Introdução
Tendo havido, assim, uma justificação científica para a escala de sons que
conhecemos como DO,RE,MI, FA, SOL,LÁ, SI.
A partir desta escala, que é tão familiar a todos nós, podendo ser cantada sem ajuda
sequer de um instrumento, vamos criar acordes e aprender a relação entre as notas
para que se tenha de fato o que se chama de harmonia.
Para encerrar esse nosso primeiro encontro gostaria de citar uma linda canção do Paul
McCartney que diz “Teclas brancas e pretas vivem em perfeita HARMONIA, lado a
lado, em meu piano ou teclado, por que nós não?”
Melodia
Muito bem! Continuando o nosso estudo, tendo clara a diferença entre Harmonia
e Ritmo, vamos introduzir um terceiro conceito que é o de melodia.
Partindo da escala citada na primeira aula (DO, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI) vamos
imaginar graficamente uma melodia (por exemplo Parabéns a Você): SOL SOL LA
SOL DO SI SOL SOL LA SOL RE DO DO
para béns pra você nesta data queri da
Harmonia
DO ----------------------------SOL -------------------------------------------- DO
MI ------------------------------SI -----------------------------------------------MI
SOL ----------------------------RÉ ---------------------------------------------SOL
Podemos observar que melodia e harmonia são tocadas ao mesmo tempo e que
sempre a nota da melodia é igual a uma das notas da harmonia. A melodia seria o solo
e a harmonia o acompanhamento.
Nossa tarefa então é achar essas notas no violão. O que veremos no próximo módulo.
Para encerrar esta parte quero lembrar uma frase de Martinho Lutero:
"A música é a única arte que tem o poder de acalmar as agitações da alma e
afugentar os maus espíritos, compõe os ânimos descompostos e alivia o
trabalho que nasce do espírito".
O Instrumento
Precisamos entender que a mesma escala que existe no piano, na flauta, na harpa,
etc., existe no violão. Aliás, você tem toda a escala em cada corda. Como? O braço do
violão é divido em casas que delimitam o espaço de cada nota.
Por exemplo:
Conforme seus dedos apertam a corda as notas vão mudando, como acontece nas
tecla do piano. Só que aqui não existem teclas brancas e pretas, o que dificulta muito a
visão de quem toca. Por essa razão a leitura do violão clássico é um pouco mais difícil.
Bom! Tendo entendido isto basta saber como construir um acorde no violão.Este é o
nosso próximo assunto mas antes da próxima aula recomendo que você tente achar as
notas no violão. É só ir correndo a mão pelo braço e percebendo a diferença de cada
som. Ache por exemplo a nota dó e a partir dela tente fazer a escala do, ré, mi, fá, sol,
lá, si.
Acordes e Tríades
Olá! Continuando o nosso estudo de violão popular, vamos entender agora como
formar acordes no violão. Para tanto precisamos entender que existe basicamente um
modo de formá-los que é a Tríade.
Vamos entender! Todo acorde é formado por pelo menos três notas tocadas ao mesmo
tempo. Essas três notas tem uma seqüência inteligente, não aleatória. Por exemplo o
acorde de DO tem evidentemente a nota do. E quais as outras duas notas? Se você
considerar do a primeira então soma-se a ela a terceira (terça) e a quinta, ou seja, mi e
sol. Assim é que se forma um acorde de DO - Do, mi, sol. E um acorde de Sol? Sol, Si,
Ré. E de FÁ? Fá, Lá, Do.
OK! Como vimos na última aula, para achar as notas no violão é preciso partir de uma
corda solta e a partir daí achar as próximas. Então, veja como é a posição da mão
esquerda nestes três exemplos citados (Do, Sol e Fá) e perceba que cada um deles
contém somente três notas, embora apareçam repetidas:
A mão direita
É importante definirmos uma grafia padrão para a leitura da M.D., para que haja uma
compreensão adequada dos exercícios propostos nas aulas.
