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Noticia Historico-Chorographica DA Comarca de Granja PELO™ BSadee Wicent» Martino, (Continuagio Do N.° ANTERIOR). ——— VERTENTES De norte a sul.os principaes rios, que se encontram po municipio, sdo: O Timonha, que nasce no sitio Buhyra, na serra de Ibiapaba_na comarca de Vigosa e seguindo rumo de Este passa_pelas fazendas Lagoa do. Barro, Limay, Passagem das Pedras, Trapid, Malhada Vermelha, Olho d’agua do Costa, Lagoa Redonda e Taquara, donde toma para o Norte banhando as fazendas do Genipapo, Barra, Matta- pasto, Malhada Grande, Timonha, Campo Grande, Es- treito, Itaiina, Passagem, Nova Olinda, Caracara, Salga do, a povoagio do Chaval, perto da confluencia do Uba- tuba, e vae desaguar no Pontal, no oceano, por duas boccas formando um pequeno estuario denominado Barra, do Timonha aos 2°54’ 46” de latitude meridional e 2° DO INSTITUTO DO CEARA 318 8" 7” de longitude oriental do Rio de Janeiro, depois de um curso de 150 kilometros. & estreito e de grande correnteza, esua maior lar- gura perto da barra mede 150 metros, As suas margens séo muito ferteis e em parte .co- bertas de immensos carnaubaes. . ‘As aguas salgadas sobem por elle até o Chaval e é de excellente pescaria. Dos muitos ribeiros, que vertem dos serrotes e oi- teiros os principaes sio: o Ubatuba pela margem es- querda e o Riacho de Dentro pela direita. O Ubatnba nasce no sitio Coité na serra de Ibiapa- ba, banha a povoagdo de Ubatuba pelo lado oriental, passa pela fazenda do Estreito, Taboleiro da Onga, Po- go, S. Joao da Praia, banha a povoagdo do Chaval pelo lado occidental e desce até encontrar o Timonha, ser- vindo em parte de limite com o Piauhy. E’ de optima pescaria, e suas margens fertilissimas séo magnificas para salinas, perto do Chaval, até onde é navegavel por sumacas, isto ¢, cerca de 30 kilometros. Grandes pedacos de carvdo de pedra tém sido encontra dos no leito deste rio nas proximidades do Chaval. © Riacho de Dentro nasce no sitio Boa Vista, passa pelas fazendas Retiro, Passagem da Onga, Timbaiiba, Riacho de Dentro, Malhadinha e tem a sua confluencia a pouce mais de um kilometro acima da fazenda Barra. E’ menor que o Ubatuba. O Coreahii nasce na Ladeira de S. Pedro na Ibia- paba a 180 kilometros da costa, corre em geral de Oeste para Nordeste por um scrtéo pedregoso, recebendo pe- quenos fiachos, passa pela povoagéo do Trapiasinho, recebe 0 riacho Itaquatiara, aonde banha a villa de Pal- ma pelo Occidente; mais abaixo recebe 0 Juazeiro pela esquerda, e vae receber perto de Pedrinhas, ainda pela esquerda, o tiacho Enfeitado ¢ mais abaixo pela. direita 0 Pitombeira, que traz as aguas da Meruoca; perto do Jordéo emboca pcla direitao Riacho dos Porcos e 4 es- querda o riacho do Prata, antes de entrar no municipio de Granja. 319 REVISTA TRIMENSAL Em Granja recebe pela margem esquerdao da Ex- trema e o-Mucambo, 4 direita o riacho Saccos ou Juru- menha e o Comboieiro, a esquerda o Itacolumy, que nasce no Tiangud, na serra de Ibiapaba, o Sahiry 4 esquerda, o Campo Grande 4 direita, o Gangorra 4 esquerda, 0 Ja- tubatuba 4 direita, o'Camboa 4 esquerda, o Riacho que emboca na cainbéa da Nanduba, 4 direita, e entra no municipio de Camocim, com este nome e corre até des- aguar no oceano perto da cidade de Camocim, for- mando 0 porto de igual nome, depois de.um curso de 230 kilometros, sendo navegaveis por pequenas embar- cagoes 42 kilometros, isto é, até a cidade de Granja. Em seu curso, partindo das extremas da Palma passa pelas fazendas: Tetéu 4 ‘direita, Timbauba 4 esquerda, Formigas 4 direita, Jagarassuhy 4 esquerda, Sacco do Ja- -Berassulty 4 direita, Varzea do Jagarassuhy 4 esquerda, streito 4 direita, Comboieiro 4 direita, Baliza 4 esquer- da, Bracutiara 4 direita, Missio 4 esquerda, Sahiry 4 esquerda, Lagoa Raza 4 direita, Tapera 4 esquerda, Ca- rambi 4 esquerda, Timbabugi 4 esquerda, Bom Jardim 4 direita, Fuzo, Tabogao, Passagem de Sant’Anna e Santa Maria tambem 4 direita, a cidade de Granja 4 esquerda, onde é cortado por uma barragem e. uma ponte meta- lica da E.F. de Sobral de i12 metros de comprido e passa depois pelas fazendas Oiteiro e Officinas 4 esquer- da e Urubti 4 direita. Seus principaes tributarios séo: 0 Riacho dos Por- cos, Mucambo, Itacolumy, que é o maior, Sahiry, Gan- gorra, Cambéa