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Principios basicos 00 tratamento de esgotos MARCOS VON am SPERLING (© autor considera como totalmente bem-vindos quaisquer comentitios suges tes para a mclhoria deste volume, ou de qualquer dos outros volumes da série. Finalmente, gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuiram ¢ que pros seguem contribuindo para a realizagZo desta série. A nivel individual, um agradeci- ‘mento a todos que se motivaramy juntamente comigo, a dar forma ¢ contetido aos livros. A nivel institucional, as entidades e agéncias responsdveis pela viabilizagio do empreendimento: Departamento de Engenharia Sanitaria e Ambiental da UFMG (DESA-UFMG), Sociedade Atemi de Cooperago Téeniea (GTZ) e Conselho Na- cional de Desenvolvimento Cientifico e Teenolégico (CNPq). Marcos von Sperling Janeiro de 1996 CAP{TULO 1 Prineipios do tratamento hiol6gico de esgotos |. PRINCIPIOS DA MICROBIOLOGIA DO TRATAMENTO DE ESGOTOS. 1.1 Introdugai.. si 1.2 Classificagio dos microrganismos. 1.3 A natureza das eélulas biol6gicas f 1.4 Fontes de energia e carbono para as células microbianas 1.5 Metabolismo dos mierorganismos. r 1.6 Geragao de energia nas eélulas microbianas... ECOLOGIA DO TRATAMENTO DE ESGOTOS... 2.1 Introdugio. 2.2 Principais microrganismos envolvidos. 2.3 Bactérias. 2.4 Protozostios | 2.5 Tipos de crescimento esustentagio da biomassa 2.6 0 floco biol6gico em sistemas de erescimento disperso 2.7 biofilme em sistemas de erescimento aderido CAPITULO 2 Prinefpios da cinética de reagées e da hidréulica de reatores { INTRODUGAO.... . CINETICA DE REACOES 2.1.Tipos de reagdes. 2.3. ReagGes de primeira ordem. 2.4-Reagbes de saturagio. 2.5.Influéncia da temperatur |, BALANCO DE MASSA, 3.1, Equag6es representativas 3.2, Estado estacionétio estado dindmico M1 M1 12 B 4 15 a7 21 21 2 2B 26 21 129 32 4, HIDRAULICA DE REATORES 4.1. Introdugi 4.2. Reator de fluxo em pistao ideal. 43, Resto de mistua completa ideal 4.4, Células em série 4.5, Fluxo disperso. 4.6, Células em paralelo 4.7, Células em série com alimentagio ineremental 428, Células em série e em paraleto. 49.0 efeito darecirculagio, 4.10, Comparagaio entre tipos de reatores. 4.11. A influéncia de cargas variveis.. CAPITULO 3 Prinefpios da remogiio da matéria orgéiniea 1. CARACTERIZAGAO DO SUBSTRATO E DOS SOLIDOS 1.1. Introdugao. Ee 1.2. Caracterizagio da matériacarbonicea.. 1.3, Caracterizagio da matéria nitrogenada 14, Atuagao da biomassa 1.5. Representagéo da biomassa e do substato 2, PROCESSOS DE CONVERSAO DAS MATERL CARBONACEA E NITROGENADA 2.1, Conversdo da matéria earbonscea.. 2.2. Convers da matérianitrogenada. 3 3. PROGRESSAO TEMPORAL DA OXIDACAO BIOQUIMICA DAMATERIA CARBONACEA i 4, CINETICA DA OXIDACAO DA MATERIA ORGANICA 5. PRINCIPIOS DO CRESCIMENTO BACTERIANO. 5.1. Sintese e respiragtio endégena, Curva de erescimento bacteriano. 5.3. Cinética do erescimento bacterin... 5A, Produgiio de s6lidos . 6, MODELAGEM DO SUBSTRATO E DA BIOMASSA EM UM REATOR DE MISTURA COMPLETA 6.1. Balango de massa no reator 6.2, Sistemas sem recireulagio e com recitculagio de slides... ‘Tempo de detengio hidrdulica e tempo de residéncia celular ‘Tempo de varrimento cella. . 5, Concentrago de s6lidos em suspensiio no reator. 3. Substrato efluente. CAPITULO 4 DE SEDIMENTAGAO... IMENTACAO DISCRETA 1, Velocidade de sedimentagao 2. Conccito do tanque de sedimentagao de fuxo horizontal ideal 4.3. Testes de sedimentagio JEDIMENTAGAO FLOCULENTA... SEDIMENTACAO ZONAL. 5.1 Sedimentagao em uma coluna 2. A teoria do fuxo limite de sides. 5.3, Determinagio da velocidade de sodimentago da inter 511 {nice volumétrico de lodo... 5.5. Determinagao do fluxo limite de slides Principios de aeracio INTRODUCAO. PUNDAMENTOS DA TRANSFERENCIA DE GASES 2.1. ConcentragZo de saturagao de um gas : 2.2, Mecanismos da transferéncia de gases (CINETICA DA AERACKO. eae PATORES DE INFLUENCIA NA TRANSFERENCIA DE OXIGENIO. "TAXA DE TRANSFERENCIA DE OXIGENIO NO CAMPO E EM CONDIGOES PADRAO OUTROS CORFICIENTES DE AERACAO (6.1. Bficiéncin de oxigenagio... 6.2. Bficiéncia de transferéncia de oxigénio. 6.3. Densidade de pot®ncit...nnnnnn 7. SISTEMAS DE AERAGAO MECANICA. 8. SISTEMAS DE AERAGAO POR AR DIFUSO.. 9. TESTES DE AERAGAO REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CAPITULO 1 cipios do tratamento biolégico de esgotos 1. PRINCIPIOS DA MICROBIOLOGIA DO TRATAMENTO DE ESGOTOS 1 Introdugio ‘ratamento bioldgico de esgotos, como o pr6prio nome indica, ocore intira- le por mecanismos biolbgicos. Estes processos biol6gicos reproduzem, de ceta ra, 0s processos naturas que ocorrem em um corpo d'gua apés o langamento spejos. No corpo d'égua, a matéria orginica 6 convertida em produtos mincra- 3 inertes por mecanismos puramente naturais, caracterizando o assim chamado eno da autodepuragdo. Em uma estagao de tratamento de esgotos os mesmos os bisicos ocorem, mas a diferenga é que hé em paralelo a introdugio de logia. Bssa tecnologia tem como objetivo fazer com que 0 processo de depura- se desenvolva em condigdes controladas (controle da efieigneia) e em taxas elevadas (solugio mais compacta), A.compreensio da mierobiologia do tratamento dos esgotos é, portant, essencial a olimizagio do projeto e operagio dos sistemas de tratamento biol6gico. No ado, as estages de tratamento eram projetadas por engenheiros tendo por base dos essencialmente empiticos. Nas Gkimas décadas, o cariter multiiseiplinar (Engenharia Santéra tem sido reconhecido, cos bidlogos tém trazido fundamen- contribuigdes para a compreensio do processo, O conhecimento racional tem se andido, com o concomitante decréscimo do nivel de empitismo, possibilitando a 6s sistemas venham a ser projetados e operados em bases mais sélidas. O ultado tem sido o aumento da eficiéncia ea redugo nos custos. (Os principais organismos envolvidos no ratamento dos esgots sao as bactérias, tozoérios, fungos, algase vermes. Destes, as bactérias so, sem diivida, 08 mais ortantes na estabilizagio da matéria orginica, ¢ um maior detalhamento & dedi- 2s mesmas no presente capitulo O tratamento dos esgotas€ visto aqui do ponto vista biolégico (estudo das bactéias) e ecol6gico (estudo das comunidades vids). icfpios do iratamentobioldgico de esgotos dos microrganismos. Alguns fem comum com os vegetais, enquanto ide animais. Tradicionalmente,aclassifieagio dois grandes reinos o Vegetal ¢ o Animal, presentes em cada uma destas grandes subdivi- W208 ndotaram uma divisio mais prética, posicionando os separado, o dos Protistas. A diferenga crucial entre os (Vegetais c animais) é o elevado nivel de diferenciagio celular 8. Isto quer dizer que, num protista, as eélulas de um mesmo ‘maorfol6gica c funcionalmente similares, o que reduz sobremaneia a de adaptagio e desenvolvimento, 4 em organismos com diferencia ‘conte