Caracterização dos parâmetros vocais pré e pós terapia vocal em
pacientes portadores de disfonia infantil.
NASCIMENTO, WN; TAKESHITA, TK; MENDONÇA, RE; OLIVEIRA, FM; DEFINA-IQUEDA, AP; RICZ, LNA. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
1. Objetivos elevados durante a fonação e 70%
Caracterizar os parâmetros vocais pré e pós apresentaram engurgitamento de veias durante terapia vocal de crianças atendidas no serviço a fonação. Durante a análise acústica, 40% de fonoaudiologia de um hospital público de apresentaram freqüência fundamental reduzida Ribeirão Preto no ano de 2007. para idade; jitter aumentado em 10%; 30% apresentaram aumento no shimmer e 60% 2. Metodologia apresentaram GNE reduzido. No sexto Foram atendidas 10 crianças, sendo seis atendimento, pós- terapia vocal, realizou-se a meninas e quatro meninos, com idade entre reavaliação perceptiva-auditiva, houve aumento seis e 13 anos e média de 10 anos. O número significativo do tempo máximo de fonação em máximo de atendimentos realizados foi 10, 10%; adequação da loudness em 20% e a sendo a mediana seis. Os atendimentos coordenação pneumofonoarticulatória em 30%. consistiram de anamnese, avaliação Os tipos de voz rouca-soprosa de grau leve a perceptivo-auditiva e acústica da voz, além da moderado ocorreu em 70%, o apenas terapia vocal propriamente dita. A avaliação moderado em 10% e 30% apresentaram perceptual compreendeu os parâmetros pitch, aspereza. Quanto a avaliação corporal, 40% loudness, qualidade vocal, coordenação apresentaram tensão na região escapular e pneumofonoarticulatória, ataque vocal, 50% engurgitamento de veias; elevação dos ressonância, assim como modo e tipo ombros em 40% e tensão cervical durante a respiratório. Os parâmetros acústicos fonação em 10%. A utilização de ar de reserva freqüência fundamental, shimmer, jitter, e GNE ocorreu em 80%. No que se refere a análise foram analisados com o uso do software acústica por meio do programa Voxmetria. A terapia fonoaudiológica foi computadorizado, o shimmer e o jitter baseada na linha filosófica eclétic com adequaram-se em 10%; e o GNE adequou-se predominância da fisiológica. em 20% deles. 3. Resultados e Discussão 4. Conclusão No primeiro atendimento, na avaliação Após terapia vocal, o grau de soprosidade e perceptiva-auditiva, encontrou-se tempo rouquidão, elevação de ombros, coordenação máximo de fonação reduzido em 80% das pneumofonoarticulatória, tensão na região da crianças, modulação reduzida em 50%, e cintura escapular, ingurgitamento de veias dessas, 40% apresentaram quebra de durante a fonação foram os parâmetros que sonoridade. O pitch apresentou-se grave em apresentaram melhores resultados. Para a 80%; a loudness foi caracterizada como fraca análise acústica, a Energia de ruído glótico em 40% e todos apresentaram voz rouca- (GNE) melhorou significativamente após o soprosa, 70% com predomínio do grau leve a período de treinamento. Assim, a fonoterapia moderado, 10% grau moderado e 20% pareceu eficaz em casos de disfonia infantil, moderado a severo. Do tipo de voz prevalente, tendo como fator limitante dentre outros a 40% apresentaram ainda aspereza de grau adesão ao tratamento. leve. Todos os indivíduos apresentaram incoordenação pneumofonoarticulatória; 5. Referências Bibliográficas apenas 10% não apresentaram ressonância 1.Behlau, M; Madazio, G; Feijó, D; Pontes, P: laringo-faríngea; o ataque vocal brusco ocorreu avaliação de Voz. In: Behlau, M: O livro do em 90% dos casos. Na avaliação da especialista. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. respiração, houve predomínio do tipo superior, 2. Ramig L, Verdolini K. Treatment efficacy: com uso do ar de reserva em 80% dos casos voice disorders. J Speech Lang Hear Res avaliados. Em 80%, observou-se tensão em 1998;41:S101-16. região de cintura escapular e 30% em região 3. Stemple J. Voice therapy. Clinical studies. St. cervical; 50% permaneciam de ombros Louis: Mosby; 1993.