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u NICEUMA

Equipe EAD
@ VIRTUAL

Equipe EAD

REITORIA
Profª. Ms. Cristina Nitz da Cruz

COORDENAÇÃO GERAL
Prof. Ms. Leonardo Nunes Evangelista

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A DISTÂNCIA


Prof. Ms. José Carlos Belo Rodrigues Jr.

COORDENAÇÃO DE POLO SÃO LUÍS-MA


Luana Amum Barbosa Vieira

ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Sandra Regina Pinto Pestana

DESIGN INSTRUCIONAL
Samira Santana Dias

REVISÃO ORTOGRÁFICA
Aricinara Porto O’Farrell

Equipe EAD
SUPERVISÃO DE TUTORIA
Keila Gerude Ferreira Botelho

DESIGN GRÁFICO
João Mário Chaves Júnior

PROGRAMAÇÃO
Luan Pereira Nascimento

SUPORTE

Em caso de dúvida sobre o ambiente virtual, entre em contato com o suporte técnico ou
pelo telefone 3214-4263, ou ainda, em contato direto com o Uniceuma São Luís-MA, Rua
Josué Montello, n° 01, Renascença II,setor de Pós-Graduação, de segunda à sexta-feira,
das 08:00h às 14:00h.
u NICEUMA
@

Apresentaçã
VIRTUAL

Apresentação

Olá estudante! Seja bem-vindo (a)

Você está iniciando mais uma disciplina do curso de Administração na


modalidade a distância. Trata-se da disciplina de Administração de Sistema de
Informação.
A proposta deste material é apresentar um trabalho didático, teórico e prático
que possibilite o estudo amplo de sistemas visando a compreensão de toda a relação
dinâmica que cerca o indivíduo, na sociedade, nas organizações e na tecnologia.
Assim, o foco principal, é você, prezado estudante, a quem dedicamos este
material didático, trabalhado cuidadosamente com intuito de lhe proporcionar um
estudo mais fácil e interessante.
Trata-se de um material prático contendo a teoria estritamente necessária
para o bom entendimento da disciplina, concentrando-se numa explicação objetiva
dos principais conceitos, na exemplificação consistente e na linguagem acessível,

Apresentação
características que o tornam compatível com o estudo individual.
Vou apresentar conceitos e teorias que envolvem a temática da disciplina,
organizando os conteúdos em seis módulos e da seguinte forma:
Módulo I – Conceitos Básicos de Sistema de Informações. Nesse módulo
vou apresentar os seguintes conteúdos: A teoria geral dos sistemas, abordando
os tipos, eventos e hierarquia, características, princípios e teorema de sistemas, as
relações entre sistema e ambiente; a informação, ressaltando sua função e os tipos;
Módulo II – Infraestrutura de Tecnologias de Informação. Nesse módulo
vou trabalhar os seguintes conteúdos relacionados à temática: Planejamento da
infraestrutura de tecnologias de informação x planejamento de recursos de dados x
planejamento de telecomunicações; A administração da tecnologia de informação.
Módulo III – Sistemas de Informações Empresariais. Nesse módulo
vou abordar: o sistema de informação sob uma visão geral, destacando os sistemas,
suas utilidades e os tipos de sistemas de informações empresariais.
Módulo IV – Sistemas de informação, organizações e administração:
uso estratégico dos sistemas de informação. Nesse módulo vou apresentar
os seguintes conteúdos: Sistemas de informação, organizações e administração e a
estratégia competitiva da tecnologia de informação.
Módulo V – Tópicos em gerenciamento dos sistemas: integração,
segurança, controle. Nesse módulo vou trabalhar os seguintes conteúdos: As
questões éticas, sociais e morais relacionadas aos sistemas e a criação de um
ambiente de controle seguro.
presentaçã Módulo VI – A empresa digital: comércio e negócios eletrônicos. Nesse
módulo vou abordar: A globalização e as organizações, destacando as oportunidades
para negócios inovadores, o e-business e o e-commerce, as estratégias e soluções em
e-business, o comércio e o marketing no meio eletrônico.
Seja bem-vindo (a) ao processo pela busca do saber, onde você é um
sujeito ativo e o professor um mediador, e que juntos, possamos estabelecer uma
cumplicidade valorizada por curiosidade, motivação e exigência, propiciando a
finalidade principal do ensino universitário: o exercício da crítica na pesquisa, no
ensino e na extensão.
Lembro que todas as orientações para a formatação e uniformização dos
trabalhos acadêmicos estão apresentadas e seguem os critérios da ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, através das Normas Brasileiras Regulamentadoras
- NBR s 6.023 (Referências) e 10.520 (Citações), como aqueles definidos pelo
UNICEUMA.

Bons estudos!

Professora Conteudista Ivone Ascar Sauáia Guimarães


Apresentação
u NICEUMA
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Sumário

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................03

O Conto das duas companhias aéreas na era da informação ......................07

MÓDULO I – CONCEITOS BÁSICOS DE SISTEMA


DE INFORMAÇÕES
1 TEORIA GERAL DE SISTEMAS .................................................................................10

Sumário
1.1 Tipos de Sistemas ................................................................................................11
1.2 Eventos e Hierarquia de um Sistema ...........................................................12
1.3 Características Genéricas dos Sistemas .........................................................14
1.4 Princípios e Teoremas de Sistemas .................................................................15
1.5 As Relações entre Sistema e Ambiente ...........................................................16
2 A INFORMAÇÃO .............................................................................................................16
2.1 O Papel da Informação no Processo de Inovação Tecnológica e as
Leis da Informação ...........................................................................................................17
2.2 Tipologia da Informação .................................................................................19
3 PENSAMENTO SISTÊMICO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
APLICADO ÀS ORGANIZAÇÕES .............................................................................21
4 A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO COMO UMA VANTAGEM
COMPETITIVA .....................................................................................................................22
4.1 Apontamento sobre Gestão do Conhecimento .........................................22
4.1 Revolução da Informação: A Tecnologia da Informação e a Organização ........23

MÓDULO II – INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIAS


Sumário
DE INFORMAÇÃO
1 PLANEJAMENTO DA INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO x PLANEJAMENTO DE RECURSOS DE DADOS x
PLANEJAMENTO DE TELECOMUNICAÇÕES ...........................................26
2 A ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO ................33

MÓDULO III – SISTEMAS DE INFORMAÇÕES


EMPRESARIAIS
1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO: VISÃO GERAL .........................................36
2 OS SISTEMAS E SUAS UTILIDADES ...........................................................38
2.1 Sistemas de Processamento de Transações, Sistemas de Informação Orientados
ao Desempenho ou Sistemas de Processamento de Transação (SPT) .............................38
2.2 Sistemas de Informações Gerenciais, Sistemas de Informação Orientados
ao Gerenciamento ou Sistemas de Informação Gerencial (SIG) ....................................39
2.3 Sistemas de Informação de Suporte à Decisão, Sistemas de Apoio Orientados
à Decisão ou Sistemas de Suporte à Decisão (SSD) .......................................................40
2.4 Sistemas de Inteligência Artificial e Sistema de Informação Especialista .......41
2.5 Sistemas de Informação Orientados para Executivos ou Sistema de
Suporte Executivo (SSE) .....................................................................................................42

MÓDULO IV – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO,


ORGANIZAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO: USO
ESTRATÉGICO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES E
ADMINISTRAÇÃO .........................................................................................................44
2 ESTRATÉGIA COMPETITIVA DA TECNOLOGIA DE
Sumário
INFORMAÇÃO ..............................................................................................................46

MÓDULO V – TÓPICOS EM GERENCIAMENTO DOS


SISTEMAS: INTEGRAÇÃO, SEGURANÇA, CONTROLE
1 AS QUESTÕES ÉTICAS, SOCIAIS E MORAIS RELACIONADAS AOS
SISTEMAS ............................................................................................................................48
2 A CRIAÇÃO DE UM AMBIENTE DE CONTROLE E SEGURO ................49

MÓDULO VI – A EMPRESA DIGITAL: COMÉRCIO E


NEGÓCIOS ELETRÔNICOS
1 A GLOBALIZAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES .................................................52
1.1 As Oportunidades para Negócios Inovadores .......................................53
2 O E-BUSINESS E O E-COMMERCE ................................................................55
Sumário

2.1 Estratégias e Soluções em E-Business .....................................................57


3 O COMÉRCIO ELETRÔNICO .................................................................................60
3.1 Marketing no Meio Eletrônico ....................................................................61
3.2 Comércio Eletrônico: Mitos, Realidades e Tendências .......................63

REFERÊNCIAS ............................................................................................................65
O Conto das duas companhias aéreas na era da informação
(Autor Desconhecido)

Às cinco e meia da tarde do dia 15 de fevereiro de 1998, a uns 70 metros de altura, o Professor Roger
McPherson olhava ansioso pela janela: seu avião estava prestes a aterrizar no aeroporto de Hartsfield, em
Atlanta, com mais de uma hora e quinze minutos de atraso.
Teria 30 minutos para fazer a conexão com o voo da British Airways que sairia às 18 horas com destino
a Londres. Onde se reuniria com o principal dirigente de uma grande empresa britânica do setor elétrico para
tratar de questões relacionadas à estratégia de informação da empresa.
Apesar do atraso não atribuível à companhia que o transportava até Atlanta, o professor sentia-se
tranquilo e ao mesmo tempo satisfeito por voar com a British para Londres. Era uma empresa com fama
de prestar um serviço excelente; além disso, iria aproveitar todas as comodidades proporcionadas por uma
passagem em primeira classe e por ser um frequent flyer cartão ouro.
MacPherson sentia-se constrangido pelo elevado preço da passagem, mas sabia que isto, muitas vezes,
significava a diferença entre conseguir fazer uma conexão ou perdê-la. Lembrava muito bem o que havia
acontecido dez anos antes, em um voo pela mesma companhia, de Milão para Londres, para um conexão
que o levaria a New York. O mal tempo havia reduzido de uma hora e meia para dez minutos o tempo que
teria entre a chegada a Londres e a partida para os Estados Unidos.
Após comentar o problema com um comissário da primeira classe, o comandante do voo telefonou para
Londres (cidade onde a empresa tinha seu centro de operações), conseguindo que um carro lhe recolhesse
ao descer a escada do avião e o levasse diretamente à aeronave que faria o voo para New York. O voo partiu
com apenas um minuto de atraso. Esse serviço extraordinário fez com que o Professor MacPherson fosse,
há dez anos, um devoto cliente daquela companhia.
Na era da informação, intuía que as coisas seriam diferentes e, por esta razão, sentia-se mais seguro.
Viajaria a Londres por “sua” companhia aérea, a qual certamente já o havia identificado no computador
como um passageiro que vinha de um outro destino e que faria uma conexão em Atlanta.
A empresa também deveria estar sabendo que ele não tinha bagagem e estaria muito interessado em
aproveitar um bilhete de primeira classe que havia custado mais de cinco vezes o preço da passagem em
classe econômica, em um voo que normalmente não estava muito cheio.
Quando o avião chegou ao terminal, às 17:40, sabia que tinha o tempo exato, mas que poderia consegui-
lo, especialmente considerando que todos os voos estavam chegando atrasados. Movimentando sua ossada
de 57 anos de uma forma que vagamente recordava o especialista em 400 metros dos tempos universitários,
saiu correndo. Após passar por duas escadas rolantes e percorrer um longo corredor, deteve-se bruscamente
diante de sua porta de embarque, às 17:53. No tempo exato, mas havia conseguido.
Olhou pela vidraça e ficou paralisado ao observar que o finger se separava do avião. A porta de acesso
ao finger estava trancada e não havia nenhum agente da empresa por perto. A única coisa que conseguiu
foi mostrar sua bagagem de mão ao piloto através da vidraça, situada a uns 20 metros do avião (isto havia
funcionado, em situação parecida, em um voo da Continental Airlines). Às 17:58 o avião deu marcha a ré,
apareceram os agentes e educadamente (sem lamentar) o enviaram a uma outra companhia aérea que teria
um voo para Londres às 19:45.
Chegaria com 30 minutos de atraso à reunião em Londres, mas pelo menos chegaria. Com alguma
irritação dirigiu-se à sala vip da nova companhia aérea (cujo centro de operações era em Atlanta). Ali chegando,
fez uma série de telefonemas e enviou vários fax para Londres.Às 19:50, já comodamente instalado em uma
poltrona da primeira classe, MacPherson escutou o comandante anunciar que, devido a um vazamento no
sistema hidráulico, teriam que mudar de avião, o que significaria um atraso de duas horas e meia.
Quando deixava o avião, MacPherson percebeu que a reunião, agendada três meses antes com o
executivo inglês, havia acabado antes mesmo de começar. No dia seguinte deveria estar em Frankfurt a
fim de participar como conferencista no painel de abertura de um importante congresso sobre sistemas de
informação. Voar para o Reino Unido e depois ir a Frankfurt seria inútil e cansativo uma vez que o objetivo
da viagem à Londres não mais existia.
Verificando o painel de saídas, constatou que sua “nova” companhia aérea anunciava um voo para
Frankfurt às 20:05 e que o portão de embarque se encontrava seis portas mais adiante. Quando chegou à
porta de embarque às 20:02, descobriu várias coisas:
• O avião ainda estava no portão de embarque e, com diligência elogiável, o funcionário do
portão recolheu seu cartão de embarque para Londres e sua passagem de Londres a Frankfurt
e o conduziu até o avião;
• O comissário, após servir um drink, disse a MacPherson, com certo orgulho, que devido à
existência de ventos favoráveis e ao fato de que oito passageiros haviam tido pouco tempo
para fazer suas conexões, haviam retido o avião por quinze minutos para receber os novos
passageiros, sem atrasar o voo.

Uma hora e meia mais tarde, depois de comer e beber muito bem, MacPherson reclinou sua poltrona
para dormir pensando no ótimo caso de administração que havia presenciado nas duas horas anteriores.
A tecnologia de informação, a estratégia de operações, o controle de gestão, a capacitação (ou
incapacitação) dos funcionários e a gerência do serviço se haviam entrelaçado, todos eles, em uma situação
real.
Começou a surgir em sua mente uma nova versão da conferência que daria em Frankfurt. O melhor
de tudo é que não precisaria passar por todo o processo de publicação de um caso: este lhe havia acontecido
ao vivo.
u NICEUMA
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Módulo

Conceitos Básicos de
Sistema de Informações

OBJETIVO:

Nesse primeiro módulo você terá


a oportunidade de iniciar o estudo
sobre a administração de sistema de
informações a partir do conhecimento
dos conceitos básicos, visando a
compreensão da relação dos seres
humanos com a tecnologia, a sociedade
e as organizações.
Administração de Sistemas de Informação

1. TEORIA GERAL DE SISTEMAS

A Teoria Geral dos Sistemas – TGS, surgiu como uma teoria interdisciplinar elaborada pelo biólogo
alemão Ludwig Von Bertalanffy em 1971, de modo que em sua visão tudo poderia ser considerado como
sistema.
Estudando de forma mais profunda, a TGS adquire o conceito de Cibernética, criado por Norbert
Wiener em 1978, advindo do termo grego “kybernytiky” que significa a arte de governar navios, que já
existia desde a época de Platão, e que era interpretado como a arte de governar o Estado.
A arte de governar um navio está totalmente ligado ao ato de “dirigi-lo” utilizando apenas dois
artifícios: A comunicação e o Controle.
De acordo com Isaac Epstein, o ponto mais relevante para a cibernética é a questão de como os
sistemas se auto-organizam. Porém, a cibernética, também preocupa-se com os mecanismos que serão
utilizados pelo próprio sistema para:
• Se autorregular;
• Se autorreproduzir;
• Evoluir;
• Aprender.