Quanto adotamos a escrita clássica, o entendimento pode ser bem satisfatório, visto
que mínimas, semínimas e colcheias dão uma noção bem clara do ritmo requerido. O
problema é que se o estudante não domina a linguagem precisa aprender primeiro
como ler aquilo que está escrito.
Assim, como a maioria dos estudantes de música popular não domina a leitura musical,
vamos representar a mão direita por sinais que passo a explicar.
Chamado de "batida", o ritmo executado pela M.D. poderá ter dois tipos de grafia:
Batida
Dedilhado - (cada círculo é um dedo da M.D. que puxa uma corda do violão)
Exercício
Olá!
Como vimos na aula anterior, a MD será indicada por flechas, sendo que a flecha com
o círculo em cima representa o dedão.
Muito bem. Vamos partir para a prática. Usaremos três posições (ou acordes) na ME e
a seguinte batida na MD:
Os acordes:
OK! É necessário que você conheça a música que vamos aprender a tocar. Por isso,
vamos começar com uma bem simples:
Deus é bom pra mim
Dica: Antes de tentar cantar, treine várias vezes cada acorde. Bom Estudo.
Cifras
Oi pessoal!
Nesta aula vamos abordar um assunto muito importante para o estudo do violão e
mesmo de qualquer instrumento que é a cifra.
Você deve ter percebido que na última aula vimos uma musica que você já pode tocar
simplesmente usando a batida da M.E. e a mudança de posições da M.D. e que essas
posições foram anotadas pelo nome (ré , Lá 7 , sol) e pela cifra (D , A7 , G ). De onde
vêem essas letras?
Bem , essa é uma linguagem universal onde o nome das notas foi substituído por uma
letra maiúscula correspondente conforme a seqüência:
Lá Si Do Ré Mi Fá Sol
A B C D E F G
Continuando um pouco a falar sobre as cifras. Vimos que a cifra é uma letra que
substitui o nome do acorde. Ocorre que , muitas vezes a cifra vem representada junto
com um número ou uma palavra.
A7 D6 G7 D9 etc..
Estes números referem-se a uma nota que está sendo colocada junto com as outras
notas do acorde. Como assim ? Você lembra quando falamos sobre tríades ? São as
três notas que compõe um acorde. Todo acorde é formado por três notas , no mínimo.
Pois bem quando você lê a cifra , você está lendo a letra que se refere àquelas
determinadas três notas. Por exemplo : G (Sol,Si,Ré).
Quando você lê G7 quer dizer que além das três notas (sol,si,ré) foi acrescentada mais
uma a 7a.No caso do G a sétima é a nota Fá. Então o acorde fica (sol,si,ré,fá).
Ok. Falaremos mais a respeito disso novamente mais adiante.
Vamos acrescentar mais uma canção ao nosso repertório :
Dissonâncias
Nessa aula vamos ver um exercício novo pra ilustrar fórmula de compasso. Esse é um
assunto teórico mas tem implicações práticas muito importantes para para quem toca.
Saber qual é a formula de compasso de uma música é a informação básica a respeito
da música. Por que ? porque o ritmo vai ser dado a partir da fórmula de compasso.
Vamos esclarecer : temos basicamente três tipos de ritmos ; binários , ternários e
quaternários. É claro que existem outros mas dominando esses três você já faz
bastante. Pra você entender o que é a fórmula de compasso precisa entender que junto
com qualquer música corre uma pulsação de tempo constante.Você já deve ter ouvido
alguma música em que antes de começar alguém conta um , dois , três , quatro.Pois é ,
isso indica que é um compasso quaternário. Durante a música mesmo que não se ouça
a marcação , ela estará presente contandoi um , dois ,três ,quatro .Pois bem esse
exercício que veremos é ternário , ou seja contam-se três tempos mas , como a
melodia da música sugere qua se conte em seis tempos (um , dois , trê , quatro ,
cinco , seis) rapidamente pode-se dizer que a formula de compasso é 6/8. Mas a
grosso modo é em três lento. Ok ! Falaremos masi sobre isso adiante por enquanto
tente tocar ouvindo a batida em seis por oito.