uma divisio de trabalho, Nos organismos superiores, as eélulas clades (mas geralmente de mesmo tipo), reinem-se em grupos maiores, Aenominados recidos. Os tecidos, por sua vez, constituem os drgdos (ex: pulmo), © estes formam os sistemas ou aparetios ex: sistema respirat6rio).O grau de diferen= igo celular é, portanto, um indicativo do nivel de desenvolvimento deuma especie. © Quadro 1.1 apresentaas principaiscaracteristcasdestesirésreinos do mundo vivo. Mais recentemente, tem-se adotado uma nova proposta de classifieago dos sees vivos, englobando os seguintesreinos: (a) monera (seres mais simples, sem ntcleo diferenciado, como bactéias e cianoficeas), (b) protsta (seres simples, mas corn niécleo diferenciado, como algas, fungos e protozoétios), (c) vegetal e(4) animal. Ha autores, ainda, que dividem em cinco reinos, sendo que os fungos oeupam um reino separado (Silva Jee Sasson, 1993) Quadro 1.1 Caractersticas bésicas dos reinos do mundo vivo = ee (Galatercies MoneraPcitas a Animals catia Unicstuarnaticeksor Muliceblar—Nhdtionaar Ditrenciao coer Ines oveda — Elvada Fonte do eneroiauminetéiaorganicainstiainargenea Luz Matern rica Corona “Autenofpresats Proserto Ausente Moorento Imaveigmoveis movie Movsis Parede cokar ‘Asoniojpreses Proconte __Aleie Observa-se, portanto, que alguns grupos de moneras e protistas apresentam ccaracteristicas de vegetais, enquanto outros assemelham-se aos animais, Como comentado, a principal diferenca dos moneras e protistas com relago aos demais é © nfvel de diferenciagio celular, inexistente nos dois primeiros. Em termos dos 2 Principos basicas do tratamento de esgotos {Erupos componentes dos reinos monera e protisia, sio as seguintes as 1.2. Coractertsticas bésicas dos principais prupos de microrganismos (ceinos protista © monera) Nene Pros Prasent> Neo Aguas Mavis smiictorganismos em que o nticleo das eélulas encontra-se confinado por uma ina celular (protistas: algas, protozodrios e fungos) sio denominados euca- , 0 passo que os microrganismos que possuem 0 miicleo disseminado no (monera: algas cianoficeas e bactérias) sfio denominados procariotas. ira geral, os seres eucariotas apresentam um maior nivel de diferenciagio virus ndo foram ineluidos na classificacZo acima por possuitem caracteristicas te particulares (caracteristicas de seres vivos e de seres nao Vivos), € por nio envolvidos diretamente nos processes de depuraio bioldgica das sguas ins. A natureza das eélulas biol6 fe maneira geral, a maioria das células vivas é bastante similar. Apresenta-se a Juma descrigo sucinta dos seus componentes principais (La Riviere, 1980; joglous e Schroeder, 1985). Células tém geralmente como limite externa uma membrana celular. Esta abrana é flexivel e funciona como uma barreira seletiva entre. contetido da célula ene externo, A membrana é scmi-permedvel, exereendo portanto o impor- papel de selecionar as substincias que podem sair ou entrar na célula, No » as bactérins, algas, fungos e plantas possuem ainda uma outra camada 4, denominada parede celular: Esta é geralmente composta por um material . que dé & célula uma forma estrutural caracterfstica, oferecendo ainda uma io contra impactos mecinicos e alteragses osméticas. Acredita-se que esta ia ndo seja somi-permeaivel, n3o exereendo portanto um papel na regulagio sumo das substincias dissolvidas no meio eircundante, Em algumas bactérias le celular pode ser ainda envolvida por uma outra camada externa, geralmente ‘material gelatinoso, denominada edpsula (com limites definidos) ou camada ios do tratamento biotdgico de esgotos sel (quando difusa). No caso das célulasindividuais apresentarem mobilida- de, elas usualmente possuem flagelos ou cifios. O interior da célula contém uma suspensio coloidal de proteinas, carboidratos € ‘outras formas complexas de matéria organica, constituindo o citoplasma. Neste cencontram-se ainda organclas. Cada célula contém dcidos nuctéicos, 0 material genético vital para a reproduso. ficido ribonucléico (RNA), de importincia na sintese de proteinas, encontra-se nos ribossomos, presentes no citoplasma, Ax células procarioias, tais como as das bactérias, contém apenas uma drea nuclear, a0 passo que as células eucariotas pposstiem um nticleo definido envolto numa membrana, O niicleo (ou érea nuclear) é Fico em dcidos desoxirribonucléicos (DNA), os quais contém a informagio genética necessétia para a reprodugio de todos os componentes celulares. O eitoplasma de células procariotas contém frequentemente DNA em pequenas estruturas denomina- das plasmideos. A Figura 1.1 apresenta uma ilustraglo esquemétien de uma eétula bacteriana. CELULA BACTERIANA, Apes, Netean a FIGOSSOWAS —CITORLAGWA ig. 1.1. Boquoma de wma ela bacteria 14 Fontes de energia ¢ carbono para as células microbianas ‘Todos 0s seres vivos, para que possam desempenhar as suas fungbes de eresci- ‘mento, locomosio, reprodutio ¢ outras, necessitam basicamente de: (a) energia, (b) ccarbono ec) nuttientes (nitrogénio, fésforo, enxofre, potissio, cdlcio, magnésio etc). Em termos da fonte de carbono, hi fundamentalmente dois tipos de organismos: 4 Prineipis basicos do tratamemto de exgotas at6trofos. Fonte de carbono: gis earbénieo (CO2); er6trofos. Fonte de carbono: matéria orgénica, mos da fonte de energia, hi basicamente dois tipos de organismos: fototréficas. Fonte de energia: energia luminasa; quimiotroficos. Fonte de en: Fons do cnorga Fanta de cwbono _Organismos pases es Panta supoticres, aloes, rootos 902 bettas atssinioas Matéia orgarica Boca ftoreittons ea Bactérie Bactirias.fungos, prtazadios e aninels Maia egarica attri orgies Peano o Soran, as aa 8 Fay iaior parte dos processos de tratamento de esgotos (excegao feta as lagons livas), a luz ndo penetra significativamente no liguido contido nos tanques dos ao tratamento, devido & clevada turbidez do liquido. Por conseguinte, a de microrganismos que tém a luz.como fonte de energia (fooaut6trofos & irofos) 6 extremamente limitada. Os organismos de real importancia neste portato, os quimioautSirofos (responsives, por exemplo, pela nitificagéo) joheterStrofos (responsiveis pela maior parte das reagées que ocorrem no Wo biolégico). Por simplicidade, dentro. do presente contexto, os limos doravante denominados apenas como heter6trof03. ‘Metabolismo dos microrganismos Si elie fap ceticnscrneneneas a Rif MD assimilagdo ou catabolismo; reagSes de produgdo de energia, nas quais ocorre xadagiio do substrato; lag do ow anabolismo:reagbes que conduzem 3 formago de material celular scimento) com o auxilio da energia liberada na desassimilagio. fe uma maneira simplificada, os organismos crescem e se reproduzem as custas Npios do tratamento bioldgico de esgotos 15 da utilizago da energia liberada por meio da desassimilagio, Na desassimilagio, a cnergia armazenada