BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1970. p. 160.
ANLISE
Se o espelho fosse mgico avivaria as fantasias da infncia e mostraria o quanto a vida adulta
limitada pelas imposies ou obrigaes.
ANLISE
Ao constar a velhice, o eu-potico mostra serenidade (Obrigado, obrigado!) porque sabe que sua
jovialidade se encontra no menino que sustenta o adulto. Os gregos j diziam que uma infncia sadia
faz um adulto satisfeito com a prpria vida e Machado de Assis, em Memrias pstumas de Brs Cubas
(1881), firma: o menino o pai de homem.
04. No poema, o eu-potico contesta o senso comum, isto , a ideia de que
A) as pessoas, na velhice, esperam pelos presentes de Natal. Para ele, os presentes so direitos apenas
das crianas.
B) Os idosos sabem reconhecer a fora exercida neles pelo tempo. Para ele, essas pessoas deixam a
realidade e vivem num mundo distante e cheio de fantasias.
C) O menino morre com a chegada da vida adulta. Para ele, o menino est atrelado ao homem at o fim,
portanto, vivo por toda a vida.
C) A chegada da velhice faz com que as pessoas voltem a ser crianas. Para ele, os idosos so
perspicazes e enxergam a realidade de forma crtica e consciente.
ANLISE
Geralmente o senso comum, diferentemente da sabedoria popular, se posta de maneira preconceituosa.
No senso comum, a infncia finda com a chegada da chamada vida adulta (marcada por
responsabilidades); em contrapartida, na sabedoria popular e no poema de Bandeira, as atitudes ldicas
podem e devem permanecer at a morte.
ANLISE
A alternativa A est bem prxima D, porm traz apenas a informao do espelho. J a alternativa D,
fala da tristeza do homem - confirmada no segundo verso da 3 estrofe - e do porqu dessa tristeza (o
espelho no mostra seu mundo interior).