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Weatherhead School of Management ‘Case Western Reserve University Gerenciamente da Gadeia de Suprimentes Planejamento, Orga agdo e Logistica Empresarial 43 Edigado ‘Traduca: lias Peceira Professor da CPPG-UniFMU, CEAP-FECAP. FCA-ESAN, UNIBAN, FIG FIC “Mestado em Contoladoria @ Comabiidede, Adninisrago: Fiangas¢ Mackeing Consultoria, supervisio e revisio téeniea desta edisio: Rogério Bafoias Meat em Engeohnia da Produgto pela UFRGS Professor ds Fulda de Adminiscugdo da Unsizas Reimpressio 2004 ‘Obra originalmente puidlicada s0m o titulo Business Logistics Management, 42 ‘© 1999 Prentice Hall, Ine, Pblieado em lingua pertuguess conforme acordo firmado com Prentice Hall, Ine, uma empresa Pearson Education ISBN 0-13-795659-2 (Copa: Jonguim da Fonseca Preparaglo do original: Denise Weber Nowaczyk Supervisto editorial: Arysinha Jacques Affonso Eeditoraglo eletsGnica: Laser House ~m.g.of Reservados todos os direitos de publicagio, em lingua portuguesa, ‘ARTMED® EDITORA S.A. (BOOKMAN® COMPANHIA EDITORA é uma divisio da ARTMED® EDITORA S.A.) Ay. Jeronimo de Omelas, 670— Santana 0040-240 ~ Porto Alegre RS Fone: (51) 3330-3444 Fax: (51) 3330-2378 1 proibida «duplicagia ou reprodugio deste volume, no todo ou em pars, 0b quaaquer formas ou por quaisquer meios (eleirnico, mecinico, gravacdo, fotocépia, distribuigio na ‘Web © outros), sem perrnissie expresse da Editors, ‘SAO PAULO ‘Av, Rebougas, 1.073 ~ Jardins (05401-180 - Sto Paulo SP Fone: (11) 3062-3757 Fax: (11) 3062-2487 SAC 0800 703-3464 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Aos profissionais de logistica: Tenho ouvido dizer a teu respeito... que a luz 2 0 entendimento e a excelente sabedoria se acham em ti... tenho ouvido dizer que podes dar interpretagées ¢ resolver problemas... tu serds vestido de Purpura e terds uma corrente de ouro go pescogo. Dante $:14— 16 O Vrtuo Testamen7o Apresentacao a edigéo brasileira ¢, hi algum tempo, esperada polos profissionais: que atuam em logistica no Brasil. Os conceitos de logfstica empresarial - que alguns preferem chamar de logistica integrada ~ j4 sio divulgados ha quase uma dé- ‘cada em nosso pafs. Entretanto, sua aplicagso é extrema mente limitada, E interessante perceber que a aplicacdo de conceitos sem que estejam disponivets as ferramentas especificas ou 0 uso de ferramentas sem 0 entendimento conceitual das questBes da logistica tende a conduzir,respectivamente 0 conhecimento estéril ou a tentativas infrutfferas de re- solver problemas dessa drea. Talvez. ai possa ser encon- trada uma explicagao abjetiva para a baixa difusio dos conceitos ¢ a aplicagto pritica da logistica empresarial ‘em nossa realidade. Obviamente, mais complicada ainda, fica a possibilidade de utilizac#o dos conceitos bésicos relacionados como gerenciomento da cadeia de suprimen- tos (supply chain management). Dentro deste contexto geral, a publicagto do livro Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Plangjamen- to, Organizacio e Logistiea Empresarial, quatia ediio, 6 muito relevante na medida em que explica os t5picos relacionados ao gerenciemento da cadeia de suprimentos 28 logistica valendo-se do exemplas, exereicios @estudos 4e-caso distribuidos convenientemente a0 longo do texto. ‘Alem disso, alguns exercicios podem ser resolvidos atra~ vvés de programas de computador presentes 0 CD-ROM que acompanha a obra. Desse modo, os conhecimentos podem ser experimentados ¢ simulados pelos estudantes ¢ profissionais que atuam ou pretendom atuar neste im- pportante ramo de atividade, O profissional de logistica — professor ou executive — pode encontrar nestes progra- tas a soluedo de