em forma quimica nos compostos orgiinicos (substrato) ¢ libe- rada, sendo convertida na assimilago em material celular. O crescimento liquido é resultante do balango entre 0 anabolismo (positive) e o eatabolismo (ncgativo). "Em ambas as calegorias, as trahsformagées quimicas ocorrem numa sequéncia de diversas © intrineadas reacSes intermedifrias, cada qual catalizada por um tipo cespeetfico de enzima. A maioria das enzimas esté localizada dentro da célula:tais so Cis +2 20 a4 seduzidoametano. Este caminko é menos importante em termos de conversdo global, sas pode ser realizado por praticgmente todas as bactérias metanogénicas. Asegunda anaerSbias: metanogénese acetotréfica via € ada metanogénese acetotrdfica (producio de metano a partir de acetato), em que 0 carbono orginico, na forma de acetato (Acido acstico) ¢ convertido a metano. Esta via 6 responsvel pela maior parte das converses, embora seja realizada por poucas espécies de bactérias (Lubberding, 1995). Hi organismos adaptados funcionalmente para as diversas eondigbes de respira- fo, distinguindo-se os seguintes de fundamental importincia no tratamento de esgotos: JOH -—-———> CH + COp 1.2. ilustra as principais rotas de decomposi¢ao da matéria orgéinica na a dos diferentes aceptores de elétrons. PRINCIPAIS ROTAS DA DECOMPOSICAO DA MATERIA ORGANICA NA PRESENCA DE DIFERENTES ACEPTORES DE ELETRON [se * organismos aerdbiosesritos:wilizam apents o oxiénio livre na sia respiragio ‘© organismos facultativos: utilizam 0 oxigénio livre (preferencialmente) ou 0 yt nitrato como aceptores de elétron + organismos anaerabios estos: utiliza o sufato ou 0 didxido de carbono ‘como aceptores de elton, nfo podendo obterenerga aravés da respiragio aerdbin elo fato de ser liberada mais energia através das reagSes aerSbias que através das reagSes anacrdbias, os organismos aerdbios se reproduzem mais rapidamente & estabilizagio aerGbia da matéria orgénica se processa a taxas mais rpidas que a anaerSbia, Sendo a taxa de reprodue‘lo maior nos organismos aerSbios, a geraco de Todo € também maior. ‘As principais reagdes para a geragio de energia que ocorem em condigdes aerébins, an6xicas ¢ annerdbias sio: PRESENGA DE OXIGENIO + Condigdes aersbias: Célli206 +6 02 —————> 6 COs + 6 10. ‘© Condigdes andxicas: redugdo de nitratos (desnitrificagdo) AUSENCIA DE OXIGENIO 2NOy-N+2H" —————> Na+2,5 02 +120 * CondigSes anaersbias: reduedo das sulfatos (dessulfatacdo) CHsCOOH + $0," +2 A Principais ots de decomposgto da matéria rgnica na preseaga de diferentes acepores de elérons (medificado de Lubbexding, 1995) Princlplos bsicos do tratamento de esgoros FP nei ctl a eee A sequéncia de transformagdes que ocorre no tratamento de esgotos é fungio do scgptor de létronse do estado de oxidagto do compost, medio pelo seu potencial Sefer expresso enim) Agu ila ests lags 0 dtlhamen- to das diversas reagdes encontra-se no Capitulo 3. PROCESSOS DE TRANSFORMAGAO EM FUNQAO DO POTENCIAL REDOX LCONDIOES PROCESEO 1 = 200 -a00 | AMAEROBIAS 400 - 600! Fig. 1.3, Sequéncia de tansformagées no tratament do egos, em Fungo do seepordeelérons edo poteaca edox(adapad de Pekenflder¢ Grau, 1992) O cestado de oxidacao do composto determina a quantidade de energia méxima dispontvel através dele. Quanto mais reduzido for © composto, mais energia ele contém. O objetivo do metabolismo energético & conservar tanta energia quanto possivel numa forma disponivel para a célula. Um exemplo ¢ através de ATP. (adenosina tri-fosfato), que permite a posterior liberago de energia por conversio a, ADP (adenosina di-fosfato). A energia méxima disponivel por meio da oxidago de lum substrato ¢ a dferenca entre o seu contetido energético (dado pelo seu estado de ‘oxidagio) e 0 contetido energético dos produtos finais da reagto (também dado pelo seu estado de oxidagio ao final da reaco) (Grady e Lim, 1980). Neste sentido, tem-se ‘05 seguintes pontos: Principios basicos do iratamento de exgotos nto maior o estado de oxidagio do produto final, maior a liberagiio de energia. arbono no\COz encontra-se no seu mais elevado estado de oxidagio, Portanto, 8 de oxidagdo que oxidam 0 carbono do substrato completamente a COz iragdo acrObia) liberam mais energia que reagdes que produzem, por exemplo, ol (fermentacio). nto menor 0 estado de oxidaeio do substrato, maior a liberagio de energia. Por smplo, a oxidagodo Acido acético a COs libera menos energia que a oxidaga0 Jetanol a COz, pelo fato do carbono no deido acético encontrar-se num estado de jaco mais elevado do que no etanol CO nunca pode scrvir como fonte de energia, pelo fato do seu carbono eontrar-se no mais elevado estado de oxidago possivel (0 CO nio pode ser 2. ECOLOGIA DO TRATAMENTO DE ESGOTOS Introdugio D papel desempenhado pelos microrganismos no tratamenta de esgotos depende grovesso a scr utiizado. Em lagoas de estabilizagio facultativas, as algas t2m uma #io fundamental, relacionada a produgdo de oxigénio pela fotossintese, O projeto igoas ¢ feito de forma a otimizar a presenca das algas no meio Iiquido e a obter ddequado equilibrio entre bactérias e algas. Nos sistemas anaerdbios de tratamen- condigBes sio favordveis, ou mesmo exclusivas, a0 desenvolvimento de organismos adaptados funcionalmente & auséncia de oxigénio. Destacam-se, ‘caso, as bactérias denominadas acidogénicas e metanogénicas {A massa microbiana envolvida nos processos aerdbios & constituida basicament érias e protozoarios. Outros organismos, como fungos e rottferos podem ser tualmente encontrados, mas a sua importincia 6 menor. A.capacidade dos fungos jobreviver em faixas de pH reduzidas com pouco nitrogénio faz com que os mos possam ser importantes no tratamento de certos despejos industriais. No nto, fungos de estruturafilamentosa podem prejudicar a decantabilidade do lodo, indo a eficiéncia do proceso. Os rotfferos so eficientes no consumo de dispersas e pequenas particulas de matéria organic. A sua presenga no ante indica um eficiente proceso de putificagio biolégica (Metcalf & Eddy, De maneita geral, pode-se dizer que a diversidade de espécies dos vérios organismos componentes da biomassa & baixa © Quadro 2.1 apresenta um resumo das principais caractertsticas das bactérias, rios e fungos, ipios do tratamento bioldgico de esgoros Quadro 2.1. Principais microrganismos presentes nos esgots, de importancia no tratamento \sgico Basereto ‘Organisms unestuaes posontan-so em vias oma etananbos. ‘Sho os princal esponstss pola esabiizagt darmatriaergicica. lgunas backias si patogéless, causando pnipamerds does inten, | Organiznosunieelles sor pad cel, | Amsiona ¢seooia ou seats, | Almentam-se de bacteria, agas 0 oures micrergansmos, |- So essencisis no tratamento bigco par. a manu do um equi to os verso grupes. |_ guns io palogtnicos a COrgarsmee acrbls, mulcaklres, no