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Brigadeiro Moreira Lima, Veteranos Rubens e Pedro Paz, “Mia Gioconda” de Vicente Celestino,

minha mãe, Encontro de Veículos Antigos em Araraquara, capacetes, patches, feriado de Nove
de Julho, Mascolo, Canção do Expedicionário, Gerhadt, Jeep, Senta a Pua, FEB, Sorocaba na
Guerra, Lançamento de Livro, etc..

Eis aqui um relato simples de alguns eventos relacionados aos veteranos da FEB. Destaque ao
veterano Pedro Paz e sua esposa Iole... O que são as coincidências da vida?

Vamos lá.

“Mia Gioconda”

Há, talvez, dois meses, contatei o Alexandre Mascolo que é um entusiasta da FEB e tem um
Jeep M38. Mascolo mora em Porto Alegre e produz, de vez em quando, os patches do 5º
Exército e da “Cobra Fumou” que usamos em nossos uniformes de época.

Pois bem, a troca de e-mails vinha transcorrendo normalmente. Nesse meio tempo minha
mãe, ciente de nosso interesse sobre os assuntos da FEB, começou a me mandar algumas
informações interessantes.

Uma das mensagens da minha mãe (atenção – minha mãe se chama MOEMA) tinha como
título “Mia Gioconda”. Ao abrir o e-mail, encontrei apenas um link para a música de mesmo
nome, composta e interpretada pelo Vicente Celestino na década de 40.

Eis aqui a mensagem de minha mãe:

----- Original Message -----


From: lils
To: Vitor Luís Aidar dos Santos, PY2NY
Sent: Wednesday, June 16, 2010 12:30 PM
Subject: FW: Mia Gioconda
filho,
eu era muito menina na época da guerra mas ainda me lembro de minha mãe
ouvindo essa música - será que vc conhece???
http://homolog.ims.com.br/iah/custom/player.php?NSU=00010203&p=mediapla
yer&dbpath=/home/ims/homolog/bases/iah/

Minha mãe nunca teve qualquer contato com o Mascolo, e nunca leu qualquer texto a seu
respeito. Dois dias após a mensagem, e enquanto negociava com ele a venda de alguns
patches e um capacete, recebi uma mensagem eletrônica de sua autoria; nesse e-mail, a
fotografia de um veterano brasileiro da Segunda Guerra Mundial ao lado de sua esposa. Eram,
segundo escreveu Mascolo, Pedro Paz e sua senhora, Iole, exatamente a “Mia Gioconda” da
canção de Celestino !! Inacreditável !!

Aqui, o e-mail de Mascolo (dois dias depois de minha mãe):

----- Original Message -----


From: Al Mascolo
To: Vitor Jeep
Sent: Friday, June 18, 2010 3:43 PM
Subject: RE: Patches
Caros Vitor e Ana, o prazer é todo meu te-los como amigos. vamos manter
contato. Se ainda não me conhecem, vai uma foto junto com o veterano Pedro
Paz e sua Iole, a Mia Gioconda da música. Um forte abraço. Mascolo M38 1951
"MA FORCE D'EN HAUT!"

Incontinenti, retruquei a mensagem ao Mascolo, indagando se era aquilo mesmo e


comentando sobre a ENOOOOORME coincidência, haja vista o que recebera de minha mãe
dois dias antes.

Mascolo me passou informação detalhada sobre “Mia Gioconda”, que reencaminhei para
minha mãe. Nascida em 1939, ela ficou muito emocionada com toda essa ocorrência,
referindo-se à sincronia emocional estudada por psicanalistas no século passado, já que houve
vibração conjunta ao redor do mesmo tema envolvendo três pessoas distintas.

O melhor de tudo é que Mascolo me deixou absolutamente a vontade para telefonar ao casal
gaúcho, o que consegui efetivamente fazer em 18 de julho de 2010, pela manhã. Expliquei ao
veterano Paz que era de Jaboticabal e parte de nosso envolvimento (Ana e eu) com a história
da FEB e ele ficou muito feliz. Também contei toda a história envolvendo os e-mails de “Mia
Gioconda” e ele se emocionou ainda mais.
Curioso, alerta e vivaz, perguntou logo sobre o nome de minha mãe, e ao ouvir “Moema”
começou logo a cantar o trecho da Canção do Expedicionário:

Eu venho da minha terra,


Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!

Por mais terras que eu percorra,


Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:

Concluímos nosso telefonema cumprindo sua exigência – deixamos o endereço completo, pois
ele irá nos mandar uma cartinha com informações detalhadas sobre a canção “Mia Gioconda”.
Com muito carinho, agradeci ao veterano e reforcei nosso agradecimento por tudo o que ele e
seus companheiros fizeram 65 anos atrás.

Feriado Nove de Julho

O feriado de Nove de Julho de 2010 foi de alegria para nós. Contatei o veterano Rubens por
telefone e ele se dispôs novamente a nos receber em sua casa. Comentou que seu enfermeiro
iria tirar algumas fotos com o sobrinho mais tarde, mostrando o capacete da Revolução
Constitucionalista.

