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Documentação para a engenharia De Segurança Do trabalho

Brasília-DF.
Elaboração
Eng. Phd Dr. Paulo Celso dos Reis Gomes
Eng. Luiz Roberto Pires Domingues Junior
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

PREVENÇÃO DE ACIDENTES .................................................................................. 7

CAPÍTULO 1 ............................................................................................................................................... 7

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA................................................................................. 7


ASPECTOS TOXICOLÓGICOS .................................................................................................................................................... 30
AVALIAÇÃO QUANTITIATIVA DOS RISCOS AMBIENTAIS .......................................................................................... 30
AGENTE FÍSICO RUÍDO .............................................................................................................................................................. 31
AGENTE FÍSICO CALOR ............................................................................................................................................................. 32
AGENTE QUÍMICO........................................................................................................................................................................ 33
AGENTE BIOLÓGICO: .................................................................................................................................................................. 34
METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO .......................................................................................................................................... 34
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................... 38
AVALIAÇÃO DOS RISCOS .......................................................................................................................................................... 43
APLICAÇÃO DO PDCA ................................................................................................................................................................. 45
PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS ...................................................................................................................................................... 46
FASES DE AÇÃO ............................................................................................................................................................................ 50
EXISTÊNCIA E APLICAÇÃO EFETIVA DE EPI.................................................................................................................... 51
PERIODICIDADE, FORMA DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PPRA ............................................................................. 52
REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS ............................................................................................ 52
PLANEJAMENTO ANUAL, METAS E PRIORIDADES ....................................................................................................... 53
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................................................... 54
DATA DO DOCUMENTO E ASSINATURA DO PROFISSIONAL .................................................................................... 54
CAPÍTULO 2. ............................................................................................................................................ 55

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO -


PCMAT .............................................................................................................................................................................................. 55
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................ 55
OBRIGAÇÃO .................................................................................................................................................................................... 55
RESPONSABILIDADE .................................................................................................................................................................. 55
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO .................................................................................................................................................... 55
DOCUMENTOS INTEGRANTES ............................................................................................................................................... 55
RECOMENDAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PCMAT .................................................................................................... 56
ESTRUTURA DO PCMAT ............................................................................................................................................................ 57
RECONHECIMENTO DOS RISCOS .......................................................................................................................................... 80
RESPONSABILIDADE PELAS AVALIAÇÕES ....................................................................................................................... 82
PERIODICIDADE DAS AVALIAÇÕES ..................................................................................................................................... 82
RESPONSABILIDADE PELA IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................................................. 82
PROGRAMA EDUCATIVO .......................................................................................................................................................... 82
CAPÍTULO 3 .............................................................................................................................................. 84

MAPA DE RISCO INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 84


CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS ..................................................................................................................................................... 85
REQUISITOS.................................................................................................................................................................................... 86
IDENTIFICAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS AGENTES DE RISCO.......................................................................... 86
PARÂMETROS ................................................................................................................................................................................ 87
ELABORAÇÃO DO MAPA ........................................................................................................................................................... 88
ADMINISTRANDO O MAPA ...................................................................................................................................................... 90
CAPÍTULO 4 .............................................................................................................................................. 92

LAUDO DE INSALUBRIDADE E LAUDO DE PERICULOSIDADE ................................................................................. 92


INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................. 92
ROTEIRO DOS LAUDOS DE INSALUBRIDADE/ PERICULOSIDADE ......................................................................... 92
TEMPO DE EXPOSIÇÃO A SER CONSIDERADO ................................................................................................................ 94
INSALUBRIDADE .......................................................................................................................................................................... 94
PERICULOSIDADE ........................................................................................................................................................................ 96
EXPLOSIVOS ................................................................................................................................................................................... 99
RADIAÇÃO IONIZANTE ........................................................................................................................................................... 100
ENERGIA ELÉTRICA ................................................................................................................................................................. 101
AVALIAÇÃO AMBIENTAL QUANTITATIVA .............................................................................................. 106

Para (não) Finalizar .................................................................................................. 140

referências ............................................................................................................... 141


Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem necessários
para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica
e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal,
adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma competente
e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios
que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar sua
caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a como
instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos,
de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com
questões para refl exão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais
agradável. Ao fi nal, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos
com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos e
Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto
antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o
autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fi m de que o aluno faça uma
pausa e refl ita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu
raciocínio. É importante que ele verifi que seus conhecimentos, suas
experiências e seus sentimentos. As refl exões são o ponto de partida para a construção
de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, fi lmes e sites para aprofundamento do
estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais
quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo
didático de fortalecer o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para
a síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das
sínteses/conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fi xação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fi xação dos períodos que
o autor/ conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de
seu módulo (não há registro de menção).

5
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,
que visam verifi car a aprendizagem do curso (há registro de menção). É
a única atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno
fará para saber se pode ou não receber a certifi cação.
Para (não) fi nalizar
Texto integrador, ao fi nal do módulo, que motiva o aluno a continuar a
aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo
estudado.
6
introdução
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
CAPÍTULO 1

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA

INTRODUÇÃO

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é um instrumento previsto


na legislação vigente, principalmente na Portaria 3.214/1978 Norma Regulamentadora n°09, com o objetivo
primeiro de ser um instrumento de gestão da saúde e segurança dos trabalhadores vinculados a
determinada pessoa jurídica.
Esta gestão, que atua em cima dos riscos presentes no ambiente de trabalho, alcança os
aspectos de segurança física e mental, por meio da:
 Antecipação (planejamento);
 Reconhecimento (fiscalização);
 Avaliação (monitoramento); e
 Promoção do controle ou a eliminação dos riscos.
O lócus de atuação do PPRA é o ambiente físico onde se encontra o trabalhador e no caso
dos trabalhadores que atuam fora de seu local de trabalho (repartição), isto é em ambiente externo, dos
riscos a que estes trabalhadores estão submetidos no exercício de sua função, abrangendo a esfera da
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
O PPRA tem a sua origem jurídica já na Constituição Federal, na determinação dada por
meio do seu artigo 7o inciso XXII, que garante ao trabalhador o exercício do trabalho dentro de condições
mínimas de segurança e saúde, in verbis:

Constituição Federal de 1988


Art. 7o São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
...
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
Tal artigo que é clausula pétrea de nossa Carta Magna, também reverbera aos trabalhadores públicos,
vinculados aos Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS, pois no artigo 39 de nossa Constituição, diz
que ao trabalhador público se aplica, dentre outros o inciso XXII do artigo 7° da Constituição, in verbis:

Constituição Federal de 1988


Art. 39...
§ 3º Aplica-se aos trabalhadores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX...

Para os trabalhadores de forma geral, vinculados obrigatórios do Regime Geral de


Previdência Social – RGPS, o PPRA nasce por meio dos artigos 176 a 178 e 200 da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, exposto assim in verbis:

7
Art. 176. Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com
o serviço realizado.
Parágrafo único. A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural
não preencha as condições de conforto térmico.
Art. 177. Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em
virtude de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de
vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas,
anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma
que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas.
Art. 178. As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.
...

Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente
sobre:
I - medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção
individual em obras de construção, demolição ou reparos;
II - depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e
explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;
III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras,
sobretudo quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos
e soterramentos, eliminação de poeiras, gases etc., e facilidades de rápida
saída dos empregados;
IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas
adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes,
construção de paredes contra fogo, diques e outros anteparos, assim como
garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e
protegidas, com suficiente sinalização;
V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo
no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável,
alojamento e profilaxia de endemias;
VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas,
radiações ionizantes e não-ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou
pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das
medidas cabíveis para eliminação ou atenuação desses efeitos, limites
máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus
efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios,
limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais
exigências que se façam necessárias;
VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências,
instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios,
vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por
ocasião das refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza
dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos
industriais;
VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas
sinalizações de perigo.
Parágrafo único. Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as
normas a que se refere este artigo serão expedidas de acordo com as
resoluções a respeito adotadas pelo órgão técnico.

Já para os trabalhadores públicos deverá ser sempre verificado a legislação/estatuto que


regula o seu RPPS, mas deve-se considerar que as Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do
Trabalho, aborda o PPRA de forma ampla, e cada vez mais as fiscalizações sanitárias que envolve a saúde
do trabalhador, embarcam na exigência da elaboração do PPRA em todo e qualquer ambiente de trabalho
que possua trabalhador de qualquer vínculo, amparada na Portaria 3.120/1998 do Ministério da Saúde,
com destaque para o item 6, in verbis:
Portaria n°3.120/1998.
...
6.2 - A intervenção (inspeção/fiscalização sanitária)
A intervenção, realizada em conjunto com os representantes dos
trabalhadores, de outras instituições, e sob a responsabilidade
administrativa da equipe da Secretaria Estadual e/ou Municipal de
Saúde, deverá considerar, na inspeção sanitária em saúde do
trabalhador, a observância das normas e legislações que
regulamentam a relação entre o trabalho e a saúde, de qualquer
origem, especialmente na esfera da saúde, do trabalho, da
previdência, do meio ambiente e das internacionais ratificadas pelo
Brasil.
Além disso, é preciso considerar os aspectos passíveis de causar
dano à saúde, mesmo que não estejam previstos nas legislações,
considerando-se não só a observação direta por parte da equipe de
situações de risco à saúde como, também, as questões subjetivas
referidas pelos trabalhadores na relação de sua saúde com o
trabalho realizado.
Os instrumentos administrativos de registro da ação, de exigências
e outras medidas são os mesmos utilizados pelas áreas de
Vigilância/Fiscalização Sanitária, tais como os Termos de Visita,
Notificação, Intimação, Auto de Infração etc.

Assim o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais como o melhor instrumento da


política de prevenção de riscos ambientais está regulada por meio da Norma Regulamentadora no 09,
emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994, e que apesar de ser um normativo legal
de cunho infra legal, possui como foi visto anteriormente em determinante legal e constitucional.
O PPRA é obrigatório para todos os estabelecimentos que possuam Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica e tenham empregados contratados sob regime da CLT, com as ressalvas já dadas
anteriormente.
Por ser um documento, o mesmo tem uma estrutura mínima estabelecida, mas para saber
como o construímos, devemos entender de forma clara os conceitos que estão inseridos em seu próprio
nome, isto é, devemos entender sua denominação de base.
Por que denominamos de Programa e não de Plano. Temos de ter em mente que a
atividade de saúde e de segurança é um moto continuo de um processo produtivo, ao se iniciar não tem
fim, salvo se o próprio processo produtivo se encerra. Isto posto, enquanto existir o processo produtivo,
vinculada a determinada pessoa jurídica, haverá um sistema de que deverá monitorar, avaliar e controlar
a saúde e a segurança ocupacional, a este processo “infinito” denominamos de programa, pois ele se
retroalimenta com seus próprios resultados temporais, e não um plano, que possui meta: com início, meio
e fim. Por isso denominamos de PROGRAMA de prevenção de riscos ambientais.
Na sequência temos a palavra PREVENÇÃO. Prevenção significa evitar prejuízos e agravos
que podem ser causados por fenômenos naturais ou pela atividade humana no meio ambiente, incluindo
aí o meio ambiente do trabalho. Não podemos fechar questão dizendo que a prevenção, pode eliminar
(ainda?) a ocorrência destes fenômenos ou a atuação do homem no meio ambiente. Não se pode eliminar
o risco da ocorrência de furacões, terremotos, erupções vulcânicas e tsunamis, e as vezes não se pode
eliminar os riscos a saúde do trabalhador em determinado processo produtivo, seja pela inexistência de
tecnologia de segurança, seja pela falta de substituto deste processo produtivo ou produto alternativo, seja

9
pela inviabilidade econômica e social de sua aplicação. A prevenção é calcada em medidas que visam
reduzir o impacto negativo destes fenômenos, em perda de vidas humanas e danos às atividades
econômicas.
Assim no PPRA, prevenção está na determinação por parte do Engenheiro de Segurança
do Trabalho1 e sua equipe de proposição de medidas que visem a mitigação ou a eliminação do risco a
saúde e segurança dos trabalhadores, sempre levando em consideração: os determinantes legais exigidos
ou permitidos; a sustentabilidade econômica da medida proposta; e o melhor resultado para a saúde e
segurança dos trabalhadores envolvidos.
O outro conceito é de RISCOS. Neste vislumbra-se a probabilidade de ocorrência de
determinado dano ou agravo, frente ao ambiente considerado, e as consequências de sua ocorrência. Assim
ao se tratar de riscos, pedimos reforça à prevenção, e temos de estabelecer medidas que objetivem a
redução da ocorrência dos agravos ou danos decorrentes destes riscos – exigindo o que se denomina:
executar a gerencia de riscos.
E quais são os riscos que devemos gerenciar?
Independente da NR09 somente considerar três riscos: físico, químico e biológico, a
premissa básica do PPRA é tratar e gerenciar TODOS OS RISCOS, isto posto, apesar de ir contra uma
corrente obtusa, elaborar um PPRA é abordar, antecipar, reconhecer, analisar, monitorar, controlar, mitigar
ou eliminar todo e qualquer risco que coloque em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores, assim
além dos tradicionais riscos físicos, químicos e biológicos, DEVE-SE incluir os riscos ergonômicos e os
mecânicos ou de acidente, somente ai será possível estabelecer um quadro real dos riscos existentes e
promover uma gestão adequada dos riscos e consequentemente preservar a saúde e a segurança dos
trabalhadores.
Finalmente é necessário definirmos/conceituarmos o que é AMBIENTAL. No caso do PPRA,
o ambiental abrange o espaço físico onde se realiza a atividade laboral. Se o trabalhador trabalha em um
escritório seu ambiente é o espaço deste escritório; se trabalha em uma fábrica, são os setores que o
mesmo trabalha e frequenta como trabalhador; e no caso de atividades externas, o ambiente é todo e
qualquer lugar que o mesmo trabalha, recepcionando para si os riscos destes ambientes que o mesmo
frequenta. O que varia neste caso é a distribuição temporal da exposição a estes riscos, em cada tipo de
estabelecimento ou lugar que o mesmo trabalha, a mesma analogia pode ser feita para quem realiza
normalmente atividades ao ar livre.
Nesta variável conceitual AMBIENTAL, se insere, por conseguinte, a lógica em que se
operará as avaliações dos riscos existentes no processo laboral. Explico: o próprio nome indica que é
programa de prevenção de riscos AMBIENTAIS, e a definição de ambiental, está vinculada ao lugar físico
que labora o trabalhador, assim o lugar físico – AMBIENTE, é a causa dos riscos à saúde e segurança do
trabalhador, e não apenas o risco se insere na função/atividade do trabalhador, sendo o AMBIENTE apenas
a embalagem. Por que digo isso. Pois é comum PPRA fazendo a avaliação dos riscos ambientais baseado
na função do trabalhador e as condições ambientais ficando em segundo plano, quando aparecem.

1
Ou de um profissional reconhecido pelo proprietário ou seu preposto para a elaboração do PPRA, uma vez que a legislação permite
que qualquer um possa fazer o PPRA.
Exemplo: temos a elaboração de um PPRA que tem a função de cozinheiro. Diversos PPRA vão analisar os
riscos em função da atividade prevista na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO para a função de
cozinheiro, traçando, portanto, uma relação de risco padronizada para a função de cozinheiro,
independente do ambiente a que está inserido este cozinheiro. Mas neste exemplo o restaurante possui
quatro cozinheiros e quatro cozinhas, cada cozinha com uma especificação de produção: uma é destinada
a pratos quentes, a outra é destinada para a produção de saladas, outra é para a produção de sobremesas
e a última para a confecção de aperitivos, cada uma com seu cozinheiro especifico. Pergunto os riscos
ocupacionais dos cozinheiros são idênticos? Na área de salada o cozinheiro está submetido ao risco de
calor/stress térmico? E o risco biológico está presente onde? A gestão dos riscos será idêntica? Como que
os riscos dos cozinheiros poderiam ser iguais?
Não se pode pensar em fazer avaliação de riscos colocando em segundo plano o ambiente,
o ambiente vem e virá em primeiro lugar, conjugado ou catalisado pelos riscos inerentes a função do
trabalhador. Um complementa o outro, mas o enfoque principal deve ser sempre o ambiente, e na
sequencia os riscos da função.
Outro exemplo: a função de secretaria, na maioria das vezes apresenta quando apresenta
algum risco é na área da ergonomia, pois a sua função per si é administrativa, não manipulando nem
exercendo nenhuma atividade de risco. Mas aos termos duas secretarias num hospital, uma está lotada na
direção do hospital (área administrativa por excelência) e a outra lotada no centro cirúrgico, pergunta-se
os riscos serão os mesmos? O casamento entre ambiente e função deve ser feita sempre, e não apenas
para ruído, como é comumente encontrado.
Assim temos que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, é um documento
que ensejará um conjunto de avaliações e ações a serem implantadas com o objetivo de prevenir ou mitigar
a ocorrência de danos à saúde e a segurança dos trabalhadores pelos riscos a que estão expostos,
considerando o meio ambiente de trabalho ao qual está vinculado. E que este documento será revisitado
anualmente para que seja avaliado a eficiência e a eficácia das ações propostas com relação a saúde e
segurança dos trabalhadores no ano anterior, possibilitando ajustes de rota para o ano seguinte. Tal ciclo
permanecerá em inercia por anos se for o caso, só sendo necessário à sua alteração se, e somente se:
1. Houver alteração do modus de operação, principalmente com relação aos tipos de insumos;
2. Houver alteração do meio ambiente do trabalho, em especial no que se refere a infraestrutura;
Caso contrário o PPRA produzido deve ser mantido.
O PPRA, oficialmente é composto por um documento-base no qual se faz o registro de cada
uma das ações necessárias ao seu desenvolvimento, que incluem:
» Reconhecimento e levantamento dos riscos ambientais;
» Estratégia e metodologia de ação;
» Planejamento anual com estabelecimento de metas e prioridades;
» Cronogramas a serem efetivados no decorrer do ano de planejamento;
» As formas de registro, manutenção e divulgação dos dados, que será utilizada pela
firma/empresa;
» Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

11
Na confecção do PPRA, são considerados como riscos ambientais os citados na Norma
Regulamentadora no 15: agentes físicos, químicos e biológicos, além dos riscos ergonômicos e mecânicos
(ou de acidentes), além de sofrer influência de todo e qualquer normativo legal da área de saúde,
previdência, meio ambiente, do trabalho e de postura, que interfere na lógica do processo produtivo ou na
forma do meio ambiente de trabalho, em especial a sua infraestrutura, como por exemplo os códigos de
edificação e de postura das cidades. Por exemplo se o PPRA estiver vinculado a atividade de Atendimento
Hospitalar deverá ser considerado além da Norma Regulamentadora n° 09, deve-se considerar a Norma
Regulamentadora n°17, a de n°32, a de n°15, resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as
resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA); as normas da Comissão Nacional de Energia
Nuclear -CNEN.

O PPRA EXIGE QUE O PROFISSIONAL QUE ESTÁ FAZENDO ESTE DOCUMENTO SAIA
DA PRISÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS DO TRABALHO

Por equivoco técnico, vários profissionais, discorrem na elaboração do PPRA baseando-se


apenas nos limites e padrões de risco presentes na Norma Regulamentadora n° 15, mas temos de
considerar que o universo de risco é incompleto, não abrangendo todos os riscos hoje presentes nas
atividades econômicas e seus parâmetros estão em vários aspectos defasados em relação a pesquisas
cientificas mais recentes – os parâmetros utilizados tem mais de 20 anos!! Assim pode o elaborador do
PPRA se valer de outras normas internacionais, como os TVLs e os BEIs da ACGIH, para enquadrar outro
agente injuriante a saúde humana ou ao meio ambiente que não está presente na NR15, ou até atualizar
os parâmetros de exposição a agentes injuriantes previstos na NR15, mas defasados tecnicamente.

LEMBRAMOS QUE NÃO HÁ LIGAÇÃO DIRETA EM AMBIENTE INSALUBRE E PAGAMENTO DE


ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – SÃO DOIS MARCOS LEGAIS DISTINTOS

OBJETIVO DO PROGRAMA (PPRA)

O objetivo do PPRA é estabelecer as ações necessárias para estabelecer uma política de


prevenção, para mitigar ou eliminar os riscos presentes no ambiente de trabalho, resguardando a saúde
e a segurança dos trabalhadores sob a sua égide.
Ele deve sempre que possível estabelecer as correlações do risco com a saúde e a
segurança dos trabalhadores. Ressalta-se por oportuno que o PPRA é um documento essencialmente
técnico não sendo o elaborador, ou a equipe de elaboração os responsáveis pela sua implantação. O
responsável pela sua implantação é o responsável legal pela empresa, que recepcionou e aprovou o
PPRA.
Além deste objetivo principal, um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais bem feito
traz para a empresa benefícios complementares, tais como a criação de uma mentalidade preventiva em
nos empregadores e nos trabalhadores, demonstrando que ações de saúde e segurança o custo benefício
é positivo, com redução das demandas trabalhistas em função de condições insalubres de trabalho. Temos
ainda melhor conhecimento do processo de funcionamento da empresa, em todos os níveis hierárquicos e
áreas de atuação, com a propensão de promover a redução/eliminação de improvisações nos processos de
trabalho. Possibilidade de se promover o desenvolvimento de uma metodologia própria para a abordagem
e análise das diferentes situações e condições do ambiente do trabalho, com a produção de indicadores de
qualidade.
Finalmente um PPRA bem feito é subsidio para a elaboração de outros documentos exigidos
por legislações especificas, como por exemplo Planos de Controle Ambiental, Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, Planos de controle de infecção hospitalar.

METODOLOGIA

Para a elaboração do PPRA, deve-se cumprir as seguintes etapas:


1. Antecipação dos riscos:
a. Esta fase é realizada quando da consolidação intelectual da empresa, isto é ocorre na fase
de planejamento da própria empresa, onde a mesma se encontra descrita em planos de
negócio e pranchas de desenho, permitindo se antever todos os riscos advindos do layout
e do processo produtivo, dos insumos necessários, podendo prever todas as necessidades
para uma gestão eficiente dos riscos – é o sonho de consumo, mas que pouquíssimos
empresários entendem a importância deste documento na fase de planejamento.
b. Como esta etapa é desprezada pela maioria dos empresários, os mesmos costumam juntar
com a etapa de reconhecimento de riscos.
2. Reconhecimento dos riscos:
a. Lembremos que como um programa que deve resguardar a saúde dos trabalhadores
envolvidos neste empreendimento, nesta atividade econômica, deve abranger todos os
riscos passiveis de serem identificados, independente de promover o pagamento do
adicional de insalubridade ou periculosidade.
b. Assim o reconhecimento dos riscos deve cobrir no mínimo, os riscos físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e mecânicos.
3. Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores:
a. O reconhecimento deve vir acompanhado de uma avaliação, seja a mesma quantitativa
(quando da existência de equipamentos de medição e de parâmetros de saúde
estabelecidos) e qualitativa – sempre, dependendo deste caso do feeling do elaborador e
da sua experiência profissional e de vida.
b. No caso dos riscos químicos, devido a sua complexidade um instrumento indispensável é
a utilização das Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ e as
informações disponibilizadas nos centros de informação toxicológica.
c. As suas consequências para a saúde dos trabalhadores, podem ser estabelecidas nos
estudos técnicos científicos que determinaram os parâmetros de segurança, e de forma
completar, consultando a Obra: DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO - Manual de

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Procedimentos para os Serviços de Saúde. Livro do Ministério da Saúde, da Série A. Normas
e Manuais Técnicos; n° 114, publicado em 2001, e perfeitamente atual.
4. Estabelecimento de prioridades
a. Ao se levantar e reconhecer os riscos, os mesmos apresentarão probabilidade de ocorrência
diversa um dos outros, com danos também diversos um dos outros. De posse destes dados,
e mais as exigências legais por ventura existentes e o poder econômico do empregador,
determina-se de forma clara e objetiva o estabelecimento das prioridades de saneamento
dos riscos identificados. Isto é, apesar de incomum a metodologia de como se dará a
priorização de ação sobre os riscos deve ser colocada no PPRA. Tal medida serve de
proteção jurídica ao profissional de segurança do trabalho em caso de acidentes ou de
outros agravos no ambiente de trabalho, deixando claro como e porque escolheu se focar
num risco em detrimento do outro em determinado tempo, haja vista raramente há espaço
para a solução global de todos os riscos – econômico principalmente.
b. Ao se determinar as prioridades, descreve-se as ações que devam ser tomadas para a
eliminação ou mitigação dos riscos identificados conforme planejamento.
5. Metas de avaliação e controle:
a. Ao se determinar as prioridades e paralelamente à implantação das ações de mitigação ou
eliminação dos riscos, deve-se estabelecer as metas que se pretende atingir na época de
avaliação anual do programa.
i. Ex: local com presença de ruído médio da ordem de 87db(a) numa jornada diária
de 8 horas. Ação: 1° ano: fornecimento de protetor auricular para todos os
trabalhadores que atuam no local. 2° ano: substituição da fonte geradora de ruído,
por uma que produz apenas 76db(a). Meta: 1º ano: redução do absenteísmo por
enxaqueca ou dores de barriga em 50%. Manutenção da condição de audição dos
trabalhadores do início da ação de mitigação. 2° ano: eliminação do ruído do
ambiente de trabalho e manutenção da condição de audição dos trabalhadores do
início da ação de mitigação.
6. Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia:
a. Apresentar o cronograma, considerando um interregno de no mínimo 12 meses da
apresentação do PPRA, com os indicadores a serem utilizados para cada ação proposta de
mitigação ou eliminação dos riscos.
7. Monitoramento da exposição aos riscos:
a. Deve-se informar qual será a forma de monitoramento e controle de cada risco identificado.
8. Registro e divulgação dos dados:
a. Finalmente, e considerando que o PPRA deve ser conhecido por cada trabalhador vinculado
a empresa, ou que vier a trabalhar, deve-se indicar a forma de publicização do PPRA para
todo o conjunto de trabalhadores e dos órgãos de controle, assim como ocorrerá o registro
das ações de monitoramento dos riscos e da implantação das medidas de mitigação ou
eliminação dos riscos identificados.
OBRIGATORIEDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DO PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é obrigatório para todas as empresas,


atividades econômicas que possuem em seus quadros trabalhadores vinculados a Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, ressaltando como já informado anteriormente que existem legislações estaduais e
municipais na área da saúde que exigem de todos os estabelecimentos a elaboração do PPRA,
independentemente de estarem vinculados a CLT.
A não elaboração do PPRA poderá levar a firma a sofrer penalidades que variam de
multas e até interdições. Basta ter apenas um trabalhador contratado, que a elaboração do documento
é obrigatória, ressalta-se por oportuno que as empresas familiares sem contratação de pessoa estranha
à família, estão dispensadas da elaboração do mesmo.

OPÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Para as empresas que possuem o Serviço Especializado de Segurança (SESMT), é


responsabilidade deste a implementação, podendo, contudo, haver a terceirização da elaboração deste,
prevalecendo a lógica de quem está de fora pode ter uma visão mais isenta do processo e não sofrer
as pressões inerentes a um serviço que está vinculado por relação de trabalho ao empregador/empresa
que irá atuar.
Inexistindo o SESMT na empresa, a mesma pode contratar qualquer pessoa que o
empregador tenha condições de produzir o documento, mas o levantamento quantitativo do risco é
atividade privativa dos engenheiros de segurança do trabalho. Já para as fases subsequentes de
implantação e operação do PPRA, a empresa pode optar pela contratação de empresa especializada de
segurança e medicina do trabalho, ou se valer de um Técnico de Segurança do Trabalho por regime de
40 horas; ou ainda um Engenheiro de Segurança do Trabalho com carga de no mínimo 03 horas
semanais, podendo utilizar das novas regras de nossa legislação trabalhista de contratação por período
de tempo. Lembramos que a carga horária adequada para o engenheiro de segurança do trabalho, varia
em função do porte e do risco ambientais identificados pela empresa e seu cronograma de implantação
e a tecnologia utilizada para mitigar ou eliminar este risco.
Lembrando sempre que para desenvolvimento das diversas etapas do programa é
sempre em conjunto com a direção da empresa, sendo responsável legal, o responsável civil e criminal
juntamente com os profissionais que elaboraram e implantaram o PPRA.

ORIENTAÇÕES BÁSICAS

Os profissionais entendem que o PPRA é um modelo fechado, tipo receita de bolo em


que para cada estabelecimento é feito preenchendo as lacunas ou os espaços pré-determinados. Nada
mais falso. O PPRA apresenta tópicos obrigatórios que devem ser abordados, mas cada profissional,
empresa tem o poder de dar a forma que mais lhe aprouver, e que melhor de a resposta para a gestão

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dos riscos identificados e presentes no Programa, pois o seu conteúdo varia drasticamente de empresa
para empresa, atividade econômica, número de funcionários e localização, não sendo possível existir
um PPRA igual a outro para um grupo de empresas de um mesmo grupo econômico, e ao não conduzir
o PPRA no roteiro colocado na NR09, mas sim obedecer o que a mesma exige de abordagem, evita-se
a proliferação de documentos do tipo corta e cola.
Apresentamos a seguir as orientações básicas que devem ser utilizadas como uma
diretriz, para a elaboração, avaliação ou adequação de um PPRA. A estrutura do PPRA é livre mas deve
atender as informações requeridas na íntegra o que preconiza a NR-9 do Ministério do Trabalho e
Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em especial o Decreto n o 3.048/1999,
além de se pautar pelo Código de Obras e Postura do Estado ou Município onde está inserido a empresa,
assim como o Código Sanitário deles.
O PPRA deverá se estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela
empresa, priorizando na sua avaliação os ambientes em que haja a permanência de trabalhador, pois
devemos sempre lembrar que é o PPRA que subsidiará o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO. Pois será o PCMSO o nosso principal indicador biológico para aferir a qualidade
e o desenvolvimento do PPRA.
Conjugando a implantação do PPRA com o monitoramento da saúde efetivado pelo
PCMSO é possível aferir a qualidade e a eficiência das intervenções para eliminar ou mitigar os riscos
propostos pelo PPRA, permitindo um benchmarket interno.
Na elaboração do PPRA deve ser considerado, independentemente da existência de
CIPA que os funcionários efetivos deverão ter participação efetiva no programa, seja na fase de
elaboração, seja na fase de implantação. No caso da existência de CIPA na empresa o PPRA deverá ser
apresentado e discutido na mesma, conforme determina a Norma Regulamentadora nº05, sendo uma
cópia anexada ao livro de ata dessa comissão.
Podem ocorrer pelo menos quatro situações diversas durante a elaboração de um PPRA,
tais como:
1. Empresas que ainda não existem no plano concreto, são só projeto, elaboram o PPRA.
a Devem antever todos os riscos e as medidas de proteção necessárias, inclusive
alterando a infraestrutura e o layout da empresa para otimizar a saúde e a segurança
dos trabalhadores sem se desviar do objetivo principal da empresa.
2. Empresas que já estão constituídas fisicamente e vão elaborar o PPRA pela primeira vez.
a Devem se valer das orientações da sequência em sua totalidade.
3. Empresas que já possuem o PPRA, porém as avaliações de risco ficaram no campo das
avaliações qualitativas e por conseguinte não foram realizadas medições dos agentes
agressivos.
a Verificar se os agentes reconhecidos, mas não avaliados indicados no PPRA
anterior representam a totalidade dos agentes existentes no estabelecimento.
b Em caso negativo, revisar o Documento-base incluindo os novos agentes.
c Em seguida, realizar as medições necessárias utilizando as especificações constantes do
item “Técnica de Avaliação dos Agentes”.
d As etapas anteriores já estarão cumpridas, uma vez que o PPRA já existe, bastando
apenas a sua revisão.
e Concluídas as medições, revisar o Plano de Ação anexando quando necessário os laudos
técnicos no PPRA e preencher o formulário de registro de revisões.
4. Instalações que possuem PPRA com medições efetuadas.
a Avaliar o atendimento ao Plano de Ação.
b Atentar para as reavaliações anuais necessárias previstas ou não no PPRA.
c Nestas reavaliações, deve ser considerado se houve alterações de processo , lay-out ou
atividades que contribuíram para modificar os riscos reconhecidos.
d Em caso positivo, atualizar o PPRA conforme as etapas previstas abaixo.
e Em seguida, revisar o Plano de Ação, anexar os laudos técnicos no PPRA e preencher o
formulário de registro de revisões do PPRA.

CONTEÚDO OBRIGATÓRIO DO PPRA

O Programa de Prevenção de Risco Ambiental deve ter em seu conteúdo no mínimo


estas informações colocadas na sequência a seguir apresentada. Pergunta-se o PPRA precisa ser
impresso. Respondo em havendo certificação de assinatura digital, não precisa ser impresso, salvo se
por exigência expressa dos órgãos de controle.

CAPA

Todo o trabalho deve ser feito em papel timbrado da empresa objeto do PPRA ou da
empresa que está elaborando o serviço, é uma forma de identificação visual de quem é o documento.
Deve conter o título “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”, o nome da Empresa em que foram
realizados o trabalho e a data da conclusão dos levantamentos de campo, que passará a ser a data do
Documento Base.
Vários PPRA apresentam a expressão: “Documento Base”. Isso somente demonstra que
é o PPRA original, e que nenhuma avaliação anual foi feita. Pessoalmente prefiro tratar simplesmente
como PPRA, pois em sendo um programa o mesmo sofrerá várias alterações no decorrer dos anos, e
ficará atualizado, independentemente de ser o documento base original. Filigranas que não afetam a
eficácia ou a eficiência do equipamento.

IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

A principal informação inicial do PPRA é a identificação da pessoa jurídica ao qual se


destina este documento, devendo constar no mínimo a sua razão social; seu nome fantasia; seu

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Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; sua Classificação Nacional de Atividades Econômicas –
CNAE; à atividade principal da empresa; o risco a que está vinculada esta atividade principal; o telefone;
o seu e-mail institucional; seu site na internet (se existir).
Para este primeiro bloco de informações, cada uma das mesmas é importante, pois por
meio do CNPJ é possível verificar sua situação junto à Receita Federal – se está ativa ou não e junto ao
ministério do trabalho na pesquisa de informação de número de empregados via CAGED, e possíveis
demandas judiciais terá como destinatário o CNPJ da empresa. O CNAE vem estabelecer a atividade
principal que a empresa pretende executar, pois o Contrato Social de uma empresa permite a inclusão
de diversas atividades e temos de determinar qual é realmente a atividade principal, pois é comum uma
atividade subsidiária ser mais importante em termos de ação e de faturamento que a atividade principal.
Podendo neste caso ser caracterizado no PPRA mais de um CNAE – deve-se olhar sempre para a ficha
do CNPJ. Ao estabelecer o CNAE principal da empresa, busca-se na Norma Regulamentadora n°04, a
sua relação de grau de risco, que demandará o dimensionamento do Serviço Especializado de Medicina
e Segurança do Trabalho e o grau de risco desta atividade frente ao Ministério do Trabalho. E de posse
do CNAE também é possível estabelecer seu grau de risco frente a previdência social, determinando as
alíquotas de seguro acidente de trabalho e a majoração ou não do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço – FGTS de seus trabalhadores. Pode consignar os dois graus de risco no PPRA, mas o da NR04
é obrigatório.
Num segundo bloco de informações deve constar: o horário de funcionamento da
empresa e os tipos de jornada existentes; o número de empregados efetivos; e finalmente o responsável
pela elaboração do documento e o(s) funcionários da empresa que participaram do processo.

OBJETIVO

Como o PPRA é direcionado a todo o universo de trabalhadores da empresa


independente de sua formação profissional e seu entendimento sobre as questões de saúde e
segurança, é importante escrever para que serve o PPRA de forma sucinta e rapidamente para que
serve esse programa. Um texto padrão muito comum é: “O PPRA tem como objetivo a preservação da
saúde e a integridade física dos trabalhadores, por meio do desenvolvimento das etapas de antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequentemente o controle da ocorrência dos riscos ambientais
existentes ou que venham a existir nos locais de trabalho, prevenindo doenças do trabalho.”

QUALIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS

Deve ser informado no PPRA nome e cargo dos responsáveis pelo acompanhamento
dos serviços nos diversos setores da empresa, do profissional responsável pela visita de campo e
levantamento das informações, do elaborador do programa e do profissional responsável pelo SESMT,
quando houver.
DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES

Devem ser descritas as responsabilidades de cada ator no Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais da empresa, o que pode variar de empresa para empresa, mas duas informações são
obrigatórias: Por parte do empregador, afirmando que o mesmo é o responsável por estabelecer,
implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como atividade permanente da empresa, além de
informar aos trabalhadores sobre os riscos ambientais e meios disponíveis de proteção. Por parte dos
trabalhadores, que os mesmos têm como responsabilidade colaborar e participar na implantação e
execução do PPRA, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA e
informar ao seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em
riscos à saúde dos trabalhadores.
Sempre aconselho que seja inserido para os trabalhadores a seguinte expressão, no
corpo do PPRA e transladada nos seus contratos de trabalho: “que a não obediência as normas e as
determinações contidas neste PPRA enseja demissão por justa causa.”
Nas empresas que possuem Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho,
que estas devem assessorar as unidades do estabelecimento na efetiva implantação do PPRA e em
todos os demais assuntos relacionados com a Engenharia de Segurança do Trabalho e Medicina do
Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física dos funcionários e
Realizar anualmente junto com a administração do estabelecimento e com a CIPA a reavaliação do
PPRA, sendo corresponsável pelas ocorrências advindas da sua não implantação.

DEFINIÇÕES BÁSICAS

Como já dissemos que este documento se destina a todo o universo, o mesmo deve
conter um rol de definições e conceitos que permitam um entendimento harmonizado por parte de todo
corpo funcional. São eles:
 Higiene ocupacional: É a ciência e arte dedicada à prevenção, reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos existentes ou originados nos locais de trabalho, os quais podem prejudicar
a saúde e o bem-estar das pessoas no trabalho, enquanto considera os possíveis impactos sobre
o meio ambiente em geral.
 Riscos Ambientais: são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, forem
capazes de causar danos à saúde do trabalhador, inclui-se ainda os riscos ergonômicos e os
riscos de acidente ou mecânicos
 Agentes físicos: São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores. Devem ser considerados, durante as avaliações, os agentes físicos que se
apresentam nas seguintes formas de energia: ruído, vibração, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiação não ionizantes, infrassom e ultrassom.

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 Agentes químicos: são substâncias, ou compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo humano, seja pela respiração; seja pelo contato com a pele; seja pela
sua ingestão. Entra nesta categoria além dos produtos e substâncias químicas, as
poeiras, fumos, névoas, neblina, gases e vapores.
 Agentes biológicos: São agentes biológicos os que se apresentam nas formas de
microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias,
fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus, entre outros.
 Riscos Ergonômicos: são agentes relacionados a não adaptação do trabalho ao homem,
envolvendo desde a forma dos maquinários utilizados e suas ferramentas até a
organização do trabalho e as diversas formas de organização da empresa.
 Risco Mecânico: são normalmente relacionados a problemas de manutenção, existência
de gambiarras que colocam em risco a atuação do trabalhador – são situações
temporárias que tendem a se perpetuar no tempo. Entra nesta categoria o risco de
acidentes com animais peçonhentos.

CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES DE TRABALHO

Essa é a parte fundamental do processo de avaliação para a elaboração do PPRA, pois


ao termos como norte o AMBIENTE, temos como lócus inicial à infraestrutura, mas dentro de uma
determinada infraestrutura é possível ter diversos ambientes, sendo impossível pelo ambiente maior
descrever ao mesmo tempo os demais ambientes internos. Tomemos como exemplo um hospital,
podemos descreve-lo como uma construção de alvenaria, com pé direito de 3 metros, com duas
entradas uma para os pacientes e outra para os funcionários, e por ai vai.... mas eu posso ter ambientes
no hospital que a parede é de drywall ou que foi baritada, pois recebe radiação. Assim uma descrição
sumária do ambiente “maior” leva a conclusões erradas dos ambientes como um todo. Por isso a
Universidade de Brasília, por meio do Laboratório de Avaliação Ambiental, desenvolveu um modelo de
PPRA, validado pela Vigilância Sanitária do Distrito Federal e pelo Ministério do Planejamento no ano de
2005, em que se fatia a descrição dos ambientes, por cada ambiente, denominando-os conforme sua
inserção na infraestrutura efetiva.
Ao ambiente principal é denominado de HOLO-AMBIENTE, é o ambiente macro, que
representa o conjunto de edificações presentes naquele endereço vinculados aquele CNPJ. Pode possuir
mais de um prédio ou edificação. Neste nível de ambiente se descreve os prédios principais e abre-se
espaço para avaliar as questões de acessibilidade (risco mecânico, e ergonômico), tais como: presença
de estacionamento e sua localização, presença de calçadas e sua conservação, a recepção principal da
unidade, a portaria, uma descrição dos elevadores, rampas, corredores e escadas, vestiários,
abrangendo os espaços de uso comum. É possível verificar a questão dos bebedouros, qualidade da
água e frequência da limpeza da caixa d’água, assim como do sistema de condicionamento de ar
condicionado, se o mesmo for central; dos banheiros e dos postos de trabalho que porventura laboram
nestes ambientes. No nível do Holo-ambiente avalia-se a segurança da subestação de energia ou
gerador, seu quadro elétrico; o serviço de Limpeza e jardinagem, assim como funciona a vigilância
patrimonial. Como se trata de um ambiente amplo que engloba o conjunto de todos os demais
ambientes, pode se incluir neste Holo-Ambiente a avaliação do Serviço Especializado de Segurança e
Medicina do Trabalho (se existir), da Comissão Interna de Acidente de Trabalho – CIPA.
Neste Holo-ambiente avalia-se também o sistema de combate a incêndio, incluindo: a
brigada de incêndio, o armazenamento de combustíveis inflamáveis, o sistema de alarme e chuveiros
automáticos, os hidrantes de rua, os hidrantes internos, o sistema de extintores, os sistemas de
emergência e a brigada de incêndio.
Ao terminar a avaliação do Holo-Ambiente partimos para a avaliação do que
denominamos de Meso-ambiente, que será composto pelas edificações independentes presentes neste
Holo-Ambiente, refazendo em uma escala menor todas as avaliações que fizemos no Holo-Ambiente.
No Meso-ambiente existem diversos microambientes, e são estes micro ambientes que
serão avaliados de forma mais próxima, de forma mais acurada, avaliando-se todos os principais riscos
em todas as suas variáveis: risco físico (calor, ruído, frio, vibração,...), químicos, biológicos, mecânicos
e ergonômicos. No risco ergonômico, dependo do tipo de função laboral que lá é executada cabe a
inserção de uma Análise Ergonômica do Trabalho na análise do microambiente.
Apresentamos na sequência a estrutura de avaliação de um microambiente para um
Programa de Prevenção de Risco Ambiental, realizado em novembro de 2016, para o Instituto Médico
Legal do Distrito Federal:

Avaliação do MICROAMBIENTE – NECROPSIA.

Iniciamos a avaliação com a introdução, colocação de uma planta baixa


do setor, pois permitirá uma visão mais aberta das condições do lugar/ambiente,
além de facilitar na sequência a elaboração do mapa de risco.

21
Na sequência avaliamos os riscos existentes neste microambiente, avaliando
todos os riscos considerados como físicos, mesmo que não se manifeste no microambiente
apurado. Na metodologia utilizada cada risco apresentará um conjunto de notas: uma para seu
grau de avaliação frente ao risco em si, quanto maior a nota melhor o ambiente com relação ao
risco colocado; e uma nota para o risco geral inferido, que quanto menor a nota melhor o ambiente.

RGI - Risco Geral Inferido é o potencial de que o risco identificado pode provocar
danos à saúde do trabalhador, varia numa escala de 0 (sem risco) a 5 (risco real) e sua
implicação geral é determinada pelo maior RGI estabelecido para o grupo, setor.

Riscos Físicos:
Ruído contínuo: Grau de avaliação: 10 / RGI: 0 / medido: 65Db(A).
Ruído de Impacto: não mensurado
Temperatura extrema calor: ambiente relativamente quente devido a
insuficiência de ventilação. Grau de avaliação 7 / RGI: 1 / medido: 30ºC.
Temperatura extrema frio: não se aplica
Umidade: 57% Grau de avaliação 10 / RGI 1 / medido: umidade ambiente
Radiação não ionizante: não mensurado
Radiação Ionizante: Não se aplica
Índice de Condição Ambiental – Riscos Físicos ICA: 9,00
Risco Geral Inferido: 0,66

Riscos Químicos:
Armazenamento de produtos químicos. Poucos produtos químicos no
ambiente e com armazenamento inadequado. Grau de avaliação: 7 / RGI:
2.
Manipulação de Produtos químicos. Grau de avaliação: 9 / RGI: 3
Ventilação. Grau de avaliação: 10 / RGI: 0
Higienização do ambiente (produtos usados). Grau de avaliação: 10 / RGI:
0
Manutenção do ambiente. Presença de poças de sangue de fluidos
orgânicos em todo o ambiente; deficiente sistema de esgotamento,
permitindo a proliferação de bactérias e de putrefação deste material. Grau
de avaliação: 4 / RGI: 5
Gestão dos Resíduos Químicos. Grau de avaliação: 10
Equipamentos de emergência. Grau de avaliação: 05
Equipamentos de proteção coletiva. Grau de avaliação: não se aplica
Equipamentos de proteção individual. Grau de avaliação: 05
Índice de Condição Ambiental – Riscos Químicos ICA: 8,57
Risco Geral Inferido: 5,00

Riscos Biológicos:
Fontes potenciais autóctones (mofo, ácaro, fungo, etc) . Grau de avaliação:
10 / RGI: 0
Patógenos. Grau de avaliação: 3 / RGI: 4
Manipulação de material biológico. Função primeira do ambiente. Grau de
avaliação: 3 / RGI: 4
Higienização do ambiente (qualidade do serviço). Extremamente deficiente,
existência de material fluido orgânico no ambiente de forma constante.
Grau de avaliação: 5 / RGI 5
Manutenção do ambiente. Presença de poças de sangue de fluidos
orgânicos em todo o ambiente; deficiente sistema de esgotamento,
permitindo a proliferação de bactérias e de putrefação deste material. Grau
de avaliação: 2 / RGI 5.
Gestão dos resíduos biológicos. Material infecto contagiante depositado de
maneira inadequada – lixeiras abertas, sem tampa. Recolhimento de
resíduos líquidos de forma improvisada. Grau de avaliação: 3 / RGI 3.
Equipamentos de proteção coletiva. Não existe equipamento de proteção
coletiva, a sala que deveria atuar como a de um centro cirúrgico, não
funciona desta forma. Não há barreiras de entrada e de saída. Presença de
vetores mecânicos, sem sistema de proteção. Ventilação deficiente. Grau
de avaliação: 4 / RGI: 4.
Equipamentos de proteção individual. São fornecidos equipamentos de
proteção ambiental em número e quantidade adequada, mas parte dos
mesmos estão com data de validade a muito expiradas – mascaras de
proteção. Grau de avaliação: 7
Índice de Condição Ambiental – Risco Biológico ICA: 4,65
Risco Geral Inferido: 5,00

Riscos Ergonômicos:
Ventilação. Ventilação deficiente. Grau de avaliação: 7 – ambiente
Iluminação. Grau de avaliação: 10 – 2600lux
Conforto térmico. Grau de avaliação: 10
Conforto acústico. Grau de avaliação: 10
Ginástica Laboral. Não se aplica
Maniplação de peso. Trabalhadores independente da estatura manipulam
cadáveres de qualquer tamanho e peso, não há “discriminação”. Grau de
avaliação: 3 / RGI: 4
Mesa. Mesa inadequada a todas as atividades desenvolvidas – estreita e
fixa, obrigando a várias operações fora da mesma. Grau de avaliação: 6.
Cadeira. Não se aplica, a atividade é desenvolvida em sua maioria em pé.
Computador. Para pequenas ações.
Posto de Trabalho. Ver AET.

Na sequencia verificamos a necessidade de se promover uma análise


ergonômica do trabalho, para subsidiar a identificação dos riscos e propor medidas
saneadoras.

Análise Ergonômica do Trabalho dos Profissionais de Anatomia – AET


Ergonomia organizacional
Trabalho em regime de plantão de 12 e 24 horas
Fluxo da rotina:
Rotina diurna:

Profissional inicia o trabalho sem troca de roupa previa, a mesma roupa


que vem de casa ele se vale para o trabalho, com exceção do calcado, onde
a maioria troca por um tênis que fica guardado no próprio IML.
O trabalho do profissional de anatomia obedece a uma fila (na lógica dos
taxistas), onde cada cadáver é destinado para um único profissional de
anatomia, não havendo pré-seleção, isto é independente do peso e da
estatura do cadáver o mesmo é recepcionado e trabalho por um membro
da equipe de plantão, independente de gênero, altura e força muscular. A

23
lógica da divisão se aplica tanto para a sala de necropsia como para o
“podrão”.
Para iniciar o trabalho o mesmo se paramenta com Equipamentos de
Proteção Individual – EPI: calça, jalecos, gorros, luvas descartáveis e óculos
de proteção. Estes EPI’s são vestidos em frente a Sala de Material e
Vestígios – no corredor, e depois de vestido inicia-se o trabalho. Neste
momento o profissional de anatomia, pega a bandeja de material
esterilizado para realizar os seus procedimentos – com exceção do
Costotomo e da serra todos os demais materiais são individuais para evitar
contaminação de DNA.
O profissional de anatomia deve “pegar” o seu cadáver ou na câmara fria
ou que já foi destinado a sala de necropsia. No caso da câmara fria o
profissional de anatomia, faz o transbordo do cadáver para o carro de
transporte, independente da altura da gaveta da geladeira para o carro e o
transporta para a sala de necropsia. Ressalta-se que o mesmo atua depois
da atuação dos profissionais de radiologia.
Na sala de necropsia, inicia o processo de necropsia, acompanhado pelo
médico legista que orienta o profissional de anatomia, quais os órgãos e
tecidos que devam ser manipulados para subsidiar o laudo do mesmo
(médico perito).
O primeiro passo é promover a remoção de toda a roupa/vestimenta do
cadáver – caso não haja solicitação de parte destas vestimentas pelos
familiares, as mesmas são jogadas em lixeiras para encaminhamento para
incineração. Os bens de valor, encontrados com o cadáver (relógios,
correntes, anéis, dinheiro,...) são separados e guardados em envelopes
pardos – sem nenhuma limpeza previa, e armazenados em um armário na
sala de necropsia, até serem entregues aos familiares ou responsáveis.
Antes da ação do médico perito em parceria com o profissional de
anatomia, o mesmo promove a pesagem do cadáver, fazendo o transbordo
individual, na maioria dos casos, do carro de transporte para a balança e
da balança novamente para o carro de transporte.
A sala é dotada de 3 mesas de necropsias, mas é comum o trabalho de
necropsia no próprio transporte de cadáver. Neste carro ou na mesa, o
profissional e anatomia faz todos os movimentos necessários, solicitados
pelo médico perito, inclusive com mudança de posição do cadáver: virar de
bruços e de lado.
O acesso aos órgãos internos é realizado por uma tesoura de poda (fig 01)
ao invés do Costotomo (fig 02).

Figura 01. Tesoura de Poda Figura 02. Costotomo.

Figura 01. Tesoura de Poda Figura 02. Costotomo.

Após a realização da necropsia, o profissional de anatomia, promove a


sutura do cadáver e quando necessário realizando a sua reconstituição
facial.
Promove a lavagem do cadáver – neste caso se o procedimento foi
realizado no carro de transporte, o mesmo é transposto para a mesa de
necropsia, onde lá se faz a lavagem. Após a lavagem o cadáver volta para
o carro de transporte onde é etiquetado/identificado.
Ao fim desta fase é encaminhado a sala da câmara fria para avaliação
papiloscópica e com a liberação deste guardado novamente na câmara fria.
Ao profissional de anatomia, não possui atividade puramente de escritório
-administrativa.
Este ciclo de atividade dura em média 02 horas, tendo como desvio padrão
40 min (em caso de fetos) a 06 horas dependendo do porte do cadáver e
da causa mortis, com ciclo máximo de 05 cadáveres dia.
Este ciclo de trabalho pode ser interrompido, caso apareça, alguma
prioridade, isto é, necessidade de remoção de corpos oriundos de sinistros
em via pública, residencial, ou acionados pela perícia técnica da PCDF, tem
prioridade. Em caso de todos os plantonistas de anatomia estarem atuando,
dois devem parar suas atividades e promover a remoção do cadáver.

Rotina Noturna

A atividade de necropsia do IML, se limita a atividade diurna, devido a


insuficiência de lumens (iluminação) para se promover a necropsia de
forma adequada, isto posto a atividade de plantão noturno dos profissionais
se limitam a remoção de cadáver, que são guardados na câmara fria para
atuação no dia seguinte.
A atividade de remoção é realizada por uma equipe mínima de 02
profissionais de anatomia e um motorista. Não há troca de roupa para as
ações de remoção.

Apoio.

Os profissionais de anatomia que estão de plantão e não estão executando


nenhuma atividade de necropsia ou de remoção, ficam à disposição da
instituição, na denominada Sala de Estar. Sala está formada pela adaptação
de um corredor, e mobiliada por um conjunto de sofás (sem limpeza) e
televisão. Ao final da sala se chega a área de alimentação da equipe, que
é conjugada com os armários para a guarda de pertence pessoal e os
equipamentos de uso em trabalho, principalmente os calcados que se troca
para a sala de necropsia ou as botas fornecidas pela PCDF para ação
externa. A limpeza das mesmas fica a cargo de seus detentores – lavagem
na própria instituição: lava jato, banheiro ou na própria sala; dos
profissionais que lavam, pois há profissionais que não promovem a limpeza
de suas botas e outros utensílios de serviço.
A entrega do EPI é acautelado, isto é, a necessidade de troca ou
substituição de EPI, deve ser feita por meio de relatório especifico, mesmo
que o EPI, esteja vencido ou que já extrapolou seu prazo de vida útil
econômica determinado pela área técnica e de compras.
Não há nenhum controle da saúde ocupacional dos profissionais de
anatomia envolvidos.

Ergonomia Física

Ao se avaliar a metodologia OWAS para os profissionais de anatomia,


verifica-se que o mesmo possui a seguinte classificação: 2.1.1.3,
apresentando risco 3, para 60% de sua jornada. Traduzindo, o profissional

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de anatomia, quando em realizando atividade de necropsia, trabalha com
o dorso inclinado (com movimento habituais de alavanca), com os dois
braços para baixo, com as duas pernas retas, promovendo uma carga ou
força acima de 20Kg. Sendo imprescindível a modificação do modus
operandi estabelecido, pois o risco a saúde dos profissionais é patente.
A sala de necropsia tem deficiência de ventilação.

Ergonomia dos Produtos

Os profissionais de anatomia, não muito diferente de várias áreas do serviço


público, trabalham com instrumental inadequado, quando não improvisado.
A mesa de necropsia tem largura inadequada para um trabalho adequado.
É em função desta que a maioria dos procedimentos são realizados nos
próprios carros de transporte.
A mesa de necropsia, não possui em sua base (base de trabalho) roldanas
para segurar a bandeja do cadáver e permitir uma melhor e mais fácil
manipulação do mesmo, nem plataforma de trabalho regulável ao seu
redor, para impedir que posturas inadequadas para manipular o cadáver
sejam tomadas, pois a alturas dos auxiliares e dos peritos são diferentes.
As luvas disponibilizadas são inadequadas para o procedimento e
obedecem a um tamanho padrão, o que faz que fique folgado em alguns
profissionais, aumentando o risco de acidente ou de contaminação.
Os profissionais que fazem a remoção, não possuem equipamentos de
proteção individual para este tipo de ação, tais como:
Lanterna de mineiro (que fica presa na cabeça), pois como é comum o
recolhimento de corpos em terrenos baldios e áreas com deficiência de
iluminação pública. É comum incidentes no percurso entre o carro e o local
onde está o cadáver. À noite a situação complica, pois, os profissionais não
conhecem o terreno. Teve um caso de um profissional que na região de
chácaras do SAI, ao ir recolher o corpo, caiu numa fossa negra, ficando
preso com fezes e esgoto até a altura do ombro – quem evitou acidente
maior foi outro companheiro, que sofreu fratura na perna em função deste
esforço.
Colete a prova de balas, dentro do prazo de validade (5 anos em média) e
conforme o gênero; pois como os profissionais são os únicos responsáveis
pela coleta do cadáver, e os mesmos representam e são identificados pela
população como policiais, sofrem os mesmos riscos destes, quando ocorre
a coleta em área de risco.
Disponibilizar o “TIVEK – tipo capa de chuva”, para as ações de remoção.
Necessidade de oferecer equipamentos de proteção individual, adequadas
a atividade e dentro das características de segurança de fábrica, isto é,
dentro do prazo de validade. O IML ainda disponibiliza aos profissionais de
anatomia luvas que venceram em 2012.
Lâminas das serras são inadequadas, para uma série de procedimento –
utilizam a disponível para os procedimentos necessários.

Ergonomia Cognitiva

Os profissionais de anatomia têm ciência de sua importância, mas


acreditam que são desprestigiados como profissionais qualificados, uma vez
que suas demandas de melhoria de qualidade de vida no trabalho não são
atendidas (ou parcamente atendidas) e por não possuírem autonomia,
dependendo sempre de ordens superiores para a execução de suas
atividades.
Sentem que 40% do trabalho realizado é desperdiçado, devido a
ineficiência da ação do SVO – Serviço de Verificação de Óbito, que estipula
uma “franquia” de apenas 03 cadáveres tendo como causa morte natural
para recebimento por dia. Aos que são mortes naturais e que não
recepcionados pelo SVO, são necropsiados, mesmo não havendo
necessidade. Há uma reclamação generalizada, que as mortes sob
acompanhamento do SAMU, pois os médicos do SAMU não emitem o
atestado de óbito, sobrecarregando o serviço.
Índice de Condição Ambiental – Riscos Ergonômicos: 5
Risco Geral Inferido: 4

Riscos Mecânicos

Choque elétrico em máquinas e equipamentos. Grau de avaliação: 4


/ RGI 8 – sistema de aterramento danificado
Choque elétrico em instalações. Grau de avaliação: 9 / RGI 1
Choque mecânico. Grau de avaliação: 8 / RGI 0
Queda em mesmo nível. Grau de avaliação: 10 / RGI 0
Queda em nível diferente. Grau de avaliação: 10 / RGI 0
Acidente de transito. Grau de avaliação: 7 / RGI 0
Materiais pérfuro cortantes. Grau de avaliação: 10 / RGI 0
Superfícies e materiais em temperaturas extremas. Grau de
avaliação: 10 / RGI0
Máquinas. Grau de avaliação: 10 / RGI 0
Ferramentas. Grau de avaliação: 10 / RGI 0
Animais Peçonhentos. Grau de avaliação: 10 / RGI 1
Rota de Fuga. Grau de avaliação: 10 / RGI 0
Explosão. Grau de avaliação: 6 / RGI 4
Equipamento de proteção individual. Grau de avaliação: 8 / RGI 0
Índice de Condição Ambiental – riscos mecânicos:
Risco Geral Inferido:
Índice de Condição Ambiental – Riscos: 9,3
Risco Geral Inferido – riscos: 1

Conclusão:

Ambiente que podemos definir, como o porquê da existência do


próprio IML, sua função é fundamental, mas não tem a estrutura que
necessita para desenvolver de forma plena sua alçada de
competência. Pequenas falhas quando agregadas com outros riscos
amplificam os riscos e deterioram as condições de trabalho dos
trabalhadores ali expostos, além de não garantir nenhuma
segurança a sociedade, em caso de cadáveres sem caracterização de
causa mortis e que possa estar contaminado com algum vírus letal –
ebola por exemplo.

A divisão por ambientes favorece a criação de um instrumento completo de


gestão e não apenas um documento para estabelecer um programa para atender a legislação.
De forma geral os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais apresentam, seguem a
seguinte formatação apresentada a seguir. Mas lembre-se, o PPRA tem conteúdo obrigatório,
mas a forma é a assinatura de cada profissional.

27
Numa abordagem do PPRA, dita comum, a caracterização desses ambientes pode ser
feita, no mínimo, por descrição física do local conforme quadro abaixo:

CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE DE
TRABALHO
Setor Local Pé Paredes Piso Divisórias Tipo de Tipo de
Direito Iluminação Ventilação

Administração

Pátio 1

Produção

Neste caso é recomendável que sejam descritas as máquinas e equipamentos que existem em cada
setor/local de trabalho.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NOS SETORES DE TRABALHO

Desenvolver planilha contendo a relação de setores, as funções dos trabalhadores, o


quantitativo de empregados e descrição das atividades realizadas, conforme modelo abaixo:
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DO POSTO
FUNÇÕES No DE
DAS DE TRABALHO/
EXISTENTES EMPREGADOS
SETOR ATIVIDADES LOCALIZAÇÃO

Administração

Pátio 1

Produção - SCX

Caldeira

Nota-se que existem várias colunas, mas o que é mais importante nesse caso é
descrever minunciosamente as tarefas executadas e não tão somente a cópia Código Brasileiro de
Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego.

RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS

Após realizar a descrição das atividades em cada setor conforme tabela acima, o
próximo passo é fazer o reconhecimento do risco. Esta etapa envolve a identificação qualitativa e a
explicitação, dos riscos existentes nos ambientes de trabalho. As informações necessárias nesta etapa
são:
» A determinação e a localização das possíveis fontes geradoras, trajetórias e meios de
propagação, caracterização das atividades e do tipo de exposição, identificação das
funções e determinação do número de trabalhadores expostos ao risco.
» A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento
da saúde decorrentes do trabalho, possíveis danos à saúde relacionados aos riscos
identificados disponíveis na literatura técnica.
» A descrição das medidas de controle já existentes na empresa e das possíveis alterações
para aumentar a sua eficiência na redução ou eliminação dos riscos ambientais e
informações obtidas nos seguintes documentos:
» Mapas de Riscos Ambientais;Levantamentos de Riscos nos Postos de Trabalho;
» Análise Preliminar de Riscos – APR.
Exemplo de planilha para Reconhecimento dos Riscos:

MEDIDAS DE
POSSÍVEIS TEMPO/ CAUSA/ CONTROLE
RISCOS/ FUNÇÕES
SETOR LOCAL DANOS À TIPO DE FONTES EXISTENTE
AGENTES EXPOSTAS
SAÚDE EXPOSIÇÃO GERADORAS OU
NECESSÁRIA

Cumpre informar que quando não for reconhecido identificado o risco, o PPRA se resume
a essa fase, registro e divulgação de dados, in verbis:
“NR-9, item 9.1.2.1 – Quando não forem identificados riscos ambientais
nas fases de antecipação ou reconhecimento, descritas no item 9.3.2 e
9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas alíneas “a” (
antecipação e reconhecimento dos riscos) e “f” ( registro e divulgação
dos dados) do sub-item 9.3.1.

REFORÇANDO A fase de antecipação é referente a futuras instalações que estão em construção ou


reforma;

REFORÇANDO: Em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da substância


ativa, não sendo aceitas citações de nomes comerciais, devendo ser anexada a respectiva ficha
toxicológica – FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ.

29
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
O manuseio e o trabalho com produtos químicos requerem o conhecimento das
propriedades físico-químicas e toxicológicas destas substâncias, de forma a identificar os riscos aos quais
os trabalhadores estão expostos.
Neste item, deve-se descrever de forma simples e resumida, os principais aspectos
toxicológicos das substâncias utilizadas que possuem indicativos de possível comprometimento da saúde
decorrente do trabalho.
Convém ressaltar, que o objetivo aqui é mencionar, de forma generalizada e superficial, as
principais ocorrências em função da exposição aos agentes químicos. Um estudo mais elaborado e
detalhado a respeito dos efeitos toxicológicos de cada substância pode ser realizado posteriormente.

AVALIAÇÃO QUANTITIATIVA DOS RISCOS AMBIENTAIS

Envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a determinação da intensidade dos


agentes físicos a concentração dos agentes químicos, visando ao dimensionamento da exposição dos
trabalhadores.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o
controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar
a exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle. Ressaltando-se
quem em havendo a necessidade de realizar medições qualitativas estas são de atribuição exclusiva dos
engenheiros de segurança do trabalho, dos agentes da vigilância sanitária com registro ativo no CREA
e do corpo de bombeiros.
A avaliação deverá considerar as seguintes atividades:
a. Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos
dados e informações coletados na etapa anterior;
b. Quantificar a concentração ou intensidade por meio de equipamentos e
instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas
indicadas a seguir;
c. Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os Limites de
Tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores;
d. Verificar se as medidas de controle implantadas são eficientes.

Nesta fase de avaliação, é primordial caracterizar, por meio de metodologias técnicas, à


exposição de trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os limites de tolerância e o tempo de
exposição. Deverá ser transcrita a conclusão quanto à caracterização de danos à saúde do trabalhador.

30

AGENTE FÍSICO RUÍDO
Devem ser identificados os grupos de trabalhadores que apresentem iguais características
de exposição, ou seja os Grupos Homogêneos de Risco GHR ou Grupos Homogêneos de Exposição - GHE.
As avaliações devem ser realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação correspondia à
exposição típica de cada grupo considerado.
Exemplo de Texto:
A fim de avaliar a efetiva exposição dos trabalhadores ao agente físico ruído,
foram realizadas dosimetrias durante a jornada de trabalho utilizando dosímetro
digital Instrutherm, modelo DOS-450, previamente calibrado, operando em
circuito de compensação “A”, e circuito de resposta lenta “SLOW”, com leitura
próxima ao ouvido do empregado, considerando períodos de exposição a ruídos
contínuos, de diferentes níveis. O nível de pressão sonora equivalente (Leq), para
período de 8 horas de trabalho calculado de acordo com as instruções do
dosímetro, será o mesmo que Level Average (Lavg) utilizando os seguintes
parâmetros: Limite de 85 dB(A) e fator duplicativo de dose (q = 5), de acordo
com o Decreto Presidencial n.o 4.882 de 18 de Novembro de 2003, a metodologia
e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO, na Norma de
Higiene Ocupacional – NHO 01 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído e
a Instrução Normativa INSS-DC n.o 118/2005.
O Uso do Decibelímetro:
Mesmo não tendo sido identificado nas etapas de antecipação e reconhecimento,
a presença de nenhum agente nocivo, previsto na legislação previdenciária, foi
realizado a avaliação do agente físico ruído conforme abaixo:
» Foram identificados os grupos de trabalhadores que apresentavam iguais
características de exposição, ou seja os grupos homogêneos de risco – GHR.
» As avaliações foram realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação
correspondia à exposição típica de cada grupo considerado.
» O nível de pressão sonora médio foi obtido por meio de utilização de
medidor de leitura instantânea, decibelímetro, que avaliou a exposição ao
ruído contínuo ou intermitente estando ajustado de forma a operar no
circuito de ponderação “A” e circuito de resposta lenta (slow).

Exemplo de planilha para avaliação do agente físico Ruído:

Nível de Ruído Tipo de Ruído


Medidas
Limite de
de
Setor Local Tempo de Contínuo/ Tolerância
Controle
dB(A) Exposição Intermitente Impacto dB(A)
Existentes

O elaborador do PPRA deverá informar quais foram os métodos, técnicas, aparelhagens e


equipamentos utilizados no reconhecimento do risco ruído para a elaboração do PPRA. Deverá ser anexado
ao PPRA o certificado de calibração do equipamento utilizado.
Exemplo:

31
Equipamento: Decibelímetro Digital
Modelo: DEC-430
Marca: INSTRUTERM
Escala: 35 a 100 dB

AGENTE FÍSICO CALOR

Nas avaliações de calor sugerimos seguir os procedimentos descritos na Norma de Higiene


Ocupacional - NHO 06 para avaliação da exposição ocupacional ao calor da Fundacentro e os parâmetros
estabelecidos pelo Anexo 3, limites de tolerância para exposição ao calor, da Norma Regulamentadora 15
do MTE.
Exemplo:
Foi utilizado para as avaliações de calor, um conjunto de 3 sondas sendo um
Termômetro de Globo, um Termômetro de Bulbo Seco e um Termômetro de Bulbo
Úmido.

Exemplo de Planilha para avaliação do Agente físico calor:


Causa / Fonte Tipo de No Trab. Avaliação Medidas de
Geradora Exposição Expostos Quantitativa Controle
Existentes

32

O elaborador do PPRA deverá informar quais foram os métodos, técnicas, aparelhagens e
equipamentos utilizados na identificação do risco calor para a elaboração do PPRA. Deverá ser anexado ao
PPRA o certificado de calibração do equipamento utilizado.
Exemplo:
Modelo: TGD-200
Marca: INSTRUTHERM

AGENTE QUÍMICO

Devem ser identificados os grupos de trabalhadores que apresentem iguais características


de exposição, ou seja os grupos homogêneos de risco - GHR. As avaliações devem ser realizadas cobrindo
um ou mais trabalhadores cuja situação corresponda à exposição típica de cada grupo considerado.
É fundamental descrever o método utilizado para coleta das amostras.
Exemplo:
O método de coleta utilizado, foi por meio de um amostrador gravimétrico individual junto
à zona de respiração do operador, utilizando cassete duplo com ciclone M.S.A. A bomba de
amostragem foi afixada na cintura do trabalhador, por meio de um cinto, em posição que
não atrapalhou a sua operação rotineira. O engenheiro responsável pela coleta
acompanhou, durante toda a avaliação, o funcionamento da bomba.

Exemplo de planilha para avaliação de agentes químicos:


Causa / Tipo de N.o trab. Avaliação Medidas de controle existente
fonte exposição expostos quantitativa
geradora

Deve-se registrar o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo e calibragem, caso não
exista o agente registrar comentário pertinente.

Quando não for necessária a realização das avaliações químicas poderá ser
utilizado o seguinte texto: Tendo por base os quadros desenvolvidos pela American Industrial Hygiene
Association – AIHA, os agentes químicos que eventualmente podem estar presentes nos locais de trabalho,
não constituem, de acordo com a sua frequência e natureza, nenhum incômodo e nem risco para a saúde
ou integridade física do trabalhador, sendo assim, não foi necessária a realização de avaliações
quantitativas das exposições. Devendo esclarecer o motivo desta conclusão.

33
AGENTE BIOLÓGICO:

O reconhecimento dos riscos biológicos ocorrerá em razão da exposição a agentes


biológicos de natureza infectocontagiosa e em conformidade com o período de atividade, sendo
determinado pela efetiva exposição do trabalhador aos agentes citados nos parâmetros técnicos utilizados,
como a ACGIH.