problemas de previsdo de demanda, di- mensionamento de estoques, localizagto de armazéns ¢ roteirizagdo da frota, Coerentemente com uma das reatidades mais impor- tantes associadas com a logistics empresariel — que nfo se pode separaras decisSes de transporte, decisdes de locali- agi € decisdes de estoque - 0 autor orgenizou o livro ‘em tomo do triéngulo do planejamento logistico, em cu- jos vértices esto, justamente: A abordagem deste livro é extremamente oportuna + docisdes de localizarak + docisdes de estoques;, + decisdes de transporte, resultado da correta interacio desses elementos é0 apri- moramento continuo do nivel de serviga oferevido so cliente com custos convenientemente determinados. As cadeias produtivas que atuam no Brasil, competin- do cada ver. mais com cadeias produtivas coordenadas a partir do exterior, coloca-se o desaffo dc oferecer diferen- ciais em termos dos servigos prestados, 20 mesmo tempo ‘em que sd0 reduzidos os custes globais da cadeia de supti- ‘mentos. A logistica, anteriormente identificada como a til- ‘ima fronteira para reduglo de custos, posiciona-se agora como um importante diferencial competitive, percebida, cada vez mais, como um elemento central para a melhorie na prestardo de servicos aos clientes © consumidores fi- ais, Iss0 porque a qualidade dos produtos em si tende a tomar-se condicio nevesséria aos negécios, ¢ nfo mais um diferencial competitivo das empresas. Portanto, aos leitores de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organizagao e Logistiea Empresarial & oferecida a oportunidade de explorar os fatares que efetivamente influenciam no desenho compe- titivo da cadoia de suprimentos. O livro também aborda fendmenos tipicas da gestdo da logistica, tais como as rmumerosas compensasdes (trade-off) existentes entre os niveis de servigo prestados aos clientes ¢ os respcctives custos de cstrutura logistica, Desse modo, os profissio- itais de logistica podem contribuir nas suas empresas, uni- versidades, governo, escolas e associngdes para 0 desen- volvimento integrado e competitive das organizagies que atuam no Brasil. JOSE ANTONIO VALLE ANTUNES JUNIOR Sécio-gerente da Produttare Consultores Associados Professor do Centro de Cincias Econémicas da Unisinas ROGERIO GARCIA BANOLAS Congultor de empresas Professor do Centro de Ciéncias Eeonémicas da Unisinos Preficio Neutum tivro que no methore com a leiturs por repetidas veres merece ser ido, ‘gstica empresarial —uma drea de administragio queem algumas empresas tem absorvide mais de 30% das vendas, que & essencial no atondimento a0s cli- totes e que pode ser também essencial para a estratégia competitiva da empresz. la tem secebido varias deno- rminagdes, inclusive distribuigdo fisia, adiinistrayio de mrateriais, gerenciamento de transportes ¢ gerencismen- toda cadsia de suprimentos. As atividades a serom geri das poder incluir toda ou parte do seguinte: transpor tes, manulengio de estoques, processamanto de pedides, compras, armazenagem, maruseio do materi, embar lager, padcbes de servigas a0 cliente « programagde da produga. 10 foco deste livro esté no planejamento, na organiza~ 430 ¢ no controle destas atividades ~ elemento-chave pata eepestio bem sueedtda em qualquer erganizagéo. Enfase cepecial & dada ao plancjarnento estratégico e8 tomada de docisSes —lalver:a parte mais importante do processo de sestio. A missio deste esforgo gerencial € estabelecer © nivel de aividaces logsticas necessacio para disponibil ize produtos e servigos no tempo cetto, local certo € nas condigées e Formas desejadas, de mancira mais iuerativa fou efcaz om termos de cxstos. Como as atividades logisticas foram sempre essen- ciais para as empresas, o campo de administragdo logit ca é.uma sintese de muitos conceitos, principio ¢ méio~ das, das Sreas mitis tradicionais de marketing, produgdo, contabilidade, compras ¢ transpartes, bem como das dis- ciplinas de matematica spliceda, comporiaiuento oxgani- zacional e economia. Este liveo tenta unificar estes con- ceitos de meneira logica pars que a eflcigneia gerencial dda cadeia de suprimentos seja alcangads. a freqiientes mudangas nos termos, com em qual- ‘quer campo de gest, para capturar os métodes e concei- Es livre € a respeite de uma diseiptina vital: lo- Tuomas Cantvee tos da logistica empresarial. Tentemos aio raproduaic mogismos, manteado-wos fiel & apresemtagio de idéias, principios © tecnicas que sfo findamentais a boa pedtios da logistica emgresarial, agora ¢ em um fuivro préxime. Com este espirito,a quarts séigzo esti organizada em tor- no de dats temas. Primeito, as atividades basicas de ge- reneigmento, denominadas planelamento, ergemizacii © ‘controle, nortciam 0 tera do Sivro. Segundo, wim triAngu~ fo inter-retacionado das estratégias de snansportes, esto agen e facalizagio & 0 nicles do born planejamento & ta tomada de decisio logisticus. Este Uifngule esti enti tizada 20 fongo do texto. Diversas fondéncias afciom 0 escape © a pritica da logistica empcesarial. Elas foram integradas 20 corpo do (este como ilustruges de aplicagto las idias fundamesr- tais apresentadas. Em primeciro lugar, destazou-sea logis: tica como um conjusto amplo que rellete 0 croxsimento da internacfonatizagSo © globalizayie dos nexécios em geral. Em segundo lugar, fo resseltada a mudanga em di~ Fecio a economias mais orientadas a servigas, nas napbes industratizadss, com a tinslidade de demoustrar como 08 conceitos principios ée logistics esto sendo igualmen- te aplicados. Em terceiro lugar, tanto era empresas presia- doras de secvigo quanto na fabricagao de produtos, & dada atengdo para a gestdo integrada des atividades da cadeia de suprimentas, bem como a gestio dessas atividades en tre as outras freas funcionais de ongonizagic, Em quarto ugar, muitos exemplos préticos so dados para mostrar a aplicabilidade do material, em guinte lugar, wi software de computador é Fornecido como auxiliar na solugdo de problemas logisticas, refletindo c orescente uso da tecno- Jogia da informag0 na administragao. ‘Ao lenge dos anos, muitas pessoas © empresas tém contribuido com as idéias incorporadas nests quarta edi- fo. A lista de agradecimentos seria muito longa. Entre- XPasieo tanto, 0 todos os estudantes e professoras ae redor do smundo, os quais se dispuseram a cementar sobre as eci bes anteriores (entre eles Sobsil 8. Chaudhry, Villanova University; Jane Feitler, Naval Postgraduate School; Jal T. Gardnex, SUNY Brockport; e James A. Kling, Niagara University), tqueles empressrios quese dispuseram a ten- tar ineorporar as idétas em. seus negécios, ¢ todos 08 OL {tos que fizeram comentirios elogiosos ou eriticas ~ mens sineeres ogradecimentos. Uma nota especial de gratiddo vai pera minha esposa, Carolyn, pela assisténcia editorial encorajamento no processo de revise. Considerando ‘oda essa ajuda, qualquer e ere cometido permanece de ‘minha inteirs responsabilidade, R.H. BALLOU Cleveland, Ohio Sumdario PARTEL — INTRODUGAO E PLANEJAMENTO 7 CAPITULO 1 —_Logistica empresarial — Uma disciplina vital 19 Inttodugio 19 A definigao de logistica empresarial 19 Cadeia de suprimentos ma Comibinagao de atividades 2 Importancia da logistica 25 A Togistica na empresa 2 Objetivas de foglstiea empresarial 3 0 estudo da logistica Evy Comentérios 35 Questées e problemas 35 Exerclcio: Exemplos de uma boa estratégiaiogistica, ou da falta dela 37 CAPITULO 2 —_ Estratégia logistica e planejamento 38 A eetratégia comporativa 38 A estratégia logistion 39 © planejamento logistico 41 Comentérios 32 Questées ¢ problemas 2 PARTET: — OBJETIVOS DO SERVIGO AO CLIENTE, 35 CAPITULO3 © produto logistico ST \Natureza do preduto logistico 7 A Curve 80-20 60 Caracteristicas do produto a Embalagem do produto 66 Precificagio do produto 67 ‘Arranjos de precificagdo incentivada n Comentérios 3 ‘Questées problemas 7” CAPITULO 4 —_Lopistica de servigos a0 cliente n A definigdo de servigos ao cliente n ‘Tempo do cielo de pedido aL a Sumanio Tnnpontacia da logistien dos servigns ao cliente aw Definindo ume relagdo de vendas-serviges 86 Modelando a relagzo de vendia-servigo 88 Custos versus servigos 89 Determinando 0 nivel de serviga étimo 90 Secvigos como ura fingao perda 3 Servigos como uma restrico a Contingéncias de servigos 4 Comentarios 7 ‘Questdes ¢ problemas 7 CAPITULO S — Processamento de pedidos c sistemas de informagio 100 Definindo provessamento de pedidos 100 Exemplos de processamento de pedidos 104 ‘Outros fatores que afetam o tempo de processamento de pedidos 106 (O sistema de informagdo logistica 109 Exemplos de sistemas de informagao 12 Comencirias m4 ‘Quesibes 15 PARTE II: ESTRATEGIA DE TRANSPORTE uy CAPITULO6 — Fundamentos de transporte ng A importincia de um sistema de transporte eficaz 119 ‘scolhas de servigo ¢ suas caractersticas 120 Escolhas de servigo iinico 123 Servigo intermodal 126 ‘Agéncias e servicos de pequenos embarques 128 ‘Teansporte controlado pela empresa 9 ‘Transporte internacional 129 Carecteristicas dos custos de transporte 131 Perfis de tarifes 135 ‘Tarifas de Tinhas de transporte 137 Cobranca de servigos expeciais 185, ‘Custo de transporte privado 149 Documentagdo 149 Documentagio de transporte internacional Ist Comentérios 151 Questdes ¢ problemas 152 CAPITULO 7 —_Decisbes de transporte 155 Sclegio do servigo de transporte 155 Roteirizagdo do vefculo 159 Rotoirizagdo e progremagao de veiculos 165 Roteirizagao e programagae de navio 174 Consolidagtio de frete 174 Comentérios 7 Quesiées m7 Problemas 178 Estudo de casa: R Fowler Disiributing Company 188 Estudo de Caso: R Metrohealth Medical Center 190 Esnudo de caso: KO Orton Foods, Inc. 195 ‘Suninta PARTE LV: ESTRATEGIA DE ESTOQUE 199, CAPITULO 8 Sistemas de estocagem ¢ de manuscio 201 Necessidade de um sisteme de estocagem 201 Razdes para a estocagem 202 Funedes do sistema de estocagem 203 Alternativas de estocagem 208 ConsideragBes sobre manuscio de materiais 213 Custos e taxas do sistema de estocagem 217 Comentirios 220 Questées e problemas 220 CAPITULO — Exigéncias de previsics logisticas 223 ‘Natureza do problema 223 Métodos de previsio 224 ‘Técnicas ites para profissionais de logistica 20 Problemas especiais de previsto para proiissionais de logistica 238 Flexibilidade ¢ reagdo répida — uma altemativa para a previelo 240 Comentérios 240 Questies @ problemas 243 Estudo de caso: World Oil 246 CAPITULO 10 Decisies de politica de estoques 249 Avaliagio de estoques 249 Tipos de estoques 251 Classificagio dos problemas do gerenciamento de estoque 282 Objetivos do estoque 254 Controle de estoques erpurrados 237 Controle basico de estoques puxados 257 Controle avencado de estoque puxaco 263 Estoques no canal 279 Controle agregado de estoques 280 Comentarios 287 Questbes 288 Problemas 288 Estudo de caso: Complete Hardware Supply, Ine 295 Estudo de caso: RAmertcan Lighting Products 296 Estudo de caso: Cruz Vermelha Americana: Servigas de Sangue 303 CAPITULO 11 Decisdes de compras ¢ de programagio de suprimentos 312 ‘Programaedo de suprimentos 313 Compras 327 Comentirios 338 Questées 339 Problemas 339 Eswulo de caso: I Industrial Distributors, Tn. 343 CAPITULO 12 Decisis de estocagem e de manuseio Bad Selega de local 344 Plangjamento para o projeto ea operagio us Projeto do sistema de maanuseio de materixis 357 Operagtes de scleetio de pedidos 370 Comentérios 372 Questdes e problemas am Suplemanto tScnico 374 PARTEV: ESTRATEGIA DE LOCALIZACAO. 