e Riacho. . © Riacho dos Poreos nasce no Aiua, passa entre as serras do Goyanna e Jorddo, banha as fazendas Game- leira, Salao, Jud, Tapera e tem a sua conflvencia perto da fazenda Tetéu, . O Mucambo nasce na Carnaubinha, passa pelas fa- zendas Riachdo, Morros, Mucambo, Jagarassuhy é des- agua acima do serrote Bandeira. O Itacolumy desce da serra de Cuatiguaba no ‘Ti- angua em um solo fertilissimo, atravessa o valle de igual, nome, no municipio de Granja, banha as fazendas Ma- DO INSTITUTO DO CEARA 320 nhoso, Limociro, Itacolumy e vae desembocar entre Mis- sio_e Baliza no logar denominado Terras Duras. E! o principal tributario do Coreaht. O Sahiry vem da Serrinha do Antonio Luiz, passa por Gamiranga e fazenda Sahiry, antes de entrar no Coreahi, . _O Gangorra nasce no sertéo entre as fazendas Ja buruna, Sambaiba e S. José, banha as fazendas de S. José, Capim e Gangorra, desembocando perto da lapara, quase em frente do Bom Jardim. ~ . O Camboa nasce na Baixa das Bestas, hoje deno- minada Himalaia, passa petas fazendas Himalaia, Carnau- balsinho, Milagres, Angequim, Pau d’Arco, Camboa, e Carnaubal e desagua no Coreahi entre Lagoa Grande e Officinas, - . O Biaeho nasce na Lagoa das Pedras, passa na Baixa- Fria, Boa-Vista, Cachoeira, Lagoa Verde, Riacho Realeza, Salgadinho e Urubd, e desagua perto do serrote de Nan duba. O Riacho do Parasinhy nasce na lagoa de Angica, passa pelas fazendas Maravilha, Varzea Grande, Jaga rapy, Itapebuci, povoacdo do Parasinho, onde é cortado por uma, barragem comecada em 1889 pelo -rev. vigario * Costa Mendes de saudosa memoria : passa depois pela fazenda Sacco e desemboca no Laguinho, Seu curso é du cerca de to leguas, O Tiaya nasce na povoagdo Tucunduba, no Olho d’Agua dos Picos, passa petas fazendas Jurema, Tiaya de Baixo, Pesqueiro e vai desaguar no Lago-Grande, que des. emboca no é¢eano no logar Cabaceiras. Seu curso é de cerca de 20 leguas. NOTAS HISTORICAS O territorio que comprehende hoje o municipio de * Granja, e que fol occupado pelos indios tabajaras, ta- puios, coansues e tremembés, comegou a ser colonisado em 1695 pouco mais ou mengs, data em que comecaram as missdes.na laguatiara pelo Padre Assenso Gago, su- 321 REVISTA TRIMENSAL perior dos Jesuitas da missdo da serra de Ibiapaba,’a quem se deve a criagdo de gado. Os primeiros colonisadores que vieram habitar es tas parageas foram o tenente Miguel Machado Freire e seu irméo Domingos Machado Freire, que em 1702 rece beramn doagdo de cinco legoas de terra na margem orien- tal do rio Coreahit por Carta de sesmaria passada em Recife a 3 de Agosto d’esse anno, € que foram mais tar- de auxiliados por D, Jacob de Sousa, donatario das terras da serra de D, Jacob; capitéo Kodrigo da Costa, do- natario das terras do Jaragassuhy, sargento mor Alexan- dre Pereira de Sousa. Joaquim de Abreu Valladares, e Agostinho de Britto Passos, vindo os trez ultimos da Ba- hia. os quaes se estabeieceram. 4 margem do rio e travan- do relagdes ‘com os indios, com os quacs vieram com- merciar, langaram os fundamentos da actual cidade. Alem d’estes nota-se ainda Jeronymo Machado Freire, donatario de nove teguas de terra sendo seis a partir da data da com legua e meia de largo para cada lado do riacho do Parasinho'ou [tapebussti até o serrote pin- tado ou riacho das cacimbas e trez no Groahiras perto de Sobral. As primeiras casas construidas foram no local onde hoje estdo a casa do corone! Ignacio de Almeida Fortuna, a de sr. Vicente Altino Angelim, a do sr. Antonio Diogo de Gouveia no boulevard do Coreahd, no alto denomi- nado Oiteiro, e Sant’Anna denominade do Joaquim Ri- beiro no Puct. Ao tempo em que a missdv dos Jesuitas na lagua tiara dava origem 4 formacdo de um pequeno arraial ha- bitado por indios tapuios e tabajares cathiequisados, a margem de Coreahd ia sendo povoada e com o nome de S. Cruz, 0 local da cidade desenvolvia-se um arraial formado de bahianos aventureiros que se haviam estabele- cido para negociar com os indivs das tribus visinhas. Com a expulsdo dos Jesuitas do Brazil, havendo ter- minado a missao da laguatiara perto de lapara, os indios abandonaram a aldeia da missdo e foram estabelecer-se DO INSTITUTO DO CRARA 322 na‘aldeia de Santa Cruz do Coreahi, hoje Granja, onde nesse tempo dominavam alguns bahianos e portuguezes. Havendo