CADERNO DE

RESOLUÇÕES
16/AGO/2009
CONCURSO AFA 2010
PORTUGUÊS e FÍSICA
O ELITE CURITIBA aprova mais porque tem qualidade, seriedade e Escola Naval
profissionalismo como lemas. Confira nossos resultados e comprove 2009: Único a aprovar no PR e em SC!
porque temos mais a oferecer. 2008: 9 aprovados
2007: 70% de aprovação na 1ª fase
AFA 2005: 100% de aprovação!
2009: 15 aprovados entre os 20 do Paraná
(incluindo os 3 primeiros lugares)
Leonardo Augusto Seki: 2º lugar nacional e
UFPR
1º do Paraná!
2009: 17 aprovados
2008: 13 aprovados
2008: 9 aprovados
1ºs lugares do Paraná em 2007: 70% de aprovação na 1ª fase
todas as opções de carreira 2006: 1° Lugar em Eng. Mecânica
2007: 10 dos 14 convocados do Paraná 2° Lugar em Eng. Eletrônica
2006: 11 dos 18 convocados do PR, incluindo:
2005: 1ºLugar Direito (matutino)
1º Lugar do Paraná (6° do Brasil) em Aviação
1ºLugar Relações Públicas
1º Lugar do Paraná (9º do Brasil) em Intendência
UFTPR
ITA Inverno 2009:
Elite Curitiba: 5 anos de existência, 16 aprovações nos
5 anos de aprovações no ITA !!!
cursos mais concorridos
11 alunos aprovados!
Inverno 2008:
LEONARDO FRISSO MATTEDI (ITA 2009)
1º, 2º e 4º lugares em Eng. Ind. Mecânica
JULIANO A. DE BONFIM GRIPP (ITA 2008) 1º e 2º lugares em Eng. Eletrônica /
LUCAS BRIANEZ FONTOURA (ITA 2008) Eletrotécnica
MAURICIO FLAVIO D. DE MORAES (ITA 2008) 1º lugar em Eng. de Computação
CAMILA SARDETO DEOLINDO (ITA 2007)
Verão 2008: 13 aprovados
VITOR ALEXANDRE C. MARTINS (ITA 2007)
2007: 11 aprovados em vários cursos
GABRIEL KENDJY KOIKE (ITA 2006)
2006: 1° Lugar em Eng. Mecânica
RICARDO ITIRO SABOTA TOMINAGA (ITA 2006) 2° Lugar em Eng. Eletrônica
YVES CONSELVAN (ITA 2006) 2005: 85% de aprovação em
EDUARDO HENRIQUE LEITNER (ITA 2005) Engenharia, com 5 dos 8 1ºs
FELLIPE LEONARDO CARVALHO (ITA 2005)
colocados de Eng. Mecânica.
IME
2009: Do SUL inteiro foram 8 aprovados, Só no ELITE você encontra:
todos de Curitiba, e 6 são ELITE !!!
2008: 10 aprovados (3 primeiros da Ativa, 5º
Simulados semanais/quinzenais;
da Ativa e 6 entre os 10 1ºs da A maior carga horária.
Reserva)
2007: 11 dos 16 aprovados do Paraná,
Os melhores professores!
incluindo os 4 melhores da ativa e os
4 melhores da reserva
2006: Os 4 únicos aprovados do Paraná
2005: 7 aprovados e os 3 únicos
convocados do Paraná

ESPCEX
2009: Dos 10 primeiros colocados de
Curitiba, 5 são ELITE! E dos 26
aprovados em Curitiba, 10 são ELITE!
2008: 9 aprovados
GUILHERME PAPATOLO CONCEIÇÃO
1º do Paraná e 9º do Brasil
BRUNO TRENTINI LOPES RIBEIRO
2º do Paraná e 32º do Brasil
2007: 9 alunos convocados no Paraná

3013-5400
2006: 9 alunos convocados no Paraná (turma de
20 alunos)
2005: 100% de aprovação!
Fone :
EPCAr
2007: 3 dos 4 convocados do Paraná www.ELITECURITIBA.com.br
2006: 2 convocados
2005: 1º lugar do Paraná

EEAR
2009: 3 aprovações
MURILO RODRIGUES MESQUITA
ROMULO CORREA DA SILVA COSTA
GUILHERME RODOLFO HALUCH CASAGRANDE
2008: 4 aprovações
(2ºs lugares dos grupos 1 e 2)
2006: 2 convocados

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PORTUGUÊS e FÍSICA
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 03: Sem alternativa correta
FÍSICA Decompondo a velocidade inicial da partícula A temos:
01. O gráfico da posição (S) em função do tempo (t) a seguir, representa o 3
movimento retilíneo de um móvel. v Ax = v A0 ⋅ cos(30º ) = 80 ⋅ = 40 3 m/s
2
1
v A0y = v A0 ⋅ sen(30º ) = 80 ⋅ = 40 m/s
2
Considerando a origem do sistema de coordenadas na posição de
lançamento de A, e o sentido positivo de y para cima.
A coordenada horizontal de A é dada por:
x A = v Ax ⋅ t

A partir do gráfico é correto afirmar que, x A = 40 3 ⋅ t

a) no primeiro segundo o seu movimento é progressivo
b) entre 1s e 3s, a aceleração é negativa. Fazendo x A = 200 3 encontramos o instante em que as partículas
c) no instante 2s, a velocidade do móvel é nula.
supostamente colidem.
d) nos instantes 1s e 3s, os vetores velocidades são iguais.
200 3 = 40 3 ⋅ t → t = 5s
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 01: Alternativa C Neste instante a componente vertical da velocidade de A é:
No instante t = 2s o móvel muda o sentido do movimento, logo, neste v Ay = v A0y − g ⋅ t
instante, V = 0 (velocidade nula)
v Ay = 40 − 10 ⋅ 5

02. Um carro percorre uma curva circular com velocidade linear constante v Ay = −10 m/s
de 15 m/s completando-a em 5 2 s, conforme figura abaixo.
Vamos supor que a partícula B seja lançada no instante tB = 0 que
corresponde a t = 2s . No instante da suposta colisão temos t = 5s e
tB = 3s . A velocidade de B é dada por:

vB = vB0 − g ⋅ tB

vB = 70 − 10 ⋅ 3

vB = 40 m/s
Então, no instante em que a primeira partícula passa sobre o ponto de
lançamento da segunda, B está subindo e A esta descendo,
sugerindo a alternativa C.

