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Disciplina: Seminários Ano Lectivo 2009/10

Desenvolvimento ??
Seminário: "SNC - A Caminho da Conversão"
Trata-se de um seminário realizado no âmbito da disciplina curricular Seminários, dos
cursos de MBA e Pós-Graduação do IESF, que decorreu no dia 15 de Dezembro de 2009, no
auditório do ISFE, tendo como oradores convidados a Drª. Sónia Costa Matos e o Dr. Rui
Martins. Os dois oradores fazem parte da Horwath & Associados, SROC, respectivamente como
sócia-gerente e “manager”.
O tema abordado foi “SNC - A Caminho da Conversão”. O seminário tinha como
objectivo principal salientar a necessidade de informar as empresas e sensibilizá-las para o
modo de antecipar e planear as acções para a transição que terão de operar, a partir de 1 Janeiro
de 2010, com a entrada em vigor do novo Sistema de Normalização Contabilística.
A Drª. Sónia Costa Matos começou por fazer a apresentação da sua empresa, dando conta
do respectivo funcionamento, ramos de actividade, parceiros, clientes e países onde está
representada. Ficou bem evidente que Horwath & Associados é uma empresa bem cotada
internacionalmente no ranking dos serviços de auditoria e consultadoria. Passou, de seguida, a
palavra ao Dr. Rui Martins, que abordou o tema em epígrafe, introduzindo neste seminário o
Sistema Nacional Contabilístico (SNC), bem como as principais questões que poderão ser
colocadas a propósito deste novo sistema.
Procurando-se uma definição do SNC, dir-se-á que revoga o Plano Oficial de
Contabilidade (POC) e legislação complementar, sendo constituído por um conjunto de Normas
Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF) e de Normas Interpretativas (NI), que substituem
os vários Planos Oficiais de Contabilidade, assim como as Directrizes Contabilísticas e
Decretos--Lei que regulam a actividade contabilística em Portugal. O SNC assenta, por isso, nos
seguintes elementos constituintes: decreto-lei de enquadramento; bases e normativos de carácter
geral; modelos de declarações financeiras; codificação das contas; normas contabilísticas de
relato financeiro (NCRF); normas contabilísticas de relato financeiro para pequenas empresas
(NCRF-PE) e normas interpretativas (NI).
Considerando os objectivos e vantagens do SNC, concluiremos que este modelo tende a
fazer a normalização e a contribuir para a convergência internacional, promovendo, acima de
tudo, a transparência e a comparabilidade das demonstrações financeiras entre os diferentes
países da EU. O SNC tem como principal objectivo impulsionar a concentração das práticas de
contabilização e a avaliação dos activos e passivos entre os 27 estados membros da União
Europeia. Enfim, por ter uma estrutura normativa coerente com as “Normas Internacionais de
Contabilidade” (NIC’s) acolhidas na EU, pretende, logicamente, facilitar às entidades a
passagem entre as “Normas Contabilísticas de Relato Financeiro para Pequenas Empresas”
(NCRF-PE), as “Normas Contabilísticas de Relato Financeiro” (NCRF) e as referidas “Normas
Internacionais de Contabilidade” (NIC’s).
Este modelo de normalização contabilística foi aprovado a 23 de Abril de 2009, através
de Decreto-Lei. O processo foi longo e demorado, com início em 2003; a entrada em vigor do
SNC, com a sua aplicação, far-se-á a partir de 1 de Janeiro de 2010.
Foi igualmente tida em consideração a estrutura do SNC. Este sistema cria três níveis de
estrutura normativa contabilística, intermutáveis e integrados, a saber: 1º Nível – aplicação das
Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS); 2º Nível – aplicação das Normas de
Contabilidade e Relato Financeiro (NCRF); 3º Nível – (Regime Simplificado)- aplicação de
Normas de Contabilidade e Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE).
Uma questão decisiva é a das mudanças e impactos da conversão ao SNC. De facto, a
adopção do novo Sistema de Normalização Contabilística envolve, logo à partida, uma mudança
na forma de pensar e de encarar a contabilidade e o relato financeiro. A Contabilidade passa a ser
entendida por conceitos ou princípios, o que se reflecte na forma como as empresas
contabilizarão os seus resultados e desempenho. Tudo isto vai obrigar à alteração de termos até
agora utilizados (ex: “proveitos” passam a “créditos”, “custos” a “gastos”, …). Quanto ao Plano
de Contas, com a entrada em vigor do SNC, o POC e toda a legislação complementar é
revogada. Vai haver novos critérios para classificar Activos e Passivos, com destaque para a
introdução do justo valor. No âmbito dos Instrumentos Financeiros, o impacto vai fazer-se sentir
no registo dos ganhos e perdas obtidos e na separação entre instrumentos de capital próprio e
passivos. No que se refere a Activos Intangíveis e Tangíveis, nos primeiros passam a não ser
conhecidos activos do tipo “despesas de instalação”, “despesas de investigação e
desenvolvimento” e “contratos de construção”; nos Activos Tangíveis, o impacto reflecte-se na
redução por imparidade do valor líquido de alguns activos, assim como na possibilidade de
adopção da amortização por componentes. Na componente de Acréscimos e Diferimentos, a
conversão para o SNC reflecte-se na anulação de custos plurianuais diferidos que não
qualifiquem como activo. São também reduzidos os créditos suportados pelos contratos
condicionais ou revogáveis e é reconhecida a actividade de comissionista pelo líquido. Ao nível
das Provisões, o SNC introduz a possibilidade de descontar o valor das provisões e a redução do
valor de provisões genéricas. No domínio do Inventário, com a entrada do SNC, a valorização
pelo método LIFO passa a não existir. No que diz respeito à componente de Benefícios aos
Empregados, o impacto relaciona-se, nomeadamente, com os efeitos futuros das actuais
responsabilidades, por exemplo nas pensões.
O orador ponderou, enfim, as dificuldades, preocupações e desafios das empresas face
ao SNC. Em todos os processos de transição surgem as dificuldades e obstáculos inerentes à
mudança. A passagem para o SNC não é excepção e vão ser colocados às empresas alguns
desafios. De todos eles, o mais significativo será o de superar a própria resistência à mudança, a
par dos ligados à formação e aos custos que lhe são inerentes.
Outra das principais dificuldades liga-se a diferenças entre o novo código de contas e o
POC, como, por exemplo, a existência de novas classes de contas ou todo um novo vocabulário.
Revalorizar activos/passivos na abertura de 2010, tendo em conta as NCRF, e realizar os
ajustamentos necessários face aos novos critérios de mensuração, assim como converter os dados
de 2009 para o formato SNC, com vista a poder obter nos mapas de relato financeiro de 2010 o
comparativo com 2009, serão outros dos desafios colocados às empresas.

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