Quanto ao conceito de sistema vale ressaltar que alguns autores criaram seus próprios conceitos para
o termo sistema, tais como:

• Sistema é um conjunto de partes, as quais formam um todo com objetivo


comum. (Bertalanffy)
• Sistema é um conjunto de elementos que estão dinamicamente relacionados
e esse dinamismo sugere a possibilidade de evolução. (Denis Alcides Resende)
• Sistema é um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado,
ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo. (Sérgio Bio)
• Sistema é um conjunto de objetos interligados. (Isaac Epstein)

Tais conceitos apresentam pontos comuns, como a interdependência, a relação de partes formando
um conjunto, o objetivo deste conjunto, dentre outros.
Assim, de acordo o referencial teórico já disposto pode-se afirmar que um sistema “cibernetizado”
incorpora mecanismos de auto-correção, tendo em vista soluções alternativas para as diversas atividades que
venha desenvolver.
Todo e qualquer Sistema, independente da área do conhecimento que se esteja estudando, apresenta
os seguintes componentes, que serão explorados mais adiante:
• Entrada;
• Processamento;
• Saída;
• Feedback.

10
Curso de Graduação em Administração a Distância

É possível ainda identificar basicamente um sistema através do seu modo de ação. Dessa forma a
identificação básica de sistemas é:
• Sistema Determinista - Neste sistema, as partes interagem de maneira perfeitamente previsível e
exata, ou seja, é possível identificar previamente o seu comportamento, ou até definir o que ele fará.
• Sistema Probabilista - Aqui a interação das partes é prevista com certo grau de probabilidade, deste
modo, muitas podem ser as reações do sistema, dependendo do seu manuseio.

É muito importante considerar que a TGS não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas,
mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicações na realidade
baseado na experiência.

1.1 Tipos de Sistemas

Como este estudo é amplo, é importante identificar desde os sistemas mais simples até os mais
complexos, como será visto a seguir.
Muitas vezes, sistemas diferentes fazem parte de um metassistema maior e quanto mais profundo for
o conhecimento sobre eles mais apurada será a sensibilidade do homem para percebê-los.
Os sistemas podem ser: Naturais; feitos pelo homem; automatizados.

• SISTEMAS NATURAIS - São aqueles encontrados na natureza, podendo ser:


• Sistemas Físicos: Sistemas existentes desde o início do mundo ou que se organizam
de forma independente e dinâmica e que os homens tentam modificar, de forma que a
computação já consegue agir harmoniosamente com eles. Exemplos: Sistemas Estelares
(galáxias, sistemas solares, etc); Sistemas Geológicos (rios, cadeias de montanhas, etc);
Sistemas Moleculares (organizações complexas de átomos).
• Sistemas Vivos: Abrangem os animais, as plantas e o homem, incluem também hierarquias
de organismos vivos individuais, como ervas, rebanhos, tribos, grupos sociais, empresas e
nações. Exemplos: Ingestor (que introduz matéria-prima); Conversor (converte entradas);
Produtor (produz material para sustentar o sistema); Memória (executa o processo de
aprendizado por armazenamento).

OBSERVAÇÕES:

Muitos sistemas feitos pelo homem e/ou automatizados interagem


harmoniosamente com sistemas vivos, como é o caso dos Marca-passos
computadorizados que interagem com o coração humano.

11
Administração de Sistemas de Informação

• SISTEMAS FEITOS PELO HOMEM - Alguns sistemas são construídos, organizados e


mantidos pelo homem. Exemplos: Sistemas Sociais (leis, doutrinas, costumes, etc); Uma coleção
organizada e disciplinada de ideias (sistema para organização de livros em bibliotecas); Sistemas
de Transportes (redes rodoviárias, linhas aéreas, etc); Sistemas de Comunicações (telefone, faz,
sinais de fumaça, sinais manuais); Sistemas de Manufatura (fábricas, linhas de montagem, etc);
Sistemas Financeiros (contabilidade, controle de estoque, etc).

OBSERVAÇÕES:

Alguns destes sistemas, na atualidade, não sobrevivem sem os


computadores, porém eles já existiam antes do surgimento das máquinas,
outros ainda nem se encontram total ou parcialmente computadorizados,
porém, a tendência é de que em pouco tempo a dependência do uso das
máquinas seja uma realidade maior do que a atual.

• SISTEMAS AUTOMATIZADOS - Sistemas feitos pelo homem, que interagem com ou são
controlados por um ou mais computadores. É comum fazer parte de sistemas automatizados os
seguintes itens: Hardware; Software; Peopleware; Dados; Procedimentos.
Os Sistemas Automatizados podem apresentar características especiais, como:

• Sistemas On-Line
Interagem diretamente com o usuário de forma que os dados são introduzidos no sistema
de processamento, armazenados e organizados de modo a serem recuperados e/ou
modificados rapidamente, fragmentada e remotamente. Todo este procedimento requer
um pequeno espaço de tempo, sendo quase imperceptível.

• Sistema Bath ou Sistema em Lote


Muito comum nas décadas de 60 e 70 é caracterizado pelo processamento e recuperação
de informações de forma sequencial.

• Sistemas de Tempo-Real
Controla um ambiente pelo recebimento de dados, seu processamento e apresentação dos
resultados com rapidez suficiente para afetar o ambiente naquele momento, de modo que,
se o computador não responder com suficiente rapidez, o ambiente (que é normalmente
autônomo e hostil) pode ficar fora de controle.

1.2. Eventos e Hieraquia de um Sistema

Os eventos de um sistema são: Importação; Exportação; Feedback; Homeostasia; Morfogênese;


Entropia; Redundância.

12
Curso de Graduação em Administração a Distância

• Importação
Também conhecida como Ingestão, Input ou Alimentação, pois este é o artifício que permite a
sobrevivência de um sistema aberto. Quando um elemento importado do meio for prejudicial ao sistema,
este deve ser capaz de detectar o problema e se adaptar a este novo elemento.
São fatores relevantes à importação: A seleção - entrada de elementos somente com confirmação; E a
classificação - organização dos novos elementos utilizando algum parâmetro.

• Exportação
Também conhecida como saída, resultado ou output. Considera-se que em um sistema aberto, as
entidades que lá entrarem, em algum momento sairão, com novas características, diferentes das que traziam
quando entraram. É importante observar que as saídas servem para avaliação total ou parcial do desempenho
do sistema.

• Feedback
Também conhecido como retroação, retroalimentação, retroinformação, servomecanismo ou
realimentação. Caracteriza-se por ser uma resposta ou retorno de corrente de uma avaliação, impondo
correções aos sistemas, que possam permitir seu equilíbrio, através da autorregulação ou autocontrole.
Normalmente é a parte sensorial dos sistemas.

• Homeostasia
Palavra que vem do grego Homeostatis e tem por significado: Homeos (semelhante) + Statis (situação).
Caracteriza-se pela desintegração e reconstituição contínua e constante de um sistema em busca de um
equilíbrio dinâmico obtido através de elementos de retroação.

• Morfogênese
Caracteriza-se pelo fato de que pode mudar a si mesmo, em algum aspecto básico, podendo ser
considerado também como uma mutação.

•Entropia
O termo grego Entrope que significa transformação, está embasado em leis físicas (2ª lei da
termodinâmica) que tratam da distribuição desigual da energia, assim, é considerada a falta ou a pouca
alimentação depositada em um sistema.

• Redundância
Característica que confere certa segurança a um sistema pela duplicação de um procedimento ou
equipamento.

Como uma estrutura hierárquica tem como missão dirigir as operações dos níveis que lhes são
subordinados, um sistema pode ser composto de subsistemas, que por sua vez, têm a característica de se
relacionarem entre si, compondo o sistema maior.
Assim, Subsistemas são partes do Sistema que atuam na execução de uma ou mais funções dentro do
mesmo. Pelo princípio hierárquico, quanto maior o sistema, maior será o número de subsistemas em sua
estrutura.

13
Administração de Sistemas de Informação

Em relação a eficiência e a eficácia, considera-se que a eficiência se preocupa em fazer corretamente


as coisas e da melhor maneira possível, com ênfase nos métodos e procedimentos internos. A eficácia se
preocupa em fazer as coisas corretas para atender as necessidades da empresa e do ambiente que o circunda,
concentrando-se no sucesso quanto ao alcance dos objetivos com a atenção voltada para aspectos externos.
Vale considerar que tanto a eficiência quanto a eficácia são importantes à empresa, entretanto nem
sempre ambas caminham juntas.
Veja no quadro abaixo as principais características da eficiência e da eficácia:
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
• Diz respeito ao método; • Diz respeito aos resultados;
• O modo certo de fazer as coisas; • Escolha da solução certa para determinado
• É definida pela relação entre volumes problema ou necessidade;
produzidos e recursos consumidos; • É definida pela relação entre resultados
• Uma medida normativa da utilização de recursos pretendidos e resultados obtidos;
em um processo; • Medida normativa do alcance de resultados;
• É a relação entre os custos e benefícios. • Capacidade de satisfazer uma necessidade.

1.3. Características Genéricas dos Sistemas

No quadro abaixo apresenta-se as principais características genéricas dos sistemas simples e complexos:
SISTEMAS SIMPLES SISTEMAS COMPLEXOS
• Número pequeno de elementos;
• Poucas interações entre os elementos; • Número grande de elementos;

• As atribuições dos elementos são determinadas • Muitas interações entre os elementos;


previamente; • As atribuições dos elementos são determinadas
• A interação dos elementos é altamente com base em probabilidades;
organizada; • A interação entre os elementos é frouxamente
• Leis bem definidas governam o seu organizada;
comportamento; • Eles são probabilísticos no comportamento;
• O sistema não evolui com o passar do tempo; • O sistema evolui com o passar do tempo;
• Os subsistemas não procuram suas próprias • Subsistemas são propositados e geram suas
metas; próprias metas;
• O sistema como um todo não é afetado por • O sistema é afetado por influências
influências comportamentais; comportamentais;
• O sistema é fechado em grande parte ao • O sistema é largamente aberto ao ambiente.
ambiente.

14
Curso de Graduação em Administração a Distância

1.4. Princípios e Teoremas de Sistemas

É muito importante considerar que os sistemas compreendem alguns princípios e teoremas, que são:

PRINCÍPIOS:

• Princípio da Escuridão - Nenhum sistema pode ser conhecido completamente.

• Princípio Oitenta-vinte - Em sistemas grandes e complexos 80% da produção será produzida antes
de 20% do sistema.

• Princípio da Hierarquia - Cada nível é composto de vários sistemas integrados.

• Princípio do Relaxamento - A estabilidade do sistema só é mantida se o tempo do relaxamento for


mais curto do que o mau tempo entre perturbações.

• Princípio da Solidez - Para o equilíbrio de um sistema há a necessidade do equilíbrio dos subsistemas


e vice-versa.

• Princípio da Auto-organização - Sistemas complexos se organizam com base na interação de seus


subsistemas.

• Princípio do Controle Cibernético - O controle ideal é seguido por avaliação contínua e automática
de ação corretiva.

• Princípio da Redundância de Manutenção - Em condições de perturbação o sistema requer


redundância de recursos críticos.

• Princípio da Modificação do Ambiente - Um sistema para sobreviver, ou se adapta ao ambiente


ou o muda.

•Princípio do Ambiente Seguro - Declara a importância da criação de um ambiente estável através


da proteção da mudança.

TEOREMAS:

• Teorema da Redundância de Informação - Evita-se erros aumentando a redundância nas


mensagens.

• Teorema de Sistema Recursivo - Cada sistema viável possui e deve possuir internamente um
sistema viável.

15
Administração de Sistemas de Informação

1.5. As Relações entre Sistema e Ambiente

No quadro abaixo apresenta-se as relações existentes entre sistema e ambiente:


SIMPLES COMPLEXO
• Possuem alguns componentes, sendo o • Possuem muitos elementos altamente
relacionamento ou a interação entre os elementos relacionados e interconectados.
simples e direto.
PERMANENTE TEMPORÁRIO
• Existe por um período de tempo relativamente • Existe por um período de tempo relativamente
longo. curto.
ESTÁVEL DINÂMICO
• Sofre pouquíssimas mudanças ao longo do • Sofre rápidas e constantes mudanças ao longo
tempo. do tempo.
ADAPTÁVEL NÃO-ADAPTÁVEL
• É capaz de mudar em resposta as mudanças do • Não é capaz de mudar em resposta a mudanças
ambiente. do ambiente.
ABERTO FECHADO
• Interage com o seu ambiente; • Não possui interação com o ambiente;
• Faz intercâmbio com o ambiente através de • Não recebem e não influenciam o ambiente;
entradas e saídas; • Não existem na exatidão do termo,
• Não pode viver em isolamento; sendo considerado como tal aqueles que têm
• Restaura sua própria energia e repara perdas em comportamento determinístico, programado e
sua própria organização. estruturado.

2. A INFORMAÇÃO

Uma vez que o estudo amplo sobre sistemas foi encerrado, agora será realizado outro estudo, sobre
a informação. Também de uma forma ampla, a informação será analisada e discutida para que se possa
compreender a importância dela para o cotidiano da sociedade.
É importante fazer a diferenciação entre dado, informação e conhecimento.
Os dados são os fatos em sua forma primária. Alguns tipos de dados são: Dados Alfanuméricos,
Dados de Imagem, Dados de Áudio, Dados de Vídeo...

A figura ao lado demonstra o ciclo


de vida dos dados:
Aquisição Filtragem Arquivamento Recuperação

Processamento

16
Curso de Graduação em Administração a Distância

A informação é o conjunto de fatos organizados de tal forma que adquirem valor adicional, além do
valor do fato em si. É um recurso muito importante e valioso de uma empresa.
O conhecimento é o corpo ou as regras, diretrizes e procedimentos usados para selecionar, organizar
e manipular os dados, tornando-os úteis para uma tarefa específica.
A informação pode ser considerada um dado, tornado mais útil, através da aplicação do conhecimento.

Processamento de
Dados Informação
Transformação

De forma ampla, qualidade é a busca da perfeição, é sinônimo de eliminação do “retrabalho”, é


obsessão pelo “defeito zero”.
Deste modo, medir a qualidade da informação é uma maneira de classificar e identificar os interesses
e as necessidades informacionais dos usuários, estando assim ligada à apropriação da informação para o seu
devido uso e para isto há a necessidade de ferramentas que gerem informações úteis.
As principais características de uma boa informação são:
CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
• Precisa • Não tem erros!
• Completa • Contém todos os fatos importantes!
•Econômica • Produção relativamente econômica!
• Flexível • Usada para diversas finalidades!
• Confiável • Depende da fonte de informação!
• Relevante • É importante para tomar decisões!
• Simples • Não deve ser complexa!
• Em tempo • Enviada quando necessário!
• Verificável • Checar várias fontes da mesma informação!

