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uno, 2, Que a universidade precisa contemplar um curriculo que permite a bem cedo na sua grade horiria, fazer escolhas “proventivas” que se confir: mem a0 longo do curso. 10 aluao como wm tado, 3. Uma prepsragio mais acurada, euidadoss, stents para que ele possa agir mais ética do que tecnicamente com seu cliente. 4, Annecessidade de tcabalhar, 20 longo do curso, a percepeio, a senstbilidade do sluno perante a complesidade do ser humano, de tal modo que, nio impor- tando a escola de psicoterapia a que pervence ou segue, ele apcends a estar diante de seu cliente muito mais como pessoa do que como tecnico, seguidor ce aplicedor de slguma teoria de psicoterapis. 5, Que o psicoterazeuta deve se preocupar muito mais em estar com © cliente assim como ele préprio esté diante dele, e nfo esperar que o cliente respon ecessidades dele a partir de hipétesestebricas que transformam o clien- enum objeto de observacio, 6 Que o psicorerapeuta estar’ sate (corpo-espirito-alma) quanto mais estiver atento ao seu proprio desen: -o mais preparado para atuar na pessoa do vvolvimento e crescimento como pessoa, convencido de que o sucesso de um processo psicoteraptutico depende mui idade da relaglo dlience/psicoterapeuta do que da abordagem que este Caro leitor: procur Bepero que, na au de tyma definigdo final da narureza da psicorerapla, ele o gjude ‘estar primeiro diante de voc® mesmo, como pessoa, na certeza de que, quando © cliente percebe emocionalmente o peicoterapeuta menos como cécnico ¢ mais como ‘ums pessos que euida dele, is facllidade 0 caminho de volta a casa, A propria cura Jorge Panciano Ribetro Brasilia, 10 de fevereiro de 2013 Jonge ponerano ninzine 41 CONSIDERAGOES PRELIMINARES CConhega todas st ceoris, domine todes es téeniea, mas, a0 tocar uma alma ‘humans, seje apenas cute alma humana Cad G. Jong, Nilo fora areal necessidade de uma reflawio anualizada, moderna, coesente com ot 1pos que vivemos sobre 0 sentido do ato pricocerapéutico, baseada numa maneisa concisa, prética, ovientadora para aqueles que querem iniciarce no trabalho dlinico, dlficmente teria revisto este texto para sua segunda edigfo, (Chomem pés-moderno se tem desiludido com as promessas de um mundo social, econdmico e polsicamente mais rico em termos de comunidade. As promessas sociali- ‘antes ou capitalizances falharam ¢, mais uma ve2, @ homem se encontra s6, pergun tando-se 0 “que, o como € 0 para ‘Sem fugic a ume proposta comunitiria de felicidade, milhares de todas as partes do mundo, estZo procurando, pessoalmente, estar bem consigo mes ‘mos. Por isso, a psicoterapia esti delxando de ser algo destinado a pessoas ditae dosn- ” das coisas. tes ¢ se tornando uma opefo de todos aqueles que, atentos @ orientagio do mundo ‘modemno, procuram estar bem consigo mesmos, criando um ambiente & ua vol {ual eles possam realizarse como pessoas. Dentro dessa visio, vai surgindo uma multidio de pessoas psicoterepeurizadas que, talvez, possam dar ao mundo uma resposta diferente daquela que nem o comunis- ‘mo nem o capitalismo puderam dar, porque falharam na proposta de win mundo eber- +0 politica, social e moralmente. Esse grupo talves facilte 0 surgimento de condigdes de vida mais humanas, nes quais a pessoa possa anualizar-se nes suas poteacielidades, sendo ela mesma, ‘Tal visio pode parecer uma ideia pouco real do poder ¢ da técnica psicoteraptu seas, Bntretanto, 0 surgimento, na época arual, de centenas de téenicas ditas peicote- raputicas perece confirmar minha hipdvese de que estamos vivendo uma nova era, 4 ra psicoligica, a era do expftito, nz qual a psicologia, através da extensio de suas possiblidades, vai se tornando, de fato, a ciéncia da pessoa humana e, consequente- mente, de vida Apresenrarei uma visio globalizante do trabalho psicoteraptutico, seja do