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Referncias bibliogrficas
6 Exceo feita ao seguinte texto: Fragonard. In: DIDEROT, 2000. Os textos traduzi-
dos nesta exposio foram extrados de: DIDEROT, 1996.
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numa das mos; na outra, agitava uma tocha acesa; ele gritava.
Era o Desespero, e o Amor, o temvel Amor era carregado sobre
o seu dorso. Logo em seguida o gro-sacerdote tira a faca sagrada,
levanta o brao; julgo que ele vai golpear com ela a vtima, que
ele vai enfi-la no seio daquela que o desdenhou e que o cu lhe
entregou; de modo algum, ele se golpeia a si mesmo. Um grito ge-
ral corta e dilacera o ar. Eu vejo a morte e seus sintomas errarem
sobre suas faces, sobre a fronte do terno e generoso infortunado;
seus joelhos desfalecem, sua cabea cai para trs, um de seus bra-
os fica pendente, a mo com que ele pegou o punhal ainda o
segura cravado em seu corao. [...]
GRIM Eis o quadro de Fragonard, ei-lo com todo o seu
efeito.
DIDEROT Deveras?
GRIMM o mesmo templo, a mesma ordenao, as mes-
mas personagens, a mesma ao, os mesmos caracteres, o mesmo
interesse geral, as mesmas qualidades, os mesmos defeitos. Na ca-
verna, vistes apenas os simulacros dos seres, e Fragonard em sua
tela vos teria mostrado no mais que os simulacros deles. um
belo sonho que vs elaborastes, um belo sonho que ele pintou.
[...] Mas, alm do receio de que ao primeiro sinal da cruz todos
esses belos simulacros desaparecessem, h juzes de um gosto se-
vero que julgaram sentir em toda a composio no sei o qu de
teatral que lhes desagradou. O que quer que eles digam a respei-
to, acreditai que vs elaborastes um belo sonho e Fragonard um
belo quadro. Ele tem toda a magia, toda a inteligncia e toda a
mquina pinturesca. A parte ideal sublime nessa artista a quem
falta apenas uma cor mais verdadeira e uma perfeio tcnica que
o tempo e a experincia podem lhe dar.
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Michel Van Loo, Denis Diderot, Salo de 1767 Museu do Louvre, Paris
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