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TRATAMENTOS PRE- GERMINATIVOS DE SEMENTES DE ESPECIES FLORESTAIS AMAZONICAS. II - VIS ~ GUEIRO (Parkia pendula BENTH. LEGUMINOSAE - MIMOSOIDEAE). Antenor Pereira Barbosa (*) Benedito Vastano Jr. (ny Vania Palmeira Varela = (*) RESUMO 0s autores estucam 14 tratamentos prd-gerninativos on senentes de visgueire {Paxkéa penduta Soith], Leguminesae - Mamosoideae, considerando a percentagem de ger minacdo ec a vebocidade de emergéneia das sementes germinadas, come parametros para avatian o efeite de cada tratanento, no pertodo de 45 dias. 0s thatamentes com &eidy Sub siirice (HyS05) por 20 a 30 minutos @ desponte das sementes no Lado opesto ao da enissdo da radicula, apresenta os methores resultados para aumentar e wuigonmizar a germinacto. A andlise do efcite dos tratamentos demonstra que o tegumente 2 a barreira fisica que Limita o processo de germinacdéo no pertede das observacees. INTRODUGAO Um aspecto fundamental em relacdo aos processes de regeneragao é o problema dos sistemas de dorméncia das sementes das espécies florestais. Sob o aspecto ecoldgico, a dorméncia em sementes permite as espécies sobrevive- rem as fases sucessionais inadequadas para seu estabelecimento e crescimento, e portanto, € de esperar-se que as condigées de cada habitat através da sucessao tenham conduzido a uma certa selegao das plantas com o tipo de dorméncia mais adequado para uma rapida resposta as mudancas ambientais (Vazquez-Yanes, 1976). Segundo Barros (1973 apud Souza 1980), a dorméncia é resultante de variado nu- mero de causas, tais como a impermeabilidade do tegumento, as condigées inerentes ao embrido e a existéncia de inibidores em determinados tecidos das sementes, Essas causas (*) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia, Manaus. 280 ACTA AMAZONICA, 14 (1-2: 280-288. 1984, “podem ser resumidas em dois tipos basicos de dorméncia: fisioldgica e ffsica. Na dorméncia fisioldgica, enquadram-se as causas referentes ao embriao e endosperma. como imaturidade ioldgica e a existéncia de inibidores. A dorméncia ffsica tem como principal exemplo a dorméncia tegumentar que pode ser devida & impermeabilidade @ Agua ou a gases. A estrutura responsavel pela impermeabilidade do tegumento é a camada de células palicgaédicas, cujas paredes celulares sdo espessas e recobertas extremamente por uma camada cuticular cerosa ( Popinigis, 1977). As sementes de certas famflias, tails como das Leguminosae, Chenopodiaceae, Malvaceae © Geraniaceae, possuem testas,as quais sao impermeaveis 3 agua, Ficando sujeitas & dorméncia, no solo, por considerdveis perfodos, antes da germinacao (Wareing, 1970). A estrutura do tegumento modifica-se com o aquecimento Gmido ou seco temperatura variavel segundo a espécie, o qual permite a entrada da agua para ° inte r da semente ( Vazquez-Yanes). Ainda este autor considera que a dorméncia te- gumentar, particularmente freqlente entre as leguminosas, pode cessar por meio de. escarificagdo mecdnica do tegumento ou por tratamento com Acido que, em condigdes natu rais, podem ser produzidos pela agao dos animais dispersores ou durante o perfodo em que as sementes permanecem no solo. Freitas& Candido (1972) recomendam tratamento com acido sulfdrico concentrado para acelerar a germinacgao das sementes de guapuruvu (Sehyzolobium excelsum) e mamoeira (Tachigalia multijuga) por perfodo de exposigao inferior a 2 horas ea 20 minutos respectivamente. Alencar & Magalhdes (1979) estudando o poder germinativo de sementes de doze espécies Florestais amazénicas, incluiram o visgueiro(Parkia pendula) entre as espécies de perfodo prolongado para germinacao (acima de 60 dias). Outro estudo refe - rente 4 capacidade de germinagao de sementes