2.1 O Papel da Informação no Processo de Inovação Tecnológica e as Leis da


Informação

A Informação é a matéria-prima para a tomada de decisão e a aquisição da informação requer alguns


parâmetros para torná-la importante, portanto, quanto mais o gestor se mantiver “antenado” com as
novidades e as melhorias tecnológicas de captação de informação, melhor será sua habilidade de atuar diante
da competitividade do mercado atual.
Porém, há múltiplos fatores que impedem que a informação seja gerada e muitas vezes utilizadas pelas
pessoas, tais como:
• Falta de preparo para lidar com o novo;
• Despreparo para a interpretação de ideias;
• A exclusão social e consequentemente econômica e vice-versa;
• Baixos incentivos para o acesso total à tecnologia.

17
Administração de Sistemas de Informação

O valor da informação está diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a
atingirem as metas da empresa. Dessa forma, está ligado diretamente a alguns fatores, tais como:
• Fator de Apoio à Decisão - Requer informação de qualidade, para a redução da incerteza no
“Decision Making” (Tomada de Decisão).
• Fator de Produção - Elemento para criação e introdução de produtos.
• Fator de Sinergia - Qualidade das ligações, relações e fluxo de informação entre as unidades
da organização.
• Fator Determinante de Comportamento - Internamente: Ações dos colaboradores
condizentes com os objetivos corporativos; Externamente: Ações dos clientes, fornecedores,
órgãos governamentais e parceiros para alcançar os objetivos organizacionais.

Em relação as leis da informação, Adriana Beal, trata de fatores que regem a informação com base
nos estudos de Moody e Walsh.
O ATO DE ADMINISTRAR A INFORMAÇÃO ESTÁ
SUJEITO A DESAFIOS ESPECÍFICOS.
Ivone Ascar

Essas leis são as seguintes:

1ª Lei: A informação é compartilhável.


A informação pode ser utilizada de várias maneiras e por muitas pessoas.

2ª Lei: O valor da informação aumenta com o uso.


Quanto mais a informação é utilizada, maior é a sua importância. Para utilizar é preciso:
• Saber que ela existe;
• Saber onde ela está armazenada;
• Saber como utilizá-la;
• Receber a informação adaptada para a necessidade.

3ª Lei: A informação é perecível.


A informação também apresenta “data de validade”, ou seja, se não for utilizada no momento certo e
do modo certo, pode não surtir o efeito desejado.

4ª Lei: O valor da informação aumenta com a precisão.


A informação deve ser exata, correta e não apresentar nenhum erro.

5ª Lei: O valor da informação aumenta quando há combinação de informações.


Quanto mais uma informação é compartilhada, maior é a possibilidade de que a ela seja adicionada
outras informações.

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Curso de Graduação em Administração a Distância

6ª Lei: Mais informação não é necessariamente melhor.


A informação necessita ser filtrada, pois o excesso prejudica o desempenho.

7ª Lei: A informação se multiplica.


É “autogenerativa” por multiplicar-se em operações de síntese, análise e combinação.

2.2. Tipologia da Informação

“AS ORGANIZAÇÕES DEPENDEM DE INFORMAÇÕES DE


NATUREZAS DIVERSAS PARA ALCANÇAR SEUS OBJETIVOS”
Adriana Beal

Partindo da citação acima é notório que classificar a informação a torna passível de uma melhor
utilização, de modo a possibilitar a extração de tudo o que ela pode significar.
Esta classificação apresenta outras utilidades, tais como:
• Útil na fase de planejamento de um Sistema de Informação;
•Visualizar o volume de dados a serem processados, complexidade do processamento e nível
desejado de flexibilidade de apresentação dos resultados;
• Permite definir com base no público alvo a estrutura de dados, tecnologias de suporte ao
planejamento, modelos de telas e relatórios.

Dessa forma, destaca-se os seguintes tipos de classificação:

1 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À APLICABILIDADE:


• Informação de Nível Institucional - Monitorar, avaliar o desempenho e subsidiar o
planejamento e as decisões de alto nível.
• Informação de Nível Intermediário - Monitorar, avaliar processos e subsidiar o planejamento
e as decisões de nível gerencial.
• Informação de Nível Operacional - Monitorar o espaço geográfico e subsidiar o planejamento
e as decisões de nível operacional.
• Informação Estratégica - Melhora o processo decisório reduzindo o grau de incerteza.

2 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FONTE DE ORIGEM:


• Fonte Formal - Imprensa, bases de dados, artigos científicos, informações técnicas,
documentos da empresa, etc...
• Fonte Informal - Seminários, congressos, visitas a clientes, exposições, agências de publicidade,
produtos, clientes, fornecedores, etc...

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Administração de Sistemas de Informação

3 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIVISÃO DA INFORMAÇÃO:


• Informação de Atividade - Permite que a organização garanta seu funcionamento, sendo
costumeiramente muito estruturada e apresentando um modelo.
Relaciona-se ao nível operacional da organização. Exemplos: Pedidos de compra, nota de saída
de material, custo de implementação de projeto...

• Informação de Convívio - Permite o relacionamento entre os indivíduos e pode influenciar


seu comportamento, podendo apresentar-se de forma não estruturada e não possuindo modelo
prévio. Relaciona-se a todos os níveis hierárquicos. Exemplos: Jornal interno, reunião de serviço,
ação publicitária...

Vale ainda ressaltar a classificação dos sistemas de informação baseados em tecnologias de informação
de acordo com o tipo de informação processada. Destaca-se os seguintes sistemas:
• Sistemas de Informação Operacional - Tratam das informações rotineiras da organização,
trabalhando com dados detalhados.
• Sistemas de Informação Gerencial - Transformam dados provenientes das operações da
organização, apresentando-os de forma agrupada ou sintetizadas em percentuais totais, acumuladores,
etc, de modo a permitir a visualização das operações regulares da empresa servindo ao planejamento e ao
controle do negócio.
• Sistemas de Informação Estratégica - Auxilia o processo de tomada de decisão pela cúpula
estratégica, oferecendo informações gráficas e bem estruturadas com base em fontes internas e externas,
utilizando ferramentas de análise e de comparações complexas, simulações, etc...

Os níveis da informação e o planejamento das organizações obedecem a hierarquia organizacional


padrão já existente e compreende os seguintes níveis:
• Nível Informacional Macro:
• Contempla as informações da empresa como um todo, tanto no ambiente interno
quanto no externo;
• Compreende o nível estratégico da organização, formado pelo alto escalão e que se
encontra atuando com o planejamento estratégico;
• O Planejamento Estratégico é um processo de gestão que possibilita ao executivo
estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa. Orienta-se pelas seguintes questões: Onde
estamos? Para onde queremos ir? Como iremos?

• Nível Informacional em Grupo, Agrupado ou Sintetizado:


• Contempla a junção de determinadas informações de uma unidade departamental e/ou
de um negócio;
• Compreende o nível tático ou gerencial da organização, formado pelos gestores de nível
médio e que se encontram atuando com o planejamento tático;
• O Planejamento Tático visa otimizar determinada área de resultado ou função empresarial.

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Curso de Graduação em Administração a Distância

• Nível Informacional Detalhado ou Analítico:


• Contempla pormenores específicos de um dado, tarefa ou atividade;
• Compreende o nível operacional de uma organização, formado pelo corpo técnico da
empresa e que se encontram atuando com o planejamento operacional;
• O Planejamento Operacional é uma espécie de formalizador de processos, que cria
condições para a realização dos trabalhos diários.

3. PENSAMENTO SISTÊMICO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICADO


ÀS ORGANIZAÇÕES

De acordo com Kim Vicente, no livro “Homens e Máquinas” o pensamento sistêmico é:


“ ... uma maneira holística de olhar o mundo, orientada para os problemas, uma abordagem que se concentra nos
relacionamentos entre elementos dos sistemas, seja qual for a forma pela qual esses elementos se apresentam”.
“... o pensamento sistêmico focaliza o quadro inteiro, as interações dos elementos.”
“... um relacionamento não é um objeto físico que você pode segurar na mão; é uma propriedade emergente, uma gestalt,
que só ganha existência quando as partes nela compreendidas se reúnem e se configuram de um modo particular.”

Neste sentido, o pensamento sistêmico é uma forma de pensar e analisar o ambiente de maneira
ampla, em todos os seus relacionamentos e conexões, permitindo que seja possível analisar os sistemas, a
informação e a organização como pontos que apresentam uma relação acentuada e na atualidade dependente.
Os pressupostos do pensamento sistêmico são:
• O pressuposto da simplicidade - Separando o objeto de estudo complexo em partes,
encontram-se elementos simples, em que é preciso separar as partes para entender o todo.
• O pressuposto da estabilidade - O objeto de estudo é estável, ou seja, por mais que ele seja
manipulado, a sua essência continuará sendo a mesma.
• O pressuposto da objetividade - É possível conhecer objetivamente o objeto de estudo
tal como ele é na realidade, desde que a objetividade como critério de cientificidade, seja uma
exigência.

Prezado estudante, lembre-se que os princípios gerais em desenvolvimento de


sistemas são:
• Quanto mais informatizado é um sistema, menos capaz ele é de se adaptar
à circunstâncias diferentes;
• Quanto mais um sistema for de “emprego geral”, menos “otimizado”
ele será para uma situação específica, porém, quanto mais um sistema for
otimizado para uma situação específica, menos adaptável ele será à novas
circunstâncias;
• Quanto maior for um sistema, maior o número dos seus recursos que serão
destinados à manutenção diária.

21
Administração de Sistemas de Informação

• Um pequeno sistema, do tipo que pode ser desenvolvido em uma tarde,


exigirá habitualmente muito pouca “burocracia”, enquanto um sistema
grande exigirá enormes esforços nas “improdutivas” áreas de verificação de
erros, edição, cópias, manutenção, segurança e documentação;
• Os sistemas sempre fazem parte de sistemas maiores, que podem ser
divididos em sistemas menores;
• Sugere a óbvia maneira de organizar um sistema que queremos desenvolver,
pela sua divisão em sistemas menores;
• Os sistemas crescem;
• Um Sistema de Informações cresce pra incluir mais softwares do que estava
previsto originalmente, mais dados, mais funções e mais usuários.

4. A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO COMO UMA VANTAGEM


COMPETITIVA

Peter Drucker na afirmativa que segue, resume em poucas palavras o que a informação e o conhecimento
podem realizar quando unidos:
“O executivo mais bem sucedido em toda a história certamente foi aquele egípcio que há 4500 anos, concebeu a pirâmide
sem qualquer precedente, projetou-a e construiu-a, e a fez num período de tempo surpreendentemente curto”.

Neste sentido, observa-se que a Informação e o Conhecimento constituem os pilares de sustentação


do desenvolvimento de países, sociedades e empresas, sendo as armas competitivas de nossa era, e ainda
bem mais valiosos e poderosos que recursos naturais, grandes indústrias ou volumosas contas bancárias.
Em todos os setores, as empresas bem-sucedidas são as que têm as melhores informações (em tempo
ágil e com boa qualidade) e que sabem usá-las de forma eficaz.

4.1. Apontamentos sobre Gestão do Conhecimento

Valter Pieracciani, afirma que gerenciar conhecimento é “ ter processos definidos para lidar com o
capital intelectual e sobretudo, valorizar essas atividades e quem as realiza”.
Jean Jacques Salim, complementa que a gestão do conhecimento é “ um processo, articulado
e intencional, destinado a sustentar ou a promover o desempenho global da organização, com base no
conhecimento”.
Maria Antonieta Rossatto, propõe observar a gestão do conhecimento como um “ processo estratégico
contínuo e dinâmico que visa gerir o capital intangível da empresa e de todos os pontos estratégicos a ele
relacionados e estimular a conversão do conhecimento”.
Assim fica claro que o papel estratégico do conhecimento é o diferencial competitivo, que por sua
vez, consiste na vantagem que uma organização detém sobre as demais organizações, em particular sobre as
concorrentes, que lhe assegura êxito temporário ou duradouro.
Para isso, a inovação se faz necessária, nascendo do processo coletivo e não de um “lampejo de
genialidade”, além das necessidades de patrocínio da alta gerência, estrutura humana e tecnológica.

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Curso de Graduação em Administração a Distância

Deste modo, o Capital Intelectual também conceituado por Arthur Hyppólito de Moura é a “forma
de evidenciar e potencializar a força dos recursos não materiais”, sendo constituído pelas pessoas que fazem
parte de uma organização e isso pode ser traduzido nos talentos que precisam ser mantidos e desenvolvidos.
O Capital Intelectual é fundamental para as organizações que miram o futuro.

4.2. Revolução da Informação: A Tecnologia da Informação e a Organização

Apesar de contar com não mais que 50 anos de existência, nos padrões atuais, a ciência dos
computadores já se tornou uma das mais importantes áreas do conhecimento humano. Presente em quase
todas as atividades da vida moderna, a informática é então uma companheira obrigatória no trabalho, nos
negócios, assim como na medicina, no lazer, etc.
No entanto, é uma tarefa difícil e também estimulante, a de aproximar homens e mulheres de negócios
de máquinas tão poderosas, ou seja, trazer um computador para a área interna das empresas e conseguir
mostrar que não são inimigos e que não chegaram para causar desemprego.
A automação, assim como qualquer outra tecnologia, quando empregada de modo adequado e
consciente, gera mais do que lucros imediatos, instaura transformações substanciais e mudanças de qualidade.
Conhecer, hoje em dia, uma empresa que ainda não tenha sentido os efeitos da informatização, é
fato raríssimo, ou mesmo impossível, pois há forças externas que obrigam cada vez mais o empreendedor a
estabelecer contatos constantes com os computadores, sejam pessoais ou de grande porte.
Pode-se então constatar que estar bem informado, acompanhar as revoluções impostas pelo mundo
dos computadores, é hoje, ponto capital para a realização de negócios, sendo imprescindível incluir até na
formação profissional alguma experiência com a informática.
Porém, mesmo diante de tais argumentos, grandes gestores continuam cultivando pérolas mal pensadas
à respeito da tecnologia, tais como:
• “Os computadores no futuro não pesarão mais que 1,5 toneladas”. (Revista Popular Mechanics, 1949).
• “Eu acredito que deve haver um mercado mundial para talvez 5 computadores”. (Thomas Watson, Chairman
da IBM, 1943).
• “Mas... para que serve isto?”. (Engenheiro da divisão avançada de sistemas de computação da IBM, sobre o
microchip, 1968).
• “Não existe uma razão para alguém querer um computador na sua casa”. (Ken Olson, presidente e fundador
da Digital Equipment Corp., 1977).
• “640 KB deve ser suficiente para qualquer pessoa”. (Bill Gates, presidente da Microsoft, sobre a memória
RAM, 1981).

