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CIRROSE HEPÁTICA – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO

A cirrose hepática pode surgir em qualquer situação na qual haja agressão prolongada ao
fígado.
Autor Dr. Pedro Pinheiro Atualizado em 14 nov, 2017
A cirrose hepática é o resultado final de anos de agressões ao fígado, o que provoca
a substituição do tecido hepático normal por nódulos e tecido fibroso. No fundo, a cirrose
nada mais é do que a cicatrização do fígado. Onde deveria haver tecido funcionante, há
apenas fibrose (cicatriz).

Neste artigo vamos explicar quais são as principais causas da cirrose e quais são os sintomas
mais comuns.

O QUE É A CIRROSE HEPÁTICA?


O fígado é um órgão grande, que pesa cerca de 1,5 quilo, e está localizado na parte superior
direita do abdômen, por baixo das costelas. O fígado executa muitas funções que são
essenciais à vida, tais como produção de proteínas, metabolização de toxinas,
armazenamento de glicose, produção de colesterol, produção de bile, síntese de fatores da
coagulação, armazenamento de ferro e vitaminas, etc.

O fígado é capaz de reparar-se quando agredido. No entanto, se a agressão ocorrer de forma


persistente ao longo de vários anos, o processo de reparação passa a envolver a criação de
tecido cicatricial em vez de tecido com células hepáticas capazes de executar suas funções.
Assim, situações nas quais há contínua agressão do fígado, como ocorre, por exemplo, com o
consumo crônico e abusivo de álcool, podem causar cicatrizes em áreas significativas no
fígado, processo no qual damos o nome de cirrose.

Como era de se esperar, quanto mais extensa for a cirrose hepática, menor é o número de
células hepáticas funcionantes e, portanto, maior é o grau de insuficiência hepática. Em
última análise, a cirrose é um estado de falência do fígado, um órgão nobre sem o qual não
conseguimos sobreviver.
QUAIS SÃO AS CAUSAS DE CIRROSE?
A cirrose pode surgir em qualquer situação na qual haja agressão prolongada ao fígado. O
consumo excessivo de álcool e as hepatites virais crônicas são as principais causas, mas não
as únicas.

A seguir, vamos falar resumidamente das principais causas de cirrose hepática.

a) Cirrose alcoólica

A cirrose alcoólica é uma causa comum e prevenível de cirrose. O consumo diário e


prolongado de álcool pode levar ao desenvolvimento de lesões permanentes no fígado.

O consumo diário de cerca 3 copos de cerveja ou 2 taças de vinho já é um volume suficiente


para causar lesão do fígado, principalmente nas mulheres, que são mais susceptíveis às
lesões hepáticas do álcool.

O consumo regular de álcool leva à esteatose hepática, também conhecido como fígado
gorduroso, que pode evoluir para hepatite alcoólica e, por fim, para cirrose e falência
hepática.

Para saber mais sobre os perigos do álcool, leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO.

b) Hepatites virais

As hepatites virais crônicas, principalmente as hepatites B e C, são causas comuns de lesão


do fígado, que podem levar à cirrose após anos de doença ativa. Muitas vezes, o paciente
nem sequer desconfia ser portador de um desses vírus, só vindo a descobrindo muitos anos
depois, quando os sintomas da cirrose começam a se manifestar.

Explicamos com detalhes as hepatites B e C nos seguintes artigos:

– HEPATITE B – Sintomas, Transmissão e Vacina.


– HEPATITE C – Sintomas e Tratamento.

c) Hepatite autoimune

A hepatite autoimune é uma forma de lesão do fígado na qual o nosso organismo começa a
produzir de forma inapropriada anticorpos contra as células próprio fígado, como se este
fosse um ser invasor, um corpo estranho que não nos pertencesse.

Explicamos o conceito de doença autoimune no seguinte artigo: DOENÇA AUTOIMUNE –


Causas e Sintomas.

d) Esteatose hepática não alcoólica

O consumo excessivo de álcool é uma das causas mais comuns de esteatose hepática, mas
não é a única. Obesidade, diabetes, desnutrição e alguns medicamentos podem também
provocar esteatose, que em graus mais avançados pode evoluir para esteato-hepatite e,
posteriormente, para cirrose.
Explicamos a esteatose hepática no seguinte artigo: GORDURA NO FÍGADO – Esteatose
Hepática.

e) Cirrose biliar primária

A cirrose biliar primária, que também é doença de origem autoimune, é uma forma de lesão
do fígado na qual o processo inicia-se pela destruição das vias biliares.

f) Outras doenças que podem provocar cirrose

 Hemocromatose.
 Doença de Wilson.
 Deficiência de alfa 1 antitripsina.
 Fibrose cística.
 Colangite esclerosante primária.
 Hepatite por drogas ou medicamentos.

SINTOMAS DA CIRROSE
Para um melhor entendimento, podemos dividir os sintomas da cirrose entre aqueles
causados pela insuficiência hepática e aqueles causados pela hipertensão portal.