de espécies florestais amazdnicas, cita © visgueiro como espécie de baixo poder germinativo com 20% de germinacdo ( PRODEPEF , 1976). Considerando es caracterfsticas aparentes das sementes da espécie em estudo no que se referem @ dureza, cerosidade e espessura do tegumento, é estabelecida como hi- potese do presente trabalho, a impermeabilidade do tegumento como fator responsavel pe la dorméncia das sementes dessa espécie. Este trabalho visa também a determinar os tratamentos pré-germinativos que possibilitem uniformizar, abreviar e aumentar a germinacdo das sementes desta espécie. MATERIAL E METODOS As sementes foram coletadas na Reserva Florestal A. Ducke, INPA/CNPq, lat. 03°08! 05'S, long. 59°52'W Gr. tipo de clima, pela classificagdo de képpen, Afi (Ribeiro, 1976), de uma nica arvore-matriz, em setembro de 1979 e permaneceram armazenadas em sala Barbosa et al. 281 refrigerada 3 temperatura média de 25,371,7°C por 35meses. As caracterfsticas das se - mentes por ocasiao do experimento foram: ~ Peso de 1000 sementes: 101,54 a. - Nimero de sementes por Kg. 9.848 = Porcentagem de sementes que flutuam em agua: 2 = Porcentagem de umidade: 7,6 As amostras de trabalho para os testes adicionais e de germinacdo foram obtidas manualmente, segundo as Regras para AnSlise de Sementes (Brasil, 1980), 0 delineamento experimental usado foi o inteiramente casualizado com quatro repeticgoes de 25 sementes cada. Tratamento pré-germinativo das sementes: To = Testemunha T, - Imers3o em H,0 & temperatura amhiente, por 24 horas. - Imers&o em H,0 & temperatura de 80°C até resfriemento. T3 ~ Despente da semente no lado oposto ao da emissao da radicula. Ty - Desponte seguido pela emersao em H,0 por 24 horas, T, - Escarificagao mecnica manual em pedra abrasive no lado oposto ao da emis - so da radicula. Tg > Imersao em H,50, por 30 minutos. T, - Imersdo em HyS0, por 20 minutos, nutes. Ty ~ Imers8o em $0, por 10 1 Ta 7 Imersdo em 4,80, por 05 minutos. Tyg7 Inersdo em HNO, por 30 minutos. Tyy7 Imers3o em HNO, 99 utos. Typ- Imersao em HNO, por 10 minutos, Ths Imers3o em HNO, por 05 minutos. As sementes tratadas com acido foram em seguida lavadas em Agua corrente, a temperatura ambiente € por aproximadamente 03 minutos com a finalidade de retirar 0 excesso de acido e uniformizar as temperaturas nessas sementes. As temperaturas regis- tvadas durante a aplicag3o dos Acidos, foram: a) Hy80y Durante as exposi¢des: 29°C. Durante as lavagens com dgua,a temperatura maxima alcangada foi de 62°C. 0 b) HNO, - Tanto durante as exposigdes como durante as lavagens a temperatura maxima foi 0, de 29°C. 282 Tratamentos pré-gert As relagdes volumétricas dos tratamentos com Imersao das sementes em Ifquido fo- ram na proporeda de 5: 1. Os tratamentos com desponte e escarificacao mecanica manual em pedra abrasiva , foram feitos cuidadosamente de forma @ eliminar apenas © tegumento na regido des sementes onde foi aplicado o tratamento. 0 semeio foi Feito na Reserva Florestal A. Ducke emcaixas de germinacio, — con- tendo areia lavada como substrate, @ uma profundidade de 1 cm, permanecendo a tempera tura ambiente sob galpao com telhas transparentes, Os dados para a andlise desse experimento foram obtidas pela contagem didria das sementes germinadas, considerando-se germinadas 96 sementes gue emitiam o caulfculo na superficie do substrato. 