Exemplo de planilha para avaliação de agentes biológicos:


Local Causa/fonte Tipo de N.o de Medidas de controle
geradora exposição trabalhadores existente
expostos

O elaborador do PPRA deverá informar os prováveis agentes e riscos e respectivas


avaliações de acordo com os padrões definidos por ele para fins de caracterização da exposição ao risco,
uma vez que o anexo 14 da NR15, se limita a estabelecer as atividades de risco biológico fazem jus ao
adicional de insalubridade, que não é objetivo fim do PPRA. Para uma visão mais ampla de risco biológico,
vale a pena considerar a NR32, mesmo fora de ambiente da área de saúde.

METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO

As técnicas de avaliação devem ser feitas na seguinte ordem: no ambiente, nas máquinas
e finalmente nos trabalhadores, seguindo um exemplo, descrito na tabela abaixo:
TÉCNICA DA MEDIÇÃO OBJETO DA APLICAÇÃO
MEDIÇÃO
Medir a intensidade/concentração Avaliação do efeito que tem uma máquina ou
Máquina processo no ambiente de trabalho
da fonte
Medições ambientais Ambientes Avaliação do ambiente geral
Avaliação da exposição das pessoas em seu
Medição da exposição Pessoas posto de trabalho individual

O ideal para todos os tipos de agentes ambientais, para avaliar a exposição de um


trabalhador ou seu grupo (GHE/GHR) é fazer a avaliação pela técnica da medição da exposição, pois a
avaliação da fonte é somente para ter ideia de qual é intensidade de ruído que ela gera enquanto que no
ambiente é uma medição mais voltada para ergonomia – NR17. Para verificar a real exposição de
trabalhador deve ser realizada nele mesmo.
a. Ruído

34
A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão ser obtidos por meio de utilização de
audiodosímetro, ou de decibelímetro que deverão receber os seguintes ajustes:
» Curva de compensação “A”.
» Exposição tipo contínua de 5 dB(A) de relação amplitude/dobro de tempo (q).
» Contagem da dose a partir de 80 db(A).
» Dose de 100% para 8 h de exposição a 85 dB(A).
O empregado portador do dosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo
desviar-se de sua rotina de trabalho.
A seleção do ponto de medição e a localização do objeto de medida são regidas pelo objetivo que tenha
a medição de ruído.
As medições da exposição deverão ser feitas próxima da orelha do trabalhador a uma distância de 5 a
10 cms.
Exemplo de medição:

MEDIÇÃO VARREDURA AVALIAÇÃO CONTROLE

Complementar a varredura
com análise de frequência. É Gravação ou medição por
conveniente gravar o sinal leitura direta do sinal por meio
Medição do nível de ruído ou de medição. de um microfone.
do nível de ruído equivalente Apenas devem ser Nível de pressão sonora do
Emissão
em diferentes situações de efetuadas medições de sinal de frequência analisada.
ruído. acordo com as normas Requisitos específicos para
reconhecidas e locais a medição em ambientes e
medir devem cumprir com aparelhos de medição
certos requisitos.
Realizar uma supervisão
Medição do nível de ruído em De acordo com o método
sistemática dos níveis de
Ambiente pontos de medição indicado para a medição do
ruído em pontos de medição
selecionados ambiente de trabalho.
selecionados.
De ruído equivalente no
ambiente normal de trabalho. Realizar medições de acordo
De acordo com a medição da
Exposição Fazer uma estimativa com as instruções de
exposição do avaliado
aproximada dos tempos de trabalho do PPRA.
exposição.
b. Agentes químicos
Deverão ser avaliados, onde existirem, os agentes químicos podendo ser utilizados monitores de difusão
passiva ou métodos de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados.
O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo
desviar-se de sua rotina de trabalho.
A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou
ACGIH ou do Anexo no11 da NR15.
Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos nacional ou
internacionalmente.
Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliação dos agentes.

35
Exemplo de Medição:
MEDIÇÃO VARREDURA AVALIAÇÃO CONTROLE
Emissão Realizar medições por Depois de criar a estratégia, Fazer revisões das medições
métodos de leitura direta realizar medições mais regularmente. Os valores de
numa fonte de emissão bem precisas utilizando métodos concentração relativos são
definida. Se houver outros de leitura direta/indireta. muitas vezes insuficientes.
contaminantes ambientais Identificar e se possível
selecionar uma substância quantificar as substâncias
como indicador. mais importantes.
Ambiente Utilizar métodos de leitura Utilizar método de leitura Utilizar métodos de leitura
direta e tomar amostras em direta/ indireta e tomar direta. Realizar medições a
alguns postos amostras em alguns postos intervalos regulares em
representativos. de trabalho. Realizar alguns lugares
medições sobre diferentes representativos.
condições de produção.
Exposição Utilização de instrumentos de Depois de criar uma Realizar medições periódicas
leitura direta ou um método estratégia, realizar uma de uma ou mais substâncias
indireto de medida. Eleger medição completa da usadas como indicador.
uma substância como exposição. Utilização de
indicador. equipamento de
amostragem pessoal.
Determinar
qualitativamente e
quantitativamente as
substâncias mais
importantes.

A avaliação dos agentes deverá considerar as atividades necessárias para quantificar a


concentração ou intensidade por meio de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos
identificados, utilizando-se de técnicas apropriadas.
Nesta etapa é primordial caracterizar, por meio de metodologias técnicas, à exposição de
trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os Limites de tolerância e o tempo de exposição,
registrando se sempre o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo e calibragem.
A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão ser obtidos por meio de utilização
de dosímetro, ou de decibelímetro.
O empregado portador do audiodosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo,
não podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.
Os Agentes químicos deverão ser avaliados, por meio de monitores de difusão passiva ou
métodos de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados.
O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho. A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as
Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.
Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos
nacional ou internacionalmente. Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliação
dos agentes.

36
Apresentamos na sequencia um quadro RESUMO de sugestão de Metodologias de
Avaliações podem ser adotadas por Tipo de Agente e Equipamentos a serem utilizados.

Agente NR – 15 Metodologia Equipamentos

Medidor de Pressão Sonora,


Ruído Anexo 1 e 2 NHO 01 da Fundacentro dosímetros, filtros de banda de
oitava
NHO - 06 Fundacentro IBUTG Árvore de termômetros, stress
Calor Anexo 3 – ISO térmico eletrônico – termômetro
7.243 de globo
Radiação NHO 05 - Fundacentro (Raio Dosímetros de bolso, filmes,
ionizante X) canetas, contador geiger muller,
Anexo 5
CNEN-NE 3.01/88 (demais cintiladores e câmaras de
casos) ionização
ISO 2.631 – Corpo Inteiro Medidor de vibração com
Vibração Anexo 8 ISO 5.349 – Mãos e Braços analisador de frequência e
acelerômetros
Artigo 253 da C.L.T
Frio Anexo 9 ACGIH Termômetro e anemômetro

NHO 02 – Fundacentro
NHO 03 – Fundacentro
Tubos passivos, badges, tubos
NHO 04 – Fundacentro
colorímetricos, dosímetros
Agentes NHO 07 – Fundacentro
passivos, bombas de fole ou
químicos gases e Anexo 11 Métodos da NIOSH
pistão, bomba de amostragem de
vapores Anexo no11 da NR15
baixa vazão, tubos de carvão e
sílica, porta tubos e Impingers

Bombas de amostragem +
NIOSH: 7.400; 7.402; 9.000; cassete condutivo + filtro de
Asbesto Anexo 12
9.002; ester de celulose + calibrador
Manganês e seus Bomba de amostragem +
compostos Anexo 12 NIOSH 7.300 cassete + filtro + calibrador
MHA 01 D - Fundacentro Bomba de amostragem + cassete
NIOSH: + filtro PVC + ciclone (ou não) +
Sílica livre Anexo 12
7.501; 7.500; 7.601; 7.602; calibrador
7.603;
Bomba de amostragem
Instrução Normativa M.T.E
Benzeno Anexo 13-A instrumentos de leitura direta
n.1 de 20/12/95

NHO 02 – Fundacentro Bomba de amostragem + cassete


Poeiras minerais ACGIH + filtro + ciclone + calibrador
NIOSH: 7.500
Fumos e NIOSH 7.300 Bomba de amostragem + cassete
partículas Anexos 11 e 12 OSHA ID – 125 + filtro éster de celulose +
metálicas ciclone (ou não) + calibrador
Qualitativa: inspeção no
local;
Agentes
Anexo 14 Quatitativa: sedimentação; Conforme método escolhido
biológicos
filtração;borbulhação e
impactação

37
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

A estratégia e respectiva forma de atuação deverão ser desenvolvidas por meio de reuniões
de planejamento, confrontação de relatos e dos dados de avaliações ambientais.
A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantes atmosféricos e agentes
físicos do ponto de vista do Programa de Prevenção de Risco Ambientais podem ser definidas conforme o
quadro abaixo, partindo-se sempre do nível do Grau de Risco identificado para a definição da prioridade
das avaliações quantitativas a serem realizadas.
A NR-9 define o nível de ação como "o valor acima do qual devem ser iniciadas ações
preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais
ultrapassem os limites de exposição”. Segundo a mesma norma, fica determinado que o Nível de Ação
corresponde a 50% do valor do Limite de Tolerância (LT).

Situações onde os valores estiverem abaixo do Nível de Ação serão consideradas


desejáveis, não cabendo, neste caso, nenhuma medida preventiva ou corretiva.
Uma vez atingido o patamar correspondente ao Nível de Ação, a situação será considerada como de
alerta, devendo ser iniciadas açõ6es preventivas para evitar que as exposições atinjam ou ultrapassem
os Limites de Tolerância (LT).
Se os valores atingirem ou ultrapassarem o Limite de Tolerância, a situação será
considerada crítica, devendo ser tomadas imediatamente medidas corretivas ou de controle.
Os limites de tolerância adotados neste programa são aqueles previstos na NR15 ou, na
ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American
Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em
negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais
estabelecidos.
Para a definição da metodologia de identificação de perigos e avaliação de riscos, uma
técnica que se adequa bem a finalidade do PPRA é o princípio de identificação de perigos e avaliação de
riscos por meio do Teorema de Bayes adaptado ao Método de Avaliação Ambiental desenvolvido pelo

38
Ph.D. Paulo Celso dos Reis Gomes do Laboratório de Avaliação Ambiental da UnB e ajustado/atualizado
pelo Auditor Eng. Luiz Roberto Pires Domingues Junior.
No Processo de Identificação e Avaliação de riscos, devemos tomar por base que para
cada macroprocesso é necessário reconhecer as atividades e situações presentes em suas operações,
caracterizando quanto ao regime de operação, aspectos do processo em analise, danos potenciais,
controles vigentes (EPI, controles administrativos, controles de engenharia), legislação aplicada. Convém
que os desvios dos fatores humanos e organizacionais em relação ao esperado sejam incluídos no
processo de identificação dos riscos, devido à possibilidade de adesão ou não aos programas de Saúde
e Segurança Ocupacional, sendo assim a metodologia utilizada para identificação de riscos utilizada
sendo adaptada pela ISO IEC 31000:2009, realizando os ajustas necessários conforme Figura 1.
É fundamental realizar uma identificação abrangente utilizando processo sistemático e
estruturado, pois o risco potencial não identificado nesta etapa será ignorado em posteriores análises. A
situação operacional deve ser avaliação de forma se a atividade mapeada é realizada em situação
normal, podendo ser uma atividade rotineira ou não rotineira ou em regime de emergência, onde são
aspectos que não deveriam ocorrer durante a execução norma da atividade, podendo causar impactos
na segurança do trabalho.
Os perigos devem ser avaliados em todas as situações, normais do cotidiano de trabalho,
passado em situações potenciais de forma a manter o controle e ocorrências de acidentes que podem
vir a ocorrer em estado futuro.

39
Figura 1

O processo de avaliação de riscos fornece aos tomadores de decisão e as partes


responsáveis um entendimento aprimorado dos riscos que poderiam afetar o alcance dos objetivos, bem
como a adequação e eficácia dos controles em uso. Isto fornece uma base para decisões sobre a
abordagem mais apropriada a ser utilizada para tratar os riscos. A saída do processo de avaliação de
riscos é uma entrada para os processos de tomada de decisão da organização. (ISSO IEC 31000).
A análise de riscos diz respeito ao entendimento do perigo identificando os impactos
(consequências) que um risco pode ter e a probabilidade de ocorrência, fornecendo entrada para a
avaliação de riscos para tomada de decisões estratégicas e definição de métodos de tratamento mais
adequados. O foco do processo de avaliação de riscos está na análise da importância e vulnerabilidade
dos componentes do sistema com uma visão para definição de tratamentos que se relacionam com os
níveis de proteção ou estratégias de recuperação.
É adotada a análise quantitativa, este método estima valores práticos para determinar
o nível de consequências e sua probabilidade, assim produzindo valores valor do nível de risco em
unidades especificas, sendo que na metodologia desenvolvida são identificados riscos relacionados na
atividade, definindo aceitabilidade de exposição, sendo uma adaptação da NTP 330: Sistema simplificado
e evaluación de riesgos de accidente do Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo da
Espanha (INSHT), Norma UNE 150008:2008 Análisis y evaluación del riesgo Ambiental e Teorema de
Bayes é avaliado a probabilidade/frequência de ocorrência do risco no definido cenário.

40
Pela metodologia adaptada NTP 330 foram considerados os critérios: Nível de Exposição
dos Trabalhadores (NE), Nível de Perigosidade (NP) e Nível de Criticidade (NC).
A organização necessita mapear os principais riscos (Avaliação de Nível de
Perigosidade) relacionados aos processos e substâncias empregadas para desenvolver suas atividades:

 Possíveis fontes de perigo;


 Identificação de perigo da instalação;
 Medidas preventivas relacionadas a EPC e EPI;
 Aspectos de exposição a produtos químicos, explosivos e eletricidade.