olosinitions,heteratrions. Fangoe _|-Stotrbém de rar mpertincia na docompesigao da matéra raion dom eraser am candigaae de bao pH Feria Sao ns (00), Scout (108) Naat 8 EI TT 2.2 Principais microrganismos envolvidos A Figura 2.1 apresenta a sequéncia de predominincia relativa dos prineipais microrganismos envolvidos no tratamento aerSbio de esgotos. As interagaes ecolé- gicas na comunidade microbiana fazem com que o aumento de um grupo de microrganismos soja acompanhada pelo declinio de uma outra populacio, face & ccaracteristica seletiva exercida pelo meio em transformago, Imediatamente apés a inlrodugao dos esgotos no reator biol6gico, a DBO remanescente (matéria orginica) ‘encontra-se em seu ponto maximo. O mimero de bactérias é ainda reduzido, ¢ 0s [prolozodtios do tipo ameba podem ser encontrados, Estes sf0 ineficientes na compe- tigdo por alimento, sendo encontrados principalmente no inicio do funcionamento de reatores. Devido grande disponibilidade de substrato,a populago bacteriana cresce. ‘As amebas sio entio substitufdas por protozodrios flagelados que, devido A sua mobilidade, so mais eficientes na competigiio pelo alimento disponivel. Estes protozoérios flagelados sfo caracteristicos de sistemas de alta carga. Com 0 passar do tempo eo decréscimo do material orginico disponivel, os protozostios ciliados substituem os flagelados, j4 que os primeiros sfio capazes de sobreviver a concentra- ‘Bes menores de alimentos. Este ponto caracteriza a operago dos sistemas de carga convencional, onde convivem um grande nimero de ciliados de vida livre, 0 nimero ‘méximo de bactérias e uma baixa concentrago de matéria orgénica (DBO remanes- cente). Em longos tempos de retengio, caracteristicos dos sistemas de haixa carga, ‘a matéria orginica dispontvel & minima, e as bactérias so consumidas por rotiferos (Kénig, 1990). Principio basicos do tratamento de esgotas PREDOMINANCIA RELATIVA DOS MICRORGANISMOS: Numero relatvo de microrganismos i carga convencional carga Tempo ——> ‘Sequéncia da prdominincia elaiva dos microrsnisms no trtamento de esgt08 (edapado de Keni, 990; Metcalf & Bad, 1991) Bactérias s bactétias sto organismos unicelulares procariotas(auséncia de niicleo defini- i tance on a ee Sem fi A ica, bastonete e espiralada, O tamanho da célula varia como grupo: 0,5 a 1,0}hm fiimetro paraas esféricas; 0,5 1,0 mde largura por 1,5.23,01m de comprimento 6s bastonetes; 0,5 a 5 jim de largura por 6 a 15 jum de comprimento para as jraladas, As bactérias possuem ainda uma parede celular mais ou menos rigida, © sm apresentar ou nfo flagelos para locomogio. A sua reprodueso se dé principal- por meio de divisio binsia, além da formagio de esporose reprodugio sexuada ia) (Branco, 1976; Metcalf & Eddy, 1991). bactérias constituem-se no grupo de maior presengac importincianos sistemas nto biol6gico. Considerando-se que a principal fungao de um sistema de plos do tratamento bioldgico de esgotos 23 tratamento & a remogio da DBO, as baetérins heterotréficas so os prineipais agentes deste mecanismo. No entanto, além de desempenharem o papel na depuragio da ‘matéria orginica, as bactétias possuem a propriedade de se aglomerar em unidades estruturais, como flocos, biofilmes ou granulos (ver Item 2.5) Além da remogio da matéria grednica carbonicea, o tratamento de esgotos pode incorporar ainda outros objetivos, a consecuetio dos quais depende de grupos espe- cificos de bactérias. Assim, pode-se ter também, entre outros, os seguintes fendme- + Conversito da amonta a nterito(nitrficagao): bactérias aut6trofas quimiossineti- antes; + Conversdio do nitrto nitrato (nitrificagad antes; * Conversio do nitrato a nitrogenio gasoso (desnitrificagao): bactétias hetersteofas faculativas : bactérias autétrofas quimiossinteti- Acstrutura celular das bactérias foi apresentada no Ttem 1.3 e ilustrada na Figura 1.1. Aproximadamente 80% da célula bacteriana é composta de dgua e 20% de ‘matéria seca. Desta matéria seca, em toro de 90% é orgénica e 10% inorgfinica). Formulas amplamente utilizadas para caracterizar a fragio orgfinica das células bacterianas sfio (Metcalf & Eddy, 1991) (Gem incluir 0 f6sforo) incluindo o fésforo} Em qualquer das duas formulagdes, a relaglo C:H:0:N é a mesma. Um aspecto {importante €de que todos estes componentes devem ser obtidos do meio, e a falta de algum deles pode limitaro erescimento da baci, A.utilizagio do substrato disponivel no meio pelas bactérias se d em fungio do tamanho relativo da particula a ser utlizada, Basicamente, pode-se considerar as seguinies duas prineipaisfragdes da matéria orgnica: (a) a fragdo faclimente biode- gradéivel e (b) a fragéo de degradacao lena. Num esgoto doméstico tipico, a maior parte da matéria orginica na forma solivel é facilmente degradavel, Devido 3s diminutas dimensées dos compostos soiveis, os mestios podem penetra na cétula bacteriana através da membrana celular. Dentro da ela, a maria orginica soldvel € consumida com o auxilio das endoenimas. Fé os compostos orgnicos de maiores dimens6es e formulas mais complexas (matéra orgnica paticulada ou em suspen- s%0) devem softer uma atuaglo fora das células, de forma a que sejam transformados em uma forma assimilével pela bactévia Esta atuaglo se dé através das exoencimas numa reagio de hidrdlise. Na hidélise nio se considera a uilizacao de energia, nko hhavendo portanto a utilizagao de aceptores de cl¢trons, O produto final da hidrdlise passa a se apresentar na Torma de facilmente biodegradavel, penetrando pela mem- 4 Principios basicos do ratamento de esgotos lular para dentro da célula, onde & consumido de forma similar & matécia descrita acima (IAWPRC, 1987) (ver Figura 2.2) ASSIMILAGAO DAS MATERIAS SOLUVEL E EM SUSPENSAO ia em utero eins ‘Mecanismo de conversio da mata particulada em matéia slivet requisitos ambientais das bactérias variam com a espécie, Como exemplo, squeas bactérias envolvidas no mecanismo da nitrficago (bactérias aut6trofas ssintetizantes) so muito mais sensfveis as condicGes ambientais que as as Heterstrofas envolvidas na estabilizagio da ffatéria orgdnica carbonicea ira geral, a taxa Gtima de crescimento das bactérias ocorre dentro de faixas ratura ¢ pH relativamente limitadas, embora a sua sobrevivéncia possa dentro de faixas bem mais amplas. raturas abaixo do 6timo tém uma maior influéneia na taxa de crescimento as temperaturas acima do timo. Em fungio da faixa de temperatura, as podem ser classificadas como psicrofilicas, mesofilicas ou termofilicas. As de temperatura tipicas para cada uma destas categorias esto apresentadas no 22. 