Plano de curso:
Objetivo: Desenvolver junto com os alunos uma análise das cartas pastorais,
observando autoria, data, propósito e a relevância do seu conteúdo para os
dias atuais.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
ATIVIDADES AVALIATIVAS
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As Cartas Pastorais, Pr. Antonio Manoel de Araújo CTM, Fevereiro de 2014.
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Cartas pessoais
1 e 2 Timóteo e Tito se consideraram sempre um grupo
separado de Cartas, distintas das outras Epístolas de
Paulo. A razão mais óbvia é que só elas, junto com a
pequena Carta a Filemom, estão dirigidas a pessoas,
enquanto que o resto das Cartas paulinas o estão a Igrejas.
O Cânon Muratoriano, (c. 170 DC) que foi a primeira
preparada oficial dos livros do Novo Testamento, diz que
foram escritas "como expressão do sentimento e afeto
pessoal". São Cartas privadas mais que públicas.
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meio dos seus leitores, sendo assim é possível que Paulo já tivesse
indícios do inícios do surgimento desta heresia)
3) Discrepâncias entre as Pastorais e Atos – presume-se que Paulo
foi condenado à morte no final de sua única prisão em Roma, conforme
registrado em Atos, concluindo-se daí que Paulo não pode ser o autor
das Pastorais.
Quanto a este item William Barclay afirma em seu comentário:
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• Os detalhes biográficos nas cartas não podem ter sido inventados por
outro autor.
• Diferenças existentes na linguagem e no estilo podem ser atribuídas a
ação de redatores diferentes.
• A presença e natureza de opositores, as condições das igrejas e a
teologia apresentadas são comuns às outras cartas de Paulo.
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1. Timóteo
Para Paulo ele era seu “cooperador e filho amado e fiel no Senhor” Rm.
16:21. Timóteo fez parte do grupo de Paulo quando este foi para Jerusalém
em sua ultima viagem (At. 20:4) de onde então seria preso e alguns anos
mais tarde chegaria a Roma como prisioneiro.
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2. Tito
Tito é não-judeu, ou seja, “grego”, (Gl 2.3). Alguns comentaristas
conjeturam que ele nasceu em Antioquia. Como Timóteo, também Tito foi
conduzido até Jesus pela proclamação do apóstolo. Por isso ele o chama de
“autêntico filho” na fé (Tt 1.4; 1Tm 1.2),
Também Tito goza de alta consideração por parte de Paulo (2Co 8.16-
23). Ele já era colaborador do apóstolo antes de Timóteo, acompanhando-o
com Barnabé ao concílio dos apóstolos (Gl 2.1).
Se por um lado Paulo realiza a circuncisão de Timóteo para evitar
escândalo desnecessário (At 16.3), por outro lado o apóstolo se nega
terminantemente a permitir a circuncisão de Tito (Gl 2.3). Isso pode ser devido
a diversas circunstâncias: no caso de Timóteo era uma questão da prática
missionária (1Co 9.20), no caso de Tito estava em jogo uma controvérsia
doutrinária fundamental sobre aquilo que é necessário à salvação e o que não
é.
Tito era um homem de grande autonomia. Paulo posicionava-se diante
dele mais como alguém que pede e menos como alguém que emite
orientações e ordens: “Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a
mesma solicitude por amor de vós, porque atendeu ao nosso pedido (!)… partiu
voluntariamente até vós…” (2Co 8.16s).
Quando Timóteo, sensível e certamente mais jovem, não foi capaz de
cumprir sua incumbência em Corinto, interveio Tito, estável e zeloso. Com
angústia Paulo aguardava o desfecho das negociações, que na seqüência
foram coroadas de pleno êxito (2Co 2.13; 7.6,13s). Os coríntios não receberam
a Tito com desprezo (esse risco existia em relação a Timóteo: 1Co 16.10s),
mas pelo contrário, com temor e tremor! (2Co 7.15). Mas Tito não se mostrou
duro ou autoritário. Seu coração era propício aos coríntios. Somente assim ele
conseguia atuar como mediador e pacificador entre Paulo e a igreja.
Paulo não precisa exortá-lo, como a Timóteo, a ser delicado para com os
idosos (cf. Tt 2.2 com 1Tm 5.1!), nem escrever que, como servo do Senhor,
deve ser magnânimo diante dos hereges. Pelo contrário, cabe a Tito exortar as
igrejas para que usem de mansidão para com todos (cf. 2Tm 2.23s com Tt 3.2).
Tito, mais equilibrado em seu íntimo, com certeza pode se apresentar com
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falsos mestres que estavam em atividade lá. Uma vez que sua volta podia ser
retardada, Paulo escreveu esta carta, para ajudar Timóteo em seu ministério (I
Tm. 3:14,15).
De maneira semelhante, Paulo estivera em Creta e, ao partir, deixou Tito
para cuidar da organização da igreja (Tt. 1:5). Paulo estava, provavelmente, na
Macedônia ou em Acaia e queria que Tito se encontrasse com ele em
Nicópolis, onde Paulo planejava passar o inverno (Tt. 3:12).
De II Timóteo fica-se sabendo que Paulo era um prisioneiro (II Tm. 1:8,
16,17; 2:9). Ele já havia estado perante o tribunal uma vez (II Tm. 4:11,16, 21)
e estava aguardando outro julgamento. Ele tinha pouca esperança de ser solto
(II Tm. 4:6). Somente Lucas ainda estava com ele (II Tm. 4:11), Tito tendo sido
enviado à Dalmácia (II Tm. 4:10) e Tíquico a Éfeso (II Tm. 4:12); Demas havia
abandonado Paulo e retornara a Tessalônica (II Tm. 4:10).
Esta, então, é a informação colhida das três cartas. A ordem dos
eventos de I Timóteo e Tito é difícil traçar; a de II Timóteo lógica mente seguiria
as outras duas. Mas, onde, na vida e ministério de Paulo estes eventos podem
ser colocados? É esta pergunta que levou ao questionamento da autenticidade
destas epístolas.
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Introdução
Timóteo era da cidade de Listra. Sua mãe era uma mulher judia que
tinha aceitado a fé cristã, e o seu pai era grego, isto é, pagão (At 16.1-3).
Timóteo veio a ser o colega e companheiro de trabalho mais chegado de Paulo
(Rm 16.21; 2Co 1.1; Fp 1.1; 2.19; Cl 1.1; 1Ts 1.1; 3.2; 5.6; 2Ts 1.1; Fm 1; ver
também Hb 13.23).
1. Conteúdo
Como de costume, a carta começa com uma saudação a Timóteo e uma
oração a seu favor (1.1-2). Em seguida, Paulo critica severamente os falsos
mestres, que estão espalhando ensinamentos errados (1.3-11); ele volta a falar
sobre isso em 4.1-5; 6.10
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Paulo termina a carta com conselhos finais para Timóteo (6.11-21 a): a sua
vida de cristão (6.11), a sua conduta como pastor (6.14) e o seu dever de
guardar e transmitir os ensinamentos que ele tinha recebido (6.20).
A saudação final (6.21 b) se dirige não somente a Timóteo como também aos
outros cristãos de Éfeso.
2. Mensagem
2.1. O perigo de doutrinas falsas A carta é escrita num tempo em que doutrinas
falsas ameaçavam a verdade do evangelho, um perigo que os cristãos de
todos os tempos e lugares enfrentam. O verdadeiro ensinamento se encontra
no evangelho, na boa notícia que vem de Deus (1.10-11).
2.3. O perigo de riquezas Como Jesus havia ensinado (Mt 6.19-21; 13.22; Lc
12.13-21), Paulo também fala sobre o perigo de riquezas materiais, que trazem
a morte (6.5-10,17). O cristão deve buscar a verdadeira riqueza, a riqueza
espiritual que consiste em servir a Deus e ajudar os outros (6.18-19).
3.2. A carta não diz onde Paulo estava quando a escreveu. Diz somente que
Timóteo estava em Éfeso (1.3).
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5. Esquema do conteúdo
Introdução 1.1-2
Falsas doutrinas 1.3-11
Gratidão pela misericórdia de Deus 1.12-20
A fé e a vida cristã 2.1—6.10
1. A oração 2.1-8
2. A mulher cristã 2.9-15
3. Os líderes da Igreja 3.1-13
4. A grande verdade revelada da religião cristã 3.14-16
5. Os falsos mestres 4.1-5
6. O bom servo de Cristo Jesus 4.6-16
7. Como tratar os que creem 5.1—6.2a
8. Os falsos ensinamentos e a verdadeira riqueza 6.2b-10
Conselhos finais 6.11-21a
Bênção 6.21b
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Introdução
A Segunda Carta de Paulo a Timóteo trata principalmente das
responsabilidades e dos deveres de Timóteo. O apóstolo sente que a sua vida
está chegando ao fim; por isso, com carinho e dedicação, ele dá conselhos a
Timóteo, seu amigo e companheiro de trabalho, para que seja forte na fé e
continue sendo um fiel soldado de Jesus Cristo. Ainda mais: que “cumpra bem
o seu dever de servo de Deus” (4.5). O apóstolo fala sobre a sua própria
maneira de viver, sua fé, seu amor e sua firmeza, que devem ser imitados pelo
seu jovem companheiro de trabalho (3.10-11). Cheio de coragem e confiança,
o apóstolo resume a sua vida e a sua esperança de servo de Deus, afirmando
o seguinte: “Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé.
E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive
uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia”
(4.7-8).
1. Conteúdo
A carta começa com uma saudação a Timóteo e uma oração a seu favor (1.1-
2). Paulo dedica a maior parte da carta (1.3—2.6; 3.10—4.8) a conselhos sobre
os deveres de Timóteo como pastor e mestre da igreja. O apóstolo cita o seu
próprio exemplo como fiel servo de Jesus Cristo (1.11-14; 3.10) e previne
Timóteo de que ele irá sofrer perseguições, como sofrem todos os que
procuram seguir Jesus Cristo (1.8-9; 3.12). Que Timóteo não perca tempo em
discussões tolas e inúteis com mestres falsos, que estão ensinando doutrinas
erradas (2.14-19,23-26; 4.3-4). Nos últimos dias, aparecerão pessoas
descrentes e falsas dizendo que são cristãos, quando, de fato, não são (3.1-9).
Que Timóteo não tenha nada a ver com essas pessoas!
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2. Mensagem
2.1. Falsas doutrinas e ensinamentos verdadeiros Doutrinas falsas ameaçam a
verdade do evangelho, e Paulo ordena a Timóteo (4.1) que faça todo o possível
para combater e derrotar essas doutrinas ensinando e pregando a verdade do
evangelho (2.14-19; 3.1-9; 4.1-4), os ensinamentos verdadeiros que Paulo
tinha dado a Timóteo (1.13-14; 2.2,11,16; 4.3).
2.2. União com Cristo Jesus Se bem que conduta santa e doutrinas
verdadeiras sejam características importantes da vida cristã, é a união íntima e
permanente com Cristo Jesus que define o que significa ser cristão (1.1,13; 2.1;
3.12).
2.3. Últimas palavras Paulo tem a certeza de que irá morrer em breve; portanto,
as suas palavras são de grande importância. Aqui, estão as suas palavras
finais, cheias de confiança e fé: “O Senhor me livrará de todo mal e me levará
em segurança para o seu Reino celestial. A ele seja dada a glória para todo o
sempre! Amém!” (4.18).
3.2. Paulo estava na cadeia, em Roma, quando escreveu esta carta (1.8,16-17;
2.9).
