INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

Departamento de Engenharia Elétrica

Centro Tecnológico

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O ORCAD 9.0

Ministrante:
Eduardo Inácio Pereira

junho/2002

Caixa Postal 5119, CEP: 88.040-970 - Florianópolis - SC

Tel. : (048) 331.9204 - Fax: (048) 234.5422 – Internet: www.inep.ufsc.br
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1. Introdução ao uso do Orcad 9.0.

O primeiro passo para a utilização do Orcad 9.0 é a criação de um

projeto. Para criar um projeto os seguintes passos são necessários:

1. Abrir o Orcad 9.0.

2. Selecione o Menu File? New? Project. Como mostra a Fig. 1-1.

Fig. 1-1 – Janela inicial.

Uma caixa de diálogo aparecerá como mostra a Fig. 1-2. Clique em

Analog or Mixed-Signal Circuit Wizard e digite o nome e o local onde o
projeto será salvo.

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Fig. 1-2 – Tipo de projeto.

Em seguida devem-se escolher as bibliotecas que farão parte do

projeto. Para a maioria dos circuitos as bibliotecas que se encontram à direita
na Fig. 1-3 são suficientes. Entretanto, caso seja necessário mais
componentes ou modelos específicos pode-se selecionar a biblioteca do lado
esquerdo e adicioná-la clicando no botão Add>>. Após a adição das
bibliotecas necessárias clique em Finish. Deve-se ter o cuidado de não
adicionar bibliotecas desnecessárias ao seu projeto, isto só faz com que seu
projeto fique sobrecarregado e conseqüentemente lento.

Fig. 1-3 – Bibliotecas.

Tem-se agora o projeto criado e uma série de janelas será aberta para
permitir o acesso rápido aos arquivos. A Fig. 1-4 mostra a aparência da tela
neste ponto.

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Fig. 1-4 – Iniciando o módulo esquemático.

A janela de projeto, com o título cktRC, mostra a lista de arquivos e

opções do projeto. Por exemplo, ao clicar-se na guia “+” da pasta Library
serão visualizadas as bibliotecas que foram carregadas para o projeto em
questão. Abaixo da pasta Design Resources tem-se o ícone de um
diagrama esquemático, ao clicar-se neste item ele se expande e mostra a
pasta SCHEMATIC1 que ao ser clicada revela o esquemático. Um clique
duplo no nome do esquemático abre o editor, a Fig. 1-5 mostra a aparência
da tela neste momento.

Fig. 1-5 – Janela inicial.

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Agora se tem o programa pronto para a inserção de componentes.

Seleciona-se o menu Place ? Part e a janela de diálogo semelhante a da
Fig. 1-6 aparecerá. Para inserir um resistor, por exemplo, digita-se R na caixa
de edição Part e seleciona-se a linha R/ANALOG na lista de bibliotecas. O
símbolo esquemático do componente escolhido aparecerá no canto inferior
desta janela. Caso sejam necessários componentes de uma biblioteca
específica deve-se selecioná-la na lista do canto inferior esquerdo e somente
os componentes da biblioteca selecionada aparecerão.

Fig. 1-6 – Inserção de componentes.

Uma vez selecionado o componente desejado, clica-se em OK e

move-se o componente para o local desejado no esquemático. Um clique
como o botão esquerdo do mouse insere o componente no esquemático.
Para colocar o mesmo componente em outro local, posiciona-se o cursor na
nova posição e novamente clica-se com o botão esquerdo. Repete-se este
procedimento o número desejado de vezes que o componente aparecerá no
diagrama. Pressiona-se ESC para encerrar a inserção de componentes, ou
um clique com o botão direito e seleciona-se End Mode. A Tabela 1-1 mostra
os principais componentes e os parâmetros a serem definidos para cada um.

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Tabela 1-1 – Principais componentes utilizados.

Componente Nome Simbologia Parâmetros
Fonte de tensão vdc V1 ? Valor da fonte de tensão contínua:
10V
contínua DC=10V

Fonte de tensão vsin V2 ? DC=0

senoidal ? AC=0
? Tensão de offset (nível dc): Voff=0
? Amplitude da senóide: Vampl=311V
? Freqüência: Freq=60Hz
? Tempo de atraso: Td=0
? Fator de amortecimento: Df=0
? Fase: Phase=0
Fonte de corrente idc I1 ? Valor da fonte de corrente contínua:
10A
contínua DC=10A

Indutor l L1 ? Valor da indutância: value=10uH

10uH ? Condição inicial: IC=0
Capacitor c ? Valor da capacitância: value=1nF
1nF C1
? Condição inicial: IC=0
Resistor R R1 ? Valor da resistência: value=1k
1k
Diodo ideal Dbreak D1

Chave ideal Sbreak S1

+
? Resistência quando bloqueada:
+
- -
Roff=1M
? Resistência quando conduzindo:
Ron=0,1
? Tensão que coloca a chave em
condução: Von=15V
? Tensão que bloqueia a chave: Voff=3V
Gerador de pulsos Vpulse ? DC=0
? AC=0
? Nível baixo de tensão (bloqueio da
chave): V1=3V
? Nível alto de tensão (entrada em
V3 condução da chave): V2=15V
? Tempo de atraso dos pulsos: TD=0
? Tempo de subida de V1 para V2:
Tr=10ns
? Tempo de descida de V2 para V1:
Tf=10ns
? Tempo de condução da chave:
PW=DTch-Tr-Tf
? Período de chaveamento: PER=Tch
Acoplamento magnético K_linear K K1 ? Indutores a serem acoplados: L1=L1,
L2=L2…
? Fator de acoplamento: Coupling=1
Terra Egnd
Agnd

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2. Simulação e Obtenção de Formas de Onda.

