Constitucional II
1. INTRODUO
A expresso ampla refere-se ao direito de participao no processo poltico
como um todo, ao direito ao sufrgio universal e ao voto peridico, livre,
direto, secreto e igual, autonomia de organizao do sistema partidrio,
igualdade de oportunidade dos partidos.
2. MBITO DE PROTEO
Como anota Romanelli Silva, no ordenamento jurdico brasileiro, o sufrgio
abrange o direito de voto, mas vai alm dele, ao permitir que os titulares
exeram o poder por meio de participao em plebiscitos, referendos e
iniciativas populares.
Nos termos da Constituio, o sufrgio universal, o que significa que o
direito poltico se reconhece a todos os nacionais do Pas,
independentemente da pertinncia a dado grupo ou a dada classe, ou da
apresentao de certa qualificao.
Argumentou-se que algumas pessoas apresentam deficincias que
praticamente tornam impossvel o exerccio de suas obrigaes eleitorais
[] Cuidar-se-ia de uma "lacuna" suscetvel de ser superada com base nos
prprios princpios estruturantes do sistema constitucional, suficientes a
legitimar uma clusula implcita que justificasse outras excees ao
alistamento obrigatrio, desde que compatvel com o "projeto" fixado pelo
texto constitucional.
Adotando, assim, o chamado "pensamento do possvel"13, o Tribunal
Superior Eleitoral identificou uma "incompletude constitucional", no caso
em apreo, e determinou que a superao se desse com a aplicao aos
portadores de deficincia grave, da norma que reconhece a facultatividade
do voto aos maiores de 70 anos.
Questo igualmente interessante apreciada pelo TSE (Resoluo n. 20.806,
de 15-5-2001, Relator Garcia Vieira) diz respeito exigncia de
comprovao de quitao do servio militar para fins de alistamento dos
indgenas.
[]seria exigvel a referida comprovao, uma vez que as juntas de
alistamento militar inscrevem, obrigatoriamente, somente os ndios
comprovadamente integrados.