crescido muito a aldeia com a chegada dos indios, os navegantes passaram a chamar a povoacdo hascante, Macavoqueira ou Macaboqueira, alcunha que davam os portuguezes aos indios da misséo e que ficou sendo a denominagao official do povoado até que em 1776, ja sendo maior a sua populagdo e grande o seu commercio com Bahia e Recife, donde vinham os pequenos hyates e barcacas, que ancoravam no rio no lugar dos armazens, passou a villa com a -denominacdo de villa de Granja por Alvara Provincial de 27 de Junho de i776, nove annos depois da creacdo da freguezia. No periodo de 1776 a 1842, isto é, da creagao de villa de Granja a elevagdo a sede de comarca, na cidade de Granja deram audiencia onze ouvidores geraes e corre- gedores da comarca, a saber: 1.° Dr, José da Costa Dias e Barros, decimo ouvidor do Ceara nomeado por carta regia de 1776 e empossa- do a 14 de Margo de 1777, que deu duas audiencias, uma a 24 de Outubro de 1779 e outra a 29 de Junho de 1781 ae Dr. Manoel de Magalhaes Pinto Avellar Barbedo, graduado em Coimbra e relator da universidade, nomeado por carta regia de Outubro de 1780 ¢ empossado a 25 de Janeiro de 1789, que deu audiencias a 8 de Feve. reiro de 1790, a 27 de Maio de 1791 ea 2 de Janeiro de (792. . 3° Dr. José Victorino da Silveira, nomeado por carta regia de 4 de Novembro de 1792 e empossado a 16 de Novembro.de 1793, que deu audiencias a 29 de Junho de 1793, a 20 de Junho de 1793 €a15 de Janeiro de (801. 4." Desembargador Gregorio José da Silva, empos- sado a 21 de Novembro de 1801, deu audiencia a 17 de Margo de 1803. 53° Dr. Luiz Manoel Moura Cabral, 16,0 ouvidor ge- ral, emp. a 26 de Abril de 1803, deu audiencias a 21 de Julho de 1804 e a 28 de Julho de 1805. 6.° Desembargador Francisco Affonso Ferreira, 17.° 323 REVISTA TRIMENSAL ouvidor geral, nomeado a 15 de Juinho de 1806 e empos- sado 2 23 de Fevereiro de 1810, deu audiencia a 27 de Junho de_ 1809. . 7.9 Dr, Antonio Manoel Galvdo, empossado a 4 de Margo de 1810, dew audiencia a 15 Junho de 1811. 8.0 Desembargador José da Cruz Ferreira, empos- sado a 18 de Setembro de 1811, deu audiencia a 5 de Junho de 1814. g.° José Antonio Rodrigues de Carvalho, 19.0 ouvidor do Ceara, empossado a 8 de Maio de 1815 € que foi mais tarde ministro do supremo tribunal e senador pelo Ceara, deu audiencia a 9 de Outubro de 1815. 10 Dr. Manoel José de Albuquerque deu audiencia a 13 de Margo de 1819 ea 23 de Junho de 1819. “14, Dri Joaquim Marcelino de Brito deu audiencia a 5 de Janeiro de 1824, A audiencia do Dr. Luiz Manoel de Moura Cabral, em 1805, é uma copia textual da audiencia do Dr. José da Costa Dias de Barros em 1781 € a prova documentada do muito que faziam os taes ouvidores em suas visitas de provimento € correigao, De todas estas visitas de correigdo dos ouvidores da co- marca, feitas de anno em anno, eas vezes depois de cinco, ow seis, ndo parece que tenha resultado ‘algum benificio ao desenvolvimento e progresso material dos moradores do logar. Depois das festas usuacs ¢€ manifestagées das auctoridades e Senadores ou vereadores na ‘Camara ao ouvidor geral encarregado da comarca, assim se procedia: O ouvidor determinava o dia da audiencia geral a qual éram obrigados a comparecer 0 Juiz ordinario e os membros da camara, para proverem dos melhoramentos que se deviam fazer na villa, e no dia determinado perante os que deviaml comparecer por officio, o Ouvidor procedia a interrogatorio, que era sempre o mesmo € depois de ter- minado este, os membros da camara podiam requerer ao mesmo ouvidor o que julgassem necessario ao bem pu- blico e 4 prosperidade do lugar; mas. em geral termina- do o interrogatorio néo havendo nenhuma peticao a des- - a, v a ae DO INSTITUTO DO CEARA , _ 324 pachar, 0 ouvidor encerrava a audiencia ficando 0 povo a esperar por outra que algum bem trouxesée. _ , Autto de Audiencia geral que mandou fazer o Dr. Guvidor geral e corregedor da comarca José da Costa Dias e Barros, n’esta villa de Granja n’este presente anno de 1781. Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil setecentos e oitenta e hum aos 29 dias do mez de Junho do ditto anno n’esta villa -da Granja capitania do Seard grande em casas de aposentadorias do Doutor ouvidor geral e corregedor da comarca José da Costa Dias e Barros onde eu escrivao do seu cargo fui vindo e sen- do. ahi taobem presente o Juiz ordinario presidente e “ mais officiaes da’ Camara e Republica para effeitos de se lhes dar Audiencia geral e prover sobre 0 bem com- mum do povo pelos interrogatorios seguintes Primeiramente perguntou de quem hera esta villa e como se denominava, Responderam que de El Rey - Nosso Senhor e que se denominava villa de Granja. Perguntou mais se havia nessa comarca ordenagdes em todos os seus sinco livros. Responderam que sim. Perguntou mais se nesta comarca havia cofre de camara, cofre de orffos, . Responderam que havia dos orfaos. Perguntou mais se nesta villa.e seu termo havia al- guma pessoa ou pessoas assim seculares como’ eclesias- ticas que perturbem 0 socego do povo e execussdo da Justissa, Responderam que nao. . Perguntou se havia alguma pessoa que n4o pague ou impésa que se no pague os direitos Reais. Responderam que ndo Acordaraéo os Republicoos com 0 Dr. Corregedor jue hera muito conveniente aludir ao contracto de afe- riss6ns por muito pernicioso ao povo e de pouca utilida- de ao conselho porquanto o mesmo contracto ha uns an- nos a esta parte ndo passa de quatro mil réis e é notorio que os contratadores sempre sdo uns homens pobres com 0 titulo de aferidores fazem vexames aos moradores deste + 325 REVISTA: TRIMENSAL termo, extorquindo-lhes o dinheiro que lhe parece a ti- tulo de aferissons as quaes na verdade no podem fazer porque somente lhe passa o bilhete sem lhes aferir os pesos e medidas de sorte que o dita contracto sé serve de sugar dinheiro aos mercadores sem que haja taes afe- rissdes, pelo que se devia dar nesta materia as minhas providencias. E logo 0 Doutor Corregedor de acordo com os mes- mos Republicos proveu que se abolisse para sempre © sobre ditto das aferissoes ¢ estabelescesse que estas se praticassem pelos Juizes Almoxarézes na conformidade do Regimento dos mesmos incerto na Ordenagao do Art. 68 § 16 € 17. . q 16 Os almoxarézes que forem nos mezes de Janeiro e Julho de cada um dos ditos mezes os que tiverem me- didas de pezos, que sao obrigados a a vain aferir, sobre as penas contidas no titulo do Almoxarez-mor. Porem quando estiverem aferir no dito tempo posto que seja actados ndo concordantes com © padrao ndo resulta por isso levada pena alguma. §§ 17 Cada um em seu mez procura como escrivam Al- moxasaria os pesos e medidas das pessoas que sio obri- gadas a os ter segundo se contem no titulo e aquelles a que se ndo acharem justos € concordantes, serao casti- gados como no ditto titulo he declarado. E nesta forma determinardo se continuasse daqui por diante a pratica dos aferissores sem que houvesse ren- deiro, advertindo que somente aquellas pessoas que tém yendas e lojas abertas, e os vendelhdes que compram para vender, hé que sdo obrigados aferir pesos e medi das e nao as pessoas particulares, nem os lavradores que vendem os seus fruetos a quem Ihes paresse. DO_INSTITUTO. Do CEARA "326 E por ndo haver mais que requerer deu o ditto Doutor Corregedor esta audiencia geral por acabada e condemnados todos Republicos que nao assistirao a ella na forma do Provimento nao mostrando catisa suficiente e de tudo mandou faser este autto em que asignou com os mesmos officiaes da Camara José de iarros de Araujo -Escrivdo da Correi¢éo Escrevy, Barros. Manoel Alves Palhares, Francisco José dos Santos. Gonsallo Martins. Ferreira. Manoel Roiz de Magalhies Antonio José de Bessa. Bento Pereira Vianna. Antonio da Rocha Franco. Domingos Costa Camara. Joaquim José Borges de Pinho. Joaquim de Abreu Valladares. Joaquin Marques Vianna, - Simao Roiz Junior. Manoel Carvalho da Motta. José Pereira de Sousa. Manoel de Lima Moreira. Agostinho de Brito Passos. Jogo Ribeiro de Moraes. Francisco Gongatves Lyra. Simao Rodrigues Maia. Auto de audiencia geral, Provimento e capitulos de correigaéo que mandou fazer o Doutor Ouvidor geral e Corregedor da Comarca Luiz Manoel de Moura Cabral, -nesta villa de Granja pelo anno de 1805. (1805). Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e sinco aos vinte oitos dias do mez de Julho do dito anno n’esta villa de Granja Capitania-do Siaré-grande em casas de aposentadoria do Doutor Ou- vider da Camara Luiz Manoel de Moura Cabral, onde 427 REVISTA TRIMENSAL foi vindo eu Escrivdo deste cargo a0 diante ante- nomea- do esendo tao bem prezentes 0 Juiz ordinario, Presi- dente e mais officiaes da Camara e Republicos, para efeito de Ihes dar o dito, Ministro ‘Audiencia geral e Prover 0 necessario para obem comum do povo, 0 que fez pelos interrogatorios seguintes : Primeiramente perguntou de quem era esta villa como se denominava. Responderam que de sua Alteza Real o Principe Re- gente Nosso Senhor € que s¢ denominava villa da Granja. Perguntou se nesta Comarca avia Ordenagdes com to- dos os seus sinco Livros. soe Responderam que sim. . Perguntou mais se nesta Comarca tinha cofre para. seus rendimentos com chaves € da mesma sorte de or- phdos. Rerponderam que sim. Perguntou mais se nesta Villa e seu termo avido al- gumas pessoas revoltosas, poderosas,- assim seculares co- mo aclesiasticas que perturbem a quietagde do povo ¢ execussoes da Justiga. Responderdo que nao. Perguntou mais se avia nesta Villa e no temo algu- mas pessoas que impedissem cobrarem-se as Taxas Riais. Responderdo que ndo. Perguntou mais se nesta Comarca avia alguma pos: tar. Responderam que a fosse. tura ou posturas que caressem de reformar ou acresen- adiante requerido se necessario 1 por no haver requerimento algum nem aver que proceder ouve 0 dito Ministro esta Audiencia geral por acabada avendo por condenados a todos os Republicos que tendo obrigagdo de comparecer 0 acto ¢ ndo fez, a quantia de dois mil res para o ministro geral, e para cons- _tar mandou passar este termo que com 0 Juiz, Presi- DO INSTITUTO DC CEARA 328 dente, mais officiaes da Camara & Republicanos assi- gnou, eu José de Castro Silva Escrivao o escrevi, Moura, Vicente Lopes de Araujo. José da Costa Sao Payo, Mariano Roiz Moreira. Francisco José dos Santos. Antonio da Cunha Araujo. Desiderio José da S Barros. Antonio Ignacio de Almada Bravio. Francisco-Carvalho e Motta Antonio José de Pinho. . Domingos Carvalho da Incarnagao, José Joaquim Borges de Pinko, Simao Roiz Maia. Thomaz Antonio Pessoa. Thomaz Ferreira Porto. Antonio Gongalves dos Santos. José Ignacio de Carvalho. José Raymundo da Rocha Franco. José Antonio de Oliveira. Manoel da Rocha Franca. Ao Dr José da-Costa Dias e Barros qué aboliu o contracto de aferigéo e pesos e medidas por ser uma ex. torgéo ao pevo succedeu na ouvidoria o Dr, Manoel de Magalhges Pinto Avellar Barbedo, 0 unico ouvidor gerai que se interessou pelo desenvolvimento material da villa ‘de entdo; ndo visitou-a por sete vezes deixando de cada vez um testemunho do seu esforco e amor aos deveres do Seu cargo mas langou com a ordem de 28 de Agosto de 1786 os fundamentos da cidade de Granja mandando de- molir todas as cabanas existentes, impedindo a-sua con-, strugdo e obrigando aos que néo moravam em “grandes fazendas de gados e plantagées a edificar seus domicilios dentro da villa. Eis.o documento: 329 REVISTA TRIMENSAL Visto em correicdo come este senado tem tida o descuido até agora de se interessar em 0 acressimento desta villa, aquem devia fazer emulagdo o que tem sido em quasi todos os outros da capitania, devendo ser esta hua que podia vir a ser grande e florescente por muitos motives, sendo hua das principaes causas da letargia em que até agora tem jasido a omissdo culpavel aque tem tido este senado em dar comprimento_as ordens que a este fim Ihe foram dirigidas em 14 de Dezembro de 1778 e que se achavam registadas a fol, 25 do livro dos re- gistos desta Camara as quaes por isto que ditadas por hua bem entendida Politica se devia ja a mais tempo ter dado execugdo, por tanto mando que acabada que seja a precedente safra sem a menor perda de tempo este se- nado fassa demolir as cabanas em que actuatmente se faz o comercio junto das Olarias ¢ declare aos comerciarites que se deve estabelecer e arranchar nesta villa afim de se Ihe consentir o seu comercio, 0 qual se Ihe fara mais ‘avantajoso, sendo dentro dela e ao mesine tempo sera a causa do augmento e€ poveagdo desta mesma villa; participando alem Wisto dos comodos da sociedade € po- dendv o caprichoso gosto e inclinagdo que tem estas gentes de viverem nos matos, Ou separados. huns dos ou- tros, sendo feitos por natureza para viverem unidos e so- ciaes em grandes povoagoes € advirte que demolidas que sejam as sobreditas cabanas nao consentirao mais que de novo se edifiquem outras, antes que se devem obrigar len- tament: aos sobreditos comerciantes, a que as fassam de novo nesta villa na conformidade do seu-plano: ¢ fique este Juiz ordinario e Almoxarez que se devem empregar em a execugdo desta eriem que thes hei de levar muito em bem o inteiro comprimento della, pot isso que elle he tao bem de S. Magestade que em suas desposicoes, para a creagdo das Villas, determina que se obriguem a virse estabelecer nesta todas as pessoas que nao existi- rem em fazendas grandes de gados ou plantas; os mes mos ficario responsaveis pela omissdo. Granja, 28 de Agosto de 1786. M de Magalhdes. Em 1817 0s tapuios do morro do Jrapud persegui DO _INSTITUTO DO CEARA 330 dos pela secca atacaram a Villa de Granja. Manoel An- tonio de Almeida, que exercia grande influencia no povo € entre elles procurou acalmal-os, 0 que conseguio agra- dando-cs com alimentos ¢ bebidas; mas dias depois re- voltando-se elles novamente contra © povo, Manoel Anto- nio de Almeida, auxiliado pelo coronel Francisco Carvalho Motta, reuniu grande numero de homens armados e man- dando tocar bosinas e tambores, fez com que elles as sombrados abandonassem a villa, até que depois volta- Tam € se estabeleceram nas suas proximidades e com os habitantes comegaram a viver em harmonia, Em 1824 os adeptos da Republica do Equador ani- mados pelo Padre Goncalo Mororé, que os influenciava a abragarem a nova ideia, reuniram-se 4 porta da egreja matriz e proclamaram a republica, Entre os republicanos notavam-se; Pessoa Anta, Joao Porphirio da Motta, Jodo Caetano de Britto, o phar. maceutico Ignacio José Rodrigues Pessoa, Manoel Gre- gorio de Almeida Fortuna, José Tiburcio de Almeida For- tuna, Tenente Coronel Joaquim Ignacio Pessoa, André Bernardino Chaves e Manoel Ignacio Pessoa, que foram mal succedidos na Proclamagao do novo governo. Pessoa Anta de todos foi o mais heroe e 0 que sa- grou a sua convicgau politica morrendo fusilado na Praga dos Martyres na Fortaleza. Fugindo ao principio ao furor das tropas legali: passou dias occulto-nas mattas onde recebia da familia o alimento, que levava um negro seu escravo, o qual en- contrando-se com a tropa composta de caboclos que vin ham de Vicosa que o buscavam Para o prender, declarou ao chefe da escolta por quatro patacas 0 lugar de seu esconderijo, A tropa de posse do escravo Seguiu até o lugar hoje denominado Riacho da Traigéo, e ao abrigo de uma aiita encontraram o bravo republicano, que foi escoltado para Granja, depois para Snbral, e conduzido para For. taleza, sendo ahi fusilado a 30 de Abril de 1825, com Mororé, Carapinima e Bolao, quando a amnistia ja havia 3 1 REVISTA TRIMENSAL sido concedida aos revoltosos ea occultaram perversa- mente para os levarem 4 execugao. Eis as suas ultimas palavras de despedida a famili dirigidas do oraterio na vespera da execugao : —Oratorio, 28 de Abrit de 1825. nos, patricios e amigus envio a todos perpetuas saudades muito especialmente aos meus filhos aiasculi- hos ¢ femininos. Hoje pelas trez horas da tarde foi-me in timada minha Sentenga de morte! praza a Deus que fosse por elle Deus destinada como meu verdadeiro auctor Pesso a todos que ndo se magoem por minha morte por nda ser ella motivada por crime que merega exe- cragéo publica e por opinido que segui: € se tiverem noticia que no cadafalga mostrei alguma fragueza bdo deve ser reparada porque o homem nao pode resistir aus afestos da natureza. Pesso a todos insessantemente que roguem a Deus por minha alma nas suas oragors diarias porque talvez meus rogos no sejam capaz de obter. O supremo Dictador vos dé melhor sorte que eu sau- doso vos deicho Nao sou mais exterso por que ja me vai faltando o tempo para os negocios d’alma. A Deus meus charos filhos até o dia tremendo, Jodo de Andrade Pes- soa Anta,—~ Jogo Caetano de Britto, politico de grande influencia neste tempo, foi outro exaltado republicano mas de sorte menos ingrata. Para escapar a prisdo fagiu para Caxias, 10 E. do Maranhdo, e aht chegando para que as forgas que © perseguiam sc dissuadissem de o encontrar, usou de um estratagema, escrevendo a sua amante em nome de um sed amigo em cuyos dragos elle tallecia, mais ou menos nestes termos, a seguinte carta: 1, Rosa de Britto. E’ para cumprir a ultima vontade de um amigo que acaba de morrer em meus bragos que eu venho trazer a V. S. esta dolorosa