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2096 ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lol n.° 11/89 de 1 de Junho Bases goris do esttuto da condigko miter A Assembleia da Repiblica decreta, nos termos dos artigos 164.°, alinea d), 167.°, alinea n), e 169.°, n.° 2, da Constituicao, 0 seguinte: Artigo 1.° A presente lei estabelece as bases gerais a que obedece 0 exercicio dos direitos e o cumprimento dos deveres pelos militares dos quadros permanentes em qualquer situacdo ¢ dos restantes militares enquanto na efectividade de servico ¢ define os principios orienta- dores das respectivas carreiras. Art. 2.° A condigéo militar caracteriza-se: 4) Pela subordinago ao interesse nacional; 5) Pela permanente disponibilidade para lutar em defesa da Patria, se necessério com o sacrifi- cio da prépria vida; ©) Pela sujei¢do aos riscos inerentes ao cumpri- mento das misses militares, bem como a for- macdo, instrugéo ¢ treino que as mesmas exi- gem, quer em tempo de paz, quer em tempo de guerra; @) Pela subordinagao a hierarquia militar, nos ter- mos da leis ©) Pela aplicagdo de um regime disciplinar pré- rio; J) Pela’ permanente disponibilidade para o servigo, ainda que com sacrificio dos interesses pessoais; 8) Pela restrigdo, constitucionalmente prevista, do exercicio de alguns direitos e liberdades; +) Pela adopcdo, em todas as situagdes, de uma conduta conforme com a ética’ militar, por forma a contribuir para o prestigio ¢ valoriza- do moral das forgas armadas; 1) Pela consagracdo de especiais direitos, compen- sages € regalias, designadamente nos campos da Seguranga Social, assisténcia, remuneracies, cobertura de riscos, carreiras ¢ formagio. Art. 3.° Os militares assumem’ o compromisso pi- blico de respeitar a Constituiclo ¢ as demais Repiiblica e obrigam-se a cumprir os regulamentos ¢ as determinagdes a que devam respeito, nos termos da lei. Art. 4.° — 1 — A subordinagdo a disciplina militar baseia-se no cumprimento das leis ¢ regulamentos res- pectivos € no dever de obediéncia aos escaldes hierdr- ‘quicos superiores, bem como no dever do exercicio res- ponsavel da autoridade. 2—O dever de obediéncia consiste em cumprir, completa e prontamente, as leis e regulamentos milita- res ¢ as determinagdes que de umas ¢ outros derivam, ‘bem como as ordens ¢ instrugdes dimanadas de supe- rior hierarquico, dadas em assuntos de servico, desde que 0 seu cumprimento ndo implique a prética de crime. Art, 5.° Em processo disciplinar so garantidos aos militares os direitos de audiéncia, defesa, reclamacao € recurso hierarquico ¢ contencioso, sendo sempre ga- rantido, em caso de processo escrito, o patrocinio. ‘Art. 6° Os militares tém direito a receber do Es- tado patrocinio judicidrio ¢ assisténcia, que se traduz DIARIO DA REPUBLICA —I SERIE na dispensa do pagamento de preparos ¢ custas e das demais despesas do proceso, para defesa dos seus di- reitos e do seu bom nome e reputagdo, sempre que se- jam afectados por causa de servigo que prestem as for- gas armadas ou no ambito destas. Art. 7.° Os militares gozam de todos os direitos liberdades reconhecidos aos demais cidadaos, estando 0 exercicio de alguns desses direitos ¢ liberdades sujeito as restrigdes constitucionalmente previstas, com o 4m- bito pessoal e material que consta da Lei de Defesa Na- sional ¢ das Forgas Armadas. Art. 8.° — 1 — Aos militares que professam religido com expressdo real no Pais é garantida assisténcia re- ligios. 2 —Os militares nao sao obrigados a assistir ou a articipar em actos de culto préprios de religiao diversa da que professem. Art. 9.° — 1 — Os militares exercem os poderes de autoridade inerentes ao desempenho das funcdes de co- mando, direceao, inspeccdo ¢ superintendéncia, bem como da correspondente competéncia disciplinar. 