De Todas as Tribos
Acordes Invertidos
Vamos falar nesta aula sobre acordes invertidos. Em geral quando lemos a cifra de um
determinado acorde sem qualquer dissonância ou inversão consideramos o baixo do
acorde como a nota fundamental. Por exemplo C , baixo em dó , D ,baixo em ré e etc...
Porém quando alteramos o baixo do acorde temos que indicar este procedimento na
cifra. Por exemplo na última música que aprendemos havia um acorde com inversão no
baixo que era A/D. Perceba que o acorde principal é o A (tríade lá,dó#,mi) mas o baixo
ao invés de lá é ré. E isso precisa ser indicado . Sempre que você ver uma cifra
seguida de uma barra e outra cifra em seguida entenda que a primeira é o acorde
básico e a segunda é o baixo que por ser diferente esta sendo indicado.
As inversões de baixo mais comuns são (exemplo em C):
Perceba que Si agora é a sexta do acorde e você não deve tocar a nota Mi solta pois,
se tocada, ela é a nona do Dm e alteraria a cifra para DM6/9.
Veja alguns outros exemplos:
C7+
Am7/9
F#7
F9
Vamos iniciar nesta aula o assunto escalas. Em geral precisamos das escalas para
fazer um solo enquanto alguém em outro violão ou teclado ou qualquer instrumento
harmônico faz ao mesmo tempo uma base, a harmonia.
É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco mais a
execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através do solo o que
já é bem mais avançado. Mas o início de tudo é o estudo das escalas das quais a
inicial tomaremos com dó maior. Lembra daquele som: do, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó. Pois
é, essa aí é a escala que vamos começar a treinar. Existem duas questões básicas
neste estudo que são:
1) a execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço do violão (que é
um exercício físico, exige muita repetição)
2) o uso da escala, ou seja saber em que casos ou circunstâncias aquela escala deve
ser usada (que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos uma vez).
Muito bem antes de mostrar o primeiro desenho da escala de dó maior, é importante
que você saiba que vamos inicia-la na corda mais grave do violão que é o mi(6a corda)
e não no dó, o que vai alterar o som da escala. Como assim? Se iniciassemos no dó o
som seria esse que você já conhece, mas começando no mi a ordem está alterada
apesar das notas serem as mesmas.
Experimente:
Como vimos na aula 11 algumas fórmulas de compasso são um pouco mais difíceis de
perceber ou de identificar. Sem falar nas fórmulas mais complicadas como 7/4, 5/4,
11/8, etc. Uma que aparece muito é 6/8. Que vamos exemplificar mais uma vez com
uma música muito conhecida que é Glória pra sempre. A diferença agora é que essa
música possui duas formulas de compasso, na primeira parte 6/8 e na segunda parte
2/4 o que explicita bem a diferença entre as duas fórmulas o que é muito bom para o
nosso estudo. No final volta a fórmula inicial.
Tente tocar prestando bem atenção no momento da mudança de batidas percebendo
que a pulsação não é alterada mas apenas a contagem de tempo é que muda.
Como vimos anteriormente podemos trabalhar com acordes que nem sempre estão no
seu estado original. Inclusive quem toca os acordes mais conhecidos no violão não
deve ter percebido mas muitos já são inversão.
Como assim? Lembra que a ordem da tríade de um acorde é TÔNICA, TERÇA E
QUINTA? Pois é quando fazemos um D (ré maior) por exemplo estamos tocando as
notas ré , lá , ré e fá#.
Percebe que a ordem já foi alterada? Pois bem é bom termos isso em mente porque
daí decorre outra premissa. Que onde quer que eu ache as notas ré, lá e fá#, eu posso
usá-las como um D(ré maior).
Isso funciona praticamente no caso de dois violões tocando ao mesmo tempo, quando
um pode fazer os acordes comuns e o outro inversões desses mesmos acordes.
A seguir veja algumas inversões posíveis: