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Fórum Central Civel João Mendes Júnior - Processo nº: 583.00.2007.

114957-7

parte(s) do processo local físico incidentes andamentos súmulas e sentenças


Processo CÍVEL
Comarca/Fórum Fórum Central Civel João Mendes Júnior
Processo Nº 583.00.2007.114957-7
Cartório/Vara 32ª. Vara Cível
Competência Cível
Nº de
219/2007
Ordem/Controle
Grupo Cível
Ação Ação Civil Pública
Tipo de
Livre
Distribuição
Distribuído em 13/02/2007 às 17h 20m 19s
Moeda Real
Valor da Causa 100.000,00
Qtde. Autor(s) 1
Qtde. Réu(s) 1

Requerente ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE IMOVEIS DO


EMPREENDIMENTO VILLAS DA PENHA

Requerido COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCARIOS DE SAO


PAULO - BANCOOP

[Topo]
18/05/2010 Conclusão

INCIDENTE(S) DO PROCESSO [Topo]

Incidente Nº 4 Entrada e Distribuição em 21/07/2010


Agravo de Instrumento
Incidente Nº 3 Entrada em 05/05/2008
Distribuição em 31/05/2010
Agravo de Instrumento
Incidente Nº 2 Entrada e Distribuição em 20/08/2009
Execução de Título Judicial
Incidente Nº 1 Entrada e Distribuição em 18/03/2008
Agravo de Instrumento

ANDAMENTO(S) DO PROCESSO [Topo]

21/07/2010 Incidente Recursal 583.00.2007.114957-4/000004-000 Instaurado em


21/07/2010
18/05/2010 Despacho Proferido Ciência e diga a ré. Int. V.I. 05.05.10.
08/03/2010 Despacho Proferido À Cooperativa, em três dias. Intime-se com urgência.
20/08/2009 Incidente Processual 583.00.2007.114957-0/000002-000 Instaurado em
20/08/2009
10/06/2008 Remessa ao Setor Remetido ao Tribunal de Justiça - Direito Privado
09/06/2008 Remessa ao Setor Remetido ao Tribunal de Justiça
19/05/2008 Aguardando Manifestação do Autor - prazo 19//05
05/05/2008 Incidente Recursal 583.00.2007.114957-2/000003-000 Instaurado em
05/05/2008
09/04/2008 Despacho Proferido CONCLUSÃO Em 10 de abril de 2008, faço estes autos
conclusos ao MM. Juiz de Direito da 32ª Vara Cível Central, Dr. Alfredo
Attié Júnior. Eu, __________N.Santana, escrev.subscr. Processo nº
07.114.957-7 Recebo o recurso de fls. 1136/1235 nos efeitos suspensivo e
devolutivo. Intime-se às contra-razões. Decorrido o prazo, subam os autos ao
E. Tribunal de Justiça, Seção de Direito Privado, com as nossas homenagens.
Int. São Paulo, 10 de abril de 2008 ALFREDO ATTIÉ JR. Juiz de Direito
18/03/2008 Incidente Recursal 583.00.2007.114957-9/000001-000 Instaurado em
18/03/2008
07/03/2008 Despacho Proferido Vistos. Os embargos referem matéria somente apreciável
em sede de cumprimento da decisão. Não há, pois, em princípio, como alterar
a decisão da fase de argüição processual. Siga-se. Int.
06/03/2008 Conclusos para Despacho em 07/03
28/02/2008 Despacho Proferido Vistos. Deixo de receber os embargos, uma vez que viam
a alterar a decisão, com o requerimento de reapreciação das provas e
argumentos, já afastados pela sentença. Int. Siga-se.
27/02/2008 Conclusos para Despacho em 28/02
14/02/2008 Despacho Proferido Recebo e acolho os embargos de declaração, para sanar
omissão havida na sentença: a conseqüência jurídica do reconhecimento da
paralisação da obra, de modo injustificado, é a destituição da ré da função de
incorporadora, facultando-se à autora, em representação dos associados e por
manifestação de vontade destes, o prosseguimento da obra. Averbe-se. P.R.I.
12/02/2008 Conclusos para Despacho em 13/02
01/02/2008 Sentença Proferida Sentença nº 227/2008 registrada em 01/02/2008 no livro
nº 355 às Fls. 96/99:

Posto isto, julgo o pedido parcialmente procedente para


1) determinar ao 17º Cartório de Registro de Imóveis da Capital de São Paulo
a averbação dos termos de adesão e compromisso de participação dos
adquirentes de imóveis no Empreendimento “Villas da Penha”, nas matrículas
n° 8076 e n° 8079;

2) determinar a suspensão dos vencimentos de prestações dos adquirentes que


ainda não quitaram seus imóveis, até que se comprove a retomada das obras,
com a conseqüente abstenção da ré para realizar qualquer cobrança ou atos de
publicidade e execução em face dos adquirentes do Empreendimento “Villas
da Penha”; e

3) condenar as partes ao pagamento de custas processuais e honorária


advocatícia, a qual arbitro em 10% do valor atribuído à causa, cabendo 70% à
ré e 30% à autora. P.R.I.