2— O exercicio dos poderes de autoridade implica ‘a responsabilidade dos actos que por si ou por sua or- dem forem praticados. Art, 10.° — 1 — Aos militares é atribuido um posto hierdrquico, indicativo da sua categoria, e uma anti- guidade nesse posto. 2 — 0 exercicio dos poderes de autoridade, o dever de subordinagdo ¢ a responsabilidade de cada militar decorrem das posigdes que ocupam na escala hierdr- quica e dos cargos que desempenham. 3 — Na estrutura organica das forgas armadas os mi- litares ocupam cargos ¢ desempenham funcdes que devem corresponder aos seus postos. 4 — Quando, por razdes de servigo, os militares de- sempenhem fungdes de posto superior ao seu, consi- deram-se investidos dos poderes de autoridade corres- Pondentes a esse posto. ‘Art. 11.° — 1 — E garantido a todos os militares 0 direito de progresséo na carreira, nos termos fixados nas leis estatutérias respectivas. 2—O desenvolvimento das carreiras militares orienta-se pelos seguintes principios basicos: 4) Relevancia de valorizacao da formagao militar; ) Aproveitamento da capacidade profissional, avaliada em fungao de competéncia revelada ¢ de experiéncia; ©) Adaptacdo inovacdo e transformacao decor- Fentes do progresso cientifico, técnico ¢ opera- cional; d) Harmonizacao das aptidées e interesses indivi- duais com ‘os interesses das forgas armadas. 3 — Nenhum militar pode ser prejudicado ou bene- ficiado na sua carreira em razdo de ascendéncia, sexo, raga, territério de origem, religido, convicsdes polit cas ou ideolégicas, situacdo econémica ou condigao so- cial. 4 — 0 desempenho profissional dos militares deve ser objecto de apreciagdo fundamentada, que, sendo desfavoravel, € comunicada ao interessado, que dela pode apresentar reclamacao € recurso hierérquico, nos termos fixados nas respectivas leis estatutérias. Art. 12,° — 1 — Os militares t8m 0 direito ¢ 0 de- ver de receber treino e formacio geral, civica, cienti- fica, técnica ¢ profissional, inicial e permanente, ade- N. quados ao pleno exercicio das funcdes e missdes que Ihes forem atribuidas. 2 — Os militares tém ainda o direito e 0 dever de receber formacao de actualizacao, reciclagem ¢ progres- so, com vista a sua valorizagao humana ¢ profissio- nal'e & sua progressao na carreira. ‘Art. 13.° Os militares tém direito aos titulos, hon- ras, precedéncias, imunidades isengdes adequados & sua condi¢do, nos termos da lei. Art, 14.° — 1 — Os militares dos quadros perma- nentes estdo, nos termos dos respectivos estatutos, su- jeitos & passagem a situacao de reserva, de acordo com limites de idade e outras condigdes de carreira e servico. 2— Os militares na reserva mantém-se disponiveis para o servico e tém direito a uma contrapartida re- muneratéria adequada a situacdio em que se encontram. Art. 15.° — 1 — Atendendo & natureza e caracteris- ticas da respectiva condigdo, so devidos aos militares, de acordo com as diferentes formas de prestaao de servigo, os beneficios e regalias fixados na lei. 2—E garantido aos militares e suas familias, de acordo com as condigGes legalmente estabelecidas, um sistema de assisténcia e proteccdo, abrangendo, desi nadamente, pensdes de reforma, de sobrevivencia e de preso de sangue subsidios de invalidez ¢ outras for- mas de seguranga, incluindo assisténcia sanitéria ¢ apoio social. ‘Art. 16.° A presente lei aplica-se aos militares da Guarda Nacional Republicana ¢ da Guarda Fiscal Art. 17.