Seguimos para sua residência por volta de 17h00min e levamos o capacete adquirido em
Montese com Giovanni Sulla (abril 2010), para comparação com o aquele que o veterano usara
na Segunda Guerra Mundial.

Também levamos uma reprodução de jaqueta M-41, comprada em junho de 2009 na lojinha
do Museu “Dead Man Corner”, na Normandia (França).
Sentamos em sua sala de jantar, com a esposa. Logo ele trouxe os capacetes da Revolução
Constitucionalista e da Segunda Guerra, colocados sobre a mesa. A cor do capacete da
Segunda Guerra é muito mais escura do que aquele restaurado pelo Sulla. Aliás, o capacete do
veterano Rubens, em termos de cor, guarda muito mais semelhança com aqueloutro que
adquiri recentemente com o Mascolo. A única diferença é a existência, na lateral da peça, de
uma pequena torre pintada em azul bem clarinho e discreto, para distinguir o Batalhão de
Engenharia.

O veterano Rubens tem uma pintura de época na qual foi retratado com seu capacete e
exatamente uma jaqueta M-41. Coloquei a M-41 nele, para experimentar (tamanho 42-R) e
serviu perfeitamente; pronto – ficou como presente para ele, que agora pode reproduzir ao
vivo, a pintura de 65 anos atrás.

Já no final de visita, chegaram a sua casa as filhas, que dividiram a mesa conosco e se
encantaram com algumas das histórias nascidas da viagem a Montese em abril passado, nas
comemorações de 65 anos de Libertação da Itália. Aliás, a essa altura, a mesa já apresentava
também os capacetes todos, a M-41, baioneta da Garand, baionetas alemãs e uma Beretta
1944 em perfeitas condições.

Comentamos sobre nossos projetos e fizemos o convite para que veterano e seus familiares
nos acompanhassem até Jaraguá do Sul em novembro próximo futuro. Ana ganhou um “pin”
da FEB, miudinho e elegante. O que mais animou a todos foi a possibilidade do famoso
“passeio de Jeep” com o veterano.

Para quando?

Brigadeiro Moreira Lima

No mesmo dia, após voltarmos para casa, telefonamos para o Brigadeiro Moreira Lima, do
Primeiro Grupo de Aviação de Caça “Senta a Pua”, que está com 91 anos de idade mas parece
ainda um garoto, em animação e vontade de viver. Acontece que na semana anterior,
encaminhei ao Brigadeiro o pôster elaborado por Giovanni Sulla para a exposição “La Sacca di
Fornovo”, juntamente com uma flâmula “Senta a Pua” e fotografias da Itália, nas quais Ana e
eu aparecíamos trajados a caráter. Escolhi algumas fotos onde usava a B-10 com a calça cáqui
e ainda outra foto, onde Ana e eu (agora com o Flight Suit AN-S-31) ladeávamos o veterano
Pértile (em Bento Gonçalves).

Estava curioso em saber se ele havia recebido a correspondência. Tão logo veio ao telefone,
disse que estava ligando para nós naquele momento, o que seria uma grande coincidência,
como tantas outras apresentadas neste texto... Ficou muito feliz com o telefonema, disse que
estava muito bem de saúde. Fez muitas piadas sobre o “piloto barbudo” que viu nas
fotografias enviadas. Elogiou a “Major Elza-Ana” e disse que enviaria o belíssimo cartaz da
Exposição para o Museu do General Pitaluga, onde há uma sala com seu nome.

Foi assim que se encerrou nosso feriado da Revolução Constitucionalista, em 09 de julho de


2010. O sábado e domingo seriam ocupados com a competição radioamadorística IARU HF
Championship, que fiz a partir da estação araraquarense mantida pelo Atilano PY5EG. Com o
indicativo PS2T, encerrei o conteste com 2.215 contatos em 24 horas.

Link para relato da Competição:

http://py2ny.blogspot.com/2010/07/iaru-ps2tpy2ny-so-mixed-hp.html

13º Encontro de Veículos Antigos em Araraquara

A última das coincidências deu-se a 18 de julho de 2010, quando seguimos para o 13º
Encontro de Veículos Antigos de Araraquara (SP), realizado no Pavilhão da FACIRA, próximo ao
ginásio Gigantão, não muito longe do centro da cidade.

Visitamos a exposição no domingo a tarde, quando alguns veículos já haviam sido retirados por
seus proprietários. Nossa avaliação sobre o evento, inclusive, não foi das melhores,
especialmente se considerado o porte da cidade de Araraquara e o fato de ser a décima
terceira edição do Encontro. O pavilhão está em estado de abandono e deveria ser
recuperado.

Oportunamente, algumas fotos serão publicadas em um dos álbuns disponíveis em


www.picasaweb.com/py2nys para a análise dos leitores.

Mas, e tal coincidência? Deu-se com um caminhão REO 1969 da Marinha Brasileira,
exatamente idêntico ao de nosso amigo Alexandre Gerhardt, de Teutônia. Jamais poderíamos
imaginar que fossemos encontrar ali, esse tipo de veículo militar. A diferença está no grau de
restauração, sendo quase impossível comparar a magnífica unidade de Gerhardt com a viatura
presente em Araraquara.

