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Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Mestrado em Bibliotecas Escolares e Literacias do Século XXI

Professor Bibliotecário:
Desenvolvimento de novas competências

Mestre Maria José Vitorino Gonçalves

Aluna
Maria da Conceição Pereira da Costa

2010
Reflexão relativa à Declaração Política da IASL sobre
bibliotecas escolares – 1993 (IASL- Internacional Association of
School Librarianship)

Esta declaração é um documento internacional, datado de 1993 e é


proveniente da Internaçional Association of School Librarianship.

É encabeçada pelo Principio 7 da Declaração das Nações Unidas sobre


os Direitos da Criança, o qual salienta: “cada criança tem direito a receber
educação, obrigatória e gratuita, pelo menos ao nível do ensino básico.
Ser-lhe-á administrada uma educação que desenvolverá a sua cultura
geral e lhe permitirá, numa base de igualdade, desenvolver as suas
habilidades, capacidade de decisão e uma consciência moral de
responsabilidade social, tornando-o um membro útil da sociedade.”

É incidindo precisamente sobre este Princípio, sobre o que se pretende


em termos educativos para a criança, em situação de igualdade com os seus
semelhantes, e como cidadão, numa perspectiva de futuro, que a biblioteca
projecta a sua acção, uma vez que lhe são reconhecidas responsabilidades na
formação da pessoa humana e logo por conseguinte na sociedade. Assim
deseja-se um indivíduo com cultura geral, com habilidades desenvolvidas, com
capacidade de decisão, autónomo, um membro útil à sociedade e por isso
dotado de uma consciência moral quanto à responsabilidade social que lhe
cabe, logo um indivíduo solidário para com os outros. A biblioteca escolar tem
esse “engajamento” para com a educação e para com a sociedade:

“…a biblioteca escolar constitui uma parte vital dessa educação…é


essencial ao desenvolvimento da personalidade humana, bem como ao
progresso espiritual, moral, social, cultural e económico da comunidade.”

A Biblioteca escolar é perspectivada como:

• Factor de desenvolvimento da personalidade humana,

• Essencial ao processo espiritual, moral, social, cultural e económico da


sociedade,

• Essencial ao cumprimento das metas e objectivos de aprendizagem da


escola,

• Fundamental na promoção da consciência da sua própria herança


cultural e na promoção da compreensão da diversidade de culturas,

• Instrumento vital do processo educativo (envolvida no processo de


ensino aprendizagem),
• Providenciar fontes de informação para pais, agentes sociais e jovens
em qualquer momento da vida.

Determinada a importância da Biblioteca quanto ao cumprimento das


metas e objectivos de aprendizagem da escola, a declaração esclarece de
forma precisa como é que a biblioteca pode dar o seu contributo:

• Programa planeado de aquisições e organização de tecnologias de


informação e disseminação dos materiais, que leve à criação de
ambientes diversificados de aprendizagem,
• Programa planeado de ensino de competências de informação, em
parceria com outros professores e educadores.

A Declaração defende um trabalho conjunto entre biblioteca e


professores da escola. A Biblioteca não é mais um espaço isolado, sem ligação
ao programa escolar, mas uma entidade envolvida no processo de ensino-
aprendizagem. Apenas, falta a este documento o trabalho em rede com a
Biblioteca pública e o trabalho/ligação aos órgãos de gestão da escola para
que seja um documento actual, do nosso tempo.

Salienta quais os recursos necessários a uma biblioteca e foca que


estes devidamente colocados à disposição e devidamente utilizados
contribuem para a consciência da própria herança cultural de cada criança e
para a compreensão da diversidade de culturas. A adequação dos materiais
deve oferecer ao aluno diversos ambientes motivadores da aprendizagem e
corresponder também às necessidade das famílias.