317 CAPITULO 13 Decisdes de localizacao da instalagfo 319 Localizagio de instalagdo tiica 381 . ‘Localiaagio de instalagbes maltiplas 386 LLocalizagao dindmica do armazémn 400 Localizagd0 de varejo ¢ de servigo 400 Comentarios 405 Quesiées 409 Problemas 410 Extudo de caso: C Superior Medical Equipment Company als Extudo de caso: M Ohio Auto and Driver's License Bureaus 417 ‘Eseudlo de caso: T Southern Brewery 419 Suplementa Técnico 42 CAPITULO 14 Provesso de planejamento da rede logistics 423 © problema éa configuracio da reds 423 Dados para o planejamento da rede 42s Ferramentas para anélise 439 Conduzindo a andlise 404 ‘Um estudo de €as0 453 Comeniérios 458 Questbes 2 problemas 438 Estudo de caso: W Usemore Soap Company: um estudo de caso de localtzagio de armazém 461 PARTE VI: ORGANIZACAO E CONTROLE an CAPITULO 15 Onganizagdo logistica 4B Organizando 0 esforgo logistico 43 Escolhas organizacionais an Orientago organizacional 480 Posicionameato organizacional 482 Gerenciamento interfuncional 484 Gerencismento interorganizacional 485 Aliangas e terceitizagao 488 Comentarios 4a Questées @ problemas 492 CAPITUTO 16 Auditoria logistica e controls 494 ‘Uma estrutura para o proceso de controle 494 Detalles do sistema de controle 499 Controle na pritica 500 Informagdo, mensuraglo ¢ interpretagao de controle so Agila corretiva 509 Sumdno Ligagdes de controle com a inteligéneia artificial sil Comentirios 313 Questées « problamas 513 APENDICEA Area sob a distribuigdo normal padronizada 515 APENDICEB — Fungéo perda normal S17 BIBLIOGRAFTA SELECIONADA 319 fNDICE 527 15 PARTE INTRODUCAO E:PLANEJAMENTO CAPITULO Logistica E, ipresarial — Uma Disciplina Vital A experiéncia ensina que homens séo governados pelo que esido acostimados a ver epraticar, que as mais simples e dbvias melhorias, na ocupacito mats comin, 220 adotadas com hesitagdo o relutancia e de maneira gradativa. — Avexanper Hamton, 1791 — INTRODUCAO Na Antigiidsde, as mercadorias que as pessoas deseja- ‘vam no eram produzidas onde elas gostariam de consv- rm-las eu nfo eram acessiveis quando as desejavum. Ali- rmentos e outros bens de consumo estavam amplamente dispersos e disponiveis em abundincia apenas em cectos. pericdos do ano. As pessoas tinhem que consumir as mer- ‘eadorias imedistamente nos locais onde as encontravam, ou procisavam trans ei-ias para umn local de sua preferén- cia e armazen4-las para uso posterior. Fntretanta, devide A auséncia de um sistema de transporte bent-descnvolvi- do ode sistemas de armazenagem, o movimento de mer cadorias era limitado ao que um individuo padia transpor- tar, ¢ a armazenagem de pereciveis era possivel apenas ‘por um curto perfodo de tempo. Essas limitagbes dos sis- femas de movinentago e de armazenagem forgaram as pessoas. viverem perto das fontes de produgdo ea const mitem uma esisita gana de mercadorias. ‘Mesmo hoje, em algumas éreas do mundo, o consu- ‘moe produgio estio em regides geogrificas muito limi- fades, Exemplos impressionantes ainda podem set obser- vvados em alguns paises da Asia ¢ da Afica, onde grande parte da populagéo vive em pequenas aldeias, ea maioria do que necessitam é produzida em uma vizinhanea prOxi- ma, Algumes mercadorias sin trazidas de outras areas. A eficiéncia produtiva ¢ 0 padrio de vida sio geralmen- te baixos nesse tipo de economia. O