2.2. Faixas de temperatura para o desenvolvimento timo das bactérias cea do tratamento biolégico de esgotos ‘O pH também é um fatorde importincia no crescimento bacteriano. Amaior parte das bactérias mio suporta valores de pH acima-de 9,5 e abaixo de 4,0, sendo que 0 ‘timo se situa em forno da neutralidade (6,5 a 7,5) (Metcalf & Eddy, 1991) 2d en) ‘ (© grupo dos protozoirios compreende organismos unicelulares,eucariotas, cons- titufdos de uma pequena massa de protoplasma. A parede celularencontra-se frequen temente ausente, Embora nfo apresentem diferenciag2o celular, alguns possuem uma estrutura relativamente complexa, com algumas regies diferenciadas na eélula para ‘nexecucio de diversas fungSes. A maioria é epresentada por organismos hetero ficos, aerdbios estos. A sua reprodugio se df por divisio binéria, Os protozodcios ‘io usualmente maiores que as bactérias e podem se alimentar das mesmas. Isto faz ‘com que os profozofiries constituam-se em importantes degraus na pirfmide alimen- tar, possbilitando a que organismos maiores se alimentem indiretamente das bacté- ris, que de outra forma seriam uma forma inacessivel de alimento. Em funcio de ‘algumas caracteristcas estruturais,e principalmente do mecanismo de locomogio, ‘0s protozoérios podem see divididos em varios grupos, sendo os de principal interesse 6s seguintes: amebas, flagelados eciiados (Branco, 1976; La Riviére, 1980) ‘As principais afuagBes dos protozosrios no trtamento de esgotos so: * Consumo de matéria organica, dada a sua natureza heterotréfica, *# Consumo de bactéias livres; + Partcipagio na formaglo de flocos. 0 filtimo aspecto, relacionado a contribuicao na formago de flocos, parece ser tum mecanismo de menor importancia (La Riviere, 1977). Os dois primeiros aspectos (consumo de matéria orginica ¢ consumo de bactérias livres) dependem do modo de alimentagao do protozosrio, o qual varia com o seu tipo, podendo ser Horan, 1990): * Protozoérios flagelados. Utilizagio de matéria orginica soldvel por difusio ou transporte ativo. Neste modo de alimentagéo, as bactérias slo mais eficientes na competigao. . + Amebas ¢ protozodrios ciliados. Formagio de um vactolo em torno da particula sélida (que pode incluir batérias) através de um processo denominado fagocitose ‘A fragio organica da partieula& entio utilizada apés atuagio enzimética dentro do vactiolo (dentro da cétula). + Protozoérios ciliados (principalmente). Predagio de bactérias, algas © outros protozosrios ciindos e flagelades. Embora os protozoarios contribuam. para a remogio da matéria-organica dos ‘esgotos, sua principal aluago no tratamento (por processos como lodos ativados) se 6 Principos bésicos do tratamento de esgotos vidade predatéria que exercem sobre as baci livemente suspensas no jo (La Riviere, 1977), Neste sentido, as bactéias que no participam do que se encontram em suspensio no meio, nfo sio normalmenteremovidas lagao final, Em assim sendo, elas contribuem para adeterioragio do efluente fermos de sidos em suspensio, matériaorginica (das prprias bactéras) © ptogenicos. A atuagio dos protozoirios sobre estas bactéxias contibue, 9, para a melhoria da qualidade do efluente final (Horan, 1990). liados de vida livre tm requisites alimeiticios mais elevados do que os fixos, porque grande parte da sua energia é dispendida na locomogdo. A inci dos ciliadosfixos ocorre apés0declfnio da populago dos ciliados de , ocasifo em que podem se alimentar das bactérias dispon‘veis no floc. Tipos de crescimento e sustentagiio da biomassa telaglo a0 crescimento ¢ sustentagio da biomassa, 0 tratamento biolégico 9s Se processa segundo uma das configuragdes bisicas istadas a seguir (ver 2,3), A lista 6 organizada de acordo com o mecanismo predominante, embora ‘ocorrer simultaneamente mecanismos de crescimento aderido ¢ disperso. into disperso: a biomassa eresce de forma dispersa no meio liquide, sem a estrutura de sustentacio, as de estabilizagao e variantes Jos ativados e variantes anaersbio de fluxo ascendente (reccbendoexgotos com sides em suspen- ) imento aderido: a biomassa cresee aderida a um meio suporte,formando um ‘O meio suporte pode estar imerso no meio liquido, ou receber descargas inuas ow intermitentes de liquido. A matriz do meio suporte pode ser um jal s6lido natural (pedras, area, solo) ou atificial(plistico) ou consttuido prdpria biomassa aglomerada (grnulo). com suporte sido para aderéncia temas de disposicio no solo ‘com suporte para aderéncia constituido pela propria biomassa aglomerada: ior anaerdbio de fluxo ascendente (recebendo esgotos predominantemente vei) los do sratamento bioldgico de esgotos 2 DISPERSO iguido CRESCIMENTO ADERIDO camadade bactéras mole suporte (ext pedeas) Fig-23Exemplos de tipos de crescimentoe susteniago da biomassa ‘Ainda que os prine‘pios do tratamento biol6gico sejam os mesmos para ambas as formas de sustentacio da biomassa, a cinética do tratamento é influenciada pela interveniéncia de parimotros especificos a cada caso, O maior desenvolvimento ‘e6rico em termos de modclagem diz respeito ao tratamento aerobio de crescimento disperso. Tal se deve a que um maior mimero de pesquisas tém sido dieecionadas hi J varios anos para o processo de lodos ativados, ea que a formulagio do modelo para .crescimento disperso é de erta forma mais simples do que o decrescimento aderido, ‘Considerando-se, portanto, que o presente texto pretende dar apenas uma visio geral, dove-se ter em mente que a maior parte dos conceitos expressos no presente volume diz respeito a um sistema de crescimento disperso. Deve-se destacar, no entanto, 0 grande desenvolvimento nos titimos anos dos sistemas com biofilmes: 28 Principios bisicos do tratamento de esgotos floco biol6gico em sistemas de crescimento disperso lpuns processos de tratamento, como o de lodos ativados, 08 organismos se , formando uma unidade estrutural mais amp m denominado bora os microrganismos sejam os agentes da remogo dle DBO, o floco de ido desempenha um papel fundamental no processo de remocao da materia Nao é apenas a propriedade dos organismos heterstrofos de estabilizarem ‘organica que torna 0 processo de lodos ativados eficiente. De fundamental wem na unidade estrutural do floco, o qual & capaz de se do liquid por simples mecanismos fisicos de sedimentagao, em unidades de io separadas. Tal separago permite que o efluente final saia clarificado luzidas concentragdes de matéria orgdnica em suspensio). A qualidade do inal é araterizada, portant, por baixos valores de DBO sol6vel(removida biolGgico) e DBO em suspensio (fHocos removidos na unidade de decanta- ). O mecanismo de floculagdo que, no tratamento de agua, é alcancado 3s ladiglo de produtos quimicos, ocorre por mecanismos inteitamente naturais ento biolégico. loco apresenta uma estrutura heterogénea que contém material orginico lo, material inerte dos esgotos, material microbiano produzido para a mattiz, ‘vas e mortas. O tamanho do floco é regulado pelo balango entre as Forgas as tenses de cisalhamento causadas pela aeragao artifical c