O nível de exposição é uma medida da frequência com que ocorre a exposição para um
risco particular, podendo ser estimado como função de tempo gasto nas áreas de trabalho, as operações
de máquinas e outros.
A avaliação qualitativa é realizada de acordo com a Tabela 02, são ligeiramente menores
níveis de valor atingido, se o risco é controlado, não deve causa em principio mesmo nível risco que uma
deficiência alta se exposta.
Quantificação de número aproximado de trabalhadores que possam ser atingidos em
caso de ocorrência de acidente. Deve ser levado em consideração a população vizinha, visitante e
terceira que esteja em torno da atividade em avaliação.
Na avaliação nível de consequência, são considerados quatro níveis de classificação
das consequências, sendo estabelecido duplo significado. Ambos significados devem ser considerados
de forma independente, tendo mais peso a danos pessoais. Quando as lesões não são consideração
importante de danos materiais deve nos dar a priorizar o mesmo nível de consequências estabelecido
para as pessoas. Como mostrado na Tabela 04, a escala métrica de consequências é muito maior. É
possível notar que o acidente com baixa tem sido considerado consequência grave. Com esta
consideração é a ser mais exigente quando tratar de penalizar as consequências sobre as pessoas devido
a um acidente, que a aplicação de um critério médico. Além disso podemos acrescentar que os custos
econômicos de um acidente com baixa, mas são muitas vezes desconhecidos sem muita importância.

41
Tabela 02 – Determinação do nível de perigosidade

Nível Categoria Descrição

Existência de substância inflamável/explosiva


Atividades de Trabalhos a Quente
Substâncias Tóxicas
Muito Atmosfera explosiva
10
perigoso Riscos que não possam ser controlados Ex. Trânsito
Trabalhos em redes elétricas energizadas
Causam efeitos irreversíveis imediatos (danos
físicos graves e danos à saúde)
Existência de substâncias inflamáveis e corrosivas
Atividade de trabalho em altura
6 Perigoso Trabalhos com eletricidade
Provoca danos físicos com alguma gravidade e
pode originar doença profissional
Existência de materiais combustíveis pequena
quantidade
Pouco Operação de máquinas e equipamentos que
2
perigoso possuam dispositivos de segurança
Podem ocorrer alguns danos de menor gravidade
Não
1 Podem ocorrer danos leves e reversíveis
perigoso

Deve ter-se em mente que quando nos referimos as consequências dos acidentes, se
trata normalmente do esperado caso o risco se materialize.

Tabela 03 – Determinação do nível de exposição


Nível de
NE Descrição
Exposição
Continuamente. Várias vezes em sua jornada laboral
Contínua 4
com tempo prolongado.
Várias vezes em sua jornada de trabalho, em
Frequente 3
pequenos espaços de tempo.
Algumas vezes em sua jornada laboral e com período
Ocasional 2
curto de tempo.
Esporádica 1 Irregularmente.

Tabela 04 – Determinação do nível das consequências


Nível das Significado
NC
consequências Danos pessoais Danos materiais
Destruição total
Mortal ou
100 1 morte ou mais do sistema
Catastrófico (M)
(irreparáveis)
Lesões graves Destruição
Muito grave
60 que podem ser parcial do
(MG)
irreparáveis sistema
Requer-se
Lesões com
paralização do
incapacidade
Grave (G) 25 processo para
laboral
efetuar
temporária
reparação

42
Pequenas
Reparável sem
lesões que não
Leve (L) 10 necessidade de
requerem
para o processo
hospitalização

AVALIAÇÃO DOS RISCOS


A avaliação dos riscos é realizada comparando os níveis estimados de risco com critérios
de risco definidos quando o contexto foi estabelecido, a fim de determinar a significância nível e do tipo
de risco, assim o Nível de Risco (NR) é determinado através da seguinte equação:
𝑁𝑅 = 𝑁𝐶 𝑥 𝑁𝐸 𝑥 𝑁𝑃
NR – Nível de Risco;
NC – Nível das Consequências
NE – Nível de Exposição
NP – Nível de Perigosidade

O planejamento de prevenção deve ser integrado em todas as atividades da empresa e


deve envolver todos os níveis da organização, através da matriz de níveis de risco é possível determinar
o nível de intervenção necessário a ser tomada das ações, conforme a Tabela 06 descreve ainda, o Valor
Atribuído, que será empregado para a Classificação de Risco.

Tabela 05 – Matriz determinação de risco.

Para obter a classificação do risco em análise é necessária a definição da frequência de


ocorrência de cada cenário de acidente/ aspecto de perigo, assim calculando com o Nível do Risco. O
resultado final desta fase será atribuição de uma única probabilidade de ocorrência dos cenários da
atividade em avaliação conforme Tabela 06. Esta definição é tomada através de pesquisa junto aos
trabalhadores.
Na Tabela 09 é definida o grau de risco, sendo através desta o risco classificado em
duas faixas:

43
Uma faixa superior onde o risco é considerado significativo, quaisquer que sejam os benefícios que
possam trazer à atividade, e o tratamento de riscos é essencial qualquer que seja o seu custo;
Outra inferior, onde o nível de risco é considerado não significativo que nenhuma medida de tratamento
de risco seja necessária.
Tabela 06 – descrição do nível de intervenção.
Nível
Nível de Valor
de Significado
Intervenção Atribuído
Risco
4000- Situação crítica, necessidade
I 4
600 de correção urgente.
500- Corrigir e/ou adoção de
II 3
150 medidas de controle
Se possível melhorar, é
120-
III conveniente justificar a 2
40
intervenção e seu retorno.
Não há necessidade de
intervenção, somente se
IV 20 1
uma análise mais precisa
justifique

Tabela 07 – Atribuição da probabilidade de ocorrência do cenário


Critérios Atribuição de probabilidade
Frequência de ocorrência Qualitativa Pontuação
Diária (várias vezes ao dia) Muito provável 5
Altamente
Diária (1 vez ao dia) 4
provável
Semanal (várias vezes por semana) Provável 3
Mensal (algumas vezes por mês) Possível 2
Pelo menos 1 vez num ano Improvável 1

Tabela 08 – Matriz para quantificar o grau de ocorrência do risco no cenário

Nível do Risco

1 2 3 4

1 1 2 3 4
2 2 4 6 8
Frequência
de 3 3 6 9 12
exposição
ao cenário 4 4 8 12 16
5 5 10 15 20

44
Tabela 09 – Classificação do risco conforme o grau da tabela 08.

Categoria Descrição Pontuação Classificação

Não
Trivial Não requer atenção específica 01 a 02
Significativo

Não há necessidade de reforçar a ação


preventiva. Mas deve ser considerado
mais soluções rentáveis ou melhorias que
Tolerável não envolvem um ônus econômico 03 a 05
significativo. São necessárias verificações
periódicas para garantir a eficácia das
medidas de controle é mantida.
Esforços devem ser feitos para reduzir o
risco , determinando os investimentos Significativo
necessários. As medidas de redução de
riscos devem ser implementadas em um
determinado período. Quando o risco
Moderado 06 a 12
moderado está associado com
consequências extremamente nocivas ,
serão necessárias novas medidas para
estabelecer com maior precisão a
probabilidade de danos como base para
determinar a necessidade de melhorar as
medidas de controlo.
O trabalho não deve ser iniciada até que
o risco foi reduzido. Ela pode exigir
recursos consideráveis para controlar o
Importante risco . Quando o risco corresponde a um 15 e 16
trabalho que está sendo feito , o
problema deve ser sanado em um menor
risco de clima moderado.
Não deve começar ou continuar o
trabalho até que o risco é reduzido. Se
Intolerável não for possível para reduzir o risco 20
mesmo com recursos ilimitados , o
trabalho deve ser proibida.

APLICAÇÃO DO PDCA

A aplicação do ciclo do PDCA (plan, do, check e action) após a avaliação dos riscos, vem
ao encontro de estabelecer medidas de segurança para as avaliações de riscos que foram determinadas
críticas no processo de trabalho, desta forma aplicando a metodologia para que os riscos diminuam.
O critério de ação para definição das medidas preventivas que eliminem ou reduzam
sem sua origem a probabilidade de eventos indesejáveis. Em contraste, mas medidas de proteção atuam
principalmente por prevenir ou reduzir o impacto de acidentes. Entra as medidas de proteção que podem
diferenciar as medidas de proteção coletivas e equipamentos de proteção individual. A medida de
proteção deve ser selecionada de forma a não dificultar o trabalho a ser realizado, são exemplos de
medidas:
- Medidas para eliminar ou reduzir o risco, considerando como tal a sua atuação na fonte geradora
do risco, como: Informação, formação ou participação de trabalhadores: a organização deve
dispor procedimentos adequados que permitam informar ou formar os trabalhadores sobre os

45
riscos que estão expostos e as medidas preventivas adotadas. Os trabalhadores devem ser
consultados em todas questões que afetem a saúde e segurança do trabalho.
- Substituição do agente de risco: adotar a substituição de produtos que seja gerador do risco,
substituir se possível por produtos menos prejudiciais à saúde do trabalhador.
- Atividades para o controle de riscos: se consideram as atividades de controle periódico das
condições de trabalho, e da atividade dos trabalhadores ou seu estado de saúde.
- Instalação de dispositivos de controle de engenharia: compreendem dispositivos que melhorem
as condições gerais do ambiente e/ou de máquinas.
Daychoum descreve que os riscos identificados como necessários de serem tratados serão abordados
pelas estratégias de riscos (positivos e negativos):
Evitação: evitar o risco é mudar o plano do projeto para eliminar o risco ou condição, ou para os
objetivos do projeto de seu impacto. Embora a equipe de projeto nunca consiga eliminar todos os
eventos de risco, alguns riscos específicos podem ser eliminados.
Transferência de riscos e tentar passar legalmente as consequências de um risco, como a
responsabilidade de resposta para terceira parte, através de seguros ou cláusulas contratuais. Transferir
o risco simplesmente coloca na outra parte a responsabilidade de gerencia-lo, mas não o elimina.
Mitigação: A mitigação busca reduzir as consequências e/ou a probabilidade de um evento de risco
adverso para uma tolerância aceitável. Tomar antecipadamente ações para reduzir a probabilidade de
um risco acontecer ou o seu impacto é mais efetivo do que tentar reparar as consequências depois que
elas ocorrem. Os custos de mitigação devem ser compatíveis com a probabilidade esperada do risco e
suas consequências.
Aceitação: Essa técnica indica que a equipe do projeto decidiu não mudar o Plano de Projeto com um
risco ou incapaz de identificar qualquer estratégia factível de resposta. Uma Aceitação ativa pode ser
desenvolvimento de um plano de contingência a ser executado se um risco ocorrer. Uma aceitação
passiva não reque nenhuma ação, deixando a equipe de projeto com a responsabilidade de lidar com os
riscos se eles ocorrem.

PRIORIZAÇÃO DOS RISCOS

Afim de direcionar e facilitar a tomada de decisão da organização quanto a necessidade


de priorização de determinado risco identificado na atividade aplicou-se o Teorema de Bayes
proporcionando visibilidade e buscando assertividade na prevenção de acidentes, tornando o ciclo do
PDCA eficaz.
O teorema de Bayes relaciona informações, com a probabilidade de ocorrência, para
gerar uma nova probabilidade quando os fatos acontecem de maneira relacionada ou são dependentes.
Também é importante ressaltar que essas probabilidades podem e devem ser revistas à medida que são
observados novos fatos que podem alterar a probabilidade de cada um dos acontecimentos envolvidos
(SILVER, 2013). O teorema de Bayes utiliza incertezas, entretanto é alimentado por meio de
probabilidades que podem ser estimas ou sugeridas. Assim, o teorema de Bayes trabalha primeiramente

46
com informações prévias, dessa forma, ao obter novas informações aplica-se o teorema e alcançam-se
as probabilidades posteriores.

𝐴𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜
𝑃(𝐴 ∩ 𝑅𝑛) =
𝑂𝑐𝑜𝑟𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒
Onde:
𝑃(𝐴 ∩ 𝑃𝑅𝑛) = 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑃𝑅𝑛
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝐴 ∩ 𝑅1)𝑃(𝑃𝑅1) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝑅2)𝑃(𝑃𝑅2) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝑅𝑛)𝑃(𝑃𝑅𝑛) + ⋯

Para determinar a contribuição do risco avaliado no cálculo da probabilidade de ocorrência do acidente


em é dado pela equação:

𝑃(𝐴 ∩ 𝑅𝑛) ∗ 𝑃(𝐴 ∩ 𝑃𝑅𝑛)


𝑃(𝐶𝑅𝑛) =
𝑃(𝐴)

Em cima desta teoria foi desenvolvido para uma avaliação sucinta a Avaliação Ambiental
Qualitativa, usada para a elaboração deste Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
A metodologia de avaliação ambiental qualitativa foi elaborada de forma a possibilitar
uma avaliação sucinta e eficaz das condições ambientais passíveis de causar danos à saúde ou à
segurança dos trabalhadores que ali realizam suas tarefas. Esta metodologia instrumentaliza a
implantação da etapa de “Reconhecimento de Riscos Ambientais” (prevista no PPRA) no âmbito da
legislação vigente.
A avaliação qualitativa contempla a vistoria nos ambientes de trabalho (holoambientes,
meso-ambientes e micro-ambientes) por pessoal técnico capacitado preenchendo instrumento específico
(formulário no Anexo I). Os itens desta avaliação são valorados qualitativamente, para tanto, foi a
elaborado um Manual de Avaliação Qualitativa (Anexo II), que estabelece as diretrizes (os parâmetros e
os critérios técnicos) a serem utilizados nesta valoração de cada item avaliado.
A ponderação dos resultados da avaliação qualitativa permitirá uma classificação dos
ambientes avaliados com base em um conjunto integrado de indicadores denominados: Índices de
Condição Ambiental (ICA). Estes índices são percentuais e terão a sua variação classificada em faixas de
aceitabilidade ou adequabilidade, a serem definidas junto à equipe técnica do local analisado.
Os indicadores ICA permitirão a comparação das condições ambientais de um ambiente
de trabalho em diferentes momentos (variação temporal), como também permitirão a comparação
destas condições entre diferentes ambientes de trabalho (variação espacial). A avaliação qualitativa
também avalia as condições do microambiente no quesito existência de “Risco Grave e Iminente”.
A metodologia de avaliação qualitativa contempla, além da obtenção e cálculo dos
indicadores ICA, a realização de pequenas entrevistas com os trabalhadores do ambiente avaliado, de

