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Este resumo descreve o livro "Imaginação e Criação na Infância" de Vigotski. O livro discute como a imaginação é fundamental para o desenvolvimento humano e como a educação pode cultivar a criatividade das crianças. Vigotski argumenta que a imaginação permite que as pessoas criem o novo a partir de suas experiências e que a educação deve estimular a imaginação e as emoções das crianças.
Este resumo descreve o livro "Imaginação e Criação na Infância" de Vigotski. O livro discute como a imaginação é fundamental para o desenvolvimento humano e como a educação pode cultivar a criatividade das crianças. Vigotski argumenta que a imaginação permite que as pessoas criem o novo a partir de suas experiências e que a educação deve estimular a imaginação e as emoções das crianças.
Este resumo descreve o livro "Imaginação e Criação na Infância" de Vigotski. O livro discute como a imaginação é fundamental para o desenvolvimento humano e como a educação pode cultivar a criatividade das crianças. Vigotski argumenta que a imaginação permite que as pessoas criem o novo a partir de suas experiências e que a educação deve estimular a imaginação e as emoções das crianças.
VIGOTSKI, L. S. Imaginao e criao na infncia. So Paulo: tica, 2009. 134 p.
O1 livro2 Imaginao e criao na infncia Diante dessa concepo de desenvolvimento
trata-se de um Ensaio psicolgico, que aborda psquico, Vigotski considera que o indivduo as condies e possibilidades da criao humana. possui a capacidade criadora de forma consciente A obra escrita para professores do ensino formal e orientada, graas s relaes que estabelece e procura, no contexto das discusses, socializar constantemente com os instrumentos e signos, preocupaes do autor com relao ao trabalho tpico debatido no Captulo 1, intitulado pedaggico, sobretudo, quando se refere ao ensino Imaginao e Criao. Ao imaginar, da primeira e segunda infncia. combinar, reelaborar experincias, o homem cria Com apresentao e comentrios da o novo; capacidade que faz do homem um ser Professora Doutora em Educao Ana Luiza que se volta para o futuro, erigindo-o e Smolka e de traduo de Zoia Prestes, o livro se modificando o seu presente (VIGOTSKI, 2009, estrutura em oito captulos, sendo eles: a. Criao p. 14). No Captulo 2, Vigotski (2009) aborda e Imaginao; b. Imaginao e Realidade; c. O especialmente relaes entre a imaginao e a mecanismo da imaginao criativa; d. A realidade. Para ele, existem quatro formas de imaginao da criana e do adolescente; e. Os relao. A primeira considera que a imaginao suplcios da criao; f. A criao literria na (fantasia) depende do acmulo de experincia da idade escolar; g. A criao teatral na idade escolar realidade, por isso defende-se a apropriao das e h. O desenhar na infncia. mximas elaboraes humanas por meio da Smolka (2009, p. 7), na sua apresentao, instruo formal, possibilitando, dessa forma, a afirma que a questo central apresentada por construo de bases slidas para a atividade de Vigotski (2009) constitui-se no enfoque e na criao. A segunda relao se torna mais anlise da [...] imaginao como uma formao complexa; inverso da anterior, a experincia se especificamente humana, intrinsecamente apoia na imaginao, o que quer dizer que relacionada atividade criadora do homem. Tal preciso uma grande reserva de experincia atividade humana, nesse sentido, passa a requerer anterior para que desses elementos seja possvel um trabalho pedaggico adequado, de forma a construir imagens. Se eu no tiver aridez do real considerar a emoo e a arte como fundamentos de enormes espaos que habitam o deserto, no da educao. Essa concepo revela a premissa posso, claro, criar a minha imagem daquele das consideraes de Vigotski (2009, p. 10): o deserto (VIGOTSKI, 2009, p. 24). A terceira desenvolvimento no algo linear e natural, mas relao se subdivide em dois modos, porm sim um trabalho de construo do homem sobre ambos de carter emocional. O primeiro diz o homem. respeito a nossa emoo; para ele, o sentimento colore a percepo dos objetos (VIGOTSKI, 1 2009, p. 26). O segundo modo o inverso, a Professora do Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade Estadual de Maring (UEM) PR. Professora imaginao que influi nos sentimentos. Para do Departamento de Teoria e Prtica. E-mail: exemplificar, Vigotski (2009) apresenta o medo silvia.moraes@uol.com.br quando, sob meia luz, um cabide de roupa 2 Mestranda em Educao no Programa de Ps-Graduao reflete a imagem de um bandido. A imagem em Educao da Universidade Estadual de Maring (UEM) irreal, mas a sensao de medo e susto PR. E-mail: ecgraciliano@hotmail.com verdadeira. Trata-se de uma combinao de contribuio para a constituio do indivduo impresses externas que fornecem bases para a durante seu processo de humanizao, pois em reconstruo criativa. A quarta e ltima forma de todo processo de educao da criana, a formao relao entre imaginao e realidade pode ser algo da imaginao no tem apenas um significado novo ao sujeito. Sem remeter a vivncias particular do exerccio e do desenvolvimento de anteriores, objetos ou fatos. O novo, ao ser alguma funo separada, mas um significado geral externamente encarnado no indivduo, materializa que se reflete em todo o comportamento humano a imaginao e passa a existir e influenciar o real (VIGOTSKI, 2009, p. 59). vivido. O exemplo ilustrado pelo autor so os No Captulo 6, A criao literria na dispositivos tcnicos. idade escolar, Vigotski (2009), de modo geral, No Captulo 3, O Mecanismo da convida os pedagogos a refletirem sobre imaginao criativa, trata-se da importncia da procedimentos didtico-metodolgicos dissociao (que diz