agitagio (La 1977). Dentre os microrganismos componentes do floeo podem ser encon- além das bactéras ¢ protozostios, fungos,rtiferos, nematGides ¢ ocasional- ‘mestno larvas de insetos (Branco, 1978) BO entrando no reator bol6gico, tanto na forma solvel como prticulada, até lem ser rapidamente absorvidos para a matriz do floco por meio de interagbes material particulado €hidrolizalo por exoenzimas, antes da sua absorco © io pels bactrias. Considerando-se que 0 dimetro do floco varie de 50 a hhavera um forte gradiente ce concentragso de DBO c oxigénio da fae externa (valores maiores) ao centro (onde poder’ haver valores bei baixos da DBO inulos de OD).Em consequéncia, em diregio an centro do floco, as bactérias Paulatinamente carentes de fontes de nutrientes, fazendo com que a le das bactérias seja bem baixa Horan, 1990). Ao se analisar a disponibil ‘oxizénio ou nutrientes no meio liquid, deve-selevar em consideragao a sua Inexisténcia dentro do floco. {sto justfiea que, por exemplo, se considere S como conidigbes wiGxicas um valor de OD no meio liquide igual a0.5_ bora 0 meio Ifquido nfo esteja desprovide de oxigénio, uma grande parte im O estar. Nesta situagdo, as condighies andxicas so prevalescentes no floco, © as reagies bioqurmicas se processam como na auséncia de ‘A Figura 2.4 ilustra os gradientes de DBO e oxigénio ao longo do floco. do tratamento bioldgico de esgotos 2» GRADIENTE DE CONCENTRAGAO DE OXIGENIO E DBO EM UM FLOCO BACTERIANO sna 90 eno do co Tig.2. Gradients de DBO c originio ao longo de wm loco tpico (adapta de Hora, 1950), ‘As condigdes que provocam 0 erescimento microbiano na forma de flocos 20 invés de eéiulas livremente suspensas no meio liquid so ainda desconhecidas (La Riviére, 1977). Uma hipstee plausivel para estrturado loco éadequeas bactérias, filamentosas exeream a fungio de matrz estrutual, na qual as bactviasformadoras 4ée flocos se aderem. Acredita-se que esta aderéncia ocorra através de exopolissaca- rdeos, presentes na forma de cApsula ou camada gelatinosa. No passado atrbuta-se fal fendmeno a apenas a Zooglea ramigera, mas ha indieagdes de que a produgao da camada gelatinosa ocorra através de diversos géneros, incluindo Pseudomonas. O prosseguimento na produgio destes exopolimeros resulta na aderéncia de outros rmicronganismos e pariculas coloidais, e em consequéncia © didmetro do loco aumenta, Finalmente, os protozoérios aderem e colonizam 0 floco, hi algumas evidéncias de que éles também exeretam um muco pegajoso que ajuda na coestio do floco (Horan, 1990). A Figura 2.5 mostra uma estrutura tipica de um floco de lodo ativado. 30 Principios bésicos do tratamento de esgotos COMPOSIGAO MICROBIANA DE UM FLOCO DE LODO ATIVADO strata tpca de wn flaca deka ativad (adptado de Horan, 1990) Jango entre os organismos filamentosos ¢ os formadores de floco é delicado, lepende boa parte do sucesso operacional da estagio de lodos ativados. Trés es podem ocorrer (Horan, 1990): brio entre organismos filamentosos e formadores de floco. Boa decantabili: e adensabilidade do lodo. lomindncia dos organismos formadores de floco. Hi insuficiente rigidez no ‘gerando um floco pequeno e fraco, com mi decantabilidade. Tal condigio 6 jinada como crescimento pulverizado (“pin-point floc”), lomindncia dos organismos filamentosos. Os filamentos se projetam para fora loco, impedindo a aderéncia de outros flocos. Assim, apés a sedimentacio, os ‘ocupam um volume excessivo, que pode trazer problemas na operagio do intador secundério, causando a deteriorago da qualidade do eflucnte final. Tal ¥io é denominada intumescimento do lodo (“sludge bulking”). do tratamento bioldgico de esgotos 2.7 0 biofilme em sistemas de crescimento aderido ‘Aimobilizagio é a aderéncia de microrganismos um suport sdlido ou suspenso, ‘Aimobilizagio apresentaa vantagem de que wma clevada concentraco de biomass pode ser retida em um reator por elevados perfodos de tempo. Embora praticamente todos 0s microrgsnismos tenhaslo potencial de se aderrem a um suport, através da produgio de polimeros extre-celulares que possibilitam a aderénciafsico-quiniea a supertcies, apenas recentemente a aplicacio tecnol6gica dos processos de sorgio celular estzo sendo aplicados em uma escala mais ampla e otimizada em virios processos biotecnolégicose no trtamento de esgotos (Lubberding, 1995) ‘Aaderéncia é nfluenciada por interagSes célula-célula, pola presenga de moléou- las de polimeros na superficie e pela composi¢ao do meio (Rouxhet e Mozes, 1990). No biofilm os composts necessios para o desenvolvimento baetriano, como smatériaorginica, oxigénio © micronutintes, sio adsorvidos & superficie, Apés a aderéncia, eles so trinsportados através do biofilme través de mecanismos de difusto, onde so metabolizads pelos microrganismos. Sélidos de natueza cooidal ou suspensa nfo consegem se difundie no biofilme, neessitand ser hideolizados a ‘moléculas de menores dimensdes. Os produtos fina do metabolismo so tnspor- tados em sentido contritio,na diego da fase liguida (wai e Kitao, 1994), A Figura 2.6ilusicao principio de funcionamento de um bioflme no tratamento de esgotos. REPRESENTAGAO ESQUEMATICA DE UM BIOFILME biofme | ‘anaorébio aoréblo. stpore 1g. 26, Represeniago euqunnica de um biofle (adapta de Iwai e Kita, 1994) Principios bsicos do tratamento de esgotos IBLIOTECA CENTRAL - UFLA 1reator aerSbio, o oxigénio é consumido & medida que penetra no biofilme, valores que definem condigdes anéxicas ou anaersbias. Pode-se ter, ia camada externa com oxigénio, eoutra, interna, desprovida de oxigenio. 6 fator determinante no estabelecimento das camadas, Na camada em ‘andxicas, ocorrerd a reduesio de nitratos. Em condiges anaerdbias,terse-A de fcidos organicos ¢ a reduedo de sulfatos. Esta cocxisténcin entre ‘aerobias, andxicas e anaerdbias é uma importante caracterfstica dos siste- biofilmes (Iwai e Kitao, 1994), 0 de formagao de um biofilme pode ser compreendido como ocorrendo igios (Iwai e Kitao, 1994), © Quadro 2.3 ¢ a Figura 2.7 apresentam as ceatacteristicas destas t€s etapas, associadas & espessura do biofilme. Estigios da formagio do biofilme (baseado em Iwai e Kitao, 1994) Coractsicas (fine & tha requerterente no cobre toda spericia do meio supore "O orescimeno beteiano se di segundo uma xa logarinica “redlos os ictrganimserescem nas mesmas condigees, com © Groscienta set salar ap do uma Bemaaea dperea ‘A eepeeaura do fm tma-se mor “Ateva de crescent bactrno lm constants ‘A espessura da canada ava permaneceinaerada, edapencentemente do ‘eer espereua tl do Hime ‘Cave o superna de aia rgnica sea lritado, os micrrgarisnos ‘sumer i mtatolimo subelenteaponas para a sua manu, n30 Ivers cesmentobaceiano Gua a suprenio ce msi rgtrea soa nf aosrequiios para rmanatongo sp ome ina so ence wily ~ espassura do ote ange um valor