29/01/2008 Despacho ProferidoVir com os demais.


28/01/2008 Conclusos para Despacho em 29/01
17/01/2008 Remessa ao SetorRemetido ao MP DO CONSUMIDOR em 18/01/2008 ( 6
volumes)
16/01/2008 Despacho ProferidoAo M.P.
15/01/2008 Conclusos para Despacho em 16/01
06/11/2007 Despacho ProferidoDocumentos: ao autor, em dez dias. Int.
17/10/2007 Despacho ProferidoDocumentos á ré. Int.
02/10/2007 Despacho ProferidoÀ autora, pois. Int.
28/09/2007 Conclusos para Despacho em 01/10/2007
06/09/2007 Despacho ProferidoRequerimento de provas do autor: à ré, para justificar ou
apresentar. Int.
06/08/2007 Despacho Proferido Há outras provas Justifiquem.
02/08/2007 Despacho Proferido Há outras provas Justifiquem! Int.
24/07/2007 Retorno do Setor Recebido no cartório
16/07/2007 Remessa a Origem Remetido ao advogado do autor 3º, 4º e 5º volume
06/07/2007 Despacho Proferido Observar que o M.P. não mais atua no feito. À réplica e
ciência do agravo. Defiro vista fora de cartório. Anotar agravo e indicar o
agravante, em cinco dias, os efeitos em que foi recebido.
28/06/2007 Retorno do Setor Recebido no cartório

01/06/2007 Despacho Proferido Vistos.

Trata-se de ação civil pública que visa, assim como outras em curso, ao
reconhecimento de relação de consumo entre os representados associados da
autora e a ré, Cooperativa Habitacional, assim como a revisão dos contratos
para afastar capitalização e juros, com substituição da Tabela Price pelo
índice Cub-Sinduscom, além de restituição em dobro de valor pago a maior.
No que diz respeito à antecipação, o pedido é de determinar a averbação dos
termos de adesão e compromisso de participação, considerados à guisa de
garantia de crédito, na matrícula; retomada das obras, em determinado prazo,
suspensão de vencimento de prestações dos adquirentes que ainda não
quitaram o preço dos imóveis; e abstenção de cobrança e atos de publicidade
e execução. Em princípio, a relação jurídica entre as partes não seria de
consumo, mas de ordem associativa, na forma de cooperativa. A existência de
relação de consumo depende de prova a ser feita no curso da demanda. A
urgência restringe-se, segundo esclarecimentos feitos por petição, à
consideração de impedimento de a ré, em face do possível entendimento de
inadimplência dos associados da autora, vir a se imitir na posse dos
apartamentos e realizar novas vendas das mesmas unidades. De fato, a autora
discute a existência efetiva, a eficácia e a pertinência dos créditos reclamados
pela ré, não haveria cabimento em autorizar a retomada dos imóveis pela ré,
assim se fazendo esvair o objeto da demanda. Tal tutela tem cunho cautelar e
não antecipatória. Os elementos presentes no feito autorizam a concessão de
liminar para tal finalidade. Assim, determino que se notifique a ré,
impedindo-a de realizar atos de execução ou retomada dos apartamentos ou
unidades, igualmente a alienar novamente os direitos sobre elas, até decisão
definitiva da presente. As demais questões serão analisadas após contestação.
Intime-se, notifique-se com urgência e cite-se.
12/03/2007 Despacho Proferido Fls.372vº: atenda-se, encaminhando-se . Int.
13/02/2007 Processo Distribuído por Sorteio p/ 32ª. Vara Cível

SENTENÇA São Paulo, 31 de janeiro de 2008


Alfredo Attié Júnior Juiz de Direito

Processo n° 2007.114957-7 N° de Ordem 219/2007 Vistos.


Associação dos Adquirentes de Imóveis do Empreendimento
Villas da Penha propôs ação civil pública ao escopo de obter o
reconhecimento de relação de consumo entre seus
representados associados e a ré, Cooperativa Habitacional
dos Bancários de São Paulo - BANCOOP, assim como a revisão
dos contratos para afastar capitalização e juros, com
substituição da Tabela Price pelo índice Cub-Sinduscom, além
de restituição em dobro de valor pago a maior.

No que diz respeito à antecipação, o pedido é de determinar


a averbação dos termos de adesão e compromisso de
participação, considerados à guisa de garantia de crédito, na
matrícula;

retomada das obras, em determinado prazo, suspensão de


vencimento de prestações dos adquirentes que ainda não
quitaram o preço dos imóveis; a abstenção de cobrança e
atos de publicidade e execução; e a destituição dos membros
da administração da obra, com conseqüente nova eleição
para a ocupação de tais cargos.

Os autos foram encaminhados ao Ministério Público, que


exarou entendimento contrário à caracterização de relação
de consumo na presente situação.