O que é a hipertensão portal?

Todo o sangue que vem do sistema digestivo (estômago, intestinos, pâncreas…) e do baço
passa obrigatoriamente pelo fígado antes de seguir para o resto do corpo. Todas as veias
destes órgãos desembocam em uma única grande veia do fígado, chamada sistema porta ou
veia porta.

A existência do sistema porta garante que todas as substâncias absorvidas pelo trato
gastrointestinal passem primeiro pelo fígado antes de caírem na circulação sistêmica. Isso
significa que todas as substâncias que são digeridas e absorvidas pelo sistema digestivo
são levadas ao fígado para serem metabolizadas antes de seguir para o resto do corpo.
O paciente cirrótico possuiu um fígado cheio de fibrose, o que pode provocar a obstrução
da chegada do sangue ao fígado pelo sistema porta. Quanto mais extensa for a cirrose, maior
costuma ser a obstrução ao sangue que chega pela veia porta. Quando o sangue vindo dos
órgãos abdominais encontra uma obstrução ao seu fluxo, a pressão na veia porta aumenta,
dando início a um processo chamado hipertensão portal.

SINTOMAS DA CIRROSE CAUSADOS PELA HIPERTENSÃO PORTAL


a) Circulação colateral

Sempre que o fluxo de sangue encontra uma obstrução, ele precisa arranjar uma maneira
alternativa de continuar a fluir. Se à frente há uma obstrução, a única forma de é retornar e
procurar por outras veias.

A veia porta é bem calibrosa e suporta grandes fluxos de sangue. O mesmo não acontece
com as veias do resto do sistema digestivo. Quando o sangue que deveria ser drenado pela
veia porta começa a retornar em grande quantidade por veias colaterais, estas dilatam-se,
formando varizes.

O paciente com cirrose habitualmente tem as veias abdominais bem nítidas, pois elas passam
a receber grandes volumes de sangue vindos da veia porta obstruída. Mas essas veias
dilatadas não surgem só nos vasos mais superficiais à pele, elas também surgem nos órgãos,
principalmente no estômago, intestino e esôfago, o que leva à formação de varizes nesses
órgãos.

b) Hemorragia digestiva

A presença de varizes no estômago e no esôfago é um fator de risco para hemorragias. Os


vasos sanguíneos desses órgãos não estão preparados para receber tamanho fluxo e pressão
sanguínea, e podem romper-se espontaneamente.

As hemorragias digestivas das varizes de esôfago costumam ser dramáticas, com perdas
maciças de sangue através de vômitos. O paciente vomita sangue vivo e em grande volume.

c) Esplenomegalia (aumento do baço)

O aumento da pressão de sangue dentro do baço leva ao aumento do seu tamanho, tornado-
o facilmente palpável ao exame físico. Chamamos este aumento do baço de esplenomegalia.
Muitas vezes, a suspeita de cirrose surge quando ao exame físico detectamos um baço
aumentado de tamanho.

d) Anemia, plaquetopenia (plaquetas baixas) e leucopenia (leucócitos baixos)

O baço tem como uma de suas funções eliminar as células do sangue que já estão velhas.
Cada vez que o sangue passa pelo baço, milhares de células são removidas para que haja
espaço para a chegada de novas hemácias, plaquetas e leucócitos recém-produzidos. Na
hipertensão portal, o sangue que deveria sair do baço para o fígado, fica congestionado e
permanece mais tempo dentro do próprio baço, que acaba por eliminar mais células
sanguíneas do que seria necessário.
Este fenômeno é chamado de hiperesplenismo (espleno = baço), que significa um
funcionamento exagerado do baço. Portanto, o paciente com cirrose e hiperesplenismo
podem apresentar ao hemograma anemia e uma baixa contagem de leucócitos e/ou plaquetas
(leia: HEMOGRAMA – Entenda os seus resultados).

e) Ascite

Ascite é o acumulo de água dentro da cavidade abdominal. A ascite na cirrose é causada pela
hipertensão porta e pela diminuição da concentração de albumina no sangue (falaremos da
albumina mais à frente). Na cirrose, pode haver acúmulo de mais de 10 litros de líquido
ascítico dentro da cavidade peritonial, o que faz com que o paciente fique com um abdômen
muito volumoso.

Uma das complicações da ascite é a peritonite, que ocorre quando o líquido dentro da barriga
fica infectado por bactérias vindas dos intestinos. A peritonite é uma situação grave, que se
não for identificada e tratada a tempo pode evoluir com sepse (leia: O QUE É SEPSE?).

Além do acúmulo de líquido dentro do abdômen, o paciente cirrótico pode apresentar


também retenção de líquidos nas pernas e nos pulmões.

Para saber mais sobre a ascite, leia: ASCITE – Causas e Tratamento.