Porém, para as condições do problema, no instante t = 5s temos

É correto afirmar que o módulo da aceleração média experimentada pelo
carro nesse trecho, em m/s2, é: y A = 75 m e yB = 165 m . Desta forma não ocorre colisão entre as
a) 0 b) 1,8 c) 3,0 d) 5,3
partículas, e o problema não faz sentido.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 02: Alternativa C
Do enunciado tem-se: 04. Um satélite cujo raio da órbita vale R gira ao redor da Terra com
r velocidade angular constante ω. Por necessidade técnica será feito um
V ajuste na trajetória que dobrará o raio orbital desse satélite, fazendo-o girar
com uma nova velocidade angular constante ω'. A razão ω/ω' vale
a) 2√2 b) √2/2 c) 2 d) 1/2
r SOLUÇÃO DA QUESTÃO 04: Alternativa A
∆V A única força que age sobre o satélite é a força gravitacional da Terra,
r que exerce o papel de força centrípeta. Assim
V
∆V = V 2
r r
r ΔV r ΔV ΔV V 2 V
Daí: a= → a= → a= = = = 3 m/s (1)
Δt Δt Δt 5 2 5
Para a nova órbita temos
03. No instante t = 0, uma partícula A é lançada obliquamente, a partir do (2)
solo, com velocidade de 80 m/s sob um ângulo de 30º com a horizontal. No Dividindo (1) por (2):
instante t = 2s, outra partícula é lançada verticalmente para cima, também
a partir do solo, com velocidade de 70m/s, de um ponto situado a
200 3 m da posição de lançamento da primeira. Sabendo-se que essas
Como R’ = 2R temos
duas partículas colidem no ar, pode-se afirmar que no momento do
encontro

a) ambas estão subindo.

b) A está subindo e B descendo.
c) B está subindo e A descendo.
d) ambas estão descendo.

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PORTUGUÊS e FÍSICA
05. Um vagão movimenta-se sobre trilhos retos e horizontais obedecendo 07. O bloco da Figura 1 entra em movimento sob ação de uma força
à equação horária S = 20t – 5t2 (SI). Um fio ideal tem uma de suas resultante de módulo F que pode atuar de três formas diferentes, conforme
extremidades presa ao teto do vagão e, na outra, existe uma esfera os diagramas da Figura 2.
formando um pêndulo. As figuras que melhor representam as
r
configurações do sistema vagão-pêndulo de velocidade V e aceleração
r
a , nos instantes 1 s, 2 s e 3 s, são respectivamente

a)

Com relação aos módulos das velocidades v1, v2 e v3 atingidas pelo bloco
no instante t = 2s, nas três situações descritas, pode-se afirmar que
b)
a) v1 > v2 > v3 b) v2 > v3 > v1
c) v3 < v1 < v2 d) v2 < v3 < v1
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 07: Alternativa C
c) No gráfico F×t a área sob a figura determina o impulso resultante. Como
o impulso resultante corresponde à variação da quantidade de
movimento do corpo, um maior impulso (maior área) determina uma
maior velocidade final. Assim, V2 > V1 > V3
d)
08. Uma esfera de massa m, pendurada na extremidade livre de um
dinamômetro ideal, é imersa totalmente em um líquido A e a seguir um
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 05: Alternativa A
outro líquido B, conforme figura abaixo.
Se
S = 20t – 5t2
Então
V = 20 – 10t e a = -10 (constante)
A aceleração é constante, e igual a –10 m/s2.
Nos instantes referidos temos para V:

V(1) = 10 m/s (contrária à aceleração, movimento retardado) As leituras do dinamômetro nos líquidos A e B, na condição de equilíbrio,
V(2) = 0 m/s (mudança de direção, t = 2 s é vértice da parábola de S) são, respectivamente, F1 e F2. Sendo g a aceleração da gravidade local, a
V(3) = – 10 m/s (mesmo sentido da aceleração, movimento acelerado) razão entre as massas específicas de A e B é:
mg + F1 F − mg Mg + F1 mg − F1
a) b) 1 c) d)
Com isso nos resta as opções A e B, a serem diferenciadas pelo mg + F2 mg + F2 F2 − mg mg − F2
pêndulo. Como a aceleração é constante, a inclinação do pêndulo
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 08: Alternativa D
também será constante, exatamente como indica a alternativa A.
Para a situação 1, tem-se:
F1 + E1 = mg → E1 = mg – F1 → µAVg = mg - F1
Para a situação 2, tem-se:
06. A figura abaixo representa três formas distintas para um bloco entrar
F2 + E2 = mg → E2 = mg – F2 → µBVg = mg – F2
em movimento:
μ Vg mg-F1 μ mg-F1
Dividindo membro a membro: A = → A=
μA Vg mg-F2 μA mg-F2
09. A água, em condições normais, solidifica-se a 0 ºC. Entretanto, em
condições especiais, a curva de resfriamento de 160g de água pode ter o
aspecto a seguir.

Sabe-se que as forças F1, F2 e F3 são constantes e de mesma intensidade.

Desprezando-se qualquer resistência, pode-se afirmar que, depois de
percorrida uma mesma distância, a energia cinética, E1, E2 e E3, adquirida
em cada situação, é tal que
Sabendo-se que o calor latente de fusão do gelo e o calor específico da
a) E1 = E2 = E3
b) E1 > E2 = E3 água valem, respectivamente, 80 cal/g e 1,0 cal/g ºC, a massa de água ,
c) E1 < E2 < E3 em gramas, que se solidifica no trecho MN é
d) E1 = E2 > E3 a) 8 b)10 c)16 d)32
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 09: Alternativa B
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 06: Alternativa B No trecho MN não existe troca de calor dos 160g de água com o exterior.
Observamos que, neste trecho, toda a massa de água recebe calor para
Desprezando-se qualquer resistência, a variação de energia cinética é aumentar sua temperatura em 5ºC. Este calor é cedido pela massa que se
igual ao trabalho da força aplica em cada bloco: solidifica.
ΔEci = Wi = Fi .d.cos(θi ) Q s + QL = 0

Como a distância – d – é a mesma para as três situações, e a m ⋅ c ⋅ ΔT + mg ⋅ L = 0

componente – Fi .cos(θi) – é igual para os blocos 2 e 3, tem-se:
160 ⋅ 1 ⋅ (0 − ( −5)) + m g ⋅ ( −80) = 0
W 1 > W2 = W 3 e E1 > E2 = E3.
160 ⋅ 5 = 80 ⋅ m g

m g = 10g

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PORTUGUÊS e FÍSICA
10. Um recipiente tem capacidade de 3.000 cm3 a 20 °C e está b) d)
completamente cheio de um determinado líquido. Ao aquecer o conjunto
até 120 °C, transbordam 27 cm3. O coeficiente de dilatação aparente desse
líquido, em relação ao material de que é feito o recipiente é, em °C -1, igual
a
a) 3,0. 10-5 b) 9,0. 10-5
c) 2,7. 10-4 d) 8,1.10-4
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 10: Alternativa B

Substituindo os valores:
27 = .3000.(120-20) SOLUÇÃO DA QUESTÃO 12: Alternativa A
A transformação AB é uma expansão isotérmica e, portanto em um
=9.10 °C
-5 -1
diagrama P×V deve ser representada por uma isoterma saindo do ponto
A (menor volume) até o ponto B (maior volume).
A transformação BC é um resfriamento isovolumétrico e, portanto deve
11. Considere um objeto AB, perpendicular ao eixo óptico de um espelho
ser representada por uma reta vertical saindo do ponto B (maior pressão)
esférico gaussiano, e sua imagem A’B’ conjugada pelo espelho, como
até o ponto C (menor pressão).
mostra a figura abaixo.
13. Considere a palavra ACADEMIA parcialmente vista de cima por um
observador através de uma lente esférica gaussiana, como mostra a figura
abaixo.

Movendo-se o objeto AB para outra posição p em relação ao espelho, uma

nova imagem é conjugada de tal forma que o aumento linear transversal Estando todo o conjunto imerso em ar, a lente que pode representar a
proporcionado é igual a 2. Nessas condições, essa nova posição p do situação é
objeto, em cm, é a) plano-côncava.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 b) côncavo-convexa.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 11: Alternativa A c) bicôncava.
Na primeira posição do objeto (na figura), temos: d) convexo-côncava.
− p' −1
Dado 1: = SOLUÇÃO DA QUESTÃO 13: Alternativa B
p 2 Pela figura, a imagem é direita e maior, logo, trata-se de uma lente
convergente. Portanto, deve ser uma lente de bordos finos.
Dado 2: p − p' = 3 cm
Dado 3: p' > 0 (imagem real, invertida) 14. A figura abaixo representa a variação da intensidade luminosa I das
franjas de interferência, em função da posição x, resultado da montagem
1 1 1 experimental, conhecida com Experiência de Young.
Dado 4: = +
(equação dos pontos conjugados)
f p p'
Com estes dados encontramos p = 6 cm , p' = 3 cm e f = 2 cm . O
espelho está 3 cm à direita da imagem A’B’ na figura original.

Na segunda posição do objeto temos:

− p'
= 2 (do enunciado)
p
O que, conhecido o foco, nos dá p' = 1 cm .

12. No diagrama a seguir, do volume (V) em função da temperatura ____ ___ _

absoluta (T), estão indicadas as transformações AB e BC sofridas por uma A razão as distâncias AB e BC é:
determinada massa de gás ideal.
1 1
a) 2 b) c) d) 3
3 2

SOLUÇÃO DA QUESTÃO 14: Alternativa B

Sendo L a distância entre as fontes luminosas e o anteparo e d a

distância entre as fontes luminosas, e sendo L >> d, temos:
L
x= ⋅ ΔS
Num diagrama da pressão (P) em função do volume (V), essas d
transformações deveriam ser indicadas por:
a) c) λ 3λ - 3λ
Como ∆S vale no ponto A, no ponto B e no ponto C, temos
2 2 2
Lλ 3Lλ AB 1
AB = e BC = , o que nos dá =
d d BC 3

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15. Dois anéis idênticos de centro O e O’, uniformemente eletrizados com 17. No circuito abaixo, alimentado por três pilhas ideais de 1,5 V cada, o
cargas de naturezas opostas e mesmo módulo, são mantidos em planos amperímetro A e os voltímetros V1 e V2 são considerados ideais.
paralelos conforme indica a figura.

Sabe-se que o voltímetro V2 indica 2,0 V e que as resistências elétricas

dos resistores R1 e R3 são, respectivamente, 2,5 Ω e 3,0 Ω.
Os pontos O, O’ e B são colineares e A pertence à mediatriz do segmento Nestas condições, as indicações de V1, em volts, de A, em ampères, e o
OO’. O trabalho realizado para deslocar uma carga de prova negativa do valor da resistência elétrica do resistor R2, em ohms, são, respectivamente
ponto A até o ponto B, com velocidade constante,
a) dependerá da posição do ponto A. b) será nulo. 1 2 1 1 5 1 5 2
a) , ,6 b) , ,3 c) , ,6 d) , ,3
c) será positivo. d) será negativo. 2 3 2 3 2 3 2 3
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 15: Alternativa D
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 17: Alternativa C
Como a carga de prova é levada de A para B com velocidade constante,
V2 = V3 (resistores em paralelo) → V3 = 2 volts
o trabalho realizado por uma força externa (W EXT ) no deslocamento será
V3 = R3·i3 → i3 = 3/2 ampères
igual apenas à variação da Energia Potencial Elétrica entre os pontos A e
V1 = 4,5 – V2 → V1 = 2,5 volts
B:
V1 = R1·i1 → i1 = 1 ampère
W EXT = q·(VB – VA)
iA = i1 – i3 → iA = 1/3 ampère
Da figura segue:
V2 = R2·iA → R2 = 6 ohms
- o Potencial Elétrico em A é zero (qualquer que seja sua posição sobre a
mediatriz);
- o Potencial Elétrico em B é positivo (o ponto está mais próximo de 18. No circuito elétrico abaixo, a carga elétrica do capacitor, em µC, é
cargas positivas do que de cargas negativas).

Assim, a variação de potencial entre os pontos (∆V=VB – VA) é positivo.