porto de visa tebrico que pritico, no que se refere ao cliente ao pelcorerapenta, ‘Ao longo deste texto, desenvolverel o conceito de psicoce ora possa resulta na cara da pessoa. Tr coterapeuta, tendo no conceito de conta ador dos processos de se dar conte, esenvolvimento e erescimento humanos, quer ze aplique a um “paciente cléssico” ou fa como um processo, essenciaimente, de madanga inteio de um processo centrado na relaglo ci 1p seu instramento bisico, como uma pesos dita normal ‘Apsicoterapia¢ um movimento que nascs¢ termina na pessoa do cient, sendo.o psicoterapenta um companheiro a estrada da vida que o cliente exth percorzendo & ar ou de reencontrar © caminko de casa, perdido ao longo des anos. A ste £0 foco central da abordagem fenomenologico-xisten- regn este texto, pois uma psicoterapia centrada na técnica ou no psicoce- repeura © trabalho psicoterspéntico deve estar constantemente sob extica clentifica, por- re, no minimo, 0 isco de comecar mal que, como eu disse anteriormente, 0 objeto e 0 sujeito desse trabalho é o ser humano. “Teorias e uécnicas, vistas sob o prisma da unidade seriedede cientificas,ajudam o psi coterapeuta a trabalhar a siouagio peicoterapéutica de modo consciente ¢ seguro, a manter a stuacio psicozerapéutica de modo equilbrado e permanente, evitindo con- flitos que impedem seu normal funcionemento, sobrerado aquele derivado da nio ce- solugio de seus préprios problemas ou da falta de um conbecimento que, de fato, 0 Inabilice a estar, de verdade, a servigo do outro. Teorias e técnicas, embasadas na cxitica ciensifica, unidas a um conhecimento normal de si mesme, predispéem € movem © psicoterapeura para umn relacionamento humano mais efice, fator fundamental na re lagio (© curso de Psicologia, o estuda e 0 detenvolvimenta de seus métodos, éenicas e teorias especificas deverdo se compor didatica e metodologicamente, deserwolver-se de forma critica a fim de instrumentalizar o psicélogo clinico na compreensio da comple sxidade de toda atividade que vise agirne e com pessoa humana JORGE PONCIAKO RIBEIRO (© psicoterapeuta co cliente, vistos a partir de una metodologia adequada, euro cde um campo te6zico pertinente, formam o terceizo elemento desse tringulo que £0 proceso psicoterapéutico, Nessa relacdo triplice, desenvolvem-se os movimentos ca- sicos de uma posture ¢ de uma experiencia de vide a dois, tendentes a arualizar 12 visdo do mundo interior, exterior e de pestoa, consequéncia e fruto de ume rela- fo, sem a peios, cliente-psicoverapeuts-munda, O espirito cientifico, o interasse pela pesquisa a Jelnura constante de uma variada ilar os estadiosos para os complexos problemas que «qualquer psicoterapia apresenta, Além desse trabalho continuo e assduo da procura do conhecion « séslalteretura poders code teorias« thenicaspsicoterspicas mais modernes, um teinamento pes soal e especifico 08 a com probl O psicocerapeuta deveri possuir um conhecimento amplo e, quanto possivel, pro- a desenvolver em si maior seguranca ¢ capacidade de lidar s humanos, sem muitos conflitos nem ansiedades, fundo, sobretado das citncias bumanas, biolégicas e sociais no que diz respefto a rela- ‘edo mente-corpo, dado que seu agir envolve uma visio do mundo e especialmente da pessoa, afim de que cle possa se situar sem limites sigidos no trabalho a que se prope ‘Quando alguém se coloca na condo de psicoverapenta, oferecendo um trabalho «que vise entrar ern contato com 2 pessoa humana e em um processa de mudanga no contesto anual doc 8 pornrs bisica hd de sera da compreensio da aceitaggo do oxo, assim como ele se revela Embora« pacoterapa vise diretament pessoa do cients éimprescindivel una sobre 2 pessoa do prcorerapeuta, pois le é mais importante como pesos que o método ou sistema que utliza, £ maissignificativo 0 que fc, tronsmit vive do que sy thnica oa visio fosfien em