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u NICEUMA
@ VIRTUAL

Módulo

II

Infraestrutura de Tecnologias
de Informação

OBJETIVO:

Nesse módulo você terá a


oportunidade de compreender a
infraestrutura de tecnologias de
informação, a partir do estudo do
planejamento, componentes, aplicações
e benefícios dessas tecnologias.
Administração de Sistemas de Informação

1. PLANEJAMENTO DA INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIAS DE


INFORMAÇÃO X PLANEJAMENTO DE RECURSOS DE DADOS X
PLANEJAMENTO DE TELECOMUNICAÇÕES

Implantar tecnologia nas organizações não é um modismo e nem pode ser visto como tal. O uso de
qualquer tecnologia depende da necessidade, potencialidade, visão de mercado, tamanho do empreendimento,
entre outros fatores a serem analisados, porém ainda é possível visualizar empresas que se mantêm em um
passado muito distante dando as seguintes justificativas para sua paralisia tecnológica:
• Custo (nem sempre os computadores são mais rápidos e mais baratos).
• Conforto (ocupação de espaço, ruído, calor, eletricidade).
• Segurança (manter as informações protegidas por chaves).
• Manutenção (falta de pessoal preparado para manutenção).
• Política (computador considerado como ameaça).

Porém há um modo de remediar tais justificativas e buscar a excelência nos serviços ao consumidor e
isto parte do estudo da tecnologia da informação em sua parte estrutural.
Dessa forma destaca-se a necessidade de conhecer essa estrutura através do: Planejamento da
infraestrutura de tecnologias de informação; Planejamento de recursos de dados; e o Planejamento de
telecomunicações.

PLANEJAMENTO DA INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

• Planejamento de hardware e de software - É importante definir e traçar as necessidades de


equipamentos e programas para todas as organizações em particular. Para isto algumas ferramentas são
essenciais, tais como:
1 - Planejamento de Capacidade - Processo de prever quando um sistema de hardware ficará
saturado, ultrapassado. Para isto leva-se em consideração o número máximo de usuários, o impacto do
software atual e o futuro sobre a organização e medidas de desempenho que se embasam no tempo de
processamento de informações.

O planejamento de capacidade tem os seguintes pré-requisitos:

• Inventário de Recursos - O inventário é um banco de dados com informações detalhadas do


parque de equipamentos instalados, com características de hardware e software, sua localização
e usuário responsável.
• Análise de Performance - Constantemente deve ser analisada a performance da rede e seus
computadores, para detectar, proativamente, os gargalos de performance, tais como: tempo de
resposta, escassez de espaço em disco, utilização de memória e CPU, etc.
• Plano detalhado de Sistemas - O plano de implementação de sistemas deve ser constantemente
atualizado para refletir a necessidade de aquisição de hardware e software, compatível com os
requisitos de negócios.

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Curso de Graduação em Administração a Distância

Os resultados esperados do planejamento de capacidade são:

• Calendarização de aquisições de hardware e software - O objetivo é instalar os componentes


da infraestrutura na quantidade e capacidade no momento de necessidade por razões técnicas e
econômicas. A principal razão técnica é o rápido ciclo de modernização dos componentes e a
razão econômica é a queda constante dos preços.
• Planos de reutilização dos componentes de hardware instalados - Deve-se planejar a
reutilização dos equipamentos antigos em locais onde eles ainda tenham utilidade. Para prolongar
a vida útil dos equipamentos dilatando os prazos de investimentos apenas tomando-se o cuidado
com os custos de manutenção, que são diretamente proporcionais à idade dos equipamentos.
• Plano de obsolescência de hardware e software - A utilização de equipamentos obsoletos,
gera baixa produtividade de pessoal e processos, situação inaceitável em mercados altamente
competitivos. Um plano deve prever o período exato de substituição dos equipamentos.
• Plano de treinamento - De nada adianta equipamentos e softwares de última geração se
as pessoas não sabem utilizá-los. A ideia é que tão logo a empresa faça a aquisição dos novos
componentes o pessoal possa utilizá-los plenamente, maximizando dessa forma, o investimento.

2 - Escalabilidade - Esta é a capacidade de expansão do hardware e/ou software sem que o mesmo
sofra algum pane. É uma característica desejável em todo o sistema, em uma rede ou em um processo, que
indica sua habilidade de manipular uma porção crescente de trabalho de forma uniforme, ou estar preparado
para o crescimento do mesmo.
Por exemplo, isto pode se referir à capacidade de um sistema em suportar um aumento de carga total
quando os recursos (normalmente do hardware) são requeridos.
Um significado análogo está relacionado quando a palavra é usada em termos comerciais, onde
a escalabilidade de uma empresa implica em um modelo de negócio que oferece potencial crescimento
econômico dentro da empresa.

A Escalabilidade pode ser medida de vários modos, tais como:

• Carga de escalabilidade - Quando um sistema distribuído deve ser fácil para ser expandido e
usar sua gama de recursos para acomodar exigências do mesmo sendo elas pouca ou excessiva.
• Geograficamente escalável - Quando ele mantém sua utilidade e usabilidade, não obstante
como são usados os seus recursos.
• Escalabilidade Administrativa - Não importa a variação de informação que diferentes
organizações necessitam compartilhar em um único sistema distribuído, ele deve permanecer
fácil de ser usado e gerenciado.

3 - TCO (Custo Total de Propriedade) - Este é utilizado para analisar custos diretos e indiretos que
determinam o custo real da implantação da Tecnologia de Informação.
Os componentes a serem analisados são: Aquisição de hardware; Manutenção; Aquisição de Software;
Infraestrutura; Instalação; Suporte; Treinamento; Espaço e Energia; Downtime (tempo em que o sistema
fica ocioso).

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Administração de Sistemas de Informação

Dentro do modelo tradicional do TCO, os custos relacionados à propriedade podem ser agrupados
em dois grupos e da seguinte forma:
Custos Diretos - orçados: Custos Indiretos - não orçados:
• Hardware e software (aquisições e leasing) - 18%;
• Gerenciamento (redes, sistemas e storage) - 16 %; • Custo de usuário final (suporte casual
e auto-aprendizagem) - 35%;
• Suporte (helpdesk, treinamento, deslocamento) - 11%;
• Downtime (perda de produtividade
• Comunicação (infraestrutura e taxas) - 6%; devido a paradas) - 11%.
• Desenvolvimento (aplicações e conteúdo) - 3%.

4 - Utilização de Provedores de Serviços - Alguns itens de hardware ou de software podem ser


adquiridos sob a forma de contratos, que permitem o complemento de seu parque tecnológico sem exigir
que a empresa tenha que se ater à outras complicações. Alguns exemplos são:
• Outsourcing (terceirização) - Processo no qual a empresa delega a outra determinado
serviço que fuja o seu foco principal.
• Computação sob demanda (on-demand) - Possibilidade de solicitar a outra empresa a
tecnologia exata necessária por um determinado espaço de tempo.
• Provedores de Serviços Aplicativos (ASPs) - Empresas que disponibilizam serviços e/
ou aplicativos via internet. Este termo tem sido muito tratado ultimamente quando fala-se em
computação nas nuvens.

PLANEJAMENTO DE RECURSOS DE DADOS

O Fracasso de muitos negócios modernos deve-se ao excesso de dados e à falta de informação


suficiente, apesar do amplo uso de computadores que por vezes acumulam continuamente milhares de
gigabytes de memória.
Isto deve-se ao fato de que para algumas organizações é muito difícil extrair o significado de uma
grande quantidade de números, fatos e estatísticas e assim surge a necessidade do uso de bancos de dados
que apresentam como objetivo principal auxiliar uma organização a alcançar as metas, fornecendo a gerentes
e tomadores de decisão, informações na hora certa, precisa e relevantes, com base nos dados.

• Data Warehouse e Data Mining em Sistemas de Informação


Ao projetar sistemas de informação que fazem uso de computadores, logo se imagina como será
o armazenamento dos dados ali inseridos, porém, pensar no armazenamento sem analisar como será o
gerenciamento de tais recursos, acaba por diminuir em magnitude a importância da informação dentro da
organização.

• Data Warehouse - É o centro da arquitetura dos sistemas de informações dos anos 90.
Em uma tradução ao “pé da letra” chega-se ao conceito de Armazém de Dados, ou seja, sistema de
computação utilizado para armazenar informação relativa às atividades de uma organização em bancos
de dados, de forma consolidada, sendo um banco de informações empresariais, de mercado e externas,
construído com dados detalhados, organizados por assunto, compondo um amplo sistema de suporte à
tomada de decisões.

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Curso de Graduação em Administração a Distância

Em um data warehouse os dados não são voláteis, ou seja, eles não mudam, salvo quando é necessário
fazer correções de dados previamente carregados. Os dados então são somente para leitura e não podem
ser alterados.
Pela sua capacidade de sumarizar grandes massas de dados e de possibilitar análises, os data warehouses
são atualmente o núcleo dos sistemas de informações gerenciais e apoio à decisão das principais soluções de
business intelligence do mercado.
Em relação ao significado específico do conceito de Data Warehouse destaca-se que para Inmon, é
“uma coleção de dados orientada por assuntos, integrada, variante no tempo, e não volátil, cujo objetivo é
dar suporte aos processos de tomada de decisão”.
Aonde:
• Orientação por assunto: informações específicas e importantes para a empresa;
• Integração: atribuição de nome padronizado a todos os dados que serão usados no ambiente
e que estão armazenados;
• Variante no tempo: momento específico de tempo que não é atualizável no próprio dado;
• Não volátil:os dados não sofrem alteração uma vez armazenados.

Um Data Warehouse caracteriza-se por ser um conjunto de programas que extraem dados dos diversos
ambientes operacionais da organização, sendo um banco de dados com a finalidade de manter os dados
extraídos dos diversos sistemas, ou seja, informações agregadas a esses bancos de dados, provenientes de
outras fontes e em diversos formatos, pertinentes ou não aos grupos de informações já existentes e que são
capazes de manipular os dados residentes nos bancos de dados e fornecer informações de acordo com as
necessidades dos usuários.
Para Rosini e Palmisano o objetivo fundamental de um data Warehouse é “produzir informações que
deverão atender à necessidade de seus usuários, nesse caso dos gestores da organização”.
Neste sentido, os objetivos gerais de um Data Warehouse são:
• Fornecer uma imagem única da realidade do negócio;
• Combinar dados;
• Harmonizar dados;
• Limpar dados;
• Traduzir dados;
• Permitir utilização e processamento de dados isolados;
• Antecipar pedidos com frequência e satisfazê-los mais eficientemente.

Os usuários das informações presentes em um data warehouse são pessoas ligadas à área estratégica e
esperam encontrar informações que embasem o processo de tomada de decisão, dentre elas:
• Valor e quantidade de vendas;
• Dados contábeis e financeiros;
• Dados de recursos humanos;
• Comparativos de custos;
• Dados sobre logística;
• Dados sobre marketing;
• Dados da concorrência.

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Administração de Sistemas de Informação

• Data Mining - Surgiu em função da difusão do uso das ferramentas de busca de Internet.
Em uma tradução ao “pé da letra” chega-se ao conceito de mineração de dados, que será realizada
através de ferramentas que varrem o data warehouse e através de algoritmos específicos e conseguem
encontrar padrões de comportamento nas informações armazenadas.
É uma tecnologia usada para revelar informação estratégica escondida em grandes massas de dados,
possuindo a grande capacidade de gerar hipóteses e testá-las.

PLANEJAMENTO DE TELECOMUNICAÇÕES

Ar como meio de transmissão

Sinal

Remetente Destinatários

A Comunicação é a transmissão de um sinal, por um caminho, de um remetente para o destinatário,


consistindo em qualquer processo onde a informação passe de um remetente para um ou mais destinatários.
Comunicações de todos os tipos constituem a parte principal de qualquer negócio e para isso os
gerentes precisam conhecer os conceitos de comunicação, meios e dispositivos, assim como compreender
como esses fatores podem ser melhor empregados para desenvolver sistemas de negócios eficientes e
efetivos.
As telecomunicações referem-se à transmissão eletrônica de sinais para comunicação, incluindo formas
como telefone, rádio e televisão, possuindo potencial para criar profundas mudanças nos negócios, porque
derrubam barreiras de tempo e de distância.
Os modelos de telecomunicações iniciam com: uma unidade de envio, com uma pessoa, um
computador, um terminal ou outro dispositivo que origina a mensagem.
A unidade de envio transmite um sinal para um dispositivo de telecomunicações, o qual, por sua vez,
executa uma série de funções, incluindo conversão de sinais num formato diferente ou a tradução de um
tipo de sinal para outro.
Um dispositivo de telecomunicações é um componente de hardware que viabiliza a comunicação
eletrônica com mais eficiência.
Os dispositivos de telecomunicações, então, enviam o sinal através de um meio, isto é, qualquer coisa
que transporte um sinal eletrônico e realize a interface entre um dispositivo de envio e um dispositivo de
recebimento.
O sinal é recebido por outro dispositivo de telecomunicações conectado a um computador recebedor.
O processo pode ser revertido e outra mensagem retornar da unidade recebedora para a unidade de envio
original.

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Curso de Graduação em Administração a Distância

Sinal Sinal

Remetente Cabo como meio Destinatários


de transmissão

REDES
Possui dispositivos e meios para conectar dois ou mais softwares, computadores e dispositivos, sendo
possível compartilhar dados, informações e processamento de tarefas.
Seu uso efetivo torna as companhias mais ágeis, poderosas, criativas, aumentando o poder de vantagem
competitiva.
Sua construção envolve projetos lógicos e físicos. O projeto lógico mostra como a rede será organizada
e arrumada. E o projeto físico mostra como o hardware e o software serão física e eletronicamente ligados
na rede.

PROCESSAMENTO DISTRIBUÍDO
Quando uma organização necessita usar dois ou mais sistemas de informação, uma das três estratégias
básicas em processamento de dados pode ser seguida:
• Centralizada - todo o processamento ocorre num único local ou instalação. Esta abordagem
oferece o mais alto grau de controle.
• Descentralizada - os dispositivos são colocados em vários lugares afastados uns dos outros.
Os sistemas individuais estão isolados, não se comunicando.
• Distribuída - os computadores estão colocados em lugares afastados, mas conectados via
dispositivos de telecomunicação. As três alternativas de processamento distribuído incluem:
• Terminal - computador central, servidor de arquivos e cliente/servidor.
• Computador Central - as aplicações e os bancos de dados residem no mesmo computador
central e o usuário interage com a aplicação e os dados por meio de um terminal “burro”.
• Servidor de Arquivos - a aplicação e os bancos de dados residem no mesmo computador
central, chamado de servidor de arquivos, porém, o sistema de gerenciamento de bancos de
dados roda no computador pessoal do usuário final.
• Arquitetura Cliente/Servidor - uma rede conecta o computador do usuário (cliente) a um
ou mais computadores principais (servidores).

