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Trabalhadores continuam acampados na área externa da Braskem para

exigir proposta para pagamento da cláusula quarta

Os trabalhadores com direito à cláusula 4ª decidiram permanecer na porta da


Braskem/UNIB, no Polo de Camaçari, neste final de semana para pressionar a empresa
a oficializar uma proposta de pagamento deste passivo trabalhista. Os manifestantes
estão no pátio externo da empresa desde o dia 15 e pretendem continuar até que a
Braskem faça contato com o Sindicato dos Químicos/Petroleiros (BA) e apresente sua
proposta. Para segunda-feira (19) está sendo preparada uma grande mobilização.
Segundo o Sindicato, no mês de junho foram realizadas algumas reuniões para
tratar sobre esta proposta, mas a Braskem recuou e suspendeu as negociações sem
avisar ao Sindicato. A falta de palavra da Braskem revoltou os trabalhadores e a
Entidade.
Esta é a terceira mobilização, duas no mês de junho, convocada pelo Sindicato
para pressionar o patronato. O processo da cláusula 4ª tramita no Plenário do STF, mas
na sessão do dia 03 de março, em Brasília, o órgão deu um prazo de 90 dias para que os
sindicatos laboral e patronal chegassem a um entendimento sobre a questão. O prazo foi
solicitado pelo Ministro Ricardo Lewandowski, que havia pedido vistas do processo,
desde o dia 23/11/2007. O Ministro justificou o pedido alegando que as partes já
estavam em entendimento. Se não houver entendimento entre trabalhadores e empresas,
o processo entrará novamente em pauta para julgamento. Este prazo terminou no dia 03
de junho.
Atualmente o placar da cláusula quarta está 2×1 favorável aos trabalhadores. O
Ministro Marco Aurélio Mello proferiu um voto primoroso, no qual recuperou toda a
história do processo, acompanhando a posição do Relator, Ministro Sepúlveda
Pertence, que também deu um voto memorável em favor dos trabalhadores. Em
contrapartida, o Ministro Gilmar Mendes deu voto contrário ao trabalhador.

Histórico da cláusula 4ª
A cláusula 4ª é um passivo trabalhista que tramita há mais de 20 anos na Justiça
e diversos julgamentos já foram realizados. A ação encontra-se atualmente no Supremo
Tribunal Federal e cerca de 15 mil trabalhadores de diversas empresas do polo de
Camaçari têm direito ao passivo. Há muitos anos o Sindicato vem realizando
mobilizações e grandes assembleias pelo pagamento da cláusula 4ª.
A história da cláusula quarta começa em 1989. A Convenção Coletiva dos
trabalhadores químicos foi ratificada pelo antigo SINDIQUÍMICA e pelo SINPER
(Sindicato patronal). Nesta convenção, a CLÁUSULA 4ª determinava que “na ausência
de Lei que discipline os reajustes salariais, as empresas teriam que corrigir os salários
de seus funcionários, no percentual correspondente a 90% do Índice de Preço ao
Consumidor (IPC) do mês anterior, ou outro índice oficial que viesse a substituí-lo,
complementando a diferença entre a correção monetária e o índice acumulado, sempre
que o resíduo atingisse os 15%”. Ainda deixava claro que “as empresas teriam de
manter a política convencionada nesta cláusula na hipótese de nova lei que introduza
política salarial menos favorável”.
O Direito
Ocorre que a cláusula só foi cumprida até março de 1990, quando o então
presidente Fernando Collor de Mello tentou barrar a inflação, como anunciou com um
único golpe, o famoso Hipon (lembrando um golpe de judô). O tom tragicômico do ato
está no fato de que tal manobra foi favorável apenas para o patronato; pois, no mês
anterior a este fato, a inflação chegou a 84.32%, o que implicaria no reajuste mínimo a
ser concedido, gravitando em torno de 75.88%. Acontece que, para o desespero da
categoria, o famigerado reajuste não foi repassado. Então, a cláusula 4ª é a dívida, com
juros e correção monetária, que os empresários têm com os trabalhadores (que
laboravam naquelas empresas quando do descumprimento da convenção); dívida esta,
que envolve cerca de 20 mil trabalhadores da categoria.

A ação
A partir do ano de 1990, o antigo SINDIQUÍMICA, hoje Sindicato dos
Químicos/Petroleiros (BA), mobilizou-se para que as empresas cumprissem a
Convenção, entrando com uma ação junto à Justiça Trabalhista, para que fosse
garantido o direito do trabalhador.

O processo
Atualmente, a ação está tramitando no STF (Superior Tribunal Federal),
esperando julgamento que determinará o termo final da questão. “Não se pode alterar
um contrato em vigor principalmente prejudicando a parte mais fraca, até porque não
era aumento e sim reajuste de salário. Não podemos transformar a Constituição em
documento lírico”. Essa frase foi proferida pelo Ministro do STF, Marco Aurélio,
quando do julgamento da Cláusula 4ª pela Segunda Turma.

Mais informações com os diretores do Sindicato, Carlos Itaparica (71


8884-0484), Luis Tavares (71 8882-2889), José Pinheiro (71 8897-3303) e
Mauricio Jansen (71 8878-7469)

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