respeito fragmentao do promovidos nas escolas. Para ele, inadequado todo em partes) e da associao (que a unio dos analisar o desenvolvimento mental pelas elementos modificados) das vivncias, pois esse produes literrias (remetem a smbolos), uma processo de extrema importncia em todo o vez que a oralidade e a escrita (formas de registro, desenvolvimento mental humano; ele est na base quer por desenho, quer por cdigos lingusticos) do pensamento abstrato, da formao de no possuem desenvolvimento concomitante. A conceitos (VIGOTSKI, 2009, p. 36). Em escrita envolve abstraes, enquanto a fala especial, essa parte do livro remete diretamente desencadeada pelo convvio social. Novamente, valorizao do trabalho educativo, pois as recorre aos profissionais do ensino formal, condies concretas influenciam na construo e explicando que se faz relevante criar necessidades reconstruo da atividade criativa, e cita a criao para o ensino da escrita, assim como formas de do jogo fantstico nos nmeros pelos hindus, domin-la. Critica ferrenhamente procedimentos afirmando que, graas imaginao numrica, a escolares isolados do contexto sociocultural dos humanidade pode beneficiar-se e apropriar-se da escolares. Durante esse captulo, Vigotski (2009) herana histrica a ns deixada. faz referncia teoria geral da educao de Lev Partindo do pressuposto de que os interesses Nikolaievitch Tolsti e refirma a necessidade de o das crianas diferem dos adultos e que, professor assumir um papel de orientador. consequentemente, a imaginao se sistematiza de Defende que o melhor estmulo para a atividade forma diferenciada, Vigotski (2009), no Captulo criadora na infncia est na organizao de vida e 4, A imaginao da Criana e do Adolescente, do ambiente, devido s necessidades (reais) escreve sobre a ascenso das vivncias, geradas criana. Apresenta o que vislumbra desmitificando a crena de que a criana possui como educao: imaginao mais rica do que a do adulto. Para ele, durante o processo de desenvolvimento Educao, entendida correta e humano, ocorre tambm o processo de cientificamente, no significa infundir de desenvolvimento da imaginao, a qual tem sua maneira artificial, de fora, ideais, maturidade na fase adulta, graas ao acmulo de sentimentos e nimos totalmente estranhos s crianas. A educao correta experincias internalizadas. Isso quer dizer que, consiste em despertar na criana aquilo ao longo do desenvolvimento, o indivduo tende a que existe nela, ajudar para que isso de retrair a imaginao. desenvolva e orientar esse A duplicidade de sentimentos que a desenvolvimento para algum lado atividade criadora proporciona ao indivduo marca (VIGOTSKI, 2009, p. 72). o que Vigotski (2009) intitula Os suplcios da criao, presente no Captulo 5. A alegria ou o De modo geral, esse captulo abarca sofrimento revelam que criar difcil questes pertinentes ao campo educacional, visto (VIGOTSKI, 2009, p. 56). Para o autor, a que abarca no s questes relacionadas aos imaginao tem sua origem no social do procedimentos didticos do professor, mas indivduo e compe o que chama de funes contempla uma vasta gama de informaes, tais psquicas superiores. Novamente, nesse captulo, como: a imerso da criana na sua cultura, a idade assim como no terceiro, os escritos do extrema de transio (entre a infncia e a fase adulta), importncia ao processo educacional, devido construo da personalidade (carter interno), criao oral literria e criao dramtica, imitao torno dos estgios do desenho infantil, e brincadeira. Os elementos nessa parte discutidos caracterstico da primeira infncia. Vigotski fornecem fundamentaes para a Criao teatral (2009) apresenta quatro estgios, os quais a na idade escolar, assunto do captulo 7. criana perpassa durante a elaborao de seus O foco das discusses circunda a registros, sendo eles: I- Estgio de esquemas; II- importncia da dramatizao no desenvolvimento Estgio do surgimento; III- Representao infantil. O autor explana que a brincadeira verossmil; e IV- Representao plstica. Aps a aproxima a criana da criao dramtica. A explicao dos estgios, o autor finaliza, brincadeira a escola da vida para a criana; sinalizando a importncia de cultivar a criao na educa-a espiritual e fisicamente. Seu significado idade escolar. Dessa forma, a estrutura enorme para a formao do carter e da viso de fundamental do trabalho pedaggico consiste em mundo do futuro homem (VIGOTSKI, 2009, p. direcionar o comportamento do escolar seguindo a 100). Nesse sentido, Vigotski (2009), de forma linha de preparao para o futuro, e o cabal, critica quaisquer aes de reproduo desenvolvimento e o exerccio de sua imaginao teatral, pois esta constitui-se como uma forma de so uma das principais foras no processo de engessar a criao infantil. Ao contrrio disso, realizao desse objetivo (VIGOTSKI, 2009, p. sugere o autor que as crianas participem da 122). prtica educativa, quer do incio ao final da Consideramos que o livro Imaginao e encenao infantil (para que no haja quebra na criao na infncia uma obra de extrema sua estrutura psicolgica), quer da elaborao do relevncia aos profissionais da educao, por cenrio (decorao). Para o autor, o maior propiciar tanto reflexes afetas s prticas prmio deve ser a satisfao que a criana sente educativas, quanto fundamentaes terico- desde a preparao do espetculo at o processo metodolgicas relacionadas primeira e segunda de interpretao, e no o sucesso obtido ou o infncia. Aos que almejam uma educao elogio advindo dos adultos (VIGOTSKI, 2009, p. humanizadora, de modo especial, tem-se s mos 102). uma fonte valiosa para estudos e pesquisas. O Captulo 8 denominado O desenhar na infncia prope um dilogo aos pedagogos em