A Vida
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Texto elaborado por Rosana Madjarof. Disponvel no endereo eletrnico
http://www.mundodosfilosofos.com.br/socrates.htm
certos elementos reacionrios, aparecia Scrates como chefe de uma
aristocracia intelectual. Esse estado de nimo hostil a Scrates concretizou-se,
tomou forma jurdica, na acusao movida contra ele por Mileto, Anito e Licon:
de corromper a mocidade e negar os deuses da ptria introduzindo outros.
Scrates desdenhou defender-se diante dos juzes e da justia humana,
humilhando-se e desculpando-se mais ou menos. Tinha ele diante dos olhos da
alma no uma soluo emprica para a vida terrena, e sim o juzo eterno da
razo, para a imortalidade. E preferiu a morte. Declarado culpado por uma
pequena minoria, assentou-se com indmita fortaleza de nimo diante do
tribunal, que o condenou pena capital com o voto da maioria.
Tendo que esperar mais de um ms a morte no crcere - pois uma lei
vedava as execues capitais durante a viagem votiva de um navio a Delos - o
discpulo Crton preparou e props a fuga ao Mestre. Scrates, porm,
recusou, declarando no querer absolutamente desobedecer s leis da ptria.
E passou o tempo preparando-se para o passo extremo em palestras
espirituais com os amigos. Especialmente famoso o dilogo sobre a
imortalidade da alma - que se teria realizado pouco antes da morte e foi
descrito por Plato no Fdon com arte incomparvel. Suas ltimas palavras
dirigidas aos discpulos, depois de ter sorvido tranqilamente a cicuta, foram:
"Devemos um galo a Esculpio". que o deus da medicina tinha-o livrado do
mal da vida com o dom da morte. Morreu Scrates em 399 a.C. com 71 anos
de idade.
Mtodo de Scrates
Doutrinas Filosficas
Gnosiologia
A Moral
OBRAS UTILIZADAS