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Claudete Prado
Observaes sobre o conceito de passagem ao ato
Miller, J.-A. In: Diante do suicdio: A Psicanlise. Mental, 2006.
O Ato (Sem XV e VII)
Demonstrao da razo:
clculo de risco
H algo no sujeito
suscetvel de no trabalhar para o seu prprio bem,
e que ainda pode operar a sua destruio.
Contrariamente,
O suicdio o ato limite orientado pela
antinomia
Dvida Pensamento X Ato
(Inconsciente) (Mudo)
Certeza
(Fala)
mudo
(adquire seu valor no
universo da linguagem)
O Ato
em si,
est fora de sentido,
no existe depois,
o que vem depois j no o mesmo sujeito, modificado, renascido
sempre recuperado pela significao aprs-coup.
Princpios do poder da psicanlise face ao suicdio
Guguem, P.-G. In: Diante do suicdio: A Psicanlise. Mental, 2006.
O poder teraputico da psicanlise
Apesar de muito atacado, continua forte.
Esta diretamente relacionado ao poder da fala e da linguagem (Direo do
tratamento...e as formaes do Inconsciente, 1958).
No se destina a doutrinar ou dirigir a conscincia.
No se aplica ao tratamento de massa, como propagado no mercado psi.
uma prtica fundada a partir do inconsciente, e que funciona pautada na
perspectiva tica, no ntica pergunta de Miller em 1965: a sua noo de sujeito
implica uma ontologia?.
Suicdio
uma tomada de posio uma deciso do sujeito.
Desta deciso, o sujeito sempre responsvel, mesmo sem
saber as causas.
Clnica do suicdio
a clnica do sujeito responsvel, que pode assumir esse ato em
prol de qualquer coisa e pratic-lo para evitar um saber sobre seu
ser no mundo, para o qual se coloca impedido.
No leva em conta perturbao da personalidade (hereditria ou
circunstancial), nem doena orgnica, ou neurolgica.
Da, o suicdio:
Nunca banal, algo para ser levado a srio,
Na sua inteno h sempre uma questo do ser,
Exige que se atente aos pensamentos a ele associados,
Nunca benigno no h suicdio dito de apelo,
O ato suicida, para a psicanlise
No se relaciona moral,
Resulta de um querer do sujeito [...] uma separao radical
do Outro,
Assinala, ento, o uso da liberdade humana, e o que essa
liberdade pode ter de desumano para o outro e para si mesmo.
Na neurose Na psicose
Interroga o inconsciente. Interroga o silncio que envolve a pulso
de morte.
Claudete Prado