Como a carga de prova é negativa, W EXT será negativo. (Alt. D)

Para lembrar com agilidade da expressão W EXT = q·(VB – VA), usada

nesta questão, sem trocar nenhum sinal, note que:
- o trabalho de uma força externa (W EXT) é sempre o trabalho da força
elétrica (W ELE) com o sinal trocado, caso não haja variação da energia a) 12 b) 8 c) 4 d) 0
cinética (ou seja, se a resultante for nula): W ELE = –W EXT ;
- a própria noção de Energia Potencial Elétrica é definida com base no SOLUÇÃO DA QUESTÃO 18: Alternativa D
trabalho da força elétrica: WELE (A→∞) = q·VA . A carga no capacitor é dado por Q = C.U, onde U é a diferença de
potencial entre os terminais do capacitor e C é sua capacitância. No
16. Uma esfera de massa m, eletrizada positivamente com carga q, está circuito, observamos que os resistores formam uma ponte de Wheatstone
fixada na extremidade de um fio ideal e isolante de comprimento l. O equilibrada, portanto, a diferença de potencial U é nula e a carga do
pêndulo, assim constituído, está imerso em uma região onde além do capacitor também.
campo gravitacional g atua um campo elétrico horizontal e uniforme . 19. Uma partícula de massa m carregada eletricamente com carga q, é
Este pêndulo é abandonado do ponto A e faz um ângulo θ com a vertical solta em queda livre de uma altura h acima do plano horizontal xy,
conforme mostra a figura. conforme ilustra a figura abaixo.

Desprezando-se quaisquer resistências, ao passar pelo ponto B, simétrico

de A em relação à vertical, sua energia cinética vale
a) 2 q E l sen θ b) l (mg+qE sen θ) Se nesta região, além do campo gravitacional g, atua também um campo
c) 2l (mg cos θ + qE sen θ) d) q E l cos θ magnético uniforme B na direção Ou, a energia cinética da partícula ao
passar pelo plano xy valerá.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 16: Alternativa A a) mgh
Ao passar pelo ponto B a esfera eletrizada está na mesma altura, então o
b) mh g 2 + B2
peso não realiza trabalho. O ganho de energia cinética se deve ao
trabalho do campo elétrico, exclusivamente. c) mqh (g + B)
τ = ∆Ec d) mqh (g2 – B2)
q. ∆V = Ecf – 0 (a energia cinética inicial é nula, pois a esfera foi
abandonada do repouso) SOLUÇÃO DA QUESTÃO 19: Alternativa A
Sendo o campo elétrico uniforme, temos ∆V = E.d Como a força magnética é perpendicular ao vetor velocidade, ela não
Da geometria do problema, a distância horizontal d percorrida pela esfera altera a energia cinética da carga. Sendo assim, o peso é a única força
vale d=2lsenθ. que determina variação de velocidade. O peso é uma força conservativa,
Assim: logo a energia mecânica da carga não se altera. Deste modo, a energia
Ecf = q.E. 2lsenθ cinética é a própria energia potencial inicial: mgh.

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20. Considere um campo magnético uniforme de intensidade B e um
condutor metálico retilíneo deslocando-se com velocidade vetorial
r
constante v , perpendicularmente às linhas desse campo, conforme a
figura abaixo.
Sobre a situação descrita acima, são feitas as seguintes afirmações;
I) A separação de cargas nas extremidades do condutor dá origem a um
ur
campo elétrico E que exerce sobre os portadores de carga uma força
uur
elétrica Fe .
uur
II) A força elétrica Fe , que surge devido a separação de cargas no
uur
condutor, tende a equilibrar a ação da força magnética Fm exercida pelo
campo magnético uniforme.
ur
III) O campo elétrico E , que surge devido a separação de cargas no
condutor, dá origem a uma força eletromotriz ε , que é a diferença de
potencial nas extremidades do condutor.
São corretas
a) somente I e II
b) somente I e III.
c) somente II e III.
d) I, II e III.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 20: Alternativa D
uur r ur
I – Correta. Como Fm = q .vxB as cargas negativas migram para uma
extremidade havendo polarização das extremidades do condutor, surgindo
então um Campo Elétrico.
uur
II – Correta. Para cargas negativas o vetor Fm será vertical para cima.
Haverá concentração de cargas positivas na parte inferior e cargas
ur
positivas na parte superior do condutor, logo o vetor E também será
uur
vertical para cima. Portanto a Fe nas cargas negativas será vertical para
baixo.
III – Correta. ε = E.d
PORTUGUÊS
Leia o Texto I para responder as questões de 21 a 29.
Texto I
Darwin no Brasil
Encanto com a Natureza e choque com a escravidão
Na passagem pelo Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, Darwin
descobre um mundo novo de sedução e horrores.
Em 27 de dezembro de 1832, depois de ser deslocado
duas ou três vezes por ventos contrários, o HMS Beagle, um
brigue com 10 canhões sob o comando do capitão Fitz-Roy
deixou a localidade de Davenport, no sudoeste da Inglaterra,
para uma viagem de quatro anos e nove meses ao redor do
mundo.
Um personagem, que a história tornaria o passageiro
mais importante a bordo do Beagle, tinha pouco mais de 22
anos e havia sofrido alguns reveses profissionais antes de se
envolver com a história natural. Charles Robert Darwin (
Shrewsbury, 12 de fevereiro de 1809 – Downe, Kent, 19 de
abril de 1882), cujo nome seria sinônimo de evolucionismo,
ainda era um criacionista despreocupado, quando o Atlântico
se abriu a sua frente para a viagem que reformularia não
apenas suas convicções pessoais, mas mudaria
profundamente toda a história da ciência.
CURSO PRÉ VESTIBULAR ELITE CURITIBA
16/AGO/2009
Darwin fez uma parada no arquipélago de Cabo Verde,
onde registrou minuciosamente suas observações e se
impressionou com o arquipélago de São Pedro e São Paulo,
antes de passar por Fernando de Noronha. Mas foi no Rio de
Janeiro, especialmente por uma incursão de alguns dias pelo
interior, que pôde sentir a diversidade de Natureza que
deveria conhecer antes de, inteiramente contra a vontade,
torna-se em evolucionista.
Em Viagens de um naturalista ao redor do mundo
(Voyage of a naturalist round the world), em que faz um
detalhado registro de sua longa exploração, Darwin dedica
menos de dez páginas a Salvador, na Bahia, aonde chegou
em 29 de fevereiro de 1833, para uma estrada curta, mas já
fascinado pela exuberância da natureza tropical.
Em 4 de abril, o Beagle atracou no Rio de Janeiro e aí
começaram as descobertas que, do ponto de vista natural,
seduziram e encantaram o jovem naturalista, ainda que, do
ponto de vista social, tenham sido motivo de frustração,
desencanto e, em alguns momentos, de completo horror.
(...)
A incursão começou em 8 de abril, formada por meio a
um calor intenso, o silêncio da mata é completo, quebrado
apenas pelo vôo preguiçoso de borboletas. A vista e as cores
na passagem de Praia Grande ( atual Niterói ) absorvem toda
atenção de Darwin ao menos até o meio-dia, quando o grupo
para, para almoçar em “Ithacaia”, aldeia cercada de choças
ocupadas por negros escravos.
Com a lua cheia, que nasce cedo no céu, o grupo decide
prosseguir viagem para dormir na Lagoa de Maricá e, no
trajeto, passam por regiões escarpadas, entre elas uma
meseta em torno de onde escravos formaram quilombos, a
que Darwin se refere genericamente como refúgio Aí
reproduz um relato que diz ter ouvido de alguém. Um grupo
de soldados teria sido enviado para recuperar esses fugitivos
e todos se renderam, à exceção de uma mulher, já velha, que
se atira contra as rochas. Então, ele faz uma das
observações que revelam sua profunda repulsa à escravidão
que tem diante dos olhos: “ Praticado por uma matrona
romana esse ato seria interpretado e difundido como amor à
liberdade, mas da parte de uma pobre negra, limitaram-se a
dizer que não passou de um gesto bruto.”
CAPAZZOLI, Ulisses. Scientfic American Brasil. Fev. 2009, nº
81, ano 7. Edição Especial. Pág. 90 ( Adaptado)
21. Da leitura do texto, conclui-se que
a) A viagem iniciada em 27 de dezembro foi longa e sem
transtornos, contudo revolucionária.
b) Em 1832, apesar de bastante jovem, Darwin já acumulava
alguns sucessos profissionais.
c) A exuberante natureza tropical fez com que Darwin se
apaixonasse por Salvador.
d) A estada no Rio de Janeiro foi o momento mais marcante da
viagem, por despertar em Darwin intensos sentimentos.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 21: Alternativa D
A viagem causa em Darwin sentimentos de deslumbramento,
estupefação lhe permitindo fazer observações muito importantes para a
teoria que seria produzida posteriormente.
22. Assinale a alternativa que apresenta a relação INCORRETA entre o
parágrafo e a idéia nele contida.
a) O 1º parágrafo justifica a hipótese de que o Brasil não estava
entre os planos de Darwin, que somente chegou aqui por um
desvio de percurso.
b) O 2º parágrafo apresenta o grande cientista da teoria do
evolucionismo.
c) No 3º parágrafo, fica patente o encanto de Darwin diante da
diversidade da natureza do Rio de Janeiro.
d) No 6º parágrafo, o autor descreve a paisagem e os ruídos da
mata.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 22: Alternativa A
Em momento algum o texto diz que Darwin chega ao Brasil por um
desvio de percurso, pois fica claro que durante a volta ao mundo, já no
século 19, o Brasil já era um país visitado e comentado na Europa.
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RESOLUÇÕES
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PORTUGUÊS e FÍSICA
23. De acordo com o texto, entende-se que Darwin:
a) era, desde a mocidade, um evolucionista convicto
b) se encantou com o Brasil, escandalizando-se apenas com questões de
natureza antropológica
c) presenciou um ato aterrador: a morte da velha que se atirou contra as
rochas
d) desejou permanecer no Brasil, depois de se surpreender com a
natureza e a vida social intensa
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 23: Alternativa B
A alternativa A é contrariada por passagens do texto que informam ser
Darwin, inicialmente, um criacionista, tornando-se um evolucionista após