SINTOMAS DA CIRROSE CAUSADOS PELA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA


a) Encefalopatia hepática

O fígado é o órgão responsável pela metabolização de inúmeras substâncias tóxicas. Quando


este para de funcionar, o acúmulo de toxinas leva a alterações no sistema nervoso, que
variam desde pequenas alterações mentais, até sonolência, desorientação ou coma, nos casos
mais avançados.

b) Icterícia

O fígado cirrótico não consegue eliminar a bilirrubina produzida, que passa a se acumular na
corrente sanguínea. O excesso de bilirrubina deposita-se na pele, deixando o paciente com a
pele e os olhos com uma coloração amarelada. Esse fenômeno chama-se icterícia.

Além da pele amarelada, a icterícia da cirrose também costuma causar urina escura e fezes
claras.
A urina escura ocorre porque o excesso de bilirrubina no sangue é filtrado pelos rins, o que
deixa a urina com uma coloração semelhante ao do mate ou da Coca-Cola (leia: URINA
COLORIDA ( VERDE, ROXA, LARANJA, AZUL…)).

Em pessoas saudáveis, a cor escura das fezes se dá pela presença de bilirrubina. Como na
cirrose a drenagem da bilirrubina para o intestino encontra-se afetada, as fazes começam a
sair cada vez mais claras, podendo ficar quase brancas.

Para saber mais sobre a icterícia, leia: ICTERÍCIA – Causas e Sintomas.

c) Falta de proteínas

O fígado é responsável pela produção de várias proteínas, entre elas a albumina. A falta de
albumina provoca desnutrição e é dos fatores que leva à formação dos edemas e da ascite.

Outra proteína produzida no fígado é a vitamina K, que está relacionada à coagulação do


sangue. Doentes com cirrose avançada apresentam distúrbios da coagulação e maior
facilidade de terem sangramentos.

Os quadros de hemorragia digestiva provocados por rotura de varizes de esôfago costumam


ser graves, pois o pacientes além de perder grande volume de sangue, ainda tem dificuldade
de estancar o sangramento, já que, além da baixa de plaquetas, ele também apresenta
deficiência dos fatores de coagulação.

d) Ginecomastia (leia: GINECOMASTIA MASCULINA (mama masculina))

O mau funcionamento do fígado também altera o balanço dos hormônios sexuais. O aumento
do estrogênio leva ao aparecimento de mamas e perda de pêlos corporais nos pacientes
masculinos.

e) Outros sintomas

Ainda existem vários outros sinais e sintomas relacionados à cirrose, entre eles:

• Câimbras (leia: TUDO SOBRE CÂIMBRAS).

• Síndrome hepato-renal: insuficiência renal aguda que ocorre na cirrose avançada e


geralmente indica um caso terminal. O paciente que desenvolve síndrome hepato-renal tem
uma sobrevida muito curta e o único tratamento é o transplante hepático.

• Eritema palmar: palmas das mãos avermelhadas.

• Baqueteamento digital: unhas mais anguladas, dando o aspecto de baquetas aos dedos.
• Nefropatia por IgA: alguns pacientes com cirrose podem apresentar uma doença renal
causada pelo acúmulo de anticorpos nos rins (leia: DOENÇA DE BERGER | NEFROPATIA
POR IgA | Tratamento e sintomas).

• Câncer do fígado: pacientes com cirrose estão sob maior risco de desenvolver câncer
hepático, principalmente se a cirrose tiver sido provocada por álcool ou hepatite viral.

A cirrose em fases iniciais pode ser assintomática. Nas fases finais, a maioria dos sinais e
sintomas descritos acima estão presentes.

GRAVIDADE DA CIRROSE
A gravidade da cirrose é normalmente descrita pela escala de Child-Pugh, que é baseada em
parâmetros clínicos e laboratoriais.

De acordo com esses resultados, os pacientes são classificados em 3 classes: A,B e C, sendo
esta última a mais grave. Pacientes classificados como Child C tem uma taxa de mortalidade
acima de 60% nos próximos 2 anos.

Existe também a classificação MELD, baseada na gravidade das análises de sangue.

Tanto o Child quanto o MELD são modos de padronizar a gravidade da cirrose, servindo
também como base para a lista de transplante hepático, que é, até o momento, o único
tratamento efetivo para a cirrose.

TRATAMENTO DA CIRROSE
O único tratamento efetivo da cirrose é o transplante hepático, que só está indicado em
casos selecionados.

Enquanto o paciente aguarda o transplante, o tratamento é feito de forma a controlar os


sintomas e complicações. Exemplos: para a ascite e os edemas, diuréticos como
espironolactona e furosemida podem ser utilizados. Para as varizes de esôfago, o tratamento
é feito através da endoscopia digestiva. Laxantes, como a lactulose, ajudam a controlar a
encefalopatia hepática.

É importante que o paciente evite o consumo de álcool e outros fármacos nefrotóxicos.

Fonte: https://www.mdsaude.com/2009/07/cirrose-hepatica.html - 05/12/2017 as 22:42 hs


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