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FESURV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

FACULDADE DE FARMÁCIA BIOQUÍMICA

CARACTERÍSTICAS DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C,


DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E TRATAMENTO

ELCÍRIA SILVA DINIZ MAGALHÃES


Orientador: Prof. Ms. JOSÉ MÁRIO LOURENÇO MAIA

Projeto de Pesquisa apresentado à Faculdade


de Farmácia e Bioquímica da Fesurv -
Universidade de Rio Verde, como parte das
exigências para obtenção do título de
Farmácia Bioquímica.

RIO VERDE-GO
2009
SUMÁRIO

1 TEMA ...................................................................................................................................... 3
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA .................................................................................................. 3
3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 3
3 PROBLEMA ........................................................................................................................... 3
4 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 3
4.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 3
4.2 Objetivo Específico .............................................................................................................. 3
5 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................... 4
5.1 Hepatites ............................................................................................................................... 4
5.2 Hepatite C ............................................................................................................................. 5
5.3 Transmissão .......................................................................................................................... 6
5.4 Diagnóstico ........................................................................................................................... 6
5.5 Tratamento ............................................................................................................................ 6
6 METODOLOGIA.................................................................................................................... 8
7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ....................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 8
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1 TEMA

Características da infecção pelo vírus da Hepatite C, diagnóstico laboratorial e


tratameto.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Destacar a importância do diagnóstico e terapêutica da hepatite C.

3 JUSTIFICATIVA

A hepatite C é um relevante problema de saúde pública em nossos dias, através do


diagnóstico clínico é possível identificar o agente etiológico e através do tratamento, provocar
uma redução dos sintomas e reduzir a progressão da doença. Portanto, o diagnóstico precoce e
implementação de um sistema terapêutico são determinantes.

3 PROBLEMA

Elevado índice de portadores não diagnósticados e consequente progressão silenciosa


da doença.

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Compreender os mecanismos de transmissão e a alta prevalência do vírus da hepatite


C.

4.2 Objetivo Específico

- Identificar os principais métodos para diagnóstico e tratamento da hepatite C.


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5 REVISÃO DA LITERATURA

5.1 Hepatites

Hepatites viral é um termo que designa infecçoes hepáticas causada por um grupo de
vírus com tropismo pelo fígado. O fígado é o maior órgão do corpo humano. Em um adulto
ele pesa de 1.400 a 1.600 gramas, se localiza no lado direito no quadrante superior da
cavidade abdominal. O órgão é totalmente recoberto pelo peritônio e é irrigado pela artéria
hepática, recebendo sangue venoso do baço e intestinos pela veia porta. A função do fígado é
manter a homeostase metabólica corporal, processando aminoácidos, carboidratos, lipídios,
vitaminas alimentares, síntese de proteínas séricas, desintoxicação e excreção na bile de
resíduos endógenos e xenobióticos poluentes (CRAWFORD, 2000).
Vários são os agentes etiológicos causadores das hepatites virais, e eles são
distribuídos universalmente, mas todos eles têm uma característica comum que é seu
hepatotropismo. Há um significativo processo de identificação de agentes virais, com o
desenvolvimento de testes laboratoriais específicos e o uso da biologia molecular. O estudo
das hepatites é de grande importância, pois não se limita ao enorme número de pessoas
infectadas, mas, estende-se às complicações das formas agudas e crônicas. Ela apresenta uma
ampla variedade de apresentação clínicas, sendo que o indivíduo portador do vírus pode
apresentar quadro assintomático ou hepatite aguda ou crônica, até cirrose e hepatocarcinoma
(FERREIRA; SILVEIRA, 2004).
A consequência dessas infecções são diversas, pois depende da identificação do tipo
de vírus. Assim o diagnóstico só será completo se o agente etiológico ficar esclarecido. Os
vírus da hepatite foram caracterizados em: A, B, C, D, E, G e TT, e entre eles é comum o
hepatotropismo. A característica principal que diferenciam esses vírus é a sua capacidade (ou
incapacidade) de tornar essas infecções crônicas; os grandes responsáveis pela forma aguda
da infecção são os vírus A, B, e C. A hepatite C, aguda ou crônica, geralmente são
assintomáticas. E a infecção crônica é caracterizada em manter o RNA-VHC no sangue por
mais de seis meses após a infecção não é consensual a proporção de indivíduos que
desenvolve hepatite crônica, mas é em média 70% a 80% (FERREIRA; SILVEIRA, 2004).
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5.2 Hepatite C