que se fundamen- ta, O resultado ea efiitncin de psicoterapia dependerso muito da grandezae da ampli do de sas qulidades pes CGanha sempre mais tern, no contexto pecoterapéutio atul, a concepgio de nossa reflexZo, 0 mais pertinente pos ‘gue os dotes pessoais do psicorerapeuta concorsem definiivamente para 0 estabeleci- ‘mento de um processo psicocerapéutico mals efciente e eficaz Isa nfo dispensa, em efinitivo, uma crfcica epistemologica da prépria fundamentagio psicoterapéitica, de Nanuralmente, as motivagées internas que emanam do seu sentir, do seu pensar, do seu fazer ¢ do seu falar, bem como seu desejo honesto de cuidar, de entender, de ‘cura enfim, de provocar mudancas sauedléveis -, também concorrem para o bom an- amento do processo que o cliente esté experienclando ¢ vivendo, pancoranaria ~ rHoatas # rkeMicas rotcorandricat os $B mecessrio um grande equilib e outro, prgue ninguém pode ultrapassar os préprics srabathar sob a aro de postulades magics, esperando que ca quenda se procira ajudar 9 sas proprias percepeses, nem pode uilizartionicascorretamente pra que xm resulta saisatsro acontesa ‘A aso psicoterapeutica envotve urn verdadeiro encontro, no cual dois mundos éiferentes se encontram. O cliente procura no psicoterapeura sua reorganizacio, um ajustamento criativo e a forga para lidar com seus problemas. © psicorerapeuta s¢ en- volve com amor e empatis, num sentido plenamente democrético, sem preestabelecer nada, sem dar asae a seu compleso de onipoténcia de que poder curar, mudar as pes: s085, mas vendo ¢ tratando o cliente como um valor existencial, de cujo sentido ele se toma um amoroso guardizo, A situaclo psicoterapéutica A relagdo psicoterapéutica é sempre uma forma de contato inter, intra e cranspes: soal, em dado campo. A qualidade da relacto, se inves, intra ou trans dependerd des campo. Qualquer que seja 0 modelo de sera sempre um encontro de pessoas que se simam no mundo. Sempre que o psicoterapeuta priorize a fancko de perio, de téanico, de observa dor fito das posiges do clience, ele perce contato com. prSpriarealidade mais intima, © ponto de urgéncia ou convergéncia neurética do sua atengfo furvar 8 caca do que mai logicas no psicologicas que estiverem em movimento naquele dado icoterapia, 0 encontro cliente-psicoterapeasa ‘embora poses localizar 0 cen jente. Nao basta que ele dei para sjudéclo; é preciso que sinta, afetiva e emocionalmente, o cliente, que 0 perceba o cliente como tum todo ineegrado, ‘Uma velop que se proponha serum enconto, defo real, deverd ser sempre unt encontro de rt distineas rotalidades:o cliente 0 pslcocerapeuta eo mundo. ‘Nio se trata de dissecar sintomas, de fazer diagndstico, mas de sentir a dor, a af: so, a angtsta do cliente. De, sem coniluir neuroticamente com ele, nchuirse, de fato, ra sua experiéncia, colocando sua percepedo a seu servigo, de tal modo que o cliente sinta qué esté sendo cuidado. [Uma atividade, um estilo, priortariamente racional, tkenico,revela¢ esconde mui- sua defesa, sua inseguranca bbem diz Rogers (1970, p. 43), a ago psicoterapéutica supSe “relacdes tas vezes a ansiedade do psicoteras Como ‘nas quais pelo menos uma das partes procara promaver na outra 0 crescimento, o de JORGE roNciaNo nisero soo senvolvimento, « maturidede, um melhor funcionamento ¢ uma maior capacidade de enfrentar 2 vide" Para tanto, fo baste uma simples atencio ou interesse do observador, & necesst vio uma pessoa totalmente ada no provesso de desenvolvimento do cliente. As pslcoterapias ndo cém 2 fnalidade de curar o cliente ~ curar no sentido de resolver to- dos os seus problesnas de reestraturar ua persemalidede; antes, isam dara ele meios de cratarsua neurose, de tr lo para agic fora da siswagio psicocerapéutica, de ajudé. loa ver clara, de darthe forcas para fazer opsées prOpriss, csminhar com o proprios és e aprender