Um cliente é, com frequência, um computador que requisita os serviços de um servidor, compartilha


o processamento das tarefas com este servidor e exibe os resultados.
As aplicações de telecomunicações, em destaque são:
• Conexão de computadores pessoais a mainframes e a redes (habilita as pessoas a importar ou
exportar dados);

31
Administração de Sistemas de Informação

• Correio de voz e eletrônico (os usuários podem deixar, receber e armazenar mensagens de
várias pessoas ao redor do mundo.);
• Distribuição eletrônica de software (envolve a instalação de um software em um servidor de
arquivos, de forma que ele possa ser baixado e carregado para computadores individuais);
• Distribuição eletrônica de documentos (permite que as organizações transmitam documentos
sem o uso de papel, reduzindo, assim, custos e economizando tempo);
• Telecomutação (emprega tecnologia de informação para habilitar profissionais a produzir fora
do escritório);
• Videoconferência (reúne grupos com transmissão simultânea de voz, vídeo e de áudio);
• Intercâmbio eletrônico de dados (área de rápido crescimento, habilitando consumidores,
fornecedores e fabricantes a trocar dados eletronicamente - reduz a necessidade de manuais em
papel, agilizando a concretização de negócios);
• Serviços públicos de rede (fornecem aos usuários acesso a vastos bancos de dados e serviços,
geralmente por uma taxa inicial mais uma taxa pelo uso);
• Serviços especializados e regionais de informação e aprendizado à distância;
• Serviços especializados, os quais podem ser mais caros, incluem a prestação de informações
jurídicas, técnicas e sobre patentes;
• Os serviços regionais incluem quadro de avisos eletrônico que oferecem ferramentas de
correio eletrônico e informações relativas às atividades locais;
• O aprendizado a distância dá suporte educacional a estudantes que não podem encontrar
frequentemente seu instrutor.

O uso efetivo das redes pode tornar uma empresa ágil, robusta e criativa, proporcionando-lhe uma
vantagem competitiva de longo prazo.
As redes podem ser usadas por toda a organização para compartilhar hardware, programas e bancos
de dados.
Elas podem transmitir e receber informações para melhorar a efetividade e a eficiência organizacional,
habilitando grupos de trabalho separados geograficamente a compartilhar documentos e opiniões, os quais,
por sua vez, estimularão as equipes com ideias inovadoras e novas estratégias de negócios.
A Internet é a mais conhecida e maior implementação de redes, ligando centenas de milhares de redes
individuais em todo o mundo, consistindo assim em um conjunto de redes interconectadas, todas trocando
informações gratuitamente.

Um mainframe é um computador de grande porte, dedicado normalmente ao


processamento de um volume grande de informações. Os mainframes são capazes
de oferecer serviços de processamento a milhares de usuários através de milhares de
terminais conectados diretamente ou através de uma rede. (O termo mainframe se refere
ao gabinete principal que alojava a unidade central de processamento nos primeiros
computadores)..

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Curso de Graduação em Administração a Distância

2. A ADMINISTRAÇÃO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Todas as empresas precisam utilizar alguma tecnologia para executar suas operações e realizar a sua
tarefa. Essa tecnologia pode ser rudimentar ou sofisticada, mas se desenvolve predominantemente nas
empresas por meio de conhecimentos acumulados e desenvolvimentos sobre tarefas e pelas manifestações
físicas decorrentes constituindo um enorme complexo de técnicas usadas na transformação de insumos
recebidos em produtos ou serviços que são colocados no ambiente de tarefa.
A tecnologia é ao mesmo tempo uma variável ambiental e empresarial. É um componente do meio
ambiente, na medida em que as empresas adquirem, incorporam e absorvem em seus sistemas as tecnologias
criadas e desenvolvidas por outras empresas do seu ambiente de tarefa.
Por outro lado, a tecnologia é um componente empresarial, na medida em que faça parte do sistema
interno da empresa, já incorporada a ele, passando então a influenciá-lo poderosamente e, com isto,
influenciando também o seu ambiente de tarefa.
A tecnologia é, simultaneamente, uma força externa e ambiental que impõe desafios e problemas à
empresa e ao mesmo tempo, uma força interna que também lhe impõe desafios e problemas.
Uma vez dominada, permite maior eficiência na utilização dos recursos disponíveis para o efetivo
alcance de seus objetivos.
Dentre a enorme variedade de coações e contingências que o meio ambiente impõe à empresa, a
tecnologia aparece como a variável crucial, principalmente quando as inovações tecnológicas desenvolvidas
em outras empresas impõem modificações nas tecnologias utilizadas pelas empresas na luta com seus
concorrentes.
Desde o homem da caverna, alguma tecnologia sempre existiu em toda e qualquer atividade social.
Entretanto, o ritmo de inovação tecnológica vem se tornando cada vez mais rápido e impressionante.
Sob um certo ponto de vista, tecnologia é o conjunto ordenado de conhecimentos empregados na
produção e comercialização de bens e serviços.
Tais conhecimentos podem ser científicos ou simplesmente empíricos.
A tecnologia envolve aspectos físicos e concretos (hardware), bem como aspectos conceituais e
abstratos (software), aonde a:

• Tecnologia incorporada:
Está contida em bens de capital, matérias-primas, componentes, etc., correspondendo ao conceito de
hardware.

• Tecnologia não incorporada:


Encontra-se na cabeça das pessoas, conhecimentos intelectuais ou operacionais, habilidade mental ou
manual e em documentos que a registram e visam a assegurar sua conservação e transmissão, correspondendo
ao conceito de software.

33
u NICEUMA
@ VIRTUAL

Módulo

III

Sistemas de Informações
Empresariais

OBJETIVO:

Nesse módulo você conhecerá,


analisará e identificará os sistemas de
informações empresariais, partindo
da avaliação da importância da
informação, a relação entre os níveis
organizacionais e os sistemas de
informação, e especialmente os tipos de
sistemas de informações empresariais e
suas utilidades.
Administração de Sistemas de Informação

1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO: VISÃO GERAL

Todo sistema, usando ou não recursos de informática que geram informações, pode ser chamado de
sistema de informação.
Mas, para que um Sistema de Informação seja considerado informatizado é necessário que possua
pelo menos um computador sendo utilizado, assim é possível ter sistemas totalmente, parcialmente ou
levemente informatizados, dependendo da ênfase dada ao uso dos computadores.
Um Sistema de Informação objetiva fornecer ao interessado informações relacionadas com determinada
matéria que está em pauta em certo momento dentro da organização.
Os Sistemas de Informação bem sucedidos tem um impacto enorme na estratégia corporativa e no
sucesso organizacional, pois o maior desafio para os executivos é o de prever os problemas e conceber
soluções práticas e tal tecnologia pode estar apta a diminuir as incertezas.

Entre as razões que justificam a informatização de sistemas, destaca-se:


• Redução de custos;
• Padronização;
• Menos erros;
• Maior segurança;
• Melhor comunicação;
• Melhor tomada de decisão;
• Volume alto de dados e operações;
• Maior controle;
• Motivos políticos.

Ao se iniciar a informatização de uma empresa, deve-se considerar as potencialidades dos computadores


na solução de problemas, de modo a considerar as seguintes questões:
• Quais são os setores/sistemas com o maior volume de dados/operações?
• Onde é requerido maior controle (financeiro ou operacional)?
• Onde é requerida maior qualidade nos serviços (tempo de espera, precisão de informações,
etc)?
• Onde há motivos políticos que induzem à informatização?
• Onde há usuários mais preparados para absorver a informatização?

36
Curso de Graduação em Administração a Distância

Vale ressaltar que a informação no contexto organizacional passou por momentos especiais no que diz
respeito ao seu valor, e isto é o que demonstra o quadro a seguir:
PERÍODO CONCEITO DE INFORMAÇÃO IMPORTÂNCIA
Redução do custo de
ANOS 50 Requisito burocrático necessário.
processamento de muitos papéis.
Auxiliar no gerenciamento de
ANOS 60 / 70 Suporte aos propósitos gerais.
diversas tarefas da organização.
Controle do gerenciamento da Auxiliar e acelerar os processos
ANOS 70 / 80
organização. de tomada de decisão.
Garantir a sobrevivência e
ANOS 90 Vantagem competitiva.
prosperidade da organização.
Laudon & Laudon (1996)

Também é fundamental demonstrar que cada nível organizacional apresenta suas necessidades e
ações particulares, e este conhecimento é que direciona todo o trabalho da equipe desenvolvedora, como
demonstra o quadro abaixo:
NÍVEL FUNCIONALIDADE PROPÓSITO
Monitorar as atividades
Responder a questões de rotina e fluxo
Operacional elementares e transacionais da
de transações (ex.: vendas, recibo, folha).
organização.
Suporte aos funcionários Ajudar a empresa a integrar novos
Conhecimento especializados e de dados em uma conhecimentos ao negócio e controlar fluxo
organização. de papéis.
Monitoramento, controle,
Controlar e prover informações de rotina
Gerencial tomada de decisão e atividades
para a direção setorial.
administrativas.
Atividades de planejamento de Compatibilizar mudanças no ambiente
Estratégico longo prazo dos administradores externo com as capacidades organizacionais
seniores. existentes.
Laudon & Laudon (1996)

De acordo com Laudon & Laudon, os sistemas de informação são “dedicados a aumentar o
desempenho dos administradores na organização por meio da aplicação da tecnologia da informação”.
Dessa forma e em relação à extensão e objetivos dos Sistemas de Informação em uma organização,
compreende-se que:
• O Aumento do desempenho é o principal objetivo dos sistemas de informação: habilidades
dos sistemas em suportar o aumento do desempenho das pessoas nas organizações.
• Os administradores são os clientes: qualquer profissional que utiliza um sistema de informação e
que necessita manipular informações.
• As Organizações são o contexto: o foco está na manipulação das informações para atingir o
objetivo da organização.
• Aplicação da Tecnologia da Informação: desafio e oportunidade para os profissionais de Sistemas
de Informação no que cabe aos seus propósitos.

37
Administração de Sistemas de Informação

2. OS SISTEMAS E SUAS UTILIDADES

A utilidade do Sistema de Informação está ligada diretamente à possibilidade que ele dispõe para a
tomada de decisão e isto, por sua vez, relaciona-se ao fluxo e à necessidade da informação.

2.1. Sistemas de Processamento de Transações, Sistemas de Informação Orien-


tados ao Desempenho ou Sistemas de Processamento de Transação (SPT)

Esses sistemas têm como função executar e cumprir os planos elaborados por todos os outros
sistemas, servindo como base para a entrada de dados e estabelecendo o desempenho e os resultados diários
de todas as rotinas necessárias para a elaboração dos negócios da empresa.
Quanto a visibilidade desses sistemas destaca-se: Atende as necessidades de nível operacional; É
utilizado por todos os profissionais da organização; Normalmente é computadorizado; Primeiro processo
de negócio a ser automatizado; Espinha dorsal dos sistemas de informação de uma organização.
Os métodos tradicionais de sistemas de processamento de transações são:

SISTEMA DE PROCESSAMENTO EM LOTE:

Entrada
Lote Saída
de dados

SISTEMA DE PROCESSAMENTO ON-LINE

Terminal

Saída

Terminal Computador Central


(processaemnto)

O quadro abaixo destaca as principais características desses sistemas:


INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS USUÁRIOS
Operário, nível
Intercalar, listar, Relatório detalhado,
EventoTransação básico da estrutura,
ordenar, atualizar. lista, sumário.
seus supervisores.

38
Curso de Graduação em Administração a Distância

Os sistemas de processamento de transações têm como atividades:


• Coleta de Dados - Obtenção e reunião dos dados necessários à transação.
• Edição de Dados - Processo de validação e verificação da integridade.
• Correção de Dados - Emissão de mensagem de erro e solicitação de reinserção de dados.
• Manipulação de Dados - Executa cálculos e realiza outras transformações nos dados.
• Armazenamento de Dados - Atualização de bancos de dados.
• Produção de Documentos - Gera relatórios e quaisquer documentos que contenham as
informações devidamente processadas.

As áreas comumente atendidas por esses sistemas são: Vendas e Marketing; Produção; Finanças;
Contabilidade; Recursos Humanos.
Os sistemas de processamento de transações preocupam-se com o desempenho das atividades e atuam
com o crédito, controle de contratações, produção e estoques e com a avaliação e melhoria da eficiência do
trabalhador.

2.2. Sistemas de Informações Gerenciais, Sistemas de Informação Orientados


ao Gerenciamento ou Sistemas de Informação Gerencial (SIG)

Os sistemas de informações gerenciais têm como função sumariar dados e emitir relatórios consolidados
sobre as operações da empresa, servindo como base para as funções de planejamento, controle e tomada de
decisão gerencial.
Quanto a visibilidade desses sistemas destaca-se: Atende as necessidades dos diversos níveis gerenciais
de alto escalão das organizações; Provê relatórios gerenciais, com ou sem acesso on-line às ocorrências
de desempenho e a dados históricos; Depende diretamente dos sistemas do nível do conhecimento que
alimentam os relatórios dos sistemas gerenciais; Atendem necessidades semanais, mensais e anuais em termos
de resultados; Geram relatórios com formatos fixos e padronizados; Produzem relatórios impressos (hard-
copy) ou em tela (soft-copy); Usam dados internos armazenados no computador; Permitem que usuários
finais desenvolvam seus próprios relatórios personalizados; Requer pedidos formais dos usuários.

O quadro abaixo destaca as principais características desses sistemas:


INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS USUÁRIOS
Modelos simples,
Gerentes,
dados sumariados Relatório de rotina,
Relatórios, sumários, c o o r d e n a d o r e s ,
das transações ou modelos simples, baixo
relatórios de exceção. supervisores de
operações, grande nível de análise.
segundo escalão.
volume de dados.

De acordo com Stair e Reynolds os sistemas de informação gerencial ajudam a empresa a alcançar suas
metas, fornecendo a seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da empresa, de forma que possam
controlar, organizar e planejar com mais efetividade e maior eficiência.

39
Administração de Sistemas de Informação

Neste sentido, esses sistemas avaliam o desempenho dos processos administrativos dentro da empresa
e estão embasados no princípio da descentralização de poder e da delegação de competência, ocupando-se
em: Formular orçamentos; Projetos de propaganda e regras de decisão sobre controle operacional; Planejar
níveis de pessoal e capital de giro; Selecionar projeto de pesquisa; Escolha de melhoras no produto; Decisão
de reorganização de fábricas e sobre gastos de capital; Medir, avaliar e melhorar o desempenho administrativo.
Os sistemas de informação gerencial atendem as seguintes áreas: Contábil; Financeira; Marketing;
Pessoal; Pesquisa e Desenvolvimento; Jurídica; Gerenciamento de produção/operação; Informática.