base levado Crescent merotiano 6 contaposto pelo propo decane dos ‘tgmnicmes pol consi par cults rponisnos pla eno do ‘enhamenio| -Partes do fm podem ser desaljaas do meio sports ‘Cato bitime eoninue a creer, sem ser esaljade do melo suport, sporerao entupnenios do ii, do trasamento biolégico de esgotos "GRADIENTES DE CONCENTRAGAO DE UM SUBSTRATO S EM UM BIOFILME BIOFLMERNO BIOFILM INTERMEDARIO DIOFILAEBEM ESPESEO eile te ve Bie sim soe si wane cote ahs! aS Flg.2.7. Gratienes de concenrngo de sabstato (S) em bifilmes de diferentes espessuas (adaptado de Lubbending, 1995) ‘Ao se comparar o crescimento disperso ¢0 crescimento aderido no tratamento de eesgotos, a comparagio entre o tempo de detengio hidrdulica e o tempo de geragio Jeelular é um aspecto de grande importincia, Nos sistemas de erescimento disperso, |p ‘que haja crescimento da populagio microbiana, o tempo de detengiio hidrsulica [Gempo que uma molécula de égua permanece no sistema) tem de ser maior que 0 _ | tempo necessitio para a geragio de novas células. Caso o tempo de detengio ~ | hidréulica seja inferior, nao haveré tempo para que as células erescam no reator, © as | mesmas sio “lavadas” do sistema, Tal representa un condicjonante para os volumes requcridos para o reator, considerando-se que 0 volume ¢ 0 tempo de detengio estio diretamente ligados (tempo de detengio = volume/vazio). No caso de sistemas com biofilmes, o tempo de detengfo hidréulica pode ser _menor que o tempo de geragao celular, sem que ocorra lavagem das eélulas, pelo fato ‘das mesmas estarem aderidas a um meio suporte. Em consequéncia, hi o potencial de se adotar menores volumes do reator. ‘Na comparagio entre sistemas com crescimento disperso ¢ com crescimento aderido, tem-se os seguintes aspectos relatives ao crescimento aderid (Iwai e Kitao, 1994; Lubberding, 1995): * O reator pode ser operado com tempos de detenciio hidréulica inferiores ao tempo de geragio celular. ‘* Aconcentragiio de biomassa ativa pode ser superior A de sistemas com crescimento disperso (ver explicagao abaixo), ey Principios bsicos do tramento de exgotos de remogio de substrato pode ser superior & de sistemas com crescimento (ver explicagio abaixo). isténcia entre microrganismos aerSbios e anaerdbios & maior que nos do crescimento disperso, porque a espessura do biofilme é usualmente jor a0 didmetro do floco biolégico. las estio fixas A fase sélida, enquanto o substrato esté na fase iquida. Esta io reduz a necessidade ou os requisitos para o estigio de clarificaga0 jerorganismos sio continuamente reutilizados, Nos sistemas com crescimento 10 a reutilizago s6 pode ser implementada através da recireulagao da ‘a espessura do biofilme seja clevada, pode haver limitagées quanto a difusao strato no biofilme. lferenga potencial entre a atividade da biomassa dispersa e aderida, e conse we da taxa de remagio de substrato, pode ser explicada da seguinte forma ling, 1995). A biomassa dispersa possui uma densidade préxima & do ‘movendo-se praticamente na mesma dirego ¢ velocidade que o mesmo ddo reator. Em decorréacia, a biomassa permanece exposta 8 mesma alfquota jido por um maior periodo de tempo, fazendo com que a concentracio de io na vizinhana da cétula seja baixa. Com baixas concentragSes de substrato, jade bacteriana ¢ a prépria taxa de remogiio do substrato sfio mais baixas. jem uma distincia um pouco afastada da célula, a concentragio de substrato ‘elevada. Considerando-se esta dependéncia entre concentracio do substrato & microbiana, torna-se evidente a importiia representada pelo nivel de no reator. sisiemas com biomassa aderida, a densidade do conjunto meio suporte- & bastante diferente da densidade do liquido no reator, possibilitando a inde gradientes de velocidade entre oliquido ea camada externa do biofilme. jesullado, as células estio continuamente expostas a novos substratos, poten- fe aumentando a sua atividade, No entanto, caso a espessura do biofilme seja ‘elevada, o consumo do substrato ao longo do biofilme pode ser tal, que as Jas mais internas sejam deficientes de substrato, diminuindo a sua atividade. ccondigées, a aderéncia com o meio suporte diminui, e a biomassa pode se jar do meio suporte (ver Figura 2.7) detalhes com relagio aos sistemas com biofilmes podem ser encontrados volume desta série, dedicado especifieamente 20 sistemas de tratamento de com biofilmes. jos do tratamento bioldpico de exgoros CAPITULO 2 Principios da cinética de reagées eda hidrdulica de reatores LINTRODUGAO dos os processos biolégicos de tratamento de esgotes correm num volume io por limites fsicos espectficos. Este volume é comumente denominado ‘As modificagées na composicio © concentragio dos compostos durante 9 néneia da gua resiudria no reator sio essenciais no tratamento de esgotos. dancas tio causada’ por sporte hidréulico dos materials no reator (entrada e satda); Des que ocorrem no reator (producio e consumo). se projetar ¢ operar uma estagiio de tratamento de esgotos ¢ fundamental 0 to destes dois componentes, os quais caracterizam o assim denominado 10 de massa no reator. Finalmente, a maneira e a eficiéncia com que estas igas ocorrem dependem do tipo e da configuraciio do reator, através do estudo inado de hidrdulica de reatores ssente capitulo aborda os seguintes t6picos principais: 2. CINETICA DE REACOES Mipos de reacées inde parte das reagées que ocorrem no tratamento de esgotos so lentas, ea do da sua cinética é, portanto, importante. A taxa de reagdo r € 0 temo a descrever 0 desaparesimento ou aformag3o de um composto ou espécie Arelagio entre taxa de reardo, a concentragdo do reagente ea ordem da (6 dada pola expressio: da cinética de reagbes da hidrdulica de reatores Bree Qn onde: = taxa da reago (ML"T!) k= constante da reagio (T") C= concentragiio do reagente n= ordem da reagiio ara diferentes valores de n, tem-se: en=0 reacio de ordem zero onal reagiio de primeira ordem en=2 reagdo de segunda ordem Quando mais de um reagente est envolvido, o cmputo da taxa de reagio deve levar em consideragio as concentragées dos reagentes. No caso de dois reagentes, com concentragées A e B, tem-se: rakA"B™ 22) Aoordem global dareagao ¢ definida como (m+n). Porexemplo, se umataxa global de reagio foi determinada como sendor=kA7B, a reacdo & ditacomo sendo de segunda cordem com relagio ao reagente A primeira ordem com relago a0 reagente B. A taxa global de reagio € de terceira ordem (Tehobanoglous e Schroeder, 1985). ‘Numa reagio com um reagente apenas, caso se aplique o logaritmo em ambos os Jados da Equagao 2.1, tem-se: log r=n log kC @3) ‘A visualizagao grifica da relagio acima para diferentes valores de'n encontra-se apresentada na Figura 2.1 38 Principio basicos do tratamento de esgotos TAXA DE REAGKO EM FUNGAD DA CONCENTRAGAG C DO REAGENTE loath) ordem 2 