TRABALHO DECENTE
Coordenação editorial: Thaiz Braga, Francisco Vidal, Cristina Teixeira, Patrícia Lima e
Alda Ribeiro
E-mail: aedtrabalhodecente@sei.ba.gov.br
A partir de 30 de junho de 2010, a Revista Bahia Análise & Dados aceitará, para fins de
apreciação, artigos para um volume cujo tema é Trabalho Decente. Esse periódico é
publicado trimestralmente pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da
Bahia (SEI), órgão vinculado à Secretaria do Planejamento estadual.
O trabalho decente apresenta-se, portanto, como uma alternativa viável e eficaz para
enfrentar as crises econômicas, o aumento do desemprego e da pobreza e o achatamento
salarial. É fato que, diante das crises econômicas, as condições de trabalho se deterioram
com o incremento da carga horária laboral, a submissão a atividades exaustivas, o
crescimento do trabalho eventual e informal, entre outras precariedades que vilipendiam
diretamente a dignidade da pessoa humana e ainda se apresentam como um entrave para o
pleno desenvolvimento de qualquer país. A primazia do trabalho decente e as estratégias
políticas de desenvolvimento fortalecem não só as relações do mundo de trabalho, como
também o indivíduo, que pode ver em sua ocupação uma forma de emancipação
decorrente de seu próprio trabalho, seja no âmbito econômico, social ou intelectual. Dessa
forma, ele poderá contribuir efetivamente, com seus talentos, para o desenvolvimento do
país.
Diante da amplitude do tema, inclusive por seu caráter inovador e pelas múltiplas formas
de analisá-lo, e mesmo pelo ineditismo de iniciativas ainda incipientes e escassas como as
Agendas de Trabalho Decente, é que a Bahia Análise e Dados está propondo os eixos
temáticos apresentados a seguir:
Por sua vez, o trabalho decente vem sendo desenvolvido nos países e mesmo estados e
províncias por meio de Agendas, que constituem uma pauta de compromissos de
governos, trabalhadores e empregadores empenhados com sua defesa como elemento
central de suas estratégias de desenvolvimento, em oposição à crescente falta de
oportunidades de ocupação de qualidade para os diversos segmentos populacionais. A
Agenda do Trabalho Decente representa, em um momento mundial marcado pela
precarização das relações do trabalho e violação de direitos, uma resposta que objetiva, em
última análise, o respeito à dignidade humana e a primazia dos ideais democráticos.
Atualmente, há experiências de Agenda Hemisférica, Agenda Nacional, Agenda Regional,
Agenda Estadual e Agenda Municipal.
Aderir a uma Agenda do Trabalho decente significa reconhecer que o diálogo social entre
governo, trabalhadores e empregadores é parte central desta iniciativa, além de reconhecer
também que trabalho é a estratégia essencial para uma inclusão social realmente
sustentável, com base no entendimento de que somente o trabalho pode garantir a
emancipação de grande parcela da população. Isto mediante condições de trabalho
realmente dignas, que reflitam tanto no aumento do poder aquisitivo do trabalhador, como
também em seu papel político e cidadão, possibilitando-lhe colocar suas posições e
expectativas perante empregadores e governos, isto é, conquistando instâncias de diálogo
social, além do estabelecimento de convivência e de espaços de poder e de participação.
Assim este eixo tem por objetivo a elaboração de um apanhado histórico do cenário
político, econômico e social no qual surgem as primeiras discussões sobre a tipologia do
trabalho decente, bem como as fases em que se tem a evolução do conceito, permitindo a
transformação do fenômeno em categoria analítica. Ademais, por ser um conceito
multifacetado, a análise do trabalho decente constitui um desafio importante para os
diversos governos. Neste sentido, busca-se nesta seção informar como as autoridades
brasileiras responderam aos anseios da OIT para a garantia da promoção de postos de
trabalho de qualidade, mediante as inúmeras experiências de adoção das agendas nacional
e regionais.
Para dimensionar as iniciativas de promoção do trabalho decente, seja com base nos
déficits, seja com base nos avanços e progressos obtidos com ações e políticas que
promovam o trabalho, o grande desafio que se apresenta é a definição de critérios efetivos
para essa finalidade. Há de se reconhecer a dificuldade em alcançar um sistema de
estatísticas que consiga englobar todas as dimensões do trabalho decente. Contudo é
inquestionável a importância de indicadores estatísticos que possam dar conta do cenário
do trabalho decente, avanços e entraves em todos os seus aspectos. Tais informações são
de grande valia para pesquisas, estudos e ainda para a formulação e avaliação de políticas
públicas relacionadas ao trabalho decente. Somente mediante estes esforços para a
delimitação do conceito e mensuração do trabalho decente será possível identificar a
influência das iniciativas de promoção do trabalho decente nas estratégias de
desenvolvimento e na promoção de justiça social com equidade.