2.3. Sistemas de Informação de Suporte à Decisão, Sistemas de Apoio Orienta-


dos à Decisão ou Sistemas de Suporte à Decisão (SSD)

Os sistemas de informação de suporte à decisão surgiu nos Estados Unidos nos últimos 30 anos,
devido à necessidade de criação de sistemas operativos que auxiliassem na execução do trabalho diário de
uma empresa.
Esses sistemas têm a função de usar as informações geradas pelos sistemas internos e oferecer ainda
informações das fontes externas, auxiliando a direção à tomar decisões semiestruturadas ou com rápidas
mudanças.
Na maioria dos casos, as decisões partem de uma problemática que necessita ser resolvida e neste
sentido, os sistemas de suporte à decisão são considerados ferramentas para solução de problemas.
Assim, um Sistema de suporte à decisão corresponde à um conjunto organizado de pessoas,
procedimentos, softwares, bancos de dados e dispositivos usados para dar suporte à tomada de decisões
relacionadas à um problema específico.
Quanto a visibilidade desses sistemas destaca-se: Auxiliar na solução de problemas; Desenvolvido para
atender as necessidades do nível estratégico; Estruturado para trabalhar em tempo real com os resultados;
Os usuários podem inicializar e controlar os inputs e os outputs; Oferece suporte a estilos individuais de
tomada de decisão dos gerentes que o utilizam; Usam sofisticados modelos de análise e modelagem de dados.
Entre as características dos sistemas de informação de suporte à decisão destaca-se as seguintes:
• Focaliza a decisão auxiliando a alta gerência;
• Enfatiza a flexibilidade, adaptabilidade e respostas rápidas;
• Lida com grandes quantidades de dados de diferentes fontes;
• ·Provê flexibilidade de relatório e de apresentação;
• Oferece orientação gráfica e de texto;
• Suporta a análise de drill down (com maior detalhamento);
• Executa análises complexas e sofisticadas bem como comparações usando pacotes de softwares
avançados.

Os sistemas de informação de suporte à decisão ocupam-se em:


• Auxiliar o tomador de decisão e outros profissionais que trabalham com o conhecimento de
uma organização a tomarem decisões inteligentes e bem informadas sobre vários aspectos da
operação;
• Recuperar e apresentar dados, além de executar diversas análises matemáticas e estatísticas
sobre os mesmos;

40
Curso de Graduação em Administração a Distância

• Apresentar as informações sob várias formas gráficas, bem como relatórios convencionais;
• Organizar e mecanizar as normas que devem ser utilizadas para se chegar a uma decisão
comercial.

Vale ressaltar que os recursos utilizados para um sistema de suporte à decisão são:
• Suporte às fases de solução de problema - Inteligência, projeto, escolha, implementação e
monitoramento;
• Suporte a diferentes situações de decisão - Decisões únicas e decisões repetidas;
• Suporte a diferentes estruturas de problema - Problemas altamente estruturados e problemas
semiestruturados ou não estruturados;
• Suporte a várias etapas do processo de tomada de decisão - Habilidade de lidar com informações
internas e externas.

2.4. Sistemas de Inteligência Artificial e Sistema de Informação Especialista

Os Sistemas de Inteligência Artificial são aqueles que incluem pessoas, procedimentos, hardware,
software, dados e conhecimentos necessários para desenvolver sistemas e máquinas que demonstrem
características de inteligência.
Os Sistemas Especialistas consistem em hardware e software que armazenam conhecimento e fazem
inferências semelhantes às de um especialista humano.
Esses sistemas são responsáveis pelos meios que fazem com que os resultados do que foi operado ou
produzido sejam levados aos demais subsistemas com a finalidade de controle e elaboração de novos planos.
São construídos habitualmente para explicar as linhas de raciocínio que conduzem as suas decisões, alguns
explicam até a razão de rejeitarem certa linha de raciocínio e escolherem outra.
Quanto a visibilidade desses sistemas destaca-se: Estão associados ao campo da Inteligência Artificial;
As tarefas consistem na criação de novas informações e conhecimentos; A transparência é umas das principais
características dos sistemas especialistas; Atende as necessidades de informação do grupo de especialistas
da organização em qualquer nível; São sistemas que contém grande quantidade de conhecimentos variados
que eles trazem para utilização em determinada tarefa; São programas que tem de forma embutida o
conhecimento e a capacidade que o permitirão funcionar como especialista; São formados pelos elementos
responsáveis pelo encaminhamento de todas as informações no âmbito empresarial;
O quadro abaixo destaca as principais características desses sistemas:

CARACTERÍSTICAS:
INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS USUÁRIOS
Estruturas espe-
Modelagem, simula- Modelos, gráficos, Técnicos, profissio-
cíficas, base no co-
ção, comunicação, pla- planos, projetos, corres- nais especializados, auxi-
nhecimento, docu-
nos, programas, docu- pondência, documentos liares, assistentes, pesso-
mentos, programas,
mentos gerenciais. em geral. ais de apoio em geral.
previsões.

41
Administração de Sistemas de Informação

Os Sistemas de Inteligência Artificial ocupam-se em: Ser um auxílio intelectual de alto nível para
o especialista humano, por isso também é chamado de assistente inteligente; Assegurar que o novo
conhecimento seja tecnicamente exato e adequado quando da sua integração na empresa.
Os Sistemas de Inteligência Artificial e os Sistemas Especialistas têm as seguintes aplicações:
• Concessão de Crédito;
• Gerenciamento e recuperação de informação;
• Layout de fábricas;
• Instalações médicas e hospitalares;
• Avaliação de performance de empregados;
• Detecção de vírus;
• Conserto e manutenção;
• Remessa de mercadorias;
• Otimização de armazéns.

2.5. Sistemas de Informação Orientados para Executivos ou Sistema de Supor-


te Executivo (SSE)

Os sistemas de informação orientados para executivos ou sistemas de suporte executivo têm a função
de definir a filosofia e a estratégia em longo prazo do sistema da empresa, visando demonstrar a informação
de forma simplificada e objetiva, permitindo o embasamento para o planejamento estratégico.
Quanto a visibilidade, esses sistemas são reservados aos altos escalões da empresa e têm como
principais características: o alto índice de informatização beirando o uso intenso da inteligência artificial;
a disponibilização da informação de maneira clara, precisa e direta; e a possibilidade de utilização de
simuladores.
Os sistemas de informação orientados para executivos ou sistemas de suporte executivo ocupam-se
em:
• Escolher os objetivos da organização;
• Planejar a organização;
• Estabelecer as políticas de pessoal, marketing e pesquisa;
• Escolher novas linhas de produtos;
• Comprar novas divisões;
• Decidir sobre gastos extraordinários de capital.

42
u NICEUMA
@ VIRTUAL

Módulo

IV

Sistemas de Informação,
Organizações e Administração:
uso estratégico dos sistemas de informação

OBJETIVO:

Nesse módulo você ampliará seus


conhecimentos sobre os sistemas de
informação enfatizando a importância
de seu uso estratégico.
Administração de Sistemas de Informação

1. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO


“EMPRESAS SÃO BUROCRACIAS QUE TEM CERTAS
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS”
Max Weber

As organizações, de modo generalizado, apresentam algumas características comuns, tais como:


• Divisão clara do trabalho e da especialização;
• Hierarquia;
• Regras e procedimentos explícitos;
• Julgamentos imparciais;
• Qualificação técnica dos profissionais;
• Eficiência organizacional máxima e limitada.

Porém, elas são diferentes não somente na área de atuação mas também no tipo organizacional, tais
como:
• Estrutura Empresarial (pequena empresa);
• Máquina Burocrática (empresa industrial);
• Burocracia Divisionalizada (várias empresas industriais);
• Burocracia Profissional (bens e serviços);
• Adhocacia (estrutura altamente flexível, capaz de moldar-se continuamente às condições
ambientais em mutação).

Além de outras diferenças que as tornam únicas em sua missão, tais como: Metas; Tarefa; Poder e
Tecnologia.
Para cada organização há uma série de especificidades únicas, e neste sentido, a informação e
consequentemente os sistemas que as manipulam, também são peculiares.
Entre as razões para desenvolver um sistema de informação para uma organização destaca-se as
seguintes: eficiência; economia; diminuição da força de trabalho; espírito inovador.
Em uma visão tecnológica os equipamentos utilizados pelas empresas passaram de simples máquinas
de calcular à máquinas pequenas e que permitem total mobilidade, como pode ser visto no quadro seguinte:
Década Tecnologia Funcionalidade
50 Máquina Calculadora Eletrônica Máquinas eletrônicas para a contabilidade
Departamento de Processamento de
60 Mainframes Centralizados
Dados
70 Computadores médios por departamento Sistemas de Informação
80 Desktops isolados Sistemas de Informação e serviços
Desktops interligados com a rede da Utilidade da informação por toda a
90
empresa e a internet empresa
2000 Palm, Notebook e conexão sem fio A informação é acessada de qualquer lugar

44
Curso de Graduação em Administração a Distância

Porém, quando se fala de sistemas que serão desenvolvidos desde o início e de forma personalizada
para cada organização, pode-se levar em consideração as fases do processo de absorção de tecnologia citados
por Rosini e Palmisano, que são as seguintes:
Fases Descrição
Introdução dos computadores, assimilação e conhecimento da
Iniciação
tecnologia pela empresa.
Contágio Processo de expansão rápida.
Os recursos de informática passam a ser gerenciados e para isto surge
Controle
a necessidade de planejamento.
Inicia-se a integração de sistemas partindo da padronização em seu
Integração
desenvolvimento.
Os dados são tratados e administrados, visando a possibilidade de
Administração de Dados
obtenção da informação de forma ubíqua.
Maturidade A organização já se encontra completamente informatizada.

O uso da tecnologia como um todo implica em uma série de mudanças, porém, para que estas mudanças
não sejam catastróficas, a equipe desenvolvedora deve observar tudo o que rodeia o sistema em si,visto que
ele é um subsistema do sistema empresa.

Externo Interno

Fatores Ambientais Fatores Institucionais


Incertezas Valores, Normas e
Oportunidades Interesses

Desenvolvimento de Sistemas
Adoção
Utilização
Administração

Como nem todos os profissionais e nem todas as empresas se encontram ainda totalmente preparadas
para o uso intenso da tecnologia, é notório que por vezes ela acaba sendo a justificativa que muitos encontram
para não produzir ou para explicar seus erros.
Isto deve-se ao fato de que nenhum dos itens que compõem a organização estão trabalhando em uma
direção e sim em lados opostos.

Tarefa

Tecnologia Pessoas

Estrutura

Lados bem opostos !!!

45
Administração de Sistemas de Informação

Além do usuário, o papel do gestor deve ser levado em consideração para o desenvolvimento dos
sistemas, pois grande parte destes gestores nem farão uso da mesma ou se o fizerem será de forma simbólica.
Neste sentido destaca-se as seguintes atividades:
• Atividade Interpessoal: Responsabilidade simbólica no ambiente Interno e Externo;
• Atividade Informacional: Dissemina a informação;
• Atividade Decisional: Tomada de Decisão.

Um sistema de informação de suporte é a essência para a tomada de decisão, por isso uma metodologia
semelhante ao Método de Polya pode ser utilizada para o levantamento de requisitos necessários ao
desenvolvimento do software organizacional, seguindo os seguintes passos:
Ação Questionamento
Inteligência Existe um problema?
Projeto Quais são as alternativas?
Escolha O que você escolheria?
Implementação A escolha está funcionando?

Portanto, algumas reações são esperadas de um sistema tão preparado e desenvolvido de forma
personalizada, tais como:
• Flexibilidade para manusear os dados e avaliar a informação;
• Atender estilos gerenciais;
• Ter variedade de modelos analíticos;
• Refletir entendimento grupal;
• Sensibilidade burocrática e política.

2. ESTRATÉGIA COMPETITIVA DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Estratégia é uma palavra de origem grega, que vem da área militar, referindo-se “aquilo que o general
sabe fazer”, ou seja, vencer os inimigos numa batalha.
Traduzindo para uma visão organizacional, é um método que integra previsões e tomadas de decisão a
curto prazo contando com o gerenciamento diário das ações, sendo muito utilizado no âmbito empresarial,
tendo em vista o mercado competitivo.
Assim, a tecnologia da informação deve ser observada e utilizada como uma ferramenta estratégica
poderosa devido sua habilidade de manipular, armazenar e enviar informações de forma dinâmica e ágil.
Para isso, há a necessidade do alinhamento da Tecnologia de Informação ao negócio da organização,
definindo assim uma estratégia coerente, apresentando parceria e definindo explicitamente o papel de cada
um na alavancagem dos negócios.
A Tecnologia de Informação alinhada aos negócios permite ainda:
• Conhecer os objetivos, estratégias e valores da organização;
• Ter uma estratégia própria, explícita e alinhada com a da organização;
• Assumir uma postura de agente de mudanças;
• Conduzir a TI com eficácia, eficiência, flexibilidade e integração.

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u NICEUMA
@ VIRTUAL

Módulo

Tópicos em Gerenciamento
dos Sistemas: integração,
segurança, controle

OBJETIVO:

Nesse módulo você analisará os


tópicos em gerenciamento dos sistemas,
no que se refere a integração, segurança
e controle, abordando os seguintes
conteúdos: as questões éticas, sociais
e morais dos sistemas, gerenciamento,
desafios, vulnerabilidade e uso
indevido, criação de um ambiente de
controle e seguro, senhas, assinatura
digital, autenticação, certificação digital,
criptografia e firewall.
Administração de Sistemas de Informação

1. AS QUESTÕES ÉTICAS, SOCIAIS E MORAIS RELACIONADAS AOS


SISTEMAS

Muitos aspectos envolvem tal problemática, para isso se torna importante que todos, usuários, gestores
e implantadores de Tecnologias de Informação estejam aptos com o novo e suas peculiaridades.
Porém a segurança, antes de mais nada é uma questão cultural e deve ser analisada de forma ampla,
envolvendo se possível: processos, tecnologias e pessoas.
Assim não adianta ter tecnologia de ponta e processos devidamente definidos e desenhados se as
pessoas que fazem uso destas ferramentas não compreendem ou não estão comprometidas com a segurança
da informação.
Daí parte a necessidade da elaboração de um plano de segurança da informação, iniciando pela
identificação de ameaças que servirão como base para traçar as ações de segurança, que deverão ter uma
abrangência corporativa impedindo a perda da confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação.
A confidencialidade diz que a informação só está disponível para aqueles devidamente autorizados, a
integridade diz que a informação não é destruída ou corrompida e o sistema tem um desempenho correto, e a
disponibilidade diz que os serviços e ou recursos do sistema estão disponíveis sempre que forem necessários.
Antes de qualquer coisa, se faz necessário indicar os aspectos que mais devem ser observados no que
diz respeito à vulnerabilidade:
• Segurança contra vírus de computador;
• Segurança contra furtos de informação;
• Segurança contra furtos de equipamentos e/ou softwares;
• Segurança contra fraudes informatizadas;
• Segurança contra a pirataria.

Os tópicos apresentados abaixo evidenciam a necessidade de analisar que a vulnerabilidade pode ser
de ordem física ou lógica:
• equipamentos;
• segurança contra furtos;
Segurança física engloba:
• incêndios;
• enchentes.
• segurança contra vírus de computador;
• utilização de Firewalls;
Segurança lógica engloba: • segurança de dados;
• criptografia;
• senhas.

Para evitar tais problemáticas, somente um projeto de segurança bem estruturado e um ambiente
seguro e controlado serão capazes de evitar futuros desastres.