ordem 1 cordem 0 logi©) Deterinago da ondem dereagio na esa logan (Gdaplndo de Heneteld e Randal, 1980) tagio da Figura 2.1 é feita da seguinte forma: de orddem zero resulta numa linha horizontal, A taxa de reagdo é indepen- dda concentragio do reagente, ou seja, ela é a mesma para qualquer concen- clo reagente. fo de primeira ordem possui uma taxa de reacio diretamente proporcional ntragio do reagente. de segunda ordem possui uma taxa de reagio proporcional a0 quadrado centrago do reagent, jons de reagio mais frequentemente encontradas no ramo de tratamento de ‘io as de ordem zero ¢ de primeira ordem. As reagbes de segunda ordem -no caso de alguns despejos industriais especificos. A ordem de reagio ita ser nocessariamente um niimero inteiro,e a determina¢Zo em laborat6- saxas de degradagio de certos compostos industriais pode conduzir a ordens as. Além destas reagGes de ordem constante, hé ainda um outro tipo de euja forma é amplamente utilizada na area de tratamento de esgotos, indas reagdes de saturacdo. Em resumo, serio analisadas em maior detalhe ites reagbes: de ordem zero de primeira ordem de saturacao, da cindtica de reagbes ¢ da hidrdulica de reatores 2.2, Reagbes de ordem zero As reages de ordem zero sfio aquelas nas quais a taxa de reagio independe da ‘concentruciio do reagente. Nestas condigbes, a axa de mudanca da concentragao (C) do reagente & consiante, Este ebmentdtio assume que a reagdo esteja ocorrendo em tum reator de batelada (ver Item 4), em que nilo hd adic2o ou retirada do reagente ‘durante a reagiio, No caso de um reagente que esteja desaparecendo no reator (por exemplo, através de mecanismos de degradagZo), a taxa de mudanga é dada pela Equagiio 2.4. sinal negativo no termo da direita indica remogdo do reagente, 30 ppasso que o sinal positivo indicaria produgio do reagente. ‘dt ac. dt K A progressio da taxa de mudanca (dC/dt) a0 longo do tempo, segundo a Equacao 2.5, pode ser vista na Figura 2.2.a. Observa-se, portanto, que a taxa permanece constante ao longo do tempo. ‘ ‘ ‘A integragio da Equagio 2.5 tendo C=C, em t=0 condus a: Esta equagao pode ser também visualizada na Figura 2.2.h. REACOES DE ORDEM ZERO Mudanea da taxa dCidt Mudanga da concentracao © ‘em fungao do tempo, ‘em Tungao do tempo ‘Reagses de ordem zero, a) Mdanga da taxa de ego CIR com o Tempo b) Madang da conzentagao Ceam emp. Principios basicos do tatamento de esgoros ‘em fungio da baixa concentracio do reagente, Este aspecto é discutido no Item 2.4, 3. Reagies de primeira ordem reagdes de primeira ordem so aquelas nas quais a taxa de react & proporcio- io do reagente. Em assim sendo, num reator em batelada a taxa de nga da concentragao C do reagent é proporcional concentragiio deste eagente do instante, Admitindo-se uma reagiio em que oreagente estejasendo removido, ‘uma equagio da seguinte forma: —K.c! pprogressiio da taxa de mudanga (dC/dt) a0 longo do tempo, segundo a Equagio contra-se apresentada na Figura 2.3.2. Observa-se que a taxa decresce linear= ao longo do tempo. integragio da Equagio 2.8 tendo C=Co em t=0 conduz a: Equagio 2.10 encontra-se plotada na Figura 2.3.6. fa rea de tratamento de esgotos hi virias reagbes que ocorrem segundoacinética ira ordem, A inteoducio de oxigénio pela aeraefo artificial 6 um exemplo. ‘a remogio da matéria orginica e 0 decaimento de organismos lizagio biol6gica da matéria orginica se desenvolve como (lo-primeira ordem, como abordado no Item 2.4, Embora vérios componentes um envolvidos, como a concentracio de oxigénio, o nero de microrganismos sncentragio da matéria orgéinica, a taxa pode ser proporcional & concentragio de ico composto (a matéria orgénica, no caso), desde que os outros estejam em cia relativa (Arceivala, 1981). No entanto, como comentado no Item 2.2, ‘matéria organica esteja dispontvel em baixas concentragdes, a taxa torna-se famente constante e a reago se processa como de ordem zero. Este aspecto ira-se abordado no Item 2.4. ipios da cinética de reagdes e da hidrdulica de reatores REACOES DE PRIMEIRA ORDEM Mudanga da toxa acrat Mudanga da concentragio ¢ ‘em fungao do tempo. ‘om lunge do tompo i. 23 Reade rime oem () Muga da axa de ago dC com ot da concentragiio C com o tempo. ” inal Se HA vcospocessos cmplexos em que a tat loa se process segundo cindca de primeira orem. Visas sbstncins podem indivduainenc cotta indica de ondem zero, mas os rusts completon, ea se dveees dens substnisencontamse agregadas ex: deosendomeacn cmdanaey ey sofer umatara de degraasio que dima fade prime nlew nolo ae quando a maior dos conponetes esti sendo removida(onsunaa) corn sent, tara lablderemocio eleva, Apis um cen tenn nosotare pode ser mais nia, quando apenas os compote de praise na tif ainda presents. Asim, ata global de eafaoasemelhnne ume lea carey Primer ordem (Aral, 1981) 2.4.Reagbes de saturacio ‘Uma outra expressio cinética para descrever as taxas envolvidas no tratamento biolégico de esgotes bascia-se nas reapses enzimética,cuja cintica foi proposta por Michaelis e Menten, Como a decomposigdo bacterana envolve uma série de reagbes catalizadas por enzimas, a expresso de Michacis-Menten pode ser ampliada para deserever a cinética do crescimento bacteriano e as reages de decomposigio do esgoto (Sawyer e McCarty, 1978) (ver Capitulo 1). ‘Sem entrar em detalhes sobre as reagdes enziméticas, apresenta-se diretamente a cquagio da taxa de reagio do substrato, Esta segue uma forma hiperblica em que a taxa tende a uma valor de saturagio, ¢ é dada por: Principios basicos do tratamento de esgotos taxa da reagio (ML*T") taxa maxima da reagio (ML*T"!) eancentragiio do substrato limitante (ML*) ceonstante de saturagio (ML) la Equacfio 2.11, observa-se que K, 6a concentragio do substrato na qual ataxa. 1 & igual a fmyy/2. A Equacdo 2.11 encontra-se ilustrada na Figura 2.4. TAXA DE REAGAO SEGUNDO UMA REACAO DE SATURAGAO is Substrata tintante $ (o'r) -Representagdogrific da reapo de saturago, segundo Michaelis-Menten yuagdio 2.1 1 é amplamente utilizada no tratamento biolgico dos esgotos. Sua jimportdncia reside na sua forma, que pode representar aproximadamente tanto icas de ordem zero quanto as de primeira ordem (ver Figura 2.5), bem como io entre as mesmas, Como comentado anteriormente, no infeio de uma reagio smposigao de substrato (matéria organic), quando a sua concentracao éainda ‘io hélimitacio do mesmo no meio, ea taxa de remocio global aproxima-se fica de ordem zero. A medida em que o substrato passa a ser consumido, & reagio principia a decrescer, caracterizando uma regio de transigio, ou de sta. Quando a concentracao de substrato passa ser bem aixa, a taxa de ssa a ser limitada pela pouca disponibilidade do mesmo no meio, Nestas da indica de reagiese da hidrdutica de reatores 8

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