Foi concedida a liminar para impedir que a ré procedesse a


qualquer ato de execução ou retomada dos apartamentos e
unidades, igualmente a alienar novamente os direitos sobre
elas.

Citada, a ré apresentou contestação, alegando sua natureza


de cooperativa e conseqüente inaplicabilidade da legislação
consumerista, ilegitimidade postulatória da autora e
impugnando a concessão da medida liminar que permitiu a
suspensão de pagamento aos associados da autora. Juntou
documentos e jurisprudência.

Houve réplica e seguiram manifestações de ambas as partes


e do Ministério Público, o qual reiterou os termos de seu
parecer.

Findo o relatório e não havendo necessidade de produção de


mais provas, passo agora a fundamentar e decidir.

Preliminarmente, há que se examinar o cabimento da ação


civil pública, bem como a legitimidade ativa da autora.

A ação civil pública destina-se à proteção do meio ambiente,


do consumidor, da ordem urbanística, da ordem econômica e
de bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico, turístico e paisagístico, bem como de demais
interesses difusos e coletivos.

Na presente situação, prescinde-se analisar se a relação


jurídica tratada caracteriza, de fato, relação de consumo e se
há real ofensa à interesse coletivo e à ordem econômica.

Em que pese o parecer do Ministério Público às fls. 374-396


dos autos, bem como os argumentos da ré, os documentos
trazidos pela autora corroboram para a caracterização de
cenário diverso.

Tem-se formada a relação consumerista a partir do momento


em que há ao menos dois pólos, em relação sinalagmática,
em que um deles tem por objetivo a prestação de um serviço
ou o fornecimento de um produto a quem os deseje para
proveito próprio.
A respeito dessa relação, o ordenamento jurídico brasileiro,
entendendo a temerária situação de inferioridade jurídica do
consumidor ante ao fornecedor, e a fim de restabelecer o
equilíbrio da relação contratual entre as partes, determina
uma série de normas cuja observância servirá de requisito à
validade das cláusulas de contratos dessa natureza.

Na presente, verifica-se que os associados da autora foram


atraídos pela oferta da ré que consistia na aquisição de uma
unidade residencial, objetivo esse que foi diversas vezes
enfatizado pela campanha publicitária da ré, a qual, inclusive,
assumiu posto incontestável de incorporadora no negócio
jurídico.

Semelhante conclusão resulta da análise de posteriores


evidências do desvirtuamento da função da cooperativa pelas
práticas de inserção da mesma no mercado de valores
mobiliários, bem como ao rumo que lhe foi dado pelos seus
dirigentes, não havendo em momento algum a demonstração
de participação dos associados da autora nas decisões
referentes à atividade da ré.

Observando-se o disposto no art. 112 do Código Civil, a


legislação pátria busca privilegiar a efetiva intenção das
partes nas declarações de vontade, em detrimento da forma,
sempre no âmbito da boa-fé.

Destarte, a relação entre as partes, ainda que revestida pelo


nome de cooperativa é claramente de consumo, sendo a ré
fornecedora dos associados da autora, e é aplicável ao caso o
disposto no Código de Defesa do Consumidor, conforme
reconhece vasta jurisprudência.

O artigo 5°, II, da Lei n° 7.347/1985 confere legitimidade para


propositura de ação civil pública também às associações que
tenham por finalidade a proteção do consumidor e da ordem
econômica, e que visem a desconstituição de cláusulas
comuns de contrato de adesão, o que se verifica in casu.
Sobre a utilização da Tabela Price como índice de correção
monetária, embora seja questão controvertida e bastante
debatida, tal prática incorre apenas em composição de juros
(juros compostos), e não na capitalização de juros que é
vedada pela Súmula 121 do STF.

Consoante com a decisão supra, não se verifica o direito dos


associados da autora de obterem a repetição do indébito.

Há prova nos autos tanto nos documentos pela autora


(fls.428-506) de que, de fato, houve paralisação das obras e,
por conseguinte, verifica-se a exceção do contrato não
cumprido, os representados eximem-se pela autora da
exigibilidade de procederem a suas contraprestações perante
a ré. Posto isto, julgo o pedido parcialmente procedente para

1) determinar ao 17º Cartório de Registro de Imóveis da


Capital de São Paulo a averbação dos termos de adesão e
compromisso de participação dos adquirentes de imóveis no
Empreendimento “Villas da Penha”, nas matrículas n° 8076 e
n° 8079;

2) determinar a suspensão dos vencimentos de prestações


dos adquirentes que ainda não quitaram seus imóveis, até
que se comprove a retomada das obras, com a conseqüente
abstenção da ré para realizar qualquer cobrança ou atos de
publicidade e execução em face dos adquirentes do
Empreendimento “Villas da Penha”;

e 3) condenar as partes ao pagamento de custas processuais


e honorária advocatícia, a qual arbitro em 10% do valor
atribuído à causa, cabendo 70% à ré e 30% à autora. P.R.I.
São Paulo, 31 de janeiro de 2008 Alfredo Attié Júnior Juiz de
Direito

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