a viagem, como se pode perceber nos seguintes trechos: ainda era um
criacionista despreocupado quando o Atlântico se abriu à sua frente para
a viagem que reformularia não apenas suas convicções pessoais, mas
mudaria profundamente toda a história da ciência.(linhas 15 a 19)
antes de, inteiramente conta a vontade, tornar-se um evolucionista.
(linhas 27 e 280)
A C está errada pois, de acordo com o texto, Darwin não presenciou a
morte e sim soube dela
Aí, reproduz um relato que diz ter ouvido de alguém (linhas 57 e 58)
A D está incorreta pois não há no texto alusão ao desejo de Darwin de
permanecer no Brasil
A correta é a B, o que fica evidente no parágrafo 5 : Em 4 de abril o
Beagle atracou no Rio de Janeiro e aí começaram as descobertas que,
do ponto de vista natural, seduziram e encantaram o jovem naturalista,
ainda que, do ponto de vista social tenham sido motivo de frustração,
desencanto e, em alguns momentos, de completo horror.
24. Leia o trecho abaixo, considerando-o no parágrafo em que ele se
insere.
“ Praticado por uma matrona romana esse ato seria interpretado
e difundido como amor à liberdade, mas da parte de uma pobre negra,
limitaram-se a dizer que não passou de um gesto bruto.” (l. 62 a 68)
É possível afirmar que, no fragmento acima, o autor utiliza uma
estratégia argumentativa denominada
a) Especificação. b) Conceituação
c) Exemplificação d) Citação
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 24: Alternativa D
O trecho marca uma citação direta da obra de Darwin, fato este
comprovado pelo uso das aspas, o que revela uma estratégia
argumentativa pautada no discurso de autoridade.
25. Os termos abaixo destacados representam lugar. Porém apenas um deles
NÃO pode ser classificados como circunstância adverbial. Assinale-o.
a) “..., para uma viagem de quatro anos e nove meses ao redor do
mundo.” ( l. 5 a 7 )
b) “...à exceção de uma mulher, já velha, que se atira contra as rochas.”
(l. 60 3 61)
c) “ Em Viagens de um naturalista ao redor do mundo, ( ... ) em que faz
um detalhado registro de sua longa exploração ...” ( l. 29 a 32 )
d) “ Com a lua cheia, que nasce cedo no céu, o grupo decide
prosseguir viagem para dormir na Lagoa de Maricá ...” ( l. 52 a 54 )
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 25: Alternativa A
O termo destacado “ao redor do mundo” relaciona-se com o substantivo
“viagem”, logo não pode ter valor adverbial. É um complemento nominal.
26. Assinale a opção correta.
a) De acordo com a norma padrão da língua em “Um grupo de
soldados teria sido enviado ...” ( l. 58 a 59 ), a flexão do verbo ter
pode ser feita no plural, concordando com o substantivo soldados.
b) No período “Em 4 de abril, o Beagle atracou no Rio de Janeiro e aí
começaram as descobertas que ...” ( l. 36 e 37 ), o sujeito do verbo
começar está indeterminado.
c) E, “Então, ele faz uma das observações que revelam sua profunda
repulsa à escravidão” ( l. 62 e 63 ), o verbo revelar foi flexionado de
acordo com o núcleo do sujeito.
d) Na oração “A vista e as cores na passagem de praia Grande (atual
Niterói ) absorvem toda a atenção de Darwin ...” ( l. 47 a 49 ) o verbo
absorver pode ficar no singular, concordando com o núcleo do
sujeito.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 26: Alternativa A
Consta de um caso de expressão partitiva, em que a concordância pode
ser feita ou com o termo grupo ou com o termo soldados, fazendo as
devidas adequações.
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27. Assinale a opção cuja justificativa para o uso dos termos sublinhados
está correta.
a) No trecho “Em viagens de um naturalista ao redor do mundo ( ...
), em que faz um detalhado registro...” ( l. 29 a 31 ), a expressão
em que pode ser trocada por em cujo, já que ambas são
compostas de pronomes relativos
b) “Em Charles Robert Darwin... cujo nome seria sinônimo de
evolucionismo...” ( l. 12 a 15 ), o pronome relativo cujo traz uma
idéia de posse e sempre concorda em gênero e número com a
palavra que o antecede.
c) No período “A incursão começou em 8 de abril, formada por
uma equipe de sete pessoas.” ( l. 43 e 44 ), o verbo formar está
no particípio e introduz uma oração substantivada reduzida.
d) Em “Um personagem, que a história tornaria o passageiro mais
importante a bordo do Beagle...” ( l. 8 e 9 ), o tempo do verbo
denota um estado não concluído no passado.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 27: Alternativa D
O pronome relativo cujo deve concordar em gênero e número com a
palavra que o antecede. A questão causa dúvida entre as opções A e B,
mas, lembrando que a locução em cujo não pode ser utilizada nesse
contexto, fica-se então com a alternativa D.
28. Assinale a opção em que a palavra entre parênteses substitui a
destacada sem alterar o sentido da expressão original:
a)...”havia sofrido alguns reveses profissionais antes de se
envolver com a história natural.” ( insucessos) (l.10 a 12 )
b) Mas foi no Rio de Janeiro, especialmente por uma incursão de
alguns dias pelo interior ( dispersão) (l 24 a 26)
c) Praticado por uma matrona romana esse ato seria interpretado e
difundido como amor à liberdade ( escrava) (l 64 a 66)
d) Darwin dedica menos de dez páginas a Salvador, na Bahia, aonde
chegou em 29 de fevereiro de 1833, para uma estada curta, mas já
fascinado pela exuberância da natureza tropical. (singeleza) ( l32a 35)
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 28: Alternativa A
Típica questão de semântica que explora o domínio vocabular. Resposta
correta: A .
De acordo com o dicionário Houaiss, incursão: irrupção de uma força
militarizada em território estrangeiro; investida, ataque, invasão, passeio
por uma região, país etc.; excursão, viagem Ex.: fazer uma longa i. pela
Europa passagem rápida por um lugar Ex.: fizemos uma i. pelo centro da
cidade;
matrona: na Antigüidade romana, mulher casada ; derivação: por
extensão de sentido. mulher de idade madura, respeitável pela idade e
pelo procedimento;
exuberância: fartura ou superabundância; copiosidade, profusão, riqueza
revés: fato, acontecimento imprevisto que reverte uma situação boa para
má; revertério.
29. Assinale com V ( verdadeiras ) ou F ( falsas ) as afirmativas abaixo e, a
seguir, marque a alternativa correta.
( ) Os vocábulos arquipélago, Atlântico e sinônimo são acentuados pela
mesma razão.
( ) A presença de encontros vocálicos é observada nas palavras, a
seguir, Lagoa, exceção e Praia.
( ) Estão corretas as seguintes divisões silábicas: ve - lha, pros – se -
guir, I – tha – Ca – ia.
(.....) Os vocábulos: três, canhões e Niterói recebem a mesma classificação
quanto à posição da sílaba tônica.
a) F–V–F–V
b) V–V–F–F
c) V–V–V–F
d) F–F–V–V
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 29: Alternativa B
O problema ocorre na separação silábica de Ithacaia, que seria I – tha –
cai – a.
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Leia o Texto II para responder as questões de 30 a 40.
Texto II
Nas últimas horas de viagem a cavalo, Darwin
relata que o caminho ficou cada vez mais difícil,
porque atravessa uma terra selvagem e pantanosa.
(...)
5 Darwin fica profundamente impressionado com
A fecundidade da região e imagina a quantidade de
Alimentos que poderá produzir num futuro distante.
A selva o fascina e as nuvens de vapor d’água que
Sobem das matas o deixam extasiado, mas daí
10 Também irá emergir uma imagem do terror.
Na fazenda, junto ao rio Macaé, Darwin relata
Um desencontro, que não detalha, e que, por pouco,
não devidiu pelo menos 30 famílias de escravos,
levando filhos e mulheres para a venda no mercado
15 carioca, depois de uma convivência de anos. Diz que
interesses estritamente financeiros, e não
humanistas, evitaram essa cruel separação. Ele
suspeita que o proprietário da fazenda nem sequer
Possa ter se dado conta da brutalidade de seu ato
20 “infame”.
O grupo cruzava um rio, provavelmente, o rio
Macaé, conduzido por um negro, quando outra cena
relacionada à escravidão chocou Darwin
profundamente. O negro tinha alguma dificuldade de
25 comunicação, o que fez com que Darwin tentasse
comunicar-se com ele por mímica e outros sinais.
Num desses movimentos, conta ele, suas mãos
passaram próximos ao rosto do homem, levando-o a
acreditar que Darwin estava enraivecido por alguma
30 razão e iria golpeá-lo. O negro abaixou
imediatamente as mãos, semicerrou os olhos e
dirigiu-lhe um olhar temeroso. Darwin relata o
profundo sentimento de surpresa, desconforto e
vergonha que se apoderara dele e que jamais iria
35 esquecer.
(...)
O retorno ao Rio marca uma nova fase de
êxtase com a Natureza e coleta de espécimes
Animais e vegetais. Neste período, Darwin ficara
40 hospedado em uma casa à beira-mar (cottage) em
Botafogo. Obre essas semanas diz que é
“impossível sonhar com algo mais delicioso que essa
estada de algumas semanas num país tão
impressionante”. “Na Inglaterra”, continua Darwin,
45 “os interessados em história natural têm vantagem
no sentido de que sempre descobrem alguma coisa
que lhes chama a atenção, mas nesses climas tão
férteis, repletos de seres animados, para fazer uma
caracterização, descobertas novas são feitas a cada
50 instantes e são tão numerosas que só se pode
avançar com dificuldade”.
(...)
Em 5 de julho. Darwin deixa definitivamente o
Rio de Janeiro e o Brasil rumo à Patagônia e à
55 passagem que o levará a Galápagos e às
observações que o conduzirão ao evolucionismo.
Ainda que a um enorme custo pessoal a ao receio
desesperado de, literalmente, implodir os valores de
sua época, como se constata nas cartas angustiadas
60 que trocou com sua prima e futura esposa, Emma
Wedgwood. No final de 2008, o tetraneto de Darwin,
Randal Keynes, conheceu a rota percorrida pelo
naturalista.
CAPAZZOLI, Ulisses. Scientific American Brasil. Fev. 2009,
nº 81, ano 7. Edição Especial – Pág. 92-93 (Adaptado)
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16/AGO/2009
30. O título do texto remete-nos à idéia de que
a) o Brasil, apesar de ser um país livre ainda permitia a escravidão em
alguns momentos.
b) Darwin ficou incomodado com algumas cenas presenciadas por
ocasião de sua estada no Brasil.
c) no Brasil, a natureza foi o único aspecto apreciado por Darwin.
d) os negros participaram da expedição como simples carregadores do
material necessário para a pesquisa de Darwin.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 30: Alternativa B
As cenas da escravidão são citadas como razão do “desconforto” de
Darwin, mencionado no título.
31. Assinale a alternativa que apresenta uma inferência FALSA.
a) A exuberância da natureza brasileira prejudica os trabalhos de
caracterização daqueles que se interessam por história natural.
b) O evolucionismo, para vir à tona, exigiu de seu criador coragem e
desprendimento de sua vida pessoal.
c) A agressão era, no Brasil, um tratamento rotineiro nas relações do
branco com o negro.
d) A estada de Darwin no Rio de Janeiro foi marcada basicamente por
profundos sentimentos de vergonha e desconforto.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 31: Alternativa D
Os sentimentos de “vergonha e desconforto” não foram os que
mandaram “basicamente” sua estada no Rio, mas os de fascínio (linha 8),
“êxtase” (linhas 37 a 44).
32. A partir das ideias presentes no texto, assinale com (V) as assertivas
verdadeiras ou com (F) as falsas e, a seguir, marque a alternativa
correspondente.
( ) A dificuldade do percurso relaciona-se à ingremidade do
terreno.
A falta de comunicação entre Darwin e os habitantes da terra
leva-o a uma atitude violenta.
( ) O encantamento com a fauna e flora brasileira são exaltados
no penúltimo parágrafo.
( ) Mais tarde, Darwin retornou ao Brasil reforçando suas
pesquisas sobre o evolucionismo.
a) V–V–F–F
b) V–F–F–V
c) F–F–V–F
d) F–V–V–V
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 32: Alternativa C
- No primeiro item, a palavra “ingremidade” afasta a possibilidade de o
terreno ser pantanoso, pois significa terreno em aclive (subida); portanto,
a assertiva é falsa.
- No segundo, não há uma atitude violenta por parte de Darwin.
- O escravo, atemorizado, interpreta equivocadamente o gesto do
cientista.
- O terceiro item é verdadeiro.
- Darwin em seu relato diz que é “impossível sonhar com algo mais
delicioso que essa estada de algumas semanas num país tão
impressionante”. (linhas 43, 44, 45)
33. Assinale a alternativa incorreta:
a) Darwin acredita que nem sempre os atos tirânicos cometidos contra os
escravos eram conscientes.
b) O tetraneto de Darwin interessou-se em percorrer a mesma rota do
naturalista por interesses econômicos.
c) As descobertas são numerosas, principalmente em regiões com fauna e
flora tão ricas.
d) Darwin fica maravilhado com sua estada no Rio de Janeiro e
impressiona-se com a exuberância do Brasil
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 33: Alternativa B
Pode-se comprovar com trechos do texto o que se afirma em A, C e D:
Para A: “Ele suspeita que o proprietário da fazenda nem sequer possa ter
se dado conta da brutalidade de seu “ato infame”.
Para C : “nesses climas tão férteis, repletos de seres animados, para
fazer uma caracterização, descobertas novas são feitas a cada instante e
são tão numerosas que só se pode avançar com dificuldade”(..)
Para D: “Sobre essas semanas diz que ‘é impossível sonhar com algo
mais delicioso que essa estada de algumas semanas num país tão
impressionante’ “
O que não ocorre com B, o texto informa apenas que o tetraneto
interessou-se pela rota do naturalista, mas não afirma que foi motivado
por interesses econômicos.
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34. Leia as proposições abaixo.
I. A principal intencionalidade discursiva do locutor do texto é
conscientizar o leitor do horror da escravidão.
II. O futuro do presente foi utilizado no último parágrafo para indicar
ações realizadas num momento futuro em relação ao narrado.
III. As descobertas em Galápagos deram origem ao evolucionismo, que
surpreendeu e assustou o próprio Darwin.
IV. O conectivo e (l. 16) possui valor adversativo e introduz uma crítica
de Darwin ao tratamento dado aos escravos.
Estão corretas apenas
a) I, III e IV. b) II e III. c) II, III e IV. d) I e IV.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 34: Alternativa C
I. Falsa, porque não há intencionalidade de o locutor conscientizar o
