoólica do
sumo de maçã ou de uva directamente com fermento de padeiro seco. Misturar 70 mL do sumo e 1 g
de fermento de padeiro seco num frasco. A mistura é agitada para dissolver o fermento de padeiro.
Deixar fermentar durante aproximadamente uma semana. Posteriormente, proceder à destilação.

Parte C – Destilação simples

Esquema de montagem:

Figura 4.5 – Destilação simples.

Procedimento experimental:
 Medir com uma proveta 50 mL da mistura anterior.
 Transferir a mistura para o balão redondo de fundo redondo.
 Adicionar 5 a 6 esferas de vidro (regularizadores de ebulição) ao balão redondo de fundo
redondo.
 Fazer uma montagem semelhante à da figura 4.5.
 Verificar se todas as juntas esmeriladas estão bem ajustadas e se o sentido de circulação da
água no condensador é contrário ao sentido de circulação do destilado.
 Abrir a água para arrefecimento, regulando simultaneamente o caudal.
 Aquecer moderadamente, de modo a que o condensado se forme, lenta e continuamente, à
razão de uma gota por segundo.
 Registar a temperatura à qual sai a primeira gota.
 Observar a variação da temperatura após a saída da primeira gota.
 Interromper a destilação quando a temperatura se aproximar da temperatura de ebulição da
água.

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5. Síntese de pérolas de alginato

Notas introdutórias:
As pérolas de alginato produzidas laboratorialmente são polímeros biodegradáveis de
alginato. Define-se polímero como sendo uma molécula de grandes dimensões «macromolécula»
constituída por unidades estruturais repetitivas, unidas entre si por ligações químicas.
Os polímeros têm vindo a ser utilizados como aditivos na indústria alimentar. Os polímeros de
alginato são constituídos por polissacarídeos e podem ser facilmente biotransformados. Actualmente
têm inúmeras aplicações, nomeadamente, espessantes de gelados, recheios de pimentos e
azeitonas, etc. As propriedades destes polímeros podem ser alteradas por adição de determinados
sais metálicos.
Os alginatos são extractos das algas castanhas da classe das Phacophyceae em particular
das seguintes espécies: Ascophyllum nodosum, Laminaria digitata e Fucus serratus. O alginato de
sódio tem vindo a ser usado na gastronomia molecular.

Material:
 Pipeta conta-gotas  Coador
 3 Gobelés de 100 mL  Placa com agitação magnética
 Barra magnética

Reagentes:
 Solução aquosa de alginato de sódio
 Solução aquosa de cloreto de cálcio
 Solução aquosa de sulfato de cobre (II) penta-hidratado
 Solução aquosa de cloreto de níquel

Esquema de montagem:

A B

Figura 5.1 – (A) queda de gotas de alginato sobre a solução aquosa de sulfato de cobre (II) (B) pérolas de alginato.

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Procedimento experimental:
 Colocar a solução aquosa de alginato de sódio no interior de uma pipeta conta-gotas.
 Colocar no gobelé 1 a solução aquosa de cloreto de cálcio.
 Colocar no gobelé 2 a solução aquosa de sulfato de cobre (II).
 Colocar no gobelé 3 a solução aquosa de cloreto de níquel.
 Adicionar ao gobelé 1 uma barra magnética.
 Colocar o gobelé 1 em cima da placa com agitação magnética. Se a placa tiver as duas funções
(aquecimento e agitação magnética) ligar apenas a parte da agitação magnética.
 Deixar cair no interior do gobelé 1 uma gota de solução aquosa de alginato de sódio.
 Observar o que acontece.
 Adicionar várias gotas.
 Coar a mistura obtida.
 Observar o que fica no coador.
 Repetir o mesmo procedimento para os gobelés 2 e 3.

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6. Aquecimento químico

Notas introdutórias:
Numa reacção exotérmica ocorre libertação de energia, provocando um aumento de
temperatura do meio exterior.

Material:
 Termómetro  Gobelé  Espátula
 Suporte universal  Garra  Noz
 Placa com agitação  Barra magnética  Vareta de vidro
magnética

Reagentes:
 Água desionizada  Cloreto de cálcio anidro, (s)

Esquema de montagem:

Figura 6.1 – Reacção exotérmica.

Procedimento experimental:
 Adicionar cerca de 100 mL de água desionizada num gobelé.
 Colocar uma barra magnética no gobelé.
 Colocar o gobelé em cima de uma placa com agitação magnética. Se esta for simultaneamente
de aquecimento e de agitação magnética, ligar apenas a agitação magnética.
 Mergulhar a extremidade do termómetro na água desionizada.
 Medir a temperatura da água e registar o valor.
 Adicionar uma espátula de cloreto de cálcio anidro.
 Agitar ligeiramente para dissolver o cloreto de cálcio.
 Medir a temperatura da mistura e registar o valor.
 Observar a variação de temperatura.
 Determinar o valor da variação de temperatura.

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7. Arrefecimento químico

Notas introdutórias:
Numa reacção endotérmica ocorre absorção de energia, provocando uma diminuição de
temperatura do meio exterior.

Material:
 Termómetro  Placa com agitação magnética
 Suporte universal  Barra magnética
 Garra  Gobelé
 Noz  Espátula
 Vidro de relógio  Vareta de vidro
 Balança

Reagentes:
 Nitrato de amónio, (s)  Água desionizada

Esquema de montagem:

Figura 7.1 – Reacção endotérmica.

Procedimento experimental:
 Colocar cerca de 50 mL de água desionizada num gobelé.
 Mergulhar a extremidade do termómetro na água desionizada.
 Medir a temperatura da água e registar o valor.
 Adicionar 14 g de nitrato de amónio.
 Agitar ligeiramente para dissolver o nitrato de amónio.
 Medir a temperatura da mistura e registar o valor.
 Determinar o valor da variação de temperatura.

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8. Síntese da borracha natural

Notas introdutórias:
A borracha é um polímero, mais concretamente um elastómero.

Material:
 2 Provetas de 10 mL  Vareta de vidro
 Gobelé

Reagentes:
 Látex comercial  Água desionizada
 Ácido acético, 2 mol/dm3  Vinagre

Esquema de montagem:
A B

Figura 8.1 – (A) Formação da bola de borracha natural; (B) Lavagem da bola.

Procedimento experimental:
 Medir, com uma proveta, 5 mL de látex comercial e transferi-lo para um gobelé.
 Medir, com proveta, 5 mL de água desionizada e adicioná-la ao látex.
 Agitar a mistura de água desionizada com o látex.
 Medir 7 mL de ácido acético 2 mol/dm3 e adicioná-lo à mistura água/látex.
 Agitar vigorosamente com uma vareta, até formar uma bola.
 Retirar a bola que se formou. (Usar luvas.)
 Lavar a bola com água corrente, comprimindo-a com as mãos. (Usar luvas.)
 Verificar a elasticidade da bola.

Nota: O ácido acético pode ser substituído pelo vinagre.

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À descoberta da Química e da Bioquímica Oficina de Verão 2010

Bibliografia
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