48
Curso de Graduação em Administração a Distância

2. A CRIAÇÃO DE UM AMBIENTE DE CONTROLE E SEGURO

Um ambiente seguro parte além do preparo do pessoal que utilizará a tecnologia até a escolha de ações
e ferramentas que tragam privacidade principalmente.
Algumas das ações e ferramentas que visam a privacidade e a segurança são:

SENHAS
Uma senha é uma espécie de chave pessoal e intransferível que deve ser renovada constantemente de
forma a evitar que ela seja capturada e utilizada de forma fraudulenta.
Muitas são as metodologias indicadas pelos especialistas em segurança, mas o uso de letras, números e
caracteres especiais embaralhados ainda é a principal dica para a criação de uma boa senha.

ASSINATURA DIGITAL
Uma assinatura digital pode ser desde dados biométricos até um arquivo que contém a imagem de uma
assinatura manual.

AUTENTICAÇÃO
A autenticação conhece e confirma as identidades das partes que se comunicam podendo basear-se na
Certificação Digital.
A autenticação compreende a adição de um elemento de verificação para cada mensagem garantindo
que o conteúdo não seja alterado durante a transmissão. O software que envia a mensagem calcula a verificação
e a anexa a ela e o software que recebe a mensagem confirma se a verificação coincide com os resultados da
verificação de envio.

CERTIFICAÇÃO DIGITAL
A Certificação Digital é fornecida por uma Autoridade de Certificação que é considerada um agente,
público ou privado, que procura atender às necessidades de serviços confiáveis no Comércio Eletrônico e na
troca de documentos, atenuando fraudes e validando juridicamente um documento.

CRIPTOGRAFIA
Tem sua origem na forma grega significando escrita ou grafia que está escondida ou oculta, sendo
definida assim como a arte ou a ciência de escrever em cifra ou em código.
Também é considerada como um conjunto de técnicas que permitem tornar incompreensível uma
mensagem originalmente escrita com clareza, de forma a permitir que somente o destinatário a decifre
e a compreenda, ou seja, ela codifica os dados de maneira que apenas o remetente e o receptor possam
compreender.

FIREWALL
É uma espécie de proteção de rede considerada como uma barreira entre a rede corporativa e o mundo
externo, que consiste em colocar um dispositivo ou programa que controle e monitore todo o tráfego interno
de uma rede e o mundo externo.
Ele impede que usuários e dados indesejáveis entrem na rede ou intranet da empresa, através do controle
de acesso que somente será permitido após a validação da identidade e possível liberação de acesso ao usuário
autorizado.

49
u NICEUMA
@ VIRTUAL

Módulo

VI

A Empresa Digital:
comércio e negócios
eletrônicos

OBJETIVO:

Nesse módulo você terá a


oportunidade de conhecer e refletir
sobre diversos conceitos a fim de
compreender a empresa digital, no que
diz respeito ao comércio e a negócios
eletrônicos.
Administração de Sistemas de Informação

1. A GLOBALIZAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES
“COM O CRESCENTE AVANÇO TECNOLÓGICO, A POPULARIZAÇÃO DA
INTERNET, A GLOBALIZAÇÃO E O MERCADO COMPETITIVO, AS EMPRESAS
ESTÃO REVENDO ANTIGOS PARADIGMAS E BUSCANDO MECANISMOS
DE SOBREVIVÊNCIA, A FIM DE PRESERVAR O MARKET SHARE E A
CONTINUIDADE NO NEGÓCIO”
(http://www.upis.br/posgraduacao/mba_seguranca.asp)

Para uma melhor compreensão torna-se necessário conhecer os seguintes conceitos.

INTERNET
Sistema de computadores de âmbito internacional que possibilita o acesso e o envio de informações
de e para qualquer parte do mundo, sendo chamado também muitas vezes de “a grande aldeia global”.

INTRANET
Uso de tecnologias de internet dentro de uma empresa para obter melhores resultados que os meios
tradicionais de transferência e acesso de dados, sendo uma estrutura de comunicação que se diferencia da
internet pelo fato de ter seu acesso restrito apenas a funcionários e empregados da empresa.

EXTRANET
Sistema que permite o acesso a informações e formulários da intranet a clientes, fornecedores ou
parceiros, sendo um tipo de comunicação que faz uso de certos procedimentos que garantem a segurança e
confiabilidade dos dados que serão transmitidos.

PORTAL CORPORATIVO
É um sistema que possibilita desenvolver um ponto único de acesso para todas as informações e
serviços dentro de uma organização, para isso faz uso da internet, da intranet e se for necessário da extranet,
assim a citação abaixo deixa bem claro o que o portal pode realizar em benefício da organização:

52
Curso de Graduação em Administração a Distância

“Quando o objetivo de uma empresa é estabelecer uma comunicação externa com


qualquer pessoa interessada, ela usa internet. Para se comunicar internamente, recorre às
chamadas intranets, redes que somente os funcionários podem acessar. Se a ideia é criar
um canal direto com os parceiros comerciais, pode empregar uma extranet. Quando as
três funções são reunidas em uma mesma estrutura, temos o portal corporativo”
(http://www.highcompany.com)

No Portal Corporativo o funcionário não tem mais que correr atrás da informação, que passa a ficar
facilmente acessível à rede. Os departamentos aumentam a colaboração e cresce a produtividade individual,
pois diminui o tempo na busca de dados precisos. E os conhecimentos são compartilhados em tempo real,
sem intermediários ou burocracias.

“Um exemplo simples é pedir aprovação para uma viagem, ou até mesmo
um projeto, diretamente no portal, ou seja, on-line. Além de ser mais rápido,
isso traz a grande vantagem de que pode ser feito de qualquer lugar com
uma conexão, não apenas de dentro da companhia. O funcionário que pede
autorização pode estar na Europa, e o que aprova, no Japão”
(http://www.highcompany.com)

Como utilidades de um Portal Corporativo destaca-se:


• Possibilita que diversos departamentos de uma organização troquem informações e trabalhem
em conjunto;
• É uma ferramenta de colaboração que ajuda a transmitir em tempo real informações necessárias
a toda organização;
• É uma solução que pode resolver o problema das companhias que deixam seus processos e
departamentos “ilhados”, sem conversar entre si, como se não fossem todos partes de uma
mesma organização.

1.1 As Oportunidades para Negócios Inovadores

Com a internet, a tecnologia tem propiciado o surgimento de negócios de natureza totalmente


inovadora no ramo de serviços, resultando na criação de novas empresas, porém um dos grandes problemas
para estas empresas se estabelecerem no Mercado é o acesso ao crédito e ao financiamento.
Vale ressaltar que o mercado de trabalho e o perfil do emprego modificaram-se. Atualmente deve-se
considerar que:
• Novas especializações profissionais e postos de trabalho surgiram, mas também diversas
ocupações tradicionais foram ou estão sendo transformadas, substituídas ou mesmo eliminadas;
• Aumentaram as diferenças de remuneração entre os trabalhadores mais qualificados e os
demais, enquanto diversas atividades intermediárias tornam-se dispensáveis;

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Administração de Sistemas de Informação

• Necessidade de contínua atualização e desenvolvimento de habilidades e competências, de


modo a atender aos novos requisitos técnico-econômicos e a aumentar sua empregabilidade;
• Dentre os perfis profissionais mais disputados, estão programadores, web-designers,
administradores de redes, jornalistas e outros profissionais que lidam com conteúdos na web,
especialistas em marketing e gerentes de Internet.

O mercado virtual demanda organizações cada vez mais flexíveis, atuando em redes, sem que seja
percebido a separação do trabalhador do ambiente tradicional, ou seja, do local físico do escritório, o que
desestrutura também o tempo de trabalho. Assim, esses trabalhadores passam a dispor de horários flexíveis
para realização de suas tarefas.
De acordo com Pinel, 1998, como vantagens do teletrabalho, destaca-se:

• Quanto ao trabalhador :
Custos: Os custos de alimentação, transporte e vestuário são menores.
Oportunidades de negócios: Mais tempo para atender os clientes; Maiores oportunidades
para pessoas com restrições de tempo e locomoção; Relacionamento mais estreito com
clientes em comunidades específicas; Maior facilidade de atender a múltiplas empresas
por parte de especialistas altamente qualificados.
Gestão: Maior facilidade de determinar estilo de vida e de trabalho.

• Quanto a empresa:
Custos: Diminuição da estrutura física da empresa; aumento de produtividade gerencial
e profissional.
Oportunidades de negócios: Área geográfica de atuação mais ampla; Maior proximidade
com o cliente; Fixação mais fácil de profissionais experientes; Área geográfica de
recrutamento mais ampla; Acesso mais fácil e profissionais altamente qualificados.
Gestão: Maior agilidade; Maior flexibilidade na composição de equipes de especialistas.

• Quanto ao governo:
Custos: Menor consumo de energia.
Oportunidades de negócios: Redução de veículos em circulação; Governo mais próximo
do cidadão; prestação de serviços de melhor qualidade.
Gestão: Maior facilidade na organização e gestão de prestação de serviços.

Entre as razões para estar on-line, destaca-se as seguintes:


• Expandir o alcance do mercado;
• Eliminar barreiras geográficas - mercado global;
• Facilitar a concorrência para as pequenas empresas;
• O cliente tem maiores facilidades de comparar produtos e preços;
• Gerar visibilidade;

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• Mídia de custo baixo;


• Estar na Internet não é mais algo inovador, já é uma necessidade;
• Fortalecer o Relacionamento nos Negócios;
• Oferecer novos serviços para clientes, parceiros e funcionários;
• Reduzir gastos com centrais de atendimento;
• Distribuição de informação (economia de papel, impressão e distribuição).

2. O E-BUSINESS E O E-COMMERCE

“UM E-BUSINESS PODE OFERECER PERSONALIZAÇÃO, SERVIÇO DE ALTA


QUALIDADE AO CLIENTE E UM MELHOR GERENCIAMENTO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS, ISTO É, GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DOS CANAIS DE
DISTRIBUIÇÃO E OS PROCESSOS QUE OS SUSTENTAM”
Deitel e Steinbuhler

O E-business é visto hoje como um termo mais amplo do que o e-commerce. Refere-se ao conjunto
de sistemas de uma empresa interligados aos sistemas de diversas outras empresas, interagindo para que o
e-commerce aconteça, de forma a incluir operações realizadas em função do próprio negócio.
Assim, atividades econômicas que se utilizam de redes eletrônicas como plataforma tecnológica
têm sido denominadas de negócios eletrônicos, e essa expressão engloba os diversos tipos de transações
comerciais, administrativas e contábeis, que envolvem governo, empresas e consumidores.
Em virtude do e-business poder fornecer soluções customizadas com serviços agregados,
compartilhando conhecimentos e desenvolvendo confiança e eficácia, os gestores devem atentar para esta
ferramenta que permite conectar-se a cada cliente, gerando relacionamentos confiáveis.
Para tal os questionamentos da ilustração que segue, servem como base para a análise gerencial.

Como interpretar as mudanças Quais são os


no negócio atual? competidores-chave nas
Quão rápido isso acontece? indústrias ou novos entrantes?

Quais são as
opções e prioridades?

Como incorporar as Como planejar as novas


mudanças no negócio atual? estruturas organizacionais?

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Administração de Sistemas de Informação

Para tanto, algumas tópicos não devem ser ignorados, tais como:
• A gerência deve estar envolvida e explicar os benefícios;
• Planejar mudanças, considerar a cultura da empresa;
• Fazer um projeto-piloto;
• Estimar os custos;
• Medir a produtividade;
• Repensar os processos;
• Aprender conforme o avanço;
• Preparar-se para as resistências.

No e-business é necessário conhecer alguns conceitos de agentes de negócios eletrônicos, tais como:
• B2C (Business-to-consumer): transações entre empresas e consumidores realizando venda
direta para os consumidores finais.
• B2B (Business-to-business): transações entre empresas, portais de negócios e transmissão
eletrônica de documentos, utilizando predominantemente a extranet.
• C2C (Consumer-to-consumer): transações entre consumidores finais.
• B2G (Business-to-government): transações envolvendo empresas e governo, transmissão
eletrônica de documentos, portais e compras governamentais.
• C2G (consumer-to-government): transações envolvendo governo e consumidores finais,
pagamento de impostos e serviços de comunicação.
• G2G (government-to-government): transações entre governo e governo.

Nesse sentido, a figura abaixo destaca os agentes envolvidos no Ambiente de Negócios Eletrônicos:

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Na internet, a empresa entrega um produto ou um serviço através das seguintes categorias:


• Loja Virtual (venda de produtos);
• Corretora de Informações (coloca anúncios e indica compradores);
• Corretora de Transações (taxas e condições);
• E-marketplace (mercado eletrônico);
• Provedora de Conteúdo (disponibiliza notícias, fotos, música...);
• Provedora de Serviços On-line (transações, propaganda e marketing);
• Comunidade Virtual (reunião on-line);
• Portal (provê acesso às organizações).

E-COMMERCE:
Envolve trocas entre clientes, parceiros comerciais e fornecedores, sendo a parte visível do e-business,
a “ponta do iceberg”, o empreendimento virtual, onde se pode atender um número ilimitado (teoricamente)
de clientes e não há limites no volume de produtos que uma loja pode oferecer.
Nele o uso da Internet e da Web é essencial para a condução de negócios, relacionando-se às transações
comerciais realizadas digitalmente entre organizações e indivíduos, ou entre duas ou mais organizações, aonde
o processo de compra e venda de bens e serviços é característica fundamental, com transações comerciais
computadorizadas, utilizando a internet, redes e outras tecnologias digitais.
De acordo com aspectos especiais, é possível conceituar o e-commerce sob as seguintes perspectivas:
• Perspectiva de comunicação: Distribuição de informação, produtos/serviços ou pagamentos,
via linhas telefônicas, redes de computadores ou outros meios.
• Perspectiva do processo de negócio: Aplicação de tecnologia na direção da automação das
transações e dos fluxos de trabalhos dos negócios.
• Perspectiva de serviços: Ferramenta que concilia os desejos de empresas, consumidores e
gestores para reduzir custos de serviços e ao mesmo tempo melhorar a qualidade dos bens e
aumentar a velocidade da distribuição dos serviços.
• Perspectiva online: Capacidade de comprar e vender produtos e informação na Internet e
outros serviços online.

2.1 Estratégias e Soluções em E-Business

As estratégias em e-business são:


• VITRINE VIRTUAL - Forma básica e clássica que combina processamento de transações,
segurança, pagamento on-line e armazenamento de informações para possibilitar a venda de
produtos on-line.
• CARRINHO DE COMPRAS - Em Shopping Centers virtuais essa estratégia permite que os
clientes façam compras acumulando itens de interesse e utilizando o carrinho de compras para
comprar em várias lojas e fazer uma única transação de pagamento.
• LEILÃO - Opera como um local de negócios, no qual os usuários da internet podem fazer
tanto o papel de vendedor quanto o de licitante.

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• LEILÃO REVERSO - O comprador estabelece um preço, cuja referência serve ao vendedor.