principal motivo para isso 6 a falta de sistemas logisticos bem-desenvol- vidos e baratos que possam encorajar uma troca de met= ccadorias com outras areas orodutivas do pais (veja Que- ro LD). ‘Quando o sistema logistico melhoroy, o consumo ¢a produgdo comegaram a separar-se geograticamente, As rogides se especializaram nas mereadorias que podecian, ser prodiizidas com mais eficiéncia. O excesso de produ- 910 poderia sec transportado de forma exondmica para ou- tras areas produtivas ou consumideras, enquanto que 05, produtos necessfirios que ndo fossem produzidos no local seriam importados. Esse processo de toca segue o princi- pio da vantogem comparativa. Esse mesmno principio, quando aplicado 40 mercado ‘mundial, ajuda a explicar 0 alto nivel do comércio inter- sacional que é desenvolvida hoje. Sistemas logisticos ef- cientes permitem trar vantagem do fato que as terras eas pessoas que as ceupam sejam igualmente produtivas, A fogistica 6a verdadeira esséncia do comércio, Ela contr bul para um maior padrao de vida para todos. Para a empresa individual operer em uma economia de alto nfvel, uma boa gestio das atividades logisticas & vital. Os mereades #40 freqientemente nacionais ou in- teracionais em escopo, a0 passo que.aproduszo pode ser concentrada relativamente em pouces pontos, As ativida- des logisticas fomecem a ponte entre 0 local de produeso eos mercadas que estfo separados pelo tempo e pela dis- téncia, A gesflo eficaz desses atividades ¢ a principal pre- ‘ocupagio deste lio. ADEFINICAO DE LOGISTICA EMPRESARIAL ‘A logistica empresarial é um campo de estudos relativa- ‘mente novo da gestdo integrada, em comparago com 05 campos tradicionais de finangas, marketing e produgéo. 20; Geneverano 0 Cate os Scrmnueos QUADRO 1.1 EXEMPLO. Suponhe que consumidores, nos Estados Unidos e na Coréia do Sul, comprem filmadoras e softwares. No ‘ano seguinte, aproximadamente 0 mesmo némero de ‘consumidores ird comprar programas de processador de texto e televisores. Por causa da diferanga de custo de mio-de-obra locai, tarifas, ransportes e qualidade “STABBEATFI W635 Sanune cnoe pe pci namie Consuidaras em Fitmadoras Coréia do Sul Estados Unidos As econornias uss 250,00 400,00 os procutes, © prego efetive para os consumidores difere, como mostrado na Tabela 1.1. Umm consumi- dor na Caréia do Sul ¢ um nos Estados Unides juntos pagam um total de USS 1.450,00 pare atender suas nnovessidades. Seftrare de processor de esto USS s09,00 300,00 ss 750,00 700,00 uss 1.45000 ‘Agora, se cada economia negociasse uma com ¢ ‘outra aquclas mercadorias na qual ela tem uma vanta- gem de custo, os consumidores ¢ suas economias te- iam vantagens. A Caréia do Sul tem um custo de mgo- Gensveranento Da Canta be Suenos das (custos de compras). O valor adicfonado pela eu iizagio desses custos quando o beredicio é repassado para ‘o consumicior ¢ para 08 acionistas da empresa. Estendem-se as linhas de suprimento ¢ distribuigdo ‘A tendéncia ruma para uma economia mundiaimeate in- tograda, Empresas eatfio buscando, ot tém deseavolvido, sstratégias globais nas quis 0s seus produtos sio projeta- dos para o mercado mundial ¢ produzidos onde os baixos cusios do matéria-prima, componentes ¢ mo-de-obra possam ser encontrados (automéveis Escort da Ford) ou simplesmente a producto local ¢ mantida e vendida para © mercado internacional, Em ambos os casos, linhas de suprimento e distribuigdo sie estendides quando compa- redas ao produtor que deseja manufaturar e vendee locai- mente. Essa tendéncia ndo vem ocorrendo somente de for- ‘ma natural, através das cmpresas que baseam reduzir cus- tos e expandir mecados. mas também esta sendo encora- Jada pelos arranjos