a viver melhor. Psicorerapia & um processo de tomada de poste de ai préprio, no que conceme, 3s proprias potencialidades. O cliente constr6i sua caminhads, percosrendo (0 seu caminho, ateato aos atalhos. Nessa perspectiva, o psicoterapeata néo & aquele de mudanga que permite 20 cliente repensar com mals seguranga es préprios cami hos, as préprias possibilidades de cura. Motivagées cliente-psicoterapeuta ‘Todo e qualquer processo psicoteraptutico supse e envolve condigées bésicas pera uum eficaz desenvolvimento ¢ crescimento humanos, desde que cliente e psicorerapeuta cologuem as contligbes requeridas para tanto, Nenhum eftita & fruta do acaso, pois a pessoa humana &, essencialmente, um ser de selagfe no mundo, (© homer, a0 contricio das coisas ¢ dos animais, é um ser pensante, capes de op- pois, que Bes ¢ escolhas que implicam modificagées no seu estilo de vida, Nao ‘uma técnice se aplique cientificmente para que produza o eftito desejado, Imersos em sistemas diversos de comunicaclo, nossos problemas existenciais dei- nodifleagses| nos demais membros sistemas que conosco condividem a existénca. Parafraseando Heréctito, em sua ontol6gica sintese, “cado muda, cudo esté ligada tudo mado & Jum, Assim, aexisténcia 6 um processo de continua mudanga, Anes que alguém tenha qualquer coisa de material ou viva um relacionamento, cle & ele existe, é um ente, um dasein, uma presence, um ser ai conezeto, na linha de que ser precede ter Nessa perspectiva de constituiggo de nossa estrurura humana, de nossa identidade talves, se coloca o problema complexo de ser ¢ de ter, que envalvem opcies existen- vam de ser ab nossos, pots noesas escolhas e opeSes supSem ¢ acatreta PeIcOrERARrA ~ reonIAs » xHewicAs PRICOTERAFICAS ciais, loge ou perto de noseas verdadeiras necessidades, com reflexos diretos nas nos- sas escolhas em psicoterapis. fi ‘A condicdo essencial para o inicio de uma pslcoterapia & 2 conscitncta propria © singular de que algo em nés no funciona bem, dificultendo o processo de ter uma vida normal, 0 desejo de um bem-estar biopsicoszocial-espirtual ea vonssde smorosa e de- cidida de se ajudar. [As vezes, esta vontade conaciente pode falar, sobrensdo aaqueles casos em que 0 real eo imaginétio se confandem ‘bes, fantasias se misnaram, talvez até por um cansago existencial mama busca atrapela~ da da propria realidade perdida, Nesses casos, a vontade ¢ 2 visio do psicoterapewra poderiam, momentanesmente, subsidiar 0 processo do cliente que, agora, sente dificul dade de saber o que quer ede decidir. sm que semtagbes, sentimentos, emogOes, percep O psicoterapenta observa, estuda as motivagties de seu cliente. Vesifice © dpe de problema que vive, 0 que espera da psicoterapia, sua disponibilidade interna de subme- terse a determinedo tipo de traramento, Observa atentamente sua rede de coraunics: lo interior e externa e a possibilidade de fazer contato com ela, Anal complexidate de seus sintoraas ~se se trata de problemas existenciais, de uma neurose ‘ou psicose —e, com base nesses dados, procede a indicaglo ou nao de uma psicoserapia agineseea ‘que mais xe coadune & colucio do confiro vivido por seu provivel dient or sua vez, também o peicoterapenta deve se ver come um todo, tem de analissr suas possibilidades diante da situaclo vivida pelo cliente, Nao basta que ele queirs aren der o cliente, se interesse pelo seu caso, & necessicio que ele tena realmenze possibi dade de estar ineiro com o dente, sjudando-0 # amplisr seu suporte interno ¢ sew sistema de contato com ele pedpsio e com o mundo & sua volta I iar um proceso psicorerapéutico movide apenas plo destjo de ajuda poderé ‘ocultar sinsages néo resolvidas por parte do psicorerapeuta e significar a interrupsi0 precoce do tratsmento, com graves danos para o client Cosramo dizer que “ninguém cura ninguém”. O psicoterepeuts, entretanto, 