° — I — As bases gerais da disciplina mili- tar so aprovadas por lei da Assembleia da Reptiblica ¢ 0 Regulamento de Disciplina Militar é aprovado por lei da Assembleia da Republica ou, mediante autoriza- do legislativa, por decreto-lei do Governo. ‘2. — Em desenvolvimento da presente lei, ¢ no prazo de seis meses a contar da sua entrada em vigor, serao aprovados por decreto-lei os estatutos respeitantes aos oficiais, sargentos e pragas. Aprovada em 7 de Margo de 1989. © Presidente da Assembleia da Republica, Vitor Pe- reira Crespo. Promulgada em 11 de Maio de 1989. Publique-se. © Presidente da Repiiblica, MARIO SOARES. Referendada em 17 de Maio de 1989. © Primeiro-Ministro, Anibal Antonio Cavaco Silva. Resolucéo da Assembi Inquérito perlamentar 1. 14V 1 — A Assembleia da Repiiblica constitui, ao abrigo dos artigos 181.°, n.° 4, da Constituigdo ¢ 253.°, n.° 2, do Regimento, uma comissio parlamentar de inquérito com vista a apurar em toda a extensdo a conduta dos servigos oficiais, designadamente da administragao fis- cal, intervenientes no proceso de aquisigao pelo Mi- iro das Financas de apartamentos no Edificio Amo- reiras e na Rua de Francisco Stromp, em Lisboa, por forma a determinar as condigdes em que esses nego- s juridicos foram celebrados, os actos € omissoes praticados pelos servigos, no tocante a aplicacao das la da Republica n.° 13/69 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2097 normas legais proibitivas de simulacdo de pregos ¢ eva- séo fiscal, bem como as condigdes em que o Ministro das Financas fez uso, para fins alheios aqueles a que se destinam, de veiculos ¢ pessoas da Guarda Fiscal. 2 — A referida comissdo foi dada, em reuniao ple- néria de 2 de Maio de 1989, nos termos do artigo 29.°, n.° 3, do Regimento, a seguinte composicao: Partido Social-Democrata — 16 deputados; Partido Socialista — 7 deputados; Partido Comunista Portugués — 2 deputados; Partido Renovador Democratico — 1 deputado; Centro Democratico Social — 1 deputado; Partido Os Verdes — 1 deputado. 3 — A comissio apresentara 0 seu relatério no prazo de dois meses. Assembleia da Republica, 2 de Maio de 1989. — O Presidente da Assembleia da Reptiblica, Vitor Pereira Crespo. MINISTERIO DAS FINANGAS Portarla n.° 383/89 do 1 de Junho Considerando que 0 quadro de pessoa! da Direcgao- -Geral do Patriménio do Estado, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.° 44/80, de 30 de Agosto, ¢ alterado pelas Portarias n.°* 116/85 ¢ 73/87, de 22 ¢ 3 de Fevereiro, respectivamente, foi publicado sem atender & categoria de administrador de sistema, pre- vista nos artigos 10.° € 11.°, n.° 1, do Decreto-Lei n.° 110-A/80, de 10 de Maic Considerando que, dada a necessidade de funciona mento dos servigos e respectiva adequagio as novas rea- lidades funcionais e tecnoldgicas, se considera haver conveniéncia na criago de um lugar de administrador de sistema, letra E, eliminando, simultaneamente, um lugar de controlador-chefe, letra I, e um de controla- dor de trabalhos principal/controlador de trabalhos, letras K e L, ambos da carreira de controladores de trabalho definida no supracitado Decreto-Lei n° 110-A/80; Considerando que os lugares a eliminar n&o foram ainda providos; Considerando que esta alteragao se traduz num decréscimo de efectivos no quadro de pessoal da Direcg4o-Geral do Patriménio do Estado e nao envolve aumento de encargos orcamentais: Nos termos do disposto no n.° 2 do artigo 1.° do Decreto-Lei n.° 59/76, de 23 de Janeiro, e no Decreto- -Lei n.° 41/84, de 3 de Fevereiro: Manda o Governo, pelos Secretarios de Estado do Orgamento ¢ dos Assuntos Fiscais, que 0 quadro de pessoal da Direcgdo-Geral do Patriménio do Estado, ha parte referente ao pessoal de informatica, passe a ser 0 constante do mapa anexo presente portaria. Ministério das Finangas. Assinada em 17 de Maio de 1989. © Secretario de Estado do Orcamento, Rui Carlos Alvarez Carp. — O Secretario de Estado dos Assun- tos Fiscais, José de Oliveira Costa.

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