O primeiro circuito a ser simulado será um simples circuito RC com um

pulso de entrada. Em seguir usaremos o PSPICE para visualizar a resposta
no tempo do circuito para uma forma de onda quadrada na entrada.
Insira um resistor no esquemático como descrito anteriormente. Em
seguida insira um capacitor utilizando o mesmo procedimento do resistor,
mas agora digite C na caixa de edição Part. Logo após insira a fonte cuja
designação é VPULSE.

O próximo passo é inserir o nó de referência do circuito selecionando

Place Ground e selecione a biblioteca SOURCE. Selecione a opção 0 como
mostrado na Fig. 2-1.

Fig. 2-1 – Inserção do nó de referência.

Para fazer as conexões dos componentes do circuitos usa-se a opção

Place? Wire. Neste modo, o cursor do mouse é alterado para o formato de
uma cruz indicando o modo que o programa está operando. Use o mouse
para efetuar as conexões necessárias. Clique no ponto inicial e solte o botão
em seguida clique no ponto final da conexão. Para finalizar o modo de
conexões pressione ESC.
Para mudar os valores dos componentes clique no valor, tenha certeza
que somente o valor foi selecionado. Dê um duplo clique e uma caixa de
aparecerá permitindo a mudança de valores. Escolha o valor desejado e
clique em OK.
Defina R=10K e C=0.470uF para este exercício.
Definir os parâmetros da fonte VPULSE exige um método um pouco
mais complexo do que o descrito anteriormente. Selecione a fonte VPULSE e
dê um clique com o botão direito do mouse. Na caixa de diálogo selecione
Edit Properties... Uma janela será aberta com uma longa lista horizontal de
propriedades. Deseja-se alterar as tensões e a largura de pulso, para isto role

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a lista até o fim para a direita. Ajuste TR=1n, TF=1n, TD=0, PER=0.1,
PW=0.05, V2=5, V1=0. Isto criará um pulso de 0,05 segundos com tempo de
subida e descida igual a 1ns com 5 volts de amplitude. Clique em Apply para
salvar estes parâmetros e feche a janela de edição.
Para simular o circuito precisa-se criar um perfil de simulação. Para
isto selecione New Simulation Profile no menu PSPICE a caixa de diálogo
mostrada na Fig. 2-2 será aberta. Digite o nome desejado para o perfil e
clique no botão Create.

Fig. 2-2 – Criando o perfil de simulação.

Após isto a caixa da Fig. 2-3 aparecerá e o tipo de análise pode ser
escolhido. Nesta aula será tratada apenas a análise transitória no domínio do
tempo. No campo Run to time insira 100ms. Selecione Apply e em seguida
OK. O próximo passo será selecionar a opção Run no menu PSPICE e
aguardar o fim da simulação.

Fig. 2-3 – Edição dos parâmetros de simulação.

Abaixo estão listados alguns conceitos importantes referentes à

criação de perfis de simulação.

? Run to time: É o tempo total da simulação. Este tempo deve

ser o necessário para se observar a resposta de um circuito em
seu regime permanente;

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? Start saving data after: É o instante de tempo a partir do qual

serão mostradas as formas de onda na tela;
? Maximum step size: É o passo máximo de cálculo. É um dos
parâmetros mais importantes a serem escolhidos, pois indica a
veracidade das respostas obtidas.

3. Uso do Probe.

Quando a simulação estiver completa a janela do Probe se abrirá

permitindo a visualização dos resultados. Para selecionar as formas de onda
a serem visualizadas, selecione Trace? Add Trace e a caixa de diálogo
semelhante a da Fig. 3-1 aparecerá. Selecione as formas de onda desejadas
e clique em OK.

Fig. 3-1 – Escolha das formas de onda.

Caso seja escolhida a tensão do capacitor de saída a forma de onda

na tela deverá ser semelhante a da Fig. 3-2.

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5.0V

4.0V

3.0V

2.0V

1.0V

0V
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms
V(C1:2)
Time

Fig. 3-2 – Forma de onda de saída.

4. Exercícios Propostos.

Simular os circuitos seguintes observando as principais formas de

onda.

D1

Dbreak
V1
R1
150
110V

0
Fig. 4-1 - Retificador de meia onda.

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D2 D3
Dbreak Dbreak R2
150

V2

110V L1
100mH
D4 D5
Dbreak Dbreak

0
Fig. 4-2 - Retificador de onda completa em ponte.

D6 D7 D8
Dbreak Dbreak Dbreak

V3

V4
R3
C1
150
500uF

V5

D9 D10 D11
Dbreak Dbreak Dbreak

Fig. 4-3 - Ponte de Graetz.

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