INTRODUO
CARACTERSTICAS LITERRIAS
Um dos motivos que tem levado estdios a insistirem no fato de que preciso
distinguir os captulos 40-55 dos captulos 1-39, a diferena de estilo, tendo o
bloco central (40-55) um estilo elevado e potico concentrado se contrastado com a
prosa ou poesia menos habilidosa do restante do material literrio de Isaas.4
1 ALONSO SCHKEL, Luis; SICRE DIAZ, Jos Luis. Profetas I. Petrpolis. Vozes, 1993, p. 95.
2 Ibdem, p. 95.
3 Ibdem, p. 95.
4 MOTYER, J. Alec. O comentrio de Isaas; traduo de Regina Aranha e Helena Aranha. --So Paulo: Shedd
5 Ibidem, p. 30.,
6 Ibidem, pp. 30-31.
7 BARKER, Kenneth et al. Bblia de estudo NVI. Trad. Gordon Chown, Notas. So Paulo: Vida, 2003,
p. 1133.
8 SCHMIDT, Werner H. Introduo ao Antigo Testamento. Editora Sinodal, 1994, p. 201.
9 WALTKE, K. Bruce, Teologia do Antigo Testamento.
10 SCHMIDT, p. 201.
11 Ibidem, p. 202.
do cativeiro babilnico que seria responsvel pela continuidade da mensagem do livro
de Isaas. Ele explica que devido ao anonimato a cincia s encontrou um nome
improvisado para o autor, o DeuteroIsaas.12
De acordo Horton, entre o fim do sculo 19 e incio do sculo 20 a maior parte
dos crticos da Alemanha defendia que Isaas no havia escrito os captulos 40-66 [...],
em meados do sculo 20 havia uma unanimidade entre os liberais que acreditavam
em pelo menos um segundo Isaas.13
Longman e Dillard explicam em uma nota que de acordo com as observaes
do rabino Ibn Ezra, sobre os captulos 45.4-5, ele considerava o livro como produto
de um nico autor, diferentemente do que alguns vieram a supor sobre o que ele
pensava.14 Ainda sobre essa questo eles esclarecem que:
Os intrpretes anteriores ao Iluminismo no tinham nenhuma
dificuldade em reconhecer na inspirao proftica a realidade da
interveno divina na histria humana. Eles no consideravam
impossvel a detalhada enunciao proftica sobre o futuro, nem
julgavam tais profecias como evidncia de que uma passagem fosse
falsa. 15
12 RAD, Gerhard Von. Teologia do Antigo Testamento. Traduo Francisco Cato. 2 Ed. So
Paulo: ASTE/TARGUMIM, 2006, p. 660.
13 HORTON, Stanley M.; DE SOUZA, Benjamin. Isaas: o profeta messinico. 2 ed. Rio de Janeiro:
Nova.1999, p. 263.
Como j vimos, o argumento baseado na autoria frgil, pois o estilo de um
autor pode variar de acordo com o proposito, os destinatrios, o estado de nimo, a
idade e outros fatores. Na verdade, o estilo serve apenas para reafirmar a unidade
da autoria entre os dois Isaas.18