20 mesmo tempo que vive um papel privilegiado, tem uma posicio eticamente responsi vel, pois sua atizude motivari e guiari o cliente na busca da descoberta de si mesmo e do verdadeizo sentido de sua existincia, Mais gue ningun, 0 psicoterapenta deverd sal vias vezes, th passe despercebio, Deverd porta! Lar consigo mesmo, conto Sbvio gue, io satisfatoriemente seu nat agies, pois através da conse clstomo, seu compleeo de onipotncia, ter conscidnca desu lone clara de st mesmo que entraré em contato com 0 mundo desconherido do outro. Rogers 70, p. 53-59), com a lncidex que 0 caracterizava, faz algnmas perguntas ‘gue, acredito, possam resumnir aquelas acinudes fundamentals que caracterizam 0 psico terapeuca, fenomenclégica eexistencialmente orientado ~ ou, como ele divi, centrado zna pessoa ~€ sfo um questionamento 4 responsabilidsde profissional de cada um, asso a comentislas ivremente 4. “Paderei ser de uma maneiva que possa sor apreandide pelo otro como meracedor de confianga, como seguro «consistent no sentido mats profido do terme?” ‘Tretase de uma percepgio subjeciva e real do cliente. Seguro e consistente sie conceitos fundamentais nesse contexto. Bsses pressupostos sfo exigtncias existe rica, no sentido de que governam seu proprio agir,influenciando diretamente 0 210 psicoterdpico, © psicoterapeuta pode se seni insegac,incapez emocionalmente de conduzir 0 caso, As vezes, sso depends e sua prepacasfo profissonal em ontras, da complexida- de do caso; em outras ainda, da ressonincia que 0 tems produz no eeu mundo psicoe- Seo cliente duvide da capacidade profissional, e, sobretudo, da coeréncia interna do psicorerapeuta, dificlmente teré abernura para se colocar de uma maneira integra. a, Esearé numa posieio de defesa, de espera, de ume escuta interior em que processa, culdadosamente, todes os movimentos do icoterapeuty, pois © medo do risco, em Psicoterapia, é algo tio sutil que ultcapassa nossa capacidade de pescepelo. O cliente precisa ver claro para poder caminhar e, nessa busca, ruuitas vezes transforma o psleo- terapeuta em modelo « espera ter nele respastas que alo encontra em si mesmo, O psicoterapeuta no & um depésito ov aglomerado de téenicas ¢ teorias, No seu proprio centro, ele se zeconhece em suas fronteiras, Nao precisa ser perfeito, mas preci- sa ter seguranga e consisténcia no seu modo de operar. Precisa saber onde esta, porque, do contritio, nfo saberé para onde irou corserd o sco de dar grandes passos, mas fora da estrada, 2. "Conseguire ser suficientemente expressivo para que a pessoa que Sou poss cor se sem anbiguidaie?” O psicoterapeute precisa ser genuino, puro, sem segundas intengBes. Sem perder suas caractezistices de pessoa, deve viver © expressar seus sentimentas cam residio, O psicoterapeuta nfo é um deus onipotente, é um homem consciente de sua fagilida de, No trabalhard com o cliente para resultados ou beneticios pesscais, Seus senti= 2 Py mmentos e emogbes de amor e ralva, de tristeza, alegria, medo devem st vividos como tas ¢, As vezes, manifestados, euaado disso o cliente pode ios reas. ‘Comunicar sua experiéncia toterna com relagfo ao cliente, dividir com ele sua in- sogarengs, podesia (2 uma visio data das crcunstinctas seri capaz de dizés fader fo cliente a ver 0 mundo com mais reslismo e coragem, porém sem transformar 0 en= ‘contro, nesse caso de autorrevelacio, num momento de fragilidade ou de um “ toque” social O profissonal se encontra sob o olhar vigilante e crtico do cite, que, com a pscoerapis, sai conguistando, cada ves mais, acapacidade de Waar diferenciabmente com sex pri proces. s0.até com odo psicoterapenta, (© dlieate, erm principio, aceita eacolh ta, aeje pela motivacto que vive, seja pela ne profisianal a ter um ol smenclogico pars Lindosthe 20 mesmo tempo estar atento és mudent sempre que mais perto ambos se apraximarem