O vírus VHC da família Flaviviridae, é de RNA de filamento único pequeno e com


um envólucro e seu genoma codifica uma única lipoproteína. Este vírus é muito instável ele
dá origem a vários tipos e subtipos, que são grupos genéticos designados genótipos. Sendo
que essa variabilidade dificulta a produção de vacinas que produza anticorpos contra o VHC
(CRAWFORD, 2000).
Atualmente, estima-se que 2,5% a 4,9% da população brasileira seja portadora do
vírus VHC, sendo que esta infecção passa do estágio crônico em 85% dos casos, tendo uma
evolução assintomática por anos ou décadas evoluindo para cronicidade ou com quadro
clínico variado (MOURÃO et al., 2008).
A Hepatite C é um dos principais problemas de saúde pública. Isso se deve a
característica do vírus de evadir do sistema imune, mesmo produzindo muita imunoglobulina
IgG ( Imunoglobulina da classe G) não é suficiente para conferir imunidade, levando a
complicações crônicas como: cirrose ou hepatocarcinoma levando a mortalidade dos
indivíduos afetados (VASCONCELOS et al., 2006).
Uma das principais características dos vírus RNA é sofrer mutações frequêntes
durante a replicação, com isso os vírus RNA, in vivo, apresentam diversas populações, que
dão origem a quaíspecíes, essa população originaria do RNA formam vírus com uma ou mais
sequências principais e um largo espectro de variantes relacionadas. Sempre as mutações nas
sequências de nucleotídeos são toleradas desde que não prejudicam o ciclo de vida do vírus. O
vírus da hepatite C apresenta uma grande diversidade genética, que indica uma alta frequência
de mutações (RIBEIRO, 2004).
As quaisispecies apresentam diferenças na sua composição genômica de 1 a 2% e
elas apresentam no início da infecção, fase aguda, ou na fase crônica como mecanismo de
adaptação ou fuga às defesas do sistema imune do indivíduo infectado (MOURÃO et al.,
2008).
Os genótipos são distribuídos variando nas diversas partes do mundo. Alguns tem
distribuição universal, sendo eles 1b, 1a e 2b, mas o 5 e o 6 estão limitados a determinadas
regiões do globo terrestre. Os tipos e subtipos diferem entre as áreas geográficas, por
exemplo, estudos mostraram que os tipos 1, 2 e 3 estão presentes em todo o mundo, inclusive
no Brasil, sendo o tipo 4 restrito a região da África do Norte e Central e Egito, enquanto os
genótipos 5 e 6 são mais frequêntes na África do sul e sudeste asiático. No Brasil, é
observados na população doadora de sangue, com frequência, os genótipos 1a, 2a, 3a, 1b e 2b.
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Enquanto 2 e 1b estão associados em doadores de sangue 1a e 3a encontram-se


frequentemente associados a usuários de drogas endovenosas. A identificação dos genótipos é
útil não só para estudos epidemiológicos, mas também para estabelecer as doses e o tempo
necessário à terapia (MOURÃO et al., 2008).

5.3 Transmissão

A principal via de transmissão é parenteral, mas devemos ressaltar a possibilidades


de transmissão sexual, alertando para o uso de preservativos. O uso de drogas endovenosas,
transfusão de sangue, uso de perfurocortantes, tatuagem, exposição ocupacional, são fatores
de risco para infecção por HCV (STRAUS, 2001).