0 experimento foi encerrado aos 45 dias apés a seneadura quando diminuiram os valores obtidos nos tratamentos de maiores porcentagens de germina gao velocidade de emergéncia. A analise da porcentagen de germinado, transformados para valores de Y= — arc sea V pit gundo Popinigis (1977), foi ceatizada através da andlise de variancia com teste "Fe (Duarte , 1978) © do indice de velocidade de emergéncia, calculado se- as médias comparadas pelo teste TUKEY ao nivel de 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSAO As médias de percentagem de germinacao e indice de velocidade de emergéncia . encontram-se na tabela | A tabela 1 mostra que a percentagem de germinacao das sementes tratadas com 4,50, a partir de 10 minutos de exposicao (Tg, Tye Tg}, desponte e escarificagae mecd - nica manual en pedra abrasiva no lado oposte ao da emissio da radicula (Tye 75), foram superiores a0s demais tratamentos. Vastano Jr. et al. (no prelo) encontraram resul~ tados semelhantes ao aplicarem © H,S0, a partir de 10 minutos de exposigao em senentes de angeiim pedra (Dinizia excelsa). Magalhaes et al. (1980) aplicaram o H,50, por 3 minutos de exposigao em sementes recém-colhidas de visqueiro (informacac pessoal) e obtiveram 70% de germinagao num perfodo de 40 dias. 0 percentual de germinacdo (29%) das sementes tratadas com desponte seguido de emersao em 1,0 por 24 horas (T,), foi imediatamente inferior aos melhores tratamentos. Comparado ao valor obtido (70%) do desponte da semente no lado oposte ao da emissao da radicula (T,), acredita-se que tenha ocorrido deficiéncia de suprimento de oxigénio re sultante do prolongado periodo de imerséo em Agua. Os melhores Indices de velocidade de emergéncia foram obtidos através dos tratamentos imerséo em H,50, por 20, 30 minutos (17,76) e desponte das sementes no lado oposto ao da emissao da radicula (7). Apds esses tratamentos,os indices imediata mente inferiores foram escarificacac mecanica manual em pedra abrasiva no lado oposto ao da emissao da radfcula (T.) © 4,50, por 10 minutos (T). Barbosa et al. 283 A aco escarificante do H,50, por 10 minutos (Tg) proporcionou um percentual de germinac3o de 63%, um dos melhores do teste, © um Tndice de velocidade de emergéncia de 1,950 imediatamente inferior aos melhores tratamentos. Isto parece indicar que o perfodo de exposicao ao acido nao foi suficiente para a sobre 0 tegumento das sementes e deixa-lo em coni igdes de permitir uma rapida absorcao de Agua, resultando o retardamento do processo germinativo dentro do perfodode observagdes, \sto também é observado para a escarificagao mecZnica manual em pedra abrasiva no lado oposte ao da emissao da radfcula das sementes (t,) e, explicado pela dificuldade de controle da intensidade de aplicagao do tratamento sobre o tegumento. © eFeito do HNO, por 10 minutos sobre a germinagao das sementes do visgueiro foi de 2%, decrescendo para 1% em 20 minutos e zero por cento em 30 € 5 minutos. Duas causas podem ser atribuidas a esses baixos valores, primeiro a fraca agao escarificante do acido e @ temperatura, relativamente baixa, alcangada durante a exposi¢do e lavagen das sementes. Esses resultados in ‘am que as sementes do visgueiro necessitam de tratamentos pré-germinativos de agao escarificante intensa e com agao distribulda pela superficie da semente para aumentar a drea e velocidade de embebicao da agua. Os demais tratamentos apresentaram valores considerados baixos ou nulos, tan- to para a percentagem de germinagao como para a velocidade de emergéncia. Magalhaes et al. (1980) também observaram pouco efeito de tratamentos pré-germinativos om emersio das sementes do visgueiro em Sgua fervente por 50 minutos, 20 minutos e imers&o em dgua & temperatura ambiente por 24 horas. A figura 01 mostra graficamente os resultados dos tratamentos aplicados 4s sementes de visgueiro. 