2014/2015
DIREITO FISCAL
Num perodo anterior comisso para a reforma fiscal, de Pitta e Cunha, existiram outras
duas comisses, nomeadamente, a de Medina Carreira, em 1977, cuja concluso foi de
que uma alterao apenas iria criar problemas adicionais, pelo que, se demonstrava
prefervel manter o sistema como o mesmo se apresentava quela data. Por sua vez, a
segunda comisso, nomeada por Sousa Franco, devido ao curto tempo em exerccio, no
produziu quaisquer alteraes relativamente ao objecto em anlise.
Relativamente a esta reforma, uma das problemticas encontra-se relacionada com quais
as entidades que foram atingidas por aquela. Assim, atingidas, por via daquela reforma,
por este imposto, foram as pessoas coletivas. No entanto, como realou o professor,
pessoa colectiva no sinnimo de sociedade, visto que podem existir outros tipos de
pessoas colectivas que no sociedades, como por exemplo, Institutos Pblicos, Fundaes
e Entidades Pblicas Empresariais.
Deste modo, a opo foi que o imposto recasse sobre todos os tipos de pessoas coletivas.
Cabe, assim, realar a existncia da dicotomia dentro das pessoas coletivas, para efeitos
de IRC.
Portanto, no IRC, o legislador consagra o conceito de empresa porque o que faz a base
entre os restantes tipos. Todavia, a dicotomia supra mencionada no seio do IRC, traduz-
se em,
Nestes termos, a apurao do rendimento das pessoas coletivas traduz-se na soma dos
rendimentos que aquelas pessoas coletivas possuem, deduzidos dos gastos.
Logo, RPC = R G
Lucro contabilstico
(resultante de, montante global de ganhos (art.20.) montante global de gastos (art.23.))
+/-
Variaes Patrimoniais
(que podem ser: positivas (art.21.) ou negativas (art.24.))
+/-
Correes (art.23.A)
Lucro Tributvel
+/-
Note-se que, as empresas apenas podem deduzir 75% do seu prejuzo, ainda que tenham
prejuzo de anos anteriores, sendo que, 85% das sociedades em Portugal no possuem
lucro.