4. Esquema do conteúdo
Introdução 1.1-2
A serviço do evangelho 1.3—2.26
1. Ação de graças e conselhos 1.3-18
2. Firmeza e fidelidade no serviço de Deus2.1-13
3. Um trabalhador aprovado 2.14-26
Os últimos dias 3.1-9
Avisos e conselhos 3.10—4.8
Assuntos pessoais 4.9-18
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Introdução
Tito, um não judeu que havia se tornado cristão, foi um dos companheiros de
trabalho e auxiliares do apóstolo Paulo no seu trabalho missionário (Gl 2.1-3;
2Co 7.6-16; 8.6,16-17,23; 2Tm 4.10). Paulo o havia deixado na ilha de Creta a
fim de que ele organizasse e dirigisse as igrejas dali (Tt 1.5). Na Carta a Tito o
apóstolo trata dos deveres e da maneira de agir dos dirigentes das igrejas; fala
também sobre as responsabilidades do próprio Tito no seu relacionamento com
os vários grupos de pessoas das igrejas. O apóstolo recomenda que Tito use a
sua autoridade para o bem do povo de Deus e que a sua maneira de agir seja
tão correta, que sirva de exemplo para todos (2.7). Diz que a vida cristã se
torna possível por causa da bondade e do amor de Deus, o qual “derramou
com generosidade o seu Espírito Santo sobre nós, por meio de Jesus Cristo, o
nosso Salvador” (3.6).
1. Conteúdo
Depois da saudação (1.1-4), Paulo trata de três assuntos importantes: 1) o
caráter e as responsabilidades dos líderes das igrejas (1.5-16); 2) os conselhos
que Tito, de acordo com a doutrina verdadeira do evangelho (2.1), deve dar
aos vários grupos da igreja (2.2-10); 3) como os cristãos devem se comportar
no meio de um povo pagão e imoral (3.1-11).
2. Mensagem
2.1. Conduta cristã Em todos os tempos e em todos os lugares, os cristãos têm
o dever de viver uma vida que não leva vergonha à religião cristã (2.2-10; 3.1-
2). E os líderes da Igreja têm uma responsabilidade toda especial de se
comportarem de um modo digno do evangelho (1.5-9).
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2.2. Doutrina cristã Doutrinas falsas são um perigo para a religião cristã, e os
líderes da Igreja têm a responsabilidade de ensinar os ensinamentos
verdadeiros do evangelho (1.9-16; 2.1; 3.8-9). E, se alguém insistir em criar
divisões com suas doutrinas falsas, essa pessoa deve ser expulsa da
comunidade cristã (3.10-11).
2.3. Certeza cristã A nossa certeza de que somos salvos não se baseia nos
nossos próprios esforços, mas unicamente na graça de Deus, o qual nos
salvou não porque tivéssemos feito qualquer coisa boa, mas porque teve
compaixão de nós (3.4-7).
3.2. Paulo não diz exatamente onde estava quando escreveu a carta (ver 3.15,
n.). Ele não está na cadeia e menciona planos de ir a Nicópolis (ver 3.12, n.),
onde resolveu passar o inverno.
4. Esquema do conteúdo
Introdução 1.1-4
Fé e vida na Igreja 1.5—3.11
1. Os líderes da Igreja 1.5-16
2. A doutrina verdadeira 2.1-15
3. A conduta cristã 3.1-11
Conselhos finais 3.12-14
Saudações finais e bênção 3.15
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Resposta: O Senhor foi bem claro em Sua Palavra sobre como Ele deseja que
Sua igreja na terra seja organizada e administrada. Primeiro, Cristo é o cabeça
da igreja e sua suprema autoridade (Efésios 1:22, 4:15; Colossenses 1:18).
Segundo, a igreja local é para ser autônoma, livre de qualquer autoridade ou
controle externos, com o direito de se auto-governar e deve possuir liberdade
da interferência de qualquer forma de hierarquia de indivíduos ou organizações
(Tito 1:5). Terceiro, a igreja é para ser governada por uma liderança espiritual
que consiste de duas ocupações principais – anciãos e diáconos.
O Novo Testamento se refere várias vezes aos presbíteros que serviam como
líderes da igreja (Atos 14:23; 15:2; 20:17; Tito 1:5; Tiago 5:14) e aparentemente
cada igreja tinha mais de um, já que a palavra é geralmente encontrada no
plural. As únicas exceções se referem a casos onde um um presbítero está
sendo destacado por algum motivo (1 Timóteo 5:1; 1 Timóteo 5:19). Na igreja
de Jerusalém, eles faziam parte da liderança junto com os apóstolos (Atos
15:2-16:4).