politicos que promovesn negocios. Exemplos sio a formagéo da Comunidade EconSmica Eu- roptia (EC92), a assinatura do Acordo de Livre Comércio a América do Norte (NAFTA) entre Canads, Estados Uni- dos e México, bem como a criago de novos acerdes eco- némicos de coméreio entre diversos paises da América do Sul (Mercosul). A globalizngio ¢ a intemacionslizacio das indstrias por tode a parte dependera fortemente do desernpenibo lo~ aistico © dos custos, quando as empresas terao uma vislo mondial de suas opereeSes, Quando isso acontecer, au- Fomecirantes Foenecimentos saionals interacionals Luera Tere ‘aapoess Gara 2 Despeses Gaia Samual eaurinstaias Markating Marketing Logttloa Legace Custos Irdiatoe Tatas Custos incrtce Hteriais Matera Miio-cerctra Mac-de-obre ent: "itematicnal Logistics: Battecround ofthe ‘908 (Chleago: AT. ‘came, 1968). 1nentard a importéneia da logistica dentro da emprese, ume vez que 08 custos, especialmente de transporte, comar-se- ouma parte maiorda estrutura total dos custos. Por exem- lo, sea empresa precura fornevedores estrangeiros para ‘05 materia integrantes de seus produtos ou localizagies internacionais para fabticer seus produtos, a motivaglo & ‘© aumento dos lucros. Os custos com materiais e mio-de- cobra talvez diminuata, mas 08 logisticos provavelmente ‘aumentario device & elevagio dos custos de transportes © estocagem. A compensagdo (trade-off)*, como mostrada nna Figura 1.4, pode levar a um maior Jucro pela redugo dos materia, de mo-de-obma e indiretos na despesa do custo logistico ede tarifes. As comprasinternacionsi¢adi- cionam valor, mas requerem uma gestiio mais cautslosa dos custos logisticos e dos tempos do fuxo de produtos ‘o eatel de suprimentos (veje Quadro 1.3). A logfstiea ¢ importante para a estratégia ‘Asempresas dedicam muito tempo procurand meios para diferenciar seus produtos dos de seus concorrentes. Quan- do a gerincia reconhece que a logistica afeta uma parte significativa dos custos da empresa e que o resultado das decisdes tomadas sobre a cadeia de suprimentos leva a diferentes niveis de servigos ao clients, ela est em condi- ‘Ges de ust-la de mancira eficax parm peuetrar em novos tmercados, para empliar a sua participago no mercado © para elevar os lucros. Considere como a Bennetoa, uma fabricante de roupes, usout 2 logistiea estrategicamente para competir mielhor em um mercado internacional para produtas altamente sazonais (veja Quadro 1.4) 28. Ge RT. Pade off nee oro, fi redo come compania. e a e Capirute | + Lecisnca Exmesatiat — Uns Discus Vira ra QUADRO 1.3 EXEMPLO. ‘A Toyota tem 35 fibricas em 25 patses fora do Japio nas quais produz cence de 900 mil veiculos anual ‘mente. Ela agora monta veieulos nfo apenas sos Estados Unidos, no Japa ena Europa, mas na Amé- rica do Sul, na Africa do Sul e nas nagdes as tais como Tailandia, Indonésfa, China, Malési Hpinas. Enquanto sua exportagao estava 9% abaixo ‘em 1993, « produgfo internacional estava 16% aci- ma, No caso da unidade em Georgetown, Kentucky, onde os Camzys sio montados, a Toyota usa @ con- ceite just-in-time para suprit pegas através do Paci A logistica adiciona valor para o cliente ‘Ura produto ou um servigo tem pouco valor se no estiver disponivel 20s clientes no tempo € no lugar em que eles Definigia proved pla Ametion Mackoting Association como paraceado em Pip Kote, Marketing Menzgement: Planning, ‘Aways, inplementaion, and Conte. ek. (Upper Saddle Rive, Ni Pretce Hall, 195) 13, "al Sree urna (Angst 16,194) AS. 2 Jae 0, Melis. aneph Thema, Operations Monageman Pracion of Goods and Serce, Dodo (Upper Saddle Rivet, Ni: ‘remoe Hall, 1985), 14

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