do lugar do encontzo marcado pela st tuaglo vivida pelo cliente ‘erespeltosamente, sentis melhor: Isso levard o iruaclo vivida pelo cliente, permi- .o horizonte cliente-profissional, capes deter uma atitnde poitios para con o outro, atte de calor, de afigao, speitor” edo, interest, seepeito ¢ empatia encerzam, basicamente, tods a postura que se espera de umm psicoterapeuta humanist, Essas atioades podem ser expressas com clareza, porque facilitam ¢ provocam no cliente uma atirude positiva com rolacio aos préprios desejos e &s préprias necessida- des. O psicoterapeuta, ao mesmo tempo que & mesure, é também diseipulo e, parado- xalmence, exemplo. Assim, quando expressa atioudes claramente positivas arespeito do cliente, este aprende a expressé-las mais claramente no context de sua vide ‘Muitas vezes, uma atitude sézi proptios sentimentos e temor| plcoteripico, que nfo suporta uma atitade de faz de conta ~alié, facilmente identifi- cave pelo cence. Appsicoterapia nfo & apenas para o cliente, mas, sobretudo, com o client. Jonas roxciane nisara0 Wooo | 4, "Poderel se sufclentemente forts, como pessoa, car deprimio com a sua depress, angustiada c aia 1 tnependente do entrot Poderei bsorvide pela sua depen CO psicoterapeuta pode vivenciar, ¢ muitas vezes vivencia, no seu ser de pessoa no mundo, a angtstia e 2 dor do cliente, embora deva manter uma pornica slencioes € equilibeada diante desses sentimentos No se crate aqui de sentido evangélico do selacionamento, mas de um sofrimento por impoténcia, por in- capacidade de controle, de desconhecimento dos préprios sentimentos. Trata-ce de uma complexa ¢ talvez perigose identificaglo com o processo pricoterapéutico do cliente, porque poder levar 0 psicoterapenta a condusis a a frer com os que toftem ¢ sorrir com os que sorriem’, no cio, como ele mesmo luzir a propria ansiedade. Estaria, quer sabe, vivendo uma experiéncia ponto uma identide 120 caso que conduz, Fruto de seu interesse e preocupaséo; hi, porém, outro tipo de angristia, freto de sua inseguranga ¢ de seu despcepazo, Se ele no se di conts dessa conteatransferéncia, que um processo profundamente humano, esta interferiré negativamence no andamento 5. "“Batare suficiencemente ser nulependente? Para permits all como ele &, com seus valores, suas crencas, espersnces, ) O cliente ¢ outro mundo, outra realidad, ¢ s6 serd ele mesmo na raaio cesso de mudane: vveres, no profissional 0 desejo de conduzis, PSICOTEAARLA ~ THORTAS = TECHICAS FSLCOTERAPICAS dar normas,indicar carinhos ¢ - por que ne? ~ daz conselhos, Essss atinudes, etedes pelo desejo de solucionar sinaae6es, de ver o cliente caminhar mais rapidamente, cost ‘mam ser fruto da ansiedade do profissional, do seu desejo de se sentir eficiente, no tendo nada a ver com 0 procestoe: Esquecemos que o carainho para ro, parao para ajustamentos criativos saudaveis € lento e doloroso, joder, para aseguranca, Estar seguro de si mesmo, como pessoa & psicoterapeute, exige mais do que lider com as préprias coisas de maneica coerente, Exige estas pronto para dar suporte, apoiss Inctativas de mudenga do cliante sem misturar a prépria realidade com a dele. Exige que o psicorerapeuta tenha conguistado uma liberdade interna pela qual se expressa no mando de maneira espontinea e critiva, permitinds que também os outros com o mesmo gran de iberdade e seguranca, 6, “Poder entrar compleramente no mundo de seus entos concepeées pessoas ¢ ro interior to plenamente que deixe 0a 0 VE Poderel entrar no sew ‘estar diante de alguém com 0 qual nos compro- issamos estando ali sem desejo, sem memérla, sem sentimentos. Parece proprio do ‘ser humaro desejar, sendo'esse desejo, quase sempre, o reflexo de nosso proprio mun- do, de nossas préprias expectativas, de nosso momento agui-agora. Esses nostos dese- Jos, essas nossas expectativas conduzém nossos