noticia. Sei que V.S. € amante de Joao Caetano de Brito que mora ahi no termo da villa de Granja, republicano que para escapar a prisdo fugio com muita dificutdade para este Maranhdo onde chegou muito doente e veio a morrer nos meus bragos, tendo antes me pedido que eu DO INSTITUTO DO CEAR communicasse a V.S. esta dolorosa noticia de seu faleci- Mento € que pedisse que perdoasse a elle as soffrimentos . de que elle foi causa, e que participasse a seus parentes @ amigos a sua morte e que rogasse muito a Deus pelo descanso de sua alma. E’ isto tudo quanto tenho a dizer a V.S em com- primento da ultima vontade de um morto, que morreu em meus bracos, e me deixou cheio de saudade De V. S. Ato. Cro. Obro. Caetano Luiz de Souza, Chegada gue foi esta carta 4 familia ¢ ao conheci- mento das autoridades, estas desistiram da captura de Jodo Caetano ¢ a familia cobriu-se de luto até que sendo concedida a amnistia aos implicados na proclama- ¢do da republica nascente, Jodo Caetano voltou para o Ceara, para companhia de sua familia Tempos depois Joao Caetano, por motivus Politicos foi preso por Jacintho Alves e¢ José Romao da Motta na Barra-Velha © escoltado para Fortaleza onde por inter vengdo de Simplicio Cias da Silva foi posto em liberdade. Joao Porphirio da Motta, outro republicano exaltado, Para escapar fugiu para os Estados-Unidos. voltando de. pois de concedida a amnistia. O pharmaceutica Ignacio José Rodrigues Pessoa, Ma- noel Gregorio de Almeida Fortuna, José Tibursio d?Al- meida Fortuna, Joaquim Ignacio Pessoa, André. Belar- mino Chaves e Manoe! Ignacio Pessoa que tambem com partilharam na fundacao da Republica, foram presos ¢ mais tarde amnistiados, Em 1840 as forgas dos Balaios acamparam-se em trincheiras no Piauhy sendo patrocinadas por Domingos Ferreira Veras que tinha ahi a sua residencia e era grande influencia politica, Espalhada no Ceara a noticia que Do. mingos Ferreira Veras encorporado aos Balaios pretendia invadir a Provincia do Ceara, o coronel Joaquim Ribeiro, de Sobral, pedio forgas de Fortaleza para repellir a forga inimiga. Nesse interim os Balaios assaltaram a fazenda Cur ral Grande, prenderam a Francisco Elias Fontenelle ¢ levaram-o para Frecheiras, Ahi negocio elle o seu resgate 333 REVISTA TRIMENSAL com Domingos Ferreira Veras que obrigou-se a mandar deixal-o em Curral Grande por um cabo de sua escolta, mulato de confianga conbecido por muitas bravezas € per- versidades. Depois de deseseis leguas de viagem Francisco Elias Fontenelle chegou ao Curral Grande onde assassinou 0 cabo que devia voltar com o prego do seu resgate da maneira seguinte: Por occasidéo do almogo em que os dois sentaram-se 4 mesa, um dos escravos apresentou um queijo de grande tamanho para 0s servir, e como ndo houvesse faca a mesa para o partir, Francisco Elias pediu ao soldado o seu facéo, 0 qual nada suspeitando entre- gou-o promptamente. Desarmado o cabo, os soldados de Elias que estavam occultos a espera do desejado momen- to agarraram-o e Francisco Elias com a mesma arma va- rou-lhe © coragao. Chegado em Sobral o contingente do exercito com- mandado por Francisco Xavier Torres, 0 coronel Joaquim Ribeiro reuniu a guarda nacional e seguiu para Granja e ahi sendo auxiliado por Jodo Alves Passos, Jacintho Alves, José Domingues, Jodo Roméo, Domingos Carvalho e Jodo Paulo de Carvalt o, designou todos os moradores para defenderem o governo € conseguindo formar uma forga de mais de mil homens armados dividiu-a em di- versos contingentes e marchou para Freicheiras por estra- das differentes, afim de impedir que os inimigos entras- sem na Provincia. O coronel Joaquim Ribeiro foi pela Sambaiba, onde descangou com Jodo Alves Passos, Jacintho Alves, José Domingues e um corpo de cavalaria de cerca de 200 ho- mens armados. Perto de Freicheiras reunidas as forgas legaes do Ceara, o coronel Joaquim Ribeiro e tenente coronel Francisco Xavier Torres mandaram um de seus soldados com um officio intimando aos Balaios a retirada. Estes reconhecendo a maioria das forgas legalistas ¢ receiosos de perderem a vida em combate, tocando debandada, abandonaram 0 local, tendo as forgas do_governo volta- do d’ahi sem darem combate. _ _5BO INSTITUTO DO CEARA _ 334 N&o € mau dar aqui algumas quadras, se bem que €rroneas que se popularisaram nesse tempo e que