Nessa espcie de catedral barroca de nossa literatura onde, ao lado dos santos, se assim
se pode dizer, das figuras de primeira plana, de valor incontestado, tiveram entrada
carrancas e bonifrates, gente mida, gente mais ou menos que secundria, s foram
includas sete mulheres: ngela do Amaral Rangel, Beatriz Francisca de Assis Brando,
sobrinha de Maria Joaquina Dorotia de Seixas, a doce Marilia das liras de Gonzaga,
Delfina da Cunha, Nsia Floresta (...), Narcisa Amlia, Maria Firmina Reis e Jesuna
Serra. (...) E tudo; nada mais achou a dizer a respeito de mulheres o mestre sergipano...1
1
Pereira, As mulheres na literatura brasileira, p. 18.
2
Id., p. 19.
Arquivos de mulheres e mulheres anarquivadas 65
3
Arajo, Apresentao em Muzart (org.), Escritoras brasileiras do sculo XIX, p. 14.
68 Constncia Lima Duarte
4
Derrida, Mal de arquivo, pp. 118-9.
5
Compagnon, O demnio da teoria, p. 45.
Arquivos de mulheres e mulheres anarquivadas 69
Referncias bibliogrficas
COMPAGNON, Antoine. O demnio da teoria: literatura e senso comum. Trad.
de Cleonice Paes Barreto Mouro e Consuelo Fortes Santiago. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2001.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impresso freudiana. Trad. de Clu-
dia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumar, 2001.
MUZART, Zahid Lupinacci (org.) Escritoras brasileiras do sculo XIX. An-
6
Derrida, op. cit., p. 31.
70 Constncia Lima Duarte