5.4 Diagnóstico

O diagnóstico laboratorial da hepatite C é feito através de pesquisa de anticorpos


séricos. Esta é uma maneira frequentemente empregada para identificação da infecção, seja
ela presente ou passada. É primariamente sorológico, mas as técnicas de biologia molecular,
estão dando lugar as provas de rotina. São utilizados nesta identificação testes de rastreamento
e testes suplementares para confirmação, pois este tem maior especificidade (BRANDÃO et
al., 2001).
Os testes de rastreamento mais usados e que estão disponíveis no mercado são o
ELISA (Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay – teste de imunoensaio enzimático), que
utiliza proteínas recombinantes ou peptídeos sintéticos capazes de captar o anti-HCV. Nos
testes suplementares um dos mais utilizados é a RIBA (Técnica Recombinante de
Imunoensaio), ele é mais utilizado em indivíduos que deram positivos para ELISA e tem
baixo nível de infecção pelo VHC é justificável o uso do teste suplementar. O teste mais
específico para diagnóstico de infecção pelo vírus VHC é determinar o RNA do VHC através
de PCR, pois ele possibilita ampliar sequências de genes específicos do RNA viral
(BRANDÃO et al., 2001).

5.5 Tratamento

No início da década de 90, quando o vírus foi descoberto era recomendado


monoterapia com interferon-α (INF- α). Mas a resposta virológica sustentada só se dava em
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5% dos casos. Asssim estimulou estudos de combinações de terapias. Assim, dentro de


avaliações e estudos, começaram a utilizar interferon-α com ribavirina (RBV). Ambos
demonstraram uma taxa de resposta virológica sustentada, pois permitiam negativação do
vírus RNA-VHC, mesmo após 24 semanas do término do tratamento prescrito. Esta resposta
foi maior em pacientes com o uso desta combinação do que com aqueles que faziam uso do
INF- α. Como o resultado positivo desta combinação, foi consensual o uso de interferon-α e
ribavirina, nos pacientes portadores de hepatite C crônica (ALVES et al., 2003).
A modalidade terapêutica aprovada pelo FDA americano (Food and Drug
Administration-Administração de drogas e alimentos) é o interferon, para o tratamento da
hepatite C. Podendo ser sob forma de monoterapia (interferon-α ou interferon peguilado) ou
em associação com a ribavirina. No Brasil os medicamentos para tratamento da hepatite C
tem distribuição gratuita (ÁVILA et al., 2005).
Os interferons (INFs) tem propriedades antiviral, antiproliferativa e
imunomoduladora. A ribavirina é um antiviral, sua ação é inibir o RNA viral e a síntese de
proteínas (CAETANO, 2008).
Os interferons pertencem à família das citocinas e modulam a atividade dos
componentes do sistema imune, assim aumenta a habilidade dos organismos de lutar contra as
agressões bacterianas, virais, constituindo, portanto um grupo de proteínas com propriedades
antiproliferativas e imunomoduladoras responsável por seu efeito antiviral. Ao conjugar INF
com o polietilenoglicol (INF peguilado), a molécula do polietilenoglicol retarda a sua difusão
permitindo sua aplicação semanal, sendo que os níveis séricos permanecem estáveis.
Devemos ressaltar que existem estudos que após interrupção do tratamento com INF
peguilado, diminuem acentuadamente as recidivas. O tratamento com interferon e ribavirina
pode erradicar o vírus em até 40% dos indivíduos portadores, enquanto que a combinação
com interferon peguilado com ribavirina em até 56% dos pacientes (CONTE, 2000).
O mecanismo de ação da combinação de interferon e ribavirina ainda é
desconhecido, mas sabe-se que a monoterapia não é eficaz sobre o vírus da hepatite C
(ACHÉ, 2004).
O tratamento da hepatite C somente com INF- α, mesmo quando usado em doses
altas, é restrito, por consequência de resposta virológia baixa. Então, a abordagem padrão para
tratamento para hepatite C crônica é a combinação INF-α/RBV. Nos pacientes que usam esta
combinação, a resposta virológica sustentada é significadamente maior, entre 33% a 41%,
comparando os pacientes não tratados previamente, aos que receberam monoterapia com INF-
α, fica entre 6% a 16%. Consequentemente o paciente que faz uso desta combinação,
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respondem melhor ao tratamento. O tempo de terapia é significante para obter resposta


virológica sustentada. Tratamentos prolongados de 48 a 72 semanas comparado à terapia de
24 semanas produzem menor incidência de recidiva (FARAH; JACOB; CUMAN, 2008).