Ainda assim, foi um passeio diferente para o domingo verpertino. Não encontramos ali
nenhum Jeep da década de 40, ou mesmo militarizado. Havia um CJ3B 1953, tão somente. Dá
para supor que nosso MB 1942 fará sucesso em encontros como este, especialmente porque
estará sempre muito bem cuidado e observando, ao máximo, os padrões de originalidade.
Ademais, o fato de um Jeep 1942 poder ser apresentado concomitantemente com pessoas
trajando os uniformes de época e com adereços que incluem réplica de metralhadora, rede de
camuflagem, caixas de munição, etc., certamente chama a atenção, servindo de pano de fundo
perfeito para a divulgação da História da FEB.
Livro “Stradella”, em Sorocaba

Fomos a passeio para Sorocaba e Araçoiaba da Serra no final de semana de 07 e 08 de agosto.


Minha mãe reside só na primeira e meus sogros moram na segunda cidade indicada. Como
este texto está bem voltado para as coincidências, vivemos em Sorocaba mais uma delas.

Chegamos ali no sábado para o almoço com minha mãe, num pequeno restaurante árabe
chamado “Delícias das Arábias”, no bairro Santa Rosália (Rua João dos Santos, 901). Comida
muito boa, com chopp escuro fabricado em Sorocaba, oriundo de uma microcervejaria
chamada Ashby.

À tarde, ao ler o jornal local (O Cruzeiro do Sul – outra coincidência?) minha mãe logo reparou
numa pequena nota que indicava o lançamento do livro “Stradella”, de Cheila Fernanda
Rodrigues.

Eis aqui um link que pode funcionar e remeter diretamente para a matéria com foto (ao final
deste ensaio, a versão “plana”):

http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=42&id=330458

E ali estávamos nós, em Sorocaba, num sábado qualquer, com a possibilidade de aumentar a
nossa biblioteca temática da FEB. Como precisávamos seguir para Araçoiaba da Serra, pedi
para minha mãe que seguisse até o local do evento que, por coincidência, distava uma quadra
de nossa casa, e ali comprasse um exemplar com a autora.

Recebi o livro, com dedicatória e fiquei muito grato por isso e por mais esta coincidência.

Texto concluído em 09 de agosto de 2010 – 23h45min

Vitor Luís Aidar dos Santos, PY2NY

MAIS CRUZEIRO - [ 07/08 ]


Autora escreve sobre as memórias do pai na Segunda Guerra
Notícia publicada na edição de 07/08/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do
caderno B
A professora Cheila Fernanda Rodrigues lança neste sábado (7) o livro “Stradella”, a partir
das 19h, no Espaço Estelar. Como se trata de uma obra sobre a Segunda Guerra Mundial,
que revive as memórias de João Rodrigues, pai da autora, o convite para o evento desta
noite se estende a todos os pracinhas que participaram desse momento histórico do país.
“É uma memória familiar, a visão de uma filha que viu um dia seu pai partir para a guerra,
mas o livro tem coisas engraçadas também, não só tristezas”, afirma Cheila.
“Stradella” é o nome de uma marca de sanfona e também de uma cidade da Itália. O livro
ganhou esse título por conta de um episódio na vida de João Rodrigues, que foi
combatente da Segunda Guerra Mundial. “Meu pai tocava sanfona mas quando foi para a
guerra ele não levou o instrumento. Os soldados queriam ouvi-lo tocar, então em plena
guerra e o nervosismo que ela traz, economizaram um maço de cigarro dos dois que
recebiam, para vender e juntar dinheiro com a finalidade de comprar o instrumento.
Conseguiram. Meu pai se comoveu ao ser presenteado por eles com uma Stradella”, conta
Cheila, que relata o caso em seu livro.
Com prefácio de Adilson Cezar, presidente do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico
de Sorocaba (IHGGS), o livro ainda cita uma reportagem publicada pelo jornal Cruzeiro do
Sul no dia 8 de maio de 1988, que estampou entrevista com João Rodrigues. Um repórter
foi até a Associação dos Ex-Combatentes e relatou que João Rodrigues era um dos
frequentadores da sede com muitas histórias para contar. E relata: “As histórias de João
Rodrigues são muitas e ainda hoje, passados mais de quarenta anos, ele se lembra com
detalhes dos combates, dos amigos e das aventuras vividas na Itália. Apesar de serem
fatos da guerra, eles são narrados com humor. As passagens tristes ficaram enterradas no
campo de batalha”.
Nascida em Botucatu, Cheila Fernanda Rodrigues, 61 anos, mora em Sorocaba desde os
16. Professora de Língua Portuguesa especializada em Literatura, Cheila é ainda mestre
em Filologia e doutora em Linguística. O Espaço Estelar fica na rua Francisca de Queiroz,
706, Mangal. Entrada gratuita. Na ocasião, o livro será vendido a R$ 20. (Daniela Jacinto)

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