as forcas costumavam cantar ao sahir do acampamento, cheias de enthusiasmo patriotico. Quadra Patriotica Viva Deus e viva a Patria Viva a nossa religiao Viva o nosso Imperador Viva o nosso batalhdo Hynmo Legalista de Sobral Viva a dona Sobralense Carangueijo sem igual, Entoe o hymno novo Toda corte ximangal. O Paulo esta no inferno O Rufino nas profundas Estevam Ferreira vai chegando Com Miguel Onga as cacundas. U cabra Pedro Rodrigues P’ra que no fique de fora O fanard vai em cima Vai chegando-lhe a espora. Quadra dos Balaios O Bemtivi é passaro nobre Que nado canta na gaiola, Sé canta é na trincheira Quando tem cabano fora. 335 REVISTA TRIMENSAL Outras Quadras Populares Carangueijo quando morre Vai na réde de varanda, Nossa Senhora na guia E os anjos acompanhando. © Ximango quando morre Vai dentro de um bangué, Os urubts vao dizendo La vai o nosso comé. Por lein. 179 de 15 de Setembro de 1839, sancianada pelo presidente da provincia Jodo Antonio de Miranda, foi creado o primeiro consclho de jurados composto dos ju- rados do termo de Granja, de Vigusa e seu termo. Com a lei os precessos pertencentes aos dois ter- mos mencionados eram levados ao Juiz de paz da villa de Granja para serem apresentados ao respectivo jury, cu- jas sessdes eram assistidas pelo Promotor. Em 184: 0 presidente José Martiniano de Alencar sanccionou a Lein. 223 de 4 de Janeiro desse anno, cre ando um Promotor publico com as mesmas atribuigdes ¢ prerogativas de cabega de comarca. Em 1842 foi sancionada pelo presidente José Joaquim Coélho a Lein. 257 de 23 de Novembro creando a co- * marca da villa de Granja, fazendo um $6 termo com a villa de Vigosa. E’ uma das mais antigas comarcas do vosso Estado. Vigosa fez parte d’ella até 1859, data em que foi creada pela lei Provincial n. 907 Desde a sua creacéo até a prezente data foram jui- zes de direito da comarca: Bacharel Antonio Pinto da Silva Valle, Bacharel Miguel Joaquim Ayres do Nasci- mento, Desembargador Francisco de Assis Bezerra de Menezes, Des." Joaquim de Paula Pessoa de Lacerda, Des.ct Esmerino Gomes Parente, Des.9r Francisco Urbano da Silva Ribeiro, Des.2* Joaquim Domingues Carneiro, DO INSTITUTO DO CEARA 336 Dr, Alvaro Gurgel de Alencar, hoje cathedratico da Fa- culdade de Direito do Ceara, Des,** Joaquim Olympio de Paiva, Bacharel Antonio Elias de Hollanda, Bel Clau- dio Ideburque Carneiro Leal Filho, Bel. José ‘Antonio de Luna Freire, Dr, Alberto Magno da Rocha, Bel. José Ar chanjo de Castro Vilaga. Foram juizes municipaes v de orphaos: Bel. Sebastiéo Goncalves da Silva, Be! Samuel Philipe de Souza Uchda, Bel. Manoel Thomaz Barros Campello, Des.'* Joaquim Olympio de Paiva, Dr, Alvaro Gurgel de Alencar, Bel. Joao Brigido dus Santos Junior, Foram Juizes substitutos, Bel. Claudio Ideburque C Leal Filho, Dr Alberto Magno da Rocha, Bel, José Feli tiano Augusto de Athayde, Bel. José de Deus Vianna, Bel. Francisco de Lemos Duarte, Bel. José Maria de Al buquerque e Mello, Bel. Joaquim Olympio da Rocha, actu- almeate na vara de Juiz de Direito, Na questéo de aboligzo dos escravos do Brazil, questéo que por muitos annos prendeu os interesses do patz, € em que 9 Ceara teve a aureola da gloria, Granja como em outros acontecimentos de notavel interesse na cional representa o seu papel digno de um povo amaate do progresso e da liberdade. Quando ndo fosse o primeiro logo depois do Acarape a remir os seus captivos, ndo foi tambem dos ultimos a fazer partido com as abolicionistas do Estado Antes de ser saudada a data aurea de 24 de Maio de 1885 alguns abolicionistas de Granja resolvidos a liber- lar os seus escravos convocaram uma reunido em casa do senhor Antonio Pereira Jacintho Cavalcante, a qual compareceram os maiores senhores e sob a presidencia do Cel Zeferino Gil Peres da Motta foi aberta a sessao. Declarado 0 fim da reunido travou-se entre os circunstan- tes uma calorosa discussdo e tornando-se impossivet qual- quer deliberagdo 9 presidente suspendew a sessdo a qual ndo mais se reuniu. Entdo o sr. Joaquim Ribeiro, que era 0 maior abolicionista, e que havia comparecido com mais de 15 escravos arrancou do bolco as cartas d’alfor- tia © chamando por cada um delles foi thes concedendo a libertacgdo, declarando gue ainda que fosse contrario 4

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