Zodhiades, no seu livro The Complete Word Study Dictionary: New Testament,
define esse grupo de presbíteros da seguinte forma: “Os anciãos das igrejas
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Há duas passagens que ligam os três termos e aparentam indicar que os três
termos se referem ao mesmo cargo. Como indicado acima, diáconos são um
grupo separado de servos da igreja e têm uma lista de qualificações que é bem
parecida à lista dos bispos (1 Timóteo 3:8-13). Eles ajudam a igreja conforme
necessário, como vemos em Atos 6.
De acordo com as passagens acima, aparenta ser o caso que sempre existia
uma pluralidade de presbíteros, mas isso não nega o fato de que Deus pode
escolher dar a certos presbíteros o dom de ensinar enquanto que a outros o
dom de administração, etc. (Romanos 12:3-8; Efésios 4:11); nem nega a Sua
chamada desses homens ao ministério no qual eles vão usar esses dons (Atos
13:1). Dessa forma, um ancião pode surgir como o “pastor”, enquanto que
algum outro pode fazer a maioria das visitas aos membros por ter o dom de
compaixão, e algum outro pode “reinar” no sentido de cuidar de detalhes de
organização, etc. Muitas igrejas que são organizadas com uma comissão de
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acreditam que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos pecados,
não tem valor algum porque a vida verdadeira existe no reino espiritual apenas.
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2. O EBIONISMO
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HERESIAS PRIMITIVAS
http://www.icp.com.br/51materia3.asp
“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará fazer; nada há,
pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é
novo? Não! Já foi nos séculos antes de nós” (Ec 1.10)
Você sabia que o batismo pelos mortos foi uma heresia apregoada cerca de
1600 anos antes da “revelação” atribuída pelos mórmons a Joseph Smith Jr.?
Esse é apenas um dos muitos desvios doutrinários que atravessaram séculos e
foram incorporados pelas seitas pseudocristãs.
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Influente líder cristão, suas idéias o conduziram à exclusão, em 144 d.C. Então,
formou uma escola gnóstica. Tendo uma mente prolífera, desenvolveu muitas
idéias, as quais foram lançadas em uma obra apologética alvo de combate de
apologistas, especialmente Tertuliano e Epifânio.
Procurou ter uma perspectiva paulina, contudo, incluiu muitas idéias próprias e
conjecturas sem respaldo bíblico. Era convicto de uma missão pessoal:
restaurar o puro evangelho. Antes, rejeitou o Antigo Testamento por achá-lo
inútil e ultrapassado, além de afirmar que foi produzido por um deus inferior ao
Deus do evangelho. Para Márcion, o cristianismo era totalmente independente
do judaísmo; era uma nova revelação. Segundo ele, Cristo pegou o deus do
Antigo Testamento de surpresa e este teve de entregar as chaves do inferno
Àquele. Além disso, Cristo não era Deus, apenas uma emanação do filho de
Deus. O único apóstolo fiel ao evangelho, segundo Márcion, fora Paulo, em
detrimento dos demais apóstolos e evangelistas. Conseqüentemente, a Igreja
primitiva havia desviado e, por isso, necessitava de uma restauração. Ainda
segundo ele, o homem devia levar uma vida asceta, o casamento, embora
legal, era aviltador.
Gnosticismo
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Ascetismo
O ascetismo foi amplamente aceito nas religiões antigas e ainda hoje é uma
filosofia proeminente, sobretudo nas seitas e religiões orientais. Platão
idealizou-o. As seitas judaicas, como os essênios, praticavam-no
fervorosamente e o cristianismo institucionalizou-o, com o desenvolvimento de
várias ordens monásticas. O gnosticismo foi o maior defensor dessa filosofia
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rituais. Em 243 d.C., o profeta Mani teve seus ensinamentos reconhecidos por
Ardashir, rei sassânida (Índia). Então, a nova fé teve o seu “pentecostes”,
analogia traçada pelos maniqueístas.