São esmiuçadas as metas/funções da BE. Esta tem diversas funções:


informativa, educativa, cultural e recreativa. Denota-se a preocupação quanto à
preservação da cultura e ao bom aproveitamento dos tempos livres dos
membros da sociedade. A Biblioteca deve contribuir para a valorização da
estética, orientação na apreciação das artes, encorajamento à criatividade e
desenvolvimento de relações humanas e positivas.
Refere ainda os diversos meios e equipamentos, o pessoal, mais
precisamente no que diz respeito aos seus utilizadores e ao professor
bibliotecário. Debruça-se ainda sobre o aluno e sobre o apoio público e
governamental que deve ser dispensado à Biblioteca.
Os utilizadores devem aprender de que modo a BE deve ser efectiva e
eficientemente utilizada, devendo os responsáveis da BE exercer uma
liderança neste sentido. Deve ser feita a preparação das equipas e dos
professores quanto à informação sobre o papel da BE no processo de
aprendizagem, planificação e implementação das actividades de ensino.
O bibliotecário deve ter formação profissional, não devendo ser
obrigatoriamente professor, apesar da tradução brasileira do documento
apontar pare esse requisito, tendo preferêcia os professores com curso na área
da biblioteconomia. Ao bibliotecário compete a Coordenação do programa da
BE – orçamento e horário flexível de modo a potencializar a utilização dos
recursos da BE. Deve cooperar com os professores quanto ao
desenvolvimento do currículo, actividades educativas proporcionadas pela
escola, ao planeamento a curto e a longo prazo da utilização dos materiais, à
informação tecnológica e equipamentos e desenvolvimento das competências
de informação. Deve trabalhar em rede e partilhar recursos.
Estas directrizes quanto a formação académica do bibliotecário e suas
funções estão explicitas no Manifesto das Bibliotecas Escolares – 1999
(IFLA/UNESCO) e no Manifesto da Biblioteca Escolar: a biblioteca escolar no
contexto do ensino aprendizagem – RBE (1999), devendo o bibliotecário ser
professor e dotado de conhecimentos especializados.

É interessante o realce dado pela Declaração, ao aluno, pois este,


perante uma Biblioteca facilitadora de meios de aprendizagem, terá:
• Um conhecimento profundo de toda a gama de tecnologia de
informação e comunicação,
• Interesse pela leitura como meio de aprendizagem e de lazer,
• Competências que permitam a adaptação a diversas situações e a
educação permanente ao longo da vida,
• Capacidade para uma aprendizagem de forma autónoma

O documento aponta para o cumprimento das responsabilidades das


autoridades públicas na educação, principalmente no “estabelecimento de
boas” bibliotecas. Pois, “a Sociedade que investe na biblioteca escolar
investe no seu próprio futuro”.

Este documento de quatro páginas, no meu entender, e apesar de


pequeno, tem a particularidade de abranger a Biblioteca escolar nos seus
diversos domínios, incidindo de forma objectiva sobre determinados preceitos
quanto à instalação de uma biblioteca e aos seus espaços. Este é sem dúvida
um documento esclarecer, ainda muito actual, salvo algumas alterações a
considerar quanto a figura do professor bibliotecário. Consegue definir de forma
clara e concisa quais os objectivos, as metas e a missão da Biblioteca escolar.
Este documento tem a propriedade de projectar a biblioteca fora do contexto
escolar, não servindo apenas os utilizadores da instituição escolares, mas
numa abrangência maior, colocar-se ao serviço das populações, dos agentes
sociais e da comunidade educativa.
Referências Bibliográficas

• IFLA/UNESCO – Manifesto da Biblioteca Escolar (1999): [On


Line].[cons.2010-07-23]. Disponível em WWW: <URL :
http://archive.ifla.org/VII/s11/pubs/portug.pdf

• IFLA/UNESCO – Manifesto da Biblioteca Escolar: a biblioteca no


contexto do ensino-aprendizagem para todos. Lisboa: RBE, 2000. 6 p.

• IASL – Policy Statement on School Libraries(1993):[On Line].[cons.2010-


07-23]. Disponível em WWW: <URL : http://www.iasl-
online.org/about/handbook/policysl.html

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