leitor sobre a escravidão, mas em relatar a viagem de Darwin.
II. A assertiva está correta, porque, de fato, o futuro do presente em
“levará” e conduzir” anuncia eventos que tiveram ocorrência após o
fato apresentado pelo verbo “deixa”. Este é um tempo verbal
relativo a um momento da narrativa, não ao momento da
enunciação.
III. O texto enuncia, nas linhas 55 e 56, fatos que confirmam a
assertiva.
IV. A expressão “e não” tem, no texto, noção adversativa, facilmente
substituída por “mas não”. Esta oração introduz uma crítica de
Darwin ao fato de ele achar que não havia interesses humanistas
na ocorrência relatada sobre a separação das famílias.
35. Leia o trecho e, a seguir, assinale a opção correta.
Nas últimas horas de viagem a cavalo, Darwin relata que o caminho ficou
cada vez mais difícil, porque atravessa uma terra selvagem e pantanosa. O
grupo viaja na região hoje conhecida como Serra da Tiririca... (adaptado)
a) As aspas simples, usadas para introduzir a fala de Darwin, iniciam o
discurso indireto livre.
b) Se o substantivo cavalo fosse substantivo por outro feminino, como,
por exemplo, carroça, a ocorrência da crase seria obrigatória.
c) No trecho “o caminho ficou cada vez mais difícil...”, o verbo ficar é
intransitivo.
d) A palavra como pode ser substituída, em prejuízo semântico,
pela preposição por.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 35: Alternativa D
- As aspas simples introduzem literalmente a fala de Darwin, mas é
DISCURSO INDIRETO, pois se apresenta numa construção icônica
(oração subordinada substantiva, iniciada pela conjunção integrante
“que”).
- O adjunto adverbial de meio (feminino) tem sua crase facultativa, não
obrigatória.
- O verbo “ficar”, nesta oração, é de ligação, pois denota transformação
de estado.
- O adjetivo “conhecia” admite duas palavras para iniciar seu
complemento: como e por. Então, a permuta não oferece mudança de
sentido.
36. Considere as afirmativas a seguir.
I. O vocábulo verbal relata (l. 2) exigem uma complementação, no caso,
um termo oracional.
II. Êxtase e espécime (l. 38) são vocábulo determinantes que se referem à
Natureza. (l. 38).
III. Cartas angustiadas (l. 59) denotam um estado emocional do emissor.
Estão corretas apenas
a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I, II e III.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 36: Alternativa C
O item II está errado, pois o vocábulo “êxtase” constitui uma locução
adjetiva, determinante de “fase” (fase de êxtase); o vocábulo “espécimes”
é núcleo do complemento nominal de “coleta” (coleta de espécimes
animais e vegetais).
37. Assinale a alternativa em que a análise da palavra sublinhada está
correta.
a) “O retorno ao Rio marca uma nova fase de êxtase...” (l. 37 e 38) –
(Palavra substantivada, proveniente de derivação imprópria).
b) ”O negro abaixou imediatamente as mãos, semicerrou os olhos e
dirigiu-lhe um olhar temeroso...” (l. 30 a 32) – Pronome pessoal na
função de objeto indireto).
c) “... os interessados em história natural têm vantagem no sentido de
que sempre descobrem... (. 45 e 46) – (Elemento de coesão que
retoma a palavra sentido).
d) “Nesse período, Darwin ficara hospedado em uma casa à beira-mar
(cottage) em Botafogo.” (l. 39 e 41) – Particípio do verbo hospedar que,
juntamente com o verbo ficar, forma voz passiva).
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SOLUÇÃO DA QUESTÃO 37: Alternativa B
Na expressão “...dirigiu-lhe um olhar temeroso...” o pronome oblíquo é objeto
indireto do verbo dirigir.
Nas demais opções, fizeram-se as correções:
- retorno ⇒ derivação regressiva.
- que ⇒ conjunção integrante.
- hospedagem ⇒ adjetivo em função predicativa.
38. De acordo com a pontuação do texto, é INCORRETO afirmar que as
vírgulas do trecho:
a) O grupo cruzava um rio, provavelmente, o rio Macaé, conduzido por um
negro, quando ... separam respectivamente circunstância adverbial e
oração reduzida.
b) Num desses movimentos, conta ele, suas mãos passaram próximo ao
rosto do homem... separam uma oração intercalada
c) “ ... Darwin relata um desencontro ,que não detalha, e que... separam
uma oração adjetiva explicativa
d) Insetos luminosos, provavelmente vaga-lumes, segundo o relato, voam
em torno do grupo de viajantes separam, respectivamente, aposto e
oração intercalada.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 38: Alternativa A
As justificativas para a colocação da vírgula em B e C estão
corretíssimas: “ conta ele” é uma oração intercalada e “ que não detalha”
é oração adjetiva explicativa.
Em D, a vírgula isola a expressão “provavelmente vaga-lumes” que pode
ser tomada como um aposto para “insetos luminosos, mas não
inteiramente, já que “ provavelmente”, como já foi dito, é adjunto
adverbial de modo. De modo que, deveria haver ainda, uma terceira
vírgula, isolando “ provavelmente”.
Em A, utiliza-se a vírgula para isolar o termo “provavelmente” ( adjunto
adverbial de modo) e em “ conduzido por um negro” ( oração adjetiva
reduzida de particípio). Porém, as vírgulas também isolam o aposto o rio
Macaé
Sendo assim, parece que a resposta incorreta , uma vez que se refere à
justificativa, é a A.
39. Sobre o modo como as ideias no texto se relacionam é correto afirmar
que a
a) expressão ainda que (l. 57) introduz uma concessão ao período que a
precede.
b) conjunção que (l. 46) inicia uma oração adverbial causal.
c) conjunção porque (l. 3) antecede uma oração adverbial final.
d) palavra como (l. 59) traz uma comparação ao período no qual está inserida.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 39: Alternativa A
A locução “ainda que” tem, de fato, valor concessivo e, para comprovar,
pode ser substituída pela conjunção “embora”.
Nas demais opções, fizeram-se as correções:
- que ⇒ conjunção integrante;
- porque ⇒ conjunção causal;
- como ⇒ conjunção conformativa.
40. Dentre as análises abaixo, assinale a INCORRETA.
a) No período “...descobertas novas são feitas a cada instante são tão
numerosas que só de pode avançar com dificuldade.” (l. 49 a 51), a conjunção
adverbial estabelece uma relação da consequencia com a oração anterior a ela.
b) Em “Darwin relata o profundo sentimento de surpresa, desconforto e
vergonha que se apoderara dele e que jamais iria esquecer.” (. 32 a 35), ambos
os pronomes relativos destacados substituem a palavra sentimento e são,
respectivamente, classificados como sujeito e complemento verbal.
c) No trecho “O negro tinha alguma dificuldade de comunicação, o que fez com
que Darwin tentasse comunicar-se com ele por mímica...” (l. 24 a 26) o pronome
se é uma partícula de realce que pode ser retirada sem prejuízo sintático.
d) Em, “...os interessados em história natural têm vantagem no sentido de que
sempre descobrem alguma coisa que lhes chama a atenção...”, (l. 45 a 47) o
pronome lhes refere-se aos interessados e, sintaticamente, completa o
substantivo atenção.
SOLUÇÃO DA QUESTÃO 40: Alternativa C
A palavra “SE” é parte integralmente do verbo e não pode ser retirada,
porque modifica o sentido do verbo, além de alterar-lhe a regência.
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