6 METODOLOGIA

Será realizada uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos referenciais. Os


principais sites a serem pesquisados serão Scielo, Bireme, Bvms.saúde, USP, Unicamp será
feito uma leitura e interpretação do material pesquisado. As publicações serão selecionadas a
partir do ano de 2000.

7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

2009
Descrição
ago. set. out. nov. dez.
Definição do tema e coleta de fontes bibliográficas X
Leitura e interpretação das fontes bibliográficas X X X
Elaboração do projeto X
Entrega do projeto ao orientador para apreciação X X
Reformulação do projeto X X X
Entrega do projeto final ao orientador X
Elaboração do trabalho final (TCC) X
Entrega do trabalho final ao orientador X
Correções finais X X
Entrega do trabalho à coordenação X

REFERÊNCIAS

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MATTOS, A. A.; ALMEIDA, P. R. L. Tratamento de pacientes com hepatite crônica pelo
vírus C, com interferon-α e ribavirina: a experiência da Secretaria de Saúde do Rio Grande do
Sul. Arquivos de Gastoenterologia, São Paulo, v.40, n.4, p.227-232, out./dez. 2003.
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ÁVILA, M. P.; FREITAS, A. M.; ISAAC, D. L. C.; BASTOS; PENA, R. V. Retinopatia em


paciente portador de hepatite C tratado com interferon peguilado e ribavirina: relato de caso.
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, Porto Alegre, v.69, n.2, p.255-259, 2005.

BRANDÃO, A. B. de M.; FUNCHS, A. C.; SILVA, M. A. dos A.; EMER, L. F. Diagnóstico


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CAETANO, N. (Ed.). BPR- guia de remédios. 9.ed. São Paulo: BPR – Consultoria, projetos
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CONTE, V. P. Hepatite crônica por vírus C. Parte2. Tratamento. Arquivos de


Gastoenterologia, São Paulo, v.37, n.3, p.187-193, jul./set. 2000.

CRAWFORD, J. M. O fígado e o trato biliar. In: CONTRAN, R.S.; KUMAR, V.; COLLINS,
T. Robbins: patologia estrutural e funcional. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2000.
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FARAH, G. J.; JACOB, R. J.; CUMAN, R. K. N. A. Alternativa farmacológica para o


tratamento de hepatite C. Arquivos de Ciências Saúde da Unipar, Umuarama, v.12, n.2,
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FERREIRA, C. T.; SILVEIRA, da T. R. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e da


prevenção. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.7, n.4, p.473-487, dez. 2004.

ACHÉ. P.R. – Vade mécum. São Paulo: Soriak, 2004. 863p.

MOURÃO, L. C. de S; ALVES, L. D. S.; JÚNIOR, J. V. S. L.; NUNES, L. C. C.;


MEDEIROS, M. das G. F. Caracterização da hepatite C em pacientes assistidos pelo
programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional. Revista Brasileira de
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RIBEIRO, M. de F. G. de S. Fatores prognóstico na evolução da hepatite C. 2004, 89f.


Tese (Doutorado em Ciências) – Universidades de São Paulo, São Paulo, 2004.

STRAUSS, E. Hepatite C. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, São


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VASCONCELOS, R. R. de; TEGAN, F. M.; CAVALHEIRO, N. de P.; IBRAIM, K.;


PEREIRA, H.; BARONE, A. A. Fatores associados às formas evolutivas graves da infecção
crônica pelo vírus da hepatite C. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical,
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