Propiciar condições de trabalho decente, que garantam ao trabalhador e a sua família uma
vida digna, é o objetivo que deve pautar as políticas públicas de trabalho e de geração de
emprego e renda. Para além de simplesmente gerar mais e mais empregos, o trabalho
decente é o fim a ser alcançado, como uma opção política dos governantes, pois já não é
mais permitido ao Estado permanecer inerte diante de condições de trabalho aviltantes,
que violam diretamente a dignidade da pessoa humana.
Vale lembrar que serão recebidos artigos que abordem, teórica ou empiricamente, os
temas expostos. Deve-se atentar que, para tanto, além de estarem de acordo com a própria
pauta temática proposta, os artigos, preferencialmente inéditos, deverão respeitar as
normas para publicação indicadas a seguir. Após seu recebimento, os trabalhos serão
submetidos ao exame do Conselho Editorial da Revista. Sendo aceitos, seus autores
receberão gratuitamente dois exemplares da edição que os veiculam.
Normas
1. Artigos
Os artigos devem:
• ser enviados por e-mail, preferencialmente, desde que os arquivos não excedam o
limite de dois megabytes; acima desse limite, em mídia de CD-ROM,
acompanhada de cópia impressa;
• ser apresentados em editor de texto de maior difusão (Word), formatado com
entrelinhas de 1,5, margem esquerda de 3 cm, direita e inferior de 2 cm, superior
de 2,5 cm, fonte Times New Roman, tamanho 12;
• ser assinados por, NO MÁXIMO, três autores;
• incluir, em nota de rodapé, os créditos institucionais do autor, referência a atual
atividade profissional, titulação, endereço para correspondência, telefone, e-mail;
• ter, no mínimo, 15 páginas e, no máximo, 25;
• vir acompanhado de resumo e abstract com, no máximo, 10 linhas, entrelinha
simples, contendo, quando cabível, tema, objetivos, metodologia, principais
resultados e conclusões; abaixo do resumo e do abstract, incluir até cinco palavras-
chave e keywords, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto;
• apresentar padronização de título, de forma a ficar claro o que é TÍTULO e
SUBTÍTULO; o título deve se constituir de palavra, expressão ou frase que
designe o assunto ou conteúdo do texto; o subtítulo, apresentado em seguida ao
título e dele separado por dois pontos, visa esclarecê-lo ou complementá-lo;
• contar com tabelas e demais tipos de ilustrações (desenhos, esquemas, figuras,
fluxogramas, fotos, gráficos, mapas etc.) numeradas consecutivamente com
algarismos arábicos, na ordem em que forem citadas no texto, com os títulos,
legendas e fontes completas, e serem localizadas o mais próximo possível do
trecho a que se referem;
• conter todo e qualquer tipo de ilustração acompanhado dos originais, de forma a
garantir fidelidade e qualidade na reprodução; se as fotografias forem digitalizadas,
devem ser escaneadas em 300 dpis (CMYK), com cor real e salvas com a extensão
TIFF; se forem em preto e branco, devem ser escaneadas em 300 dpis, em tons de
cinza; se for usada máquina digital, deve-se utilizar o mesmo procedimento com
relação a dpi e extensão, de acordo com o item “Ilustrações” do Manual de
Redação e Estilo da SEI, disponibilizado em www.sei.ba.gov.br, no menu
“Publicações”;
• destacar citações diretas que ultrapassem 3 linhas, apresentado-as em outro
parágrafo, com recuo de 4 cm à esquerda, tamanho de fonte 10 e sem aspas (NBR
10520:2002 da ABNT);
• quando da inclusão de depoimentos dos sujeitos, apresentá-los em parágrafo
distinto do texto, entre aspas, com letra e espaçamento igual ao do texto e recuo
esquerdo, de todas as linhas, igual ao do parágrafo;
• evitar as notas, sobretudo extensas, usando-as apenas quando outras considerações
ou explicações forem necessárias ao texto, para não interromper a sequência lógica
da leitura e não cansar o leitor;
• indicar as notas de rodapé por números arábicos, aparecendo, preferencialmente,
de forma integral na mesma página em que forem inseridas;
• conter referências completas e precisas, adotando-se o procedimento informado a
seguir.
2. Referências
No transcorrer do texto, a fonte da citação direta ou da paráfrase deve ser indicada pelo
sobrenome do autor, pela instituição responsável ou, no caso de autoria desconhecida, pela
primeira palavra do título da obra seguida de reticências, ano e página. Quando incluída na
sentença, deve ser grafada em letras maiúsculas e minúsculas e, quando estiver entre
parênteses, deve ter todas as letras maiúsculas. Exemplos:
PARA LIVROS:
BORGES, Jafé; LEMOS, Gláucia. Comércio baiano: depoimentos para sua história.
Salvador: Associação Comercial da Bahia, 2002.
3. Originais