movimentos internos 4 procura de not fgualarmos, de nos assemelharmos afinidades « também as grandes diferengas, quando um encontrarse, de verdade, vai eando cada vee mais distante, partir de nossas incerioridades ~ conhecidas ou desconhecidas ~ é eaquecer a lei fun damental da individualidad, base de nossa Nberdade e fondamento do processo de um vyerdadeiro enconsro, coma deve ser a relagio cliente-psicoterapeuta. ld «plenamienie, no wniveso interior do outro exigedespojarse de todo pre- cede uma aitude verdadeiramente humana, abrivse &comsicasdo transfer ‘madora, deixar que 0 outro penete levemente em nds. Qualguer antude de fulgamento, em psicoterapla, nos afasta da rota que conus ao interior do outro, cega nossa perceyeda clara, ‘mata, no nascedouro, toda equalauer esperanga de encontra, Conviver com a desigualdade sem chocarce, tentar colher nela ¢ através dela as ‘verdadeires informacdes que a realidade revela, exige um alto grau de maruridade da parte de quem escuta 0 outro, sem transformié-fo em um simples objeto, 3s outros, Daqui naccem as emizades, ae grandes borar, entretanto, um trabalho pelcoterapéutico @ * jonce vowerano nisin 17. "Poderci aciter todas as facetas que a outra pestoa me apresenter? Poderei aceite rnormalmente como é Podere comonicarthe esa aside? Qu a acitaret apenas cordiabmente, am espero ¢refeito outros?” ide & consequéacia da anterior. © peicoterapeuts nio € um lugar vazio, existencial, operacional. Dificilmente poderd fazer de conta que nfo percebeu a real dade vivids pelo seu cliente e de possiveis direcSes a ser verificedas, como eliminar suas percepgées, sensagGes, fancasias dlance de alguém que o procura para por cle set ajudado. Assim como o clien ou sa, a também ele deve estar presente a situagio come win todo existencial. Procurard ser verdadeiraments genuino, percebendo que & exata- seja na sua dinamicidade histézica, que deve produsir nele o desejo ¢0 esforso sacero de aceftar o cliente assim mente a complexidade do ser humano, seja no aqui-agor como ele é. Néo éficillidar com um cliente com aquela iberéade interior, que & a caracteristi- ‘ca fundamental ce todo ato psicoterapéuico, quendo ele me revela um lado escaro para o qual nem eu mesmo suparto'olhar. Por vezes, o psicoterapeuta se encontraré diante de pessoas que tocam profnds ‘menze coisas suas nio resolvidas satisfatorlamente. A consciéncia emocionada, entre tanto, desse seu inscabado podera proporcionar-Ihe caminhos, forga e maior liberdade para aceitarelidar com seu cliente, (© grande principio é dare conta de si e do outro ¢ 0 grande engodo é fazer de conta que esses conteiidos do cliente nda tém a ver com os seus, pols, nesst c850, sua deflexdo perturbari Se, por aca i seu processo que o do client ses temas sio de tal modo inquietentes que o psicoterapeuta nfo 08 suporca, nfo consegue lider com eles, devers, primeiramente, fizer uma séria autoa- nilise para compreender os laos inconscientes que o prendem aa seu cliente; e250 nfo Consiga se ajuda, deveri procurar a ajuda de um colega para uma supervisio didécica, Se nfo conseguir mudar, devers, com os devides cuidados, encaminhar 0 dente a ou «ro colega, ‘Ao longo dos meus mais de 40 anos de pseoterapen ‘exes, obrigedo a interromper 0 tatamento das m por asses de sae, fii, por das fentes. Expliguet longa e clavamente a les o que extava acontecando comigo, que no poder mais continuar atendendo,eapresentava uas caidas: uma era a internepedo do tratamento, a outra seria encaminhd-os @ um colega. A . Chametento 10m meu colega de UnB, expue para ele o caso los meus clientes econvidel-o a, juntamente comigo,assstir a umastréssesdes que ex condi, para que eles famillarizasse com os clientes ~e vice-nerea, Esse procesto foi combinade ¢ dtzcu smaioria acitow a segunda hip

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