0 efeito escarificante mais Intenso, caracterfstico dos trata ~ mentos que apresentaram as melhores respostas para os parimetros percentagen de ger~ minagdo e velacidade de emergéncia, permitiu a entrada de agua mais rapidamente para © interior da semente, demonstrando que o tegumento é a barreira fisica que limita 0 processo de germinacao em perfodo inferior a 45 dias. CONCLUSOES E RECOMENDACOES Independentemente da presenga ou nao de inibidores de germinago, os tratamentos pré-germinativos de agao escarificante mais intensa, tais como o $0, por 20 € 30 minutos e desponte da semente no lado oposto ao da emissdo da radicula, apresentaram os melhores resultados para abreviar, aumentar e uniformizar a germinagao das — sementes do visgueiro. Esses tratamentos, por serem onerosos, de maiores riscos ou trabalhosos so indicados para tratamento de pequenos lotes de sementes. Para grandes lotes de sementes sugerimos estudos da esca icacao mecanizada em diversos perfodos de exposi - 80, visto que podera proporcionar intensa escarificagao do tegumento e melhor distri- buigdo de agao do tratamento pela superficie da semente, com menores custos e riscos. 284 Tratamentos pré-germinativos ... Fourteen pre-germinative seed treatments gor visguedro (Parkéa penduta Berth) , Leguminosac- Ménosoddeae, were studied, considering percentage of germination and anergence time of germinated seeds as parameters gor evatuatton of each treatment over a 45 day poriod. The surfurée acid treatments (HyS0,) fon 20 and 30 minutes and cutting of Seeds opposit the point of radical emission showed the best results for Anereasing and standardizing germination. The analysis of treatment eggeets demonstrates that the seed coat is a physical barrien that Limited the germination process during the observation period. Barbosa et al. 285 TABELA 1 - Efeito dos tratamentos pré-germinativos na percentagem de germinacao e Indi- ce de velocidade deemergéncia nas sementes de visgueiro (Parkia pendula Benth.). TRATAMENTO GERMINACAO VALORES MEDIOS TRATAMENTO [NDICE MEDIO DE VELOCIDADE Ne MEDIA (%) TRANSFORMADOS* we DE ENERGENCIA** (arc. sen /p/100) 1; 70 56,90 a ty 3,128 a ty 68 55,86 a Te, 2,937 a Ts 68 55,72 a 2,746 ab 13 63 52,99 ab Ts 2,051 be Te 53 "52,61 ab Tg 1,950 be Ty 29 32,45 be Ty 1,362 ¢ Ty 19 25,68 cd Ty 0,502 d Ty 2 5,77 de Th 0,035 d Thy 1 2,88 de Ty. 0,010 d 1 1 2,88 de 1, 0,008 ¢ Ty, 0 oe TY, 0,000 4 Try 0 0 e Th; 0,000 d Th; 0 oe Ty 0,000 d Ty 0 oe Ty 0,000 ¢ TUKEY (Pg og ) = 22,86 TUKEY ( Poos ) = 0,808 cy = 37,02 cv = 30,65 wit = As médias seguidas por letras idénticas, em cada coluna, no diferem esta~ tisticamente pelo test TUKEY (5 95) CV - Coeficiente de variagao 286 Tratamentos pré-germinativos ... 1 @popioojen ap eo1pul pyougbs9We 2} “SOAIIDUIWI®B- B44 SO/VEWOJOI, SOD SOpIaLUENS ‘( BoapI0sOWW - sosoU;WNBDT, ~wiues dInpued oMs0g poxenBsIn ep sequeu opioumeg ~ SOU D10Ug618We 9p epoplDo|an ap seoipu! 4 5, va 2%) ODS0UNIED = 10 VENI4 4 1 oz Ob 08 08 001 (%) opSounwisa6 287 al. Barbosa et Referencias bibliograficas Alencar, J.C. & Magalhaes, L.M.S, — 1979, Poder geminativo de sementes de doze espécies florestais da regiao de Manaus. Acta Amazonica, 9(3):411-418. Brasil, 1980, Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa —_Agropecuaria - SNAD. Laboratério Nacional de Referéncia Yegetal - LANARY. Freitas, J.A.C. & Candido, J.P. - 1976. Tratamento quimico para abreviar a germinagao de guapuruvu (Shizolobium excelsum Vog.) ¢ de mamocira (Tachigalia multijuga, Bth ). Seiva, Vicosa, 76:1-10, Popinigis, F. 1974. Fisiologia de sementes. Brasilia, Ministério da Agricultura Departa mento Nacional da Produgao Vegetal. Divisao de Sementes e Mudas. AGIPLAN, 78p. PRODEPEF. - 1976, Projeto de Desenvolvimento © Pesquisa Florestal. Centro de Pesquisas Florestais da Amazonia. Programagao Técnica. Série Divulgacao, (9). Ribeiro, M.N.G. - 1976, Aspectos climatolégicos de Manaus, Acta Amazonica, 6(2):229-333 Souza, M.S. Drumond, M.A.; Silva, H.D. - 1980. 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