• PORTAL - O visitante tem a chance de encontrar em um único lugar quase tudo o que
procura. Alguns tipos de portais são:
•Portal Horizontal: Ferramentas de busca que agregam informação sobre muitos tópicos.
• Portal Vertical: Sites que oferecem uma grande quantidade de informações pertinentes a
uma única área de interesse.

• PRECIFICAÇÃO DINÂMICA - Site que permite chegar a preços mais baixos na aquisição
de produtos em grandes quantidades graças à associação entre os compradores. Alguns tipos
são:
• Faça seu Preço: Dá poder aos consumidores para que estabeleçam o preço que estão
dispostos a pagar por produtos e serviços;
• Oferta de Produtos e Serviços Gratuitos: Oferecem seus produtos de graça ao consumidor e
fornecem espaço publicitário pago ao empreendedor.

As soluções em e-business são:


• E-AUCTIONING - Leilão via Internet, que pode ser ao vivo ou síncrono, seguindo o modelo
do leilão tradicional, estando todos conectados à uma página Web, o que implica em ganho de
tempo, redução de custo e flexibilidade dos preços, ou assíncrono, fechando-se o lance quando
um determinado valor tiver sido atingido ou um limite de tempo transcorrido.
• E-BANKING - Os serviços bancários via Internet tem um custo bem mais baixo, apesar de
exigir um forte esquema de segurança envolvendo criptografia, permite um aumento significativo
no número de serviços prestados por estas instituições, tais como: financiamento, previdência,
investimentos, crédito pessoal, seguro, poupança, cartões de crédito, entre outros.
• E-DIRECTORIES - Composto por catálogos diversos (número de telefones, páginas
amarelas) que surgiram através de mecanismos de busca na própria Internet. É viável através da
integração da mesma com o banco de dados.
• E-ENGENEERING - Ferramenta de colaboração eletrônica entre profissionais que
elaboram projetos, permitindo a participação simultânea de engenheiros de todo o mundo,
sendo bastante útil no desenvolvimento de softwares.
• E-FRANCHISING - Funciona de forma similar às franquias normais, com uma grande
vantagem em custo e distribuição: ao invés de construir uma nova loja, basta fazer um link.
• E-GAMBLING - São Jogos/cassinos virtuais que atingem mercados globais, desviando-se
das restrições legais uma vez que podem ser instalados em qualquer país.
• E-LEARNING - Cursos oferecidos por instituições de ensino e empresas via Internet (ou
Intranet), permitindo a criação de ambientes de aprendizagem de acordo com os modernos
modelos pedagógicos existentes.
• E-MAIL - Considerado “o simples que funciona”. O e-mail vem transformando a comunicação
nas organizações e também entre as pessoas físicas, por apresentar vantagens como: maior
agilidade do que a carta normal, não exige a sincronicidade do telefone, permite o envio de
arquivos com textos, imagens e sons, entre outros.

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• E-PAYMENT - Os novos instrumentos de pagamento precisam ser seguros, ter baixo custo
de processamento e ser amplamente aceitos como uma moeda corrente global, seus principais
representantes são: dinheiro eletrônico, cheque eletrônico, cartão de crédito, cartão inteligente
(smart card), cartão de débito, entre outros.
• E-SUPPLY - Gerenciamento de suprimentos a partir da conexão entre fabricantes,
distribuidores, vendedores, consignatários e varejista, através de uma conexão via Internet que
apresenta menor custo que as conexões tradicionais.
• E-MARKETING - Ferramenta que permite interação empresa-cliente e cliente-empresa
através da personalização e inferência do comportamento do cliente através “da mudança do
marketing “um-para-muitos” para o marketing “um-a-um”.
• E-TRADING OU E-BROKERING - Compra e venda de ações via Internet, que oferece
preços em tempo real para todas as mesas em todas as partes do mundo, permitindo também
que as pessoas possam reagir rapidamente às mudanças no mercado de ações.
• E-PROCUREMENT - Utiliza a Internet para gerenciar os recursos operacionais, criando
um canal de comunicação entre compradores e fornecedores, com custos menores e agilidade.

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3. O COMÉRCIO ELETRÔNICO

Entre os fatores que diferenciam o Comércio Eletrônico dos demais, destaca-se:


• Ubiquidade (disponibilidade em qualquer parte, qualquer lugar, qualquer momento);
• Alcance Global (Atravessa fronteiras nacionais e abrange todo o planeta);
• Padrões Universais (Padronização da internet);
• Riqueza (Envio de mensagens em multimídia que se transformam em experiência para o
cliente);
• Interatividade (Dinamicidade e interação com o usuário);
• Densidade da Informação (Redução de custos da informação e elevação da qualidade);
• Personalização/Customização (Possibilidade de interagir através de mensagens tanto com
indivíduos em particular quanto com grupos de clientes).

As atividades do Comércio Eletrônico são:


• EMPRESA DIGITAL - É a empresa em que praticamente todos os processos de negócio
e relacionamentos com parceiros, clientes e funcionários são realizados utilizando tecnologia,
maximizando o uso da informática pela empresa para a realização de negócios e atribuindo a
Tecnologia de Informação a finalidade do aperfeiçoamento dos processos e a obtenção de valor
para os negócios da empresa.
• EMPRESA VIRTUAL - Um meio pelo qual empresas independentes se unem em uma
só para satisfazer oportunidades de negócios, utilizando totalmente o apoio de tecnologias
de informação e consequentemente o ambiente virtual, agindo como se fosse uma única
organização.
• MERCADO ELETRÔNICO ou DIGITAL - Sistema de Informação que interliga muitos
compradores e vendedores para trocar informações, produtos, serviços e pagamentos, dispondo
canais que são flexíveis e eficientes por operarem com custos de busca e transação reduzidos e
abrindo oportunidades de vendas diretas, driblando os atravessadores e diminuindo custos.
• MERCADORIA DIGITAL - Mercadorias que podem ser compradas como em um “self-
service” e sob demanda e são recebidas pelo comprador por meio de uma rede digital.
• COMÉRCIO MÓVEL ou M-COMMERCE - Realização de transações comerciais com
o uso de equipamentos móveis, possibilitando novos serviços ao clientes a qualquer hora e
lugar, permitindo a personalização e aprofundamento do relacionamento. São tipos de Serviços
M-commerce:
• Serviços Baseados em Informações: (Mensagem instantânea, e-mail, ...).
• Serviços Baseados em Transações: (Compra de ações, busca do melhor preço de um
produto x, ...).
• Serviços Personalizados (Serviços fornecidos com base na sua localização e perfil).

• TRANSAÇÃO ELETRÔNICA SEGURA - O SET (secure eletronic transactions) é um


protocolo para transferências de pagamentos com cartão de crédito criptografado que tem
como objetivo:
• Confidencialidade de informação;

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• Integridade de informação;
• Autenticação da conta do consumidor;
• Autenticação do vendedor;
• Interoperabilidade.

• SISTEMAS DE PAGAMENTO ELETRÔNICO - As transações eletrônicas somente podem


obter sucesso se as trocas financeiras entre compradores e vendedores puderem acontecer em um ambiente
simples, universalmente aceito, seguro e barato. São Sistemas de Pagamento Eletrônico:
• Sistema de Pagamento Digital por Cartão de Crédito - Serviços seguros para pagamento via
cartão de crédito pela internet;
• Carteira Digital - Software que armazena dados diversos e facilitam transações virtuais;
• Sistema de Pagamento de Saldo Devedor - Acumula micropagamentos como saldo devedor
que devem ser pagos periodicamente via cartão de crédito ou conta de telefone;
• Sistema de Pagamento de Valor Pré-Armazenado - Habilita compras e pagamentos em um
valor armazenado em uma conta digital;
• Dinheiro Digital - Moeda, sob a forma digital utilizada para pagamentos e compras.
• Sistemas de Pagamento Peer-to-Peer - Envio de dinheiro via web para indivíduos ou vendedores
que não aceitam uso de cartão de crédito;
• Cheque Digital - cheque eletrônico com assinatura digital segura;
• Sistemas Eletrônicos de Apresentação e Pagamento de Faturas (Sistema de apoio a pagamento de
compras efetuadas em lojas reais ou on-line.

3.1. Marketing no Meio Eletrônico

“O MARKETING NA INTERNET DEVE SER USADO COM O MARKETING


TRADICIONAL PARA CRIAR A ESTRATÉGIA DE MARKETING CORPORATIVA
MAIS EFICAZ. ESTA ESTRATÉGIA INCLUI UM FOCO NA ATRAÇÃO DE NOVOS
CLIENTES AO SITE E EM SEU RETORNO, REPETIDAMENTE”
Deitel e Deitel

A concorrência no mercado é intensa e uma sólida estratégia de marketing na internet pode trazer
vantagens para a empresa. Isto pode ser alcançado em pequenas ações como a manutenção de perfis de
cliente, o registro de visitas e a análise de resultados promocionais, que são fundamentais para avaliar a
eficácia das campanhas de marketing.

São muitos os tipos de marketing que podem ser utilizados por uma organização, tais como:

• Construção da Marca :
Normalmente definida como o nome, logotipo ou símbolo que ajuda a identificar produtos e serviços
de uma empresa. Ela deve ser única e facilmente identificável, além de atrair atenção quando qualquer
elemento de sua simbologia for demonstrada.

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• Pesquisa de Marketing na Internet:


Pesquisas de Marketing podem ser conduzidas através de um site ou por e-mail, ajudando uma empresa
a desenvolver seu mix de marketing: Produto, Preço, Praça e Promoção.

• Promoções:
Metodologia utilizada para a visualização do produto e não de descontos como normalmente
é conhecida pelo consumidor. O posicionamento, o modo de abordagem e a visibilidade podem atrair
visitantes a um site e influenciar a compra, podendo ainda ser utilizado para ampliar a fidelidade da marca
através de programas de prêmios.

• Marketing por e-mail:


O e-mail direto personalizado atinge consumidores com informações específicas e podem ser do tipo:
• Mailing List pela Internet: Listas de e-mails que alcançam os clientes de forma personalizada.
• E-mail opt-in: Enviado a pessoas que autorizam o recebimento de ofertas, informações e
promoções.
• Spamming: Envio maciço de e-mails à pessoas que não tenham expressado interesse em recebê-
los.

• Ferramentas de Busca:
Programa que varre os sites e forma uma lista de sites relevantes com base em palavras-chave ou outros
critérios de classificação de forma que o ranking da ferramenta é importante para atrair novos visitantes ao
site.

• Publicidade em E-business:
Grande parte da publicidade de um e-business é conduzida através de canais tradicionais como TV,
filmes, jornais, revistas, bem como de forma on-line através da divulgação de um URL em todos os mailings
diretos, cartões comerciais, quadros de avisos, anúncios impressos e outras mídias que por sua vez ajudam a
aumentar a percepção da marca e trazer mais visitantes ao site.

• Publicidade em Banner:
Funciona como um pequeno quadro de avisos contendo elementos gráficos e uma mensagem
publicitária, de forma que o design eficaz de um banner e o posicionamento ajudarão a determinar o sucesso
de uma campanha de anúncios com banner.

• Pop-up:
Janela contendo um anúncio que surge separadamente daquela que o usuário está vendo.

• Compra e Venda de Publicidade em Banner:


A compra de espaço publicitário em sites que recebem um grande número de cliques e que visam a um
mercado similar ao da empresa pode aumentar o número de acessos e conduzir a receitas maiores de forma
que a venda de espaço publicitário no próprio site da empresa pode propiciar uma receita complementar.

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• Publicidade em Mídia Rica:


O webcasting utiliza a transmissão e recepção de mídia para divulgar um evento pela web, deste modo
o streaming de vídeo simula a televisão.

3.2 Comércio Eletrônico: Mitos, Realidades e Tendências

• É BARATO, FÁCIL E LUCRATIVO


Ser um projeto caro ou barato é sempre relativo. É preciso investir em arquitetura, implementação e
estratégia do negócio e estar preparado para atender pedidos de várias partes do mundo.
Colocar o site no ar realmente é fácil, difícil, porém, é integrar o site da Web aos processos existentes,
como estoque, contabilidade e produção.
Se os processos da empresa são ruins, não adianta simplesmente tranferir para a Web. Em muitos casos,
as empresas que ingressaram no e-commerce estão recebendo pela Web pedidos que estariam recebendo de
qualquer forma. No entanto, a diminuição de custos é considerável.

• NÃO É SEGURO
Como no mundo físico, a segurança total é algo que ainda não existe. O fator segurança vai depender
dos procedimentos adotados pela empresa. É fundamental a definição de uma política clara de segurança,
onde todas as áreas da organização são responsáveis por este item.

• TODO MUNDO ESTÁ FAZENDO


Muitos sites não vão além do portal institucional, pois somente uma pequena fatia dos empreendimentos
têm capacidade de receber pedidos. Muitos oferecem serviços ao cliente através do site, porém, poucos estão
usando técnicas de e-commerce para automatização da cadeia de abastecimento.
Desempenho, segurança e falta de padrão para a transmissão de pedidos ainda são apontados como
pontos fracos da Web.

• OS INTERMEDIÁRIOS SERÃO ELIMINADOS


Alguns intermediários realmente estão sendo eliminados, no entanto, outros estão surgindo, como por
exemplo os Infomediários.
Os infomediários oferecem informações sobre produtos e localizam as melhores opções de preços.

• TODOS OS PRODUTOS TORNAM-SE COMMODITIES


Isso é em parte verdadeiro para produtos iguais, onde o preço é o principal determinante da venda.
Porém, para produtos que ainda mantém uma certa diferenciação pela qualidade ou singularidade é pouco
provável que virem commodities.
Para ambos os casos, o Marketing ainda continua sendo um ponto chave para o sucesso e garantia de
retorno.

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• É FÁCIL DESENVOLVER RECONHECIMENTO DA MARCA NA WEB


A marca continuará sendo importante tanto para empresas off-line quanto para empresas que já estão
na Web. As empresas que produzem ou entregam commodities podem e devem rapidamente registrar sua
marca.
Porém desenvolver reconhecimento de novas marcas pela web é um trabalho árduo e que requer muita
criatividade.

• PERSPECTIVAS
O comércio eletrônico subverteu a lógica de funcionamento dos mercados tradicionais, impondo-lhe
a facilidade de acesso à informação, a diminuição dos custos de transação, a substituição dos intermediários
tradicionais por novos tipos de agentes que atuam na ponta da cadeia produtiva, junto ao consumidor final,
fazendo eles mesmos toda a conexão com os produtores de bens e serviços e a eliminação das distâncias
físicas e funcionamento ininterrupto em todas as regiões do mundo.
Como decorrência, produtos e serviços ofertados via redes eletrônicas passaram a ter como foco tipos
diferenciados de consumidores, que podem estar em qualquer ponto do planeta e apesar da distância física,
receber tratamento personalizado, pois a Web passa a ser vista como um novo canal de distribuição.
Porém, a falta de uma legislação própria sobre atividades eletrônicas pune uns e dá liberdade a outros,
como no caso da quebra de privacidade pelo monitoramento de e-mails e armazenamento de logins. Outra
questão é o fator tributário, pois a inexistência do princípio da territorialidade pode levar à sonegação de
tributos no ciberespaço.

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REFERÊNCIAS

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