Ário (256-336)
Presbítero de Alexandria entre o fim do terceiro século e o início do quarto
depois de Cristo. Foi excluído em 313, quando diácono, por apoiar, com suas
atitudes, o cisma da Igreja no Egito. Após a morte do patriarca da Igreja em
Alexandria, foi recebido novamente como diácono. Depois, nomeado
presbítero, quando então começou a ensinar que Jesus Cristo era um ser
criado, sem nenhum dos atributos incomunicáveis de Deus, por exemplo,
eternidade, onisciência, onipotência etc, pelo que foi censurado, em 318, e
excluído, em 321. Mas, infelizmente, sua influência já havia sido propagada e
diversos bispos da Igreja no Oriente aceitaram o novo ensino.
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A base de seu ensino era estabelecer a razão natural como meios de entender
a relação entre Deus e Cristo. Haveria uma só Pessoa na divindade. O logos
não foi apenas gerado, mas literalmente criado. Seria tão-somente um
intermediário entre Deus e os homens e, devido à sua elevada posição,
receberia adoração e glória.
Apolinário (310-390)
Foi bispo de Laodicéia da Síria no final do quarto século. Cooperou na
reprodução das Escrituras. Fez oposição à afirmação de Ário quanto à criação
e à mutabilidade de Cristo.
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Apolinário formou um grupo de discípulos que manteve seus ensinos. Mas não
demorou muito e o movimento se desfez.
Nestório (375-451)
Patriarca da Igreja em Constantinopla na metade do quinto século depois de
Cristo. Seu objetivo de expurgar as heresias na região de seu controle
encontrou problemas quando expressou sua cristologia. Encontrava-se em seu
tempo idéias divergentes sobre a natureza de Cristo. Alguns, aparentemente,
negavam a existência de duas naturezas em Cristo, postulando uma única
natureza. Outros, como Teodoro de Mopsuéstia, afirmavam que o
entendimento deveria partir da completa humanidade de Cristo. Teodoro
negava a residência essencial do logos em Cristo, concedendo somente a
residência moral. Essa posição realmente substituía a encarnação pela
residência moral do logos no homem Jesus. Contudo, Teodoro declinava das
implicações de seu ensino que, inevitavelmente, levaria à dupla personalidade
em Cristo, duas pessoas entre as quais haveria uma união moral. Nestório foi
fortemente influenciado pelo seu mestre, Teodoro de Mopsuéstia.
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vinte e cinco arcebispos e cerca de duzentos bispos. Nos séculos doze e treze,
formou-se a Igreja Nestoriana Unida e, atualmente, seus membros são
conhecidos como Caldeus Uniatos. Na Índia, são conhecidos como cristãos de
São Tomé. Hoje, esse movimento está em declínio.
Pelágio (360-420)
Teólogo britânico. Teve uma vida piedosa e exemplar. Baseado exatamente
nessa questão, desenvolveu conceitos sobre a hamartiologia (doutrina que
estuda o pecado). Sofreu resistência e, finalmente, foi excluído por diversos
sínodos (Mileve e Catargo), sendo, ainda, condenado no Concílio de Éfeso, em
431 d.C.
Seus ensinos afirmavam que o homem poderia viver isento do pecado. Que o
homem fora criado a imagem de Deus e, apesar da queda, essa imagem é real
e viva. Do contrário, o homem não seria aquele homem criado por Deus. No
pelagianismo a morte é uma companheira do homem, querendo dizer que,
pecando ou não, Adão finalmente morreria, ainda que não pecasse. O ideal do
homem é viver obedecendo.
Eutíquio (410-470)
Viveu em um mosteiro fora de Constantinopla durante a primeira metade do
quinto século. Discípulo de Cirilo de Alexandria, teve grande influência e
chefiava mosteiros na Igreja oriental. Oponente do nestorianismo, afirmava
que, por ocasião da encarnação, a natureza humana de Cristo foi totalmente
absorvida pela natureza divina.
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