47
forma a avaliar tanto o entrevistador (avaliador) quanto o entrevistado (trabalhador do local). Esta
entrevista deve ser realizada com um trabalhador, selecionado de forma aleatória durante a vistoria do
ambiente. O trabalhador deverá responder a questões abertas sobre seis temas:
(i) controle de acesso,
(ii) programa de manutenção,
(iii) treinamento de segurança,
(iv) plano de abandono,
(v) equipamento de proteção individual, e
(vi) atendimento de emergência a acidentados.
Vale ressaltar que a questão a ser respondida pelo trabalhador para cada tema, será
selecionada de forma aleatória de um “banco de questões” do tema respectivo, cada um com, no mínimo
20 questões disponíveis. O avaliador deve, a partir das respostas dadas pelo trabalhador, avaliar o
conteúdo de cada resposta e emitir uma nota para o desenvolvimento daquele tema específico no local
avaliado. O avaliador deve descrever, no formulário específico, uma justificativa que detalhe os critérios
técnicos utilizados para emitir a nota de cada tema avaliado.
A metodologia de avaliação qualitativa foi desenvolvida de forma a permitir uma auto-
avaliação dos ambientes de trabalho por seus próprios ocupantes, fortalecendo o PPRA, difundindo as
práticas prevencionista, e potencializando a transparência do sistema (com potencial “controle social”).
Esta auto-avaliação deverá estar disponível para acesso a qualquer trabalhador, com a tabulação de
seus resultados feita paralelamente aqueles oriundos de avaliações de pessoal capacitado para este fim
(avaliação ambiental qualitativa). Os resultados de ambas as avaliações (participativa e de pessoal
capacitado) deve ser tornada pública, de preferência disponibilizada na internet.
Os resultados da avaliação qualitativa poderão indicar a necessidade da realização de
avaliações quantitativas no ambiente de trabalho, e/ou a necessidade da execução/implantação de
medidas de controle dos riscos (adequações no ambiente de trabalho). As medidas de controle poderão
ser:
(i) instalação e/ou manutenção de equipamentos de proteção coletiva;
(ii) alteração no lay-out do local de trabalho;
(iii) alteração no posto de trabalho;
(iv) alteração no processo de trabalho;
(v) capacitação dos funcionários;
(vi) aquisição e/ou manutenção de equipamentos de proteção individual;
(vii) etc.
Apresentamos uma proposta inicial de classificação dos ambientes de trabalho na esfera
do SPF em seis categorias, de forma a possibilitar uma gestão eficaz dos indicadores ICA e dos resultados
das avaliações quantitativas. Estas classes poderão ser redefinidas junto ao órgão analisado, são:
Serviços administrativos e de atendimento ao público, ambientes cujos trabalhadores realizam
atividades típicas de administração/escritório, com uma maior incidência de condições de riscos
ergonômicos.

48
Serviços envolvendo processos químicos, ambientes cujos trabalhadores realizam atividades com
a presença de processos químicos, com uma maior incidência de condições de riscos químicos.
Serviços envolvendo procedimentos biológicos, ambientes cujos trabalhadores realizam atividades
com procedimentos biológicos, com uma maior incidência de condições de riscos biológicos e químicos.
Serviços envolvendo inflamáveis e explosivos, ambientes cujos trabalhadores realizam atividades
envolvendo substâncias inflamáveis ou explosivas, com uma maior incidência de condições de riscos
mecânicos e químicos.
Serviços de produção ou manutenção, ambientes cujos trabalhadores realizam atividades com
máquinas, equipamentos e/ou ferramentas, com uma maior incidência de condições de riscos físicos,
químicos e mecânicos.
Serviços externos, cujos trabalhadores realizam atividades externas, em ambientes fora da ingerência
do órgão público, podendo ser urbanos ou rurais, cuja incidência de condições de riscos deve ser
analisada caso a caso.
Existem, ainda, duas classes de serviços que são realizados em todos os ambientes de
trabalho de um órgão público: (i) serviços de segurança patrimonial, com uma maior incidência de
condições de riscos mecânicos; e (ii) serviços de limpeza predial, com uma maior incidência de
condições de riscos mecânicos e ergonômicos. As condições de exposição destes funcionários devem ser
objeto de uma avaliação do seu processo de trabalho, com suas respectivas condições de riscos.
Pode se observar o Formulário de Avaliação Qualitativa no Anexo I e o Manual de
Avaliação Ambiental Qualitativa no Anexo II.

49
FASES DE AÇÃO

A metodologia pretende descrever, previamente, as diversas técnicas a serem aplicadas


na execução das diferentes ações nas etapas de Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e aplicação
das Medidas de Controle e seu Monitoramento:

FASE DE ANTECIPAÇÃO
Formação de grupo de trabalho multidisciplinar para análise prévia de novos projetos ou
de alteração em processos ou ambientes de trabalho já existentes, cuja coordenação ficara a cargo de
um responsável pelo grupo, a ser nomeado pela direção da empresa;
Visitas a empresas para conhecimento de projetos similares já implantados
"benchmarking".

FASE DE RECONHECIMENTO
Consulta de dados existentes na empresa, tais como: levantamentos ambientais
anteriores, mapas de risco, controles médicos, analises de acidentes e analises de riscos;
Levantamento de todas as funções e do número de trabalhadores existentes;
Estudo dos postos de trabalho;
Inspeções em todos os locais de trabalho para identificação dos agentes de risco;
Entrevistas com trabalhadores;

FASE DE AVALIAÇÃO
A Avaliação foi realizada com base na NR-15 da Portaria n° 3.214/78 da Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) do Ministério do Trabalho ou, na falta desta, nos valores de
limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial
Higyenists, ou ainda, naqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho,
desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos.

MEDIDAS DE CONTROLE
Deverão ser adotadas Medidas de Controle quando, em qualquer uma das fases do
programa, os riscos:
Identificados ou detectados se enquadrarem nas situações descritas no item Prioridades
ou ultrapassarem os valores de limite de tolerância determinados nas normas utilizadas.
Para a adoção de Medidas de Controle deve ser obedecida a seguinte hierarquia:
 Medidas de caráter coletivo
 Eliminar ou reduz ir a utilização ou formação de agentes prejudiciais à saúde;
 Prevenir a liberação ou disseminação dos agentes no ambiente de trabalho;
 Reduzir os níveis ou concentrações desses agentes no ambiente de trabalho.

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
São medidas normativas de organização do trabalho, de modo a eliminar ou reduzir a
exposição aos riscos ambientais. Como exemplo, pode-se citar o revezamento da jornada de trabalho
para reduzir tempo e exposição de cada trabalhador a um determinado risco.
Medidas de caráter individual

50
São medidas que regulamentam a aquisição, distribuição e utilização dos equipamentos
de proteção individual (EPI).
MONITORAMENTO
Depois da implantação de cada medida de controle deverá ser feita nova avaliação para
verificar a eficácia das ações implementadas. Periodicamente, em intervalo nunca superior a um ano,
deverão ser realizadas novas avaliações ambientais, bem como acompanhamento dos registros médicos
(PCMSO) para se garantir a melhora do ambiente de trabalho e a eliminação paulatina dos riscos
identificados.
Verificação da situação de controle dos agentes físicos, químicos e biológicos nos
ambientes de trabalho.

EXISTÊNCIA E APLICAÇÃO EFETIVA DE EPI

Informar a existência e aplicação efetiva de E.P.I ou Equipamento de Proteção Coletiva


(EPC), que neutralizem ou atenuem os efeitos da nocividade dos agentes em relação aos limites de
tolerância estabelecidos, devendo constar também:
Se a utilização do EPC ou do EPI reduzir a nocividade do agente nocivo de modo a atenuar
ou a neutralizar seus efeitos em relação aos limites de tolerância legais estabelecidos.
» As especificações a respeito dos EPC e dos EPI utilizados, listando os Certificados de
Aprovação (CA) e, respectivamente, os prazos de validade, a periodicidade das trocas e o
controle de fornecimento aos trabalhadores;
» A perícia médica poderá exigir a apresentação do monitoramento biológico do segurado
quando houver dúvidas quanto a real eficiência da proteção individual do trabalhador.A
simples informação da existência de EPI ou de EPC, por si só, não descaracteriza o
enquadramento da atividade. No caso de indicação de uso de EPI, deve ser analisada
também a efetiva utilizaçaõ destes durante toda a jornada de trabalho, bem como,
analisadas as condições de conservação, de higienização periódica e de substituições a
tempos regulares, na dependência da vida útil deles, cabendo a empresa explicitar essas
informações no PPRA e no PPP.
Não caberá o enquadramento da atividade como especial se, independentemente da data
de emissão, constar de laudo técnico, e a perícia do INSS acatar que o uso do EPI ou de EPC atenua, reduz,
neutraliza ou confere proteção eficaz ao trabalhador em relação a nocividade do agente, reduzindo seus
efeitos a limites legais de tolerância. Neste excetua-se a questão do risco de ruído, para o uso de
Equipamento de Proteção Individual, onde o Supremo tribunal Federal, manteve a caracterização do risco,
mesmo usando protetor auricular. Neste risco somente se admite a exclusão com EPC.
Não haverá reconhecimento de atividade especial nos períodos em que houve a utilização
de EPI, nas condições mencionadas no parágrafo anterior, ainda que a exigência de constar a informação
sobre seu uso nos laudos técnicos tenha sido determinada a partir de 14 de dezembro de 1998, data da
publicação da Lei n.o 9.732, mesmo havendo a constatação de utilização em data anterior a essa.

51
Exemplo de Planilha de Relação dos EPI’s Utilizados
Equipamentos de Numero do
Periodicidade de Funções que
Proteção Certificado de
Troca Utilizam
Individual Aprovação (CA)

PERIODICIDADE, FORMA DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PPRA

O PPRA será revisado sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano com o objetivo
de avaliar o seu desenvolvimento e realizar os ajustes necessários, assim como o monitoramento ou
reavaliação para verificação da eficácia das medidas de controle implementadas. Ressalta-se que revisa-lo,
apresentar os relatórios anuais não implica na elaboração de outro documento base todo ano – lembramos
que é um programa, que vai se retroalimentando ano a ano.

ESTABELECIMENTO DE PLANO DE AÇÃO COM METAS, PRIORIDADES E CRONOGRAMA.

Deverá ser parte integrante do PPRA um plano de ação contemplando atividades, metas e
prioridades a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais.
O Plano deverá incluir todas as atividades identificadas nas fases de reconhecimento,
avaliação ou definidas como medidas de controle. Os responsáveis e os prazos de cada atividade deverão
ser consensuados com o responsável da instalação.
Devem ser relacionadas em cronograma conforme modelo abaixo, as metas estabelecidas
bem como o planejamento para o cumprimento destas metas.
O objetivo destas recomendações é a minimização ou a eliminação da exposição dos
trabalhadores aos riscos ambientais.
Para serem elaboradas as metas deve ser formada a matriz de decisão entre danos à Saúde
e intensidade/concentração do risco

REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS

Registro
O documento – base do PPRA deverá ser mantido arquivado no estabelecimento por um
período mínimo de 20 anos, bem como aqueles inerentes ao tema, tais como os Laudos Técnicos de
Avaliação de Riscos Ambientais etc.

52
O documento-base deve ser apresentado à CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes), quando existente, durante uma de suas reuniões, devendo sua cópia ser anexada ao livro de
atas desta comissão.
O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e para as autoridades competentes.

Manutenção

A manutenção desse programa segue as bases de normas ISO, isto é, deve ser revisto
anualmente com previsão de novo planejamento, execução, verificação e conserto – Ciclo PDCA – Plan,
Do, Check and Act.
9.2.1.1
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma
análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos
ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.
Reforça-se que uma análise global não significa uma nova elaboração do documento-base.
São coisas distintas. A nova avaliação complementa o documento base, ampliando-o, assim se mantem a
história da segurança ocupacional na empresa.

Divulgação

A divulgação dos dados pode ser feita de diversas maneiras dependendo do porte do
estabelecimento, as mais comuns são:
» treinamentos específicos;
» reuniões setoriais;
» via terminal de vídeo para consulta dos usuários;
» reuniões de CIPA e SIPAT;
» boletins e jornais internos;
» programa de integração de novos empregados; »
palestras avulsas.
Deve ser apresentado Certificado de Calibração dos Aparelhos utilizados nas avaliações
quantitativas dos agentes ambientais dentro do prazo de validade da Rede Brasileira de Calibração – RBC
que é de 1 ano.

PLANEJAMENTO ANUAL, METAS E PRIORIDADES

São, em linhas gerais, os resultados que a empresa deseja atingir após a implantação do
PPRA, conforme o cronograma anual de execuções de ações, devidamente estabelecido em função da
priorização de eliminação dos riscos ambientais identificados. Ressalta que dependendo da característica

53
do risco, de sua intensidade e dos custos econômicos e financeiros advindos de sua mitigação ou
eliminação, o prazo de execução poderá ser superior a 12 meses, isto é, ultrapassará o período de avaliação
global do próprio PPRA.
As recomendações existentes no cronograma devem ser verificadas durante a realização
do PPRA e indicam um possível caminho a ser traçado, não excluindo a possibilidade da existência de outras
que não foram mencionadas.

BIBLIOGRAFIA

A apresentação de bibliografia representa uma divergência de minha parte, pois diversos


autores indicam que devem ser informados todos os documentos, livros, apostilas e outros materiais
consultados, durante a elaboração do PPRA, mas acredito que por se tratar de trabalho intelectual, as
justificativas e linhas de raciocínio para a elaboração do PPRA devam estar presente no corpo do
documento, principalmente com relação as metodologias utilizadas, sendo que a bibliografia é
desnecessária.
Isto posto fica a meu ver a critério do profissional a forma de indicar a bibliografia
consultada.

DATA DO DOCUMENTO E ASSINATURA DO PROFISSIONAL

Colocar a data de realização do documento, que será a data do documento-base.


Os profissionais responsáveis pela elaboração do PPRA, deverão assinar o documento neste
campo incluindo o número de seu registro no respectivo conselho de classe, além de apresentar a sua
Anotação da Responsabilidade Técnica – ART no CREA, quando registrados neste conselho de classe.

54
CAPÍTULO 2.

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO - PCMAT

INTRODUÇÃO

O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -


PCMAT é abordado como o PPRA dos canteiros de obra, pois nele se insere a variabilidade e a
temporalidade de sua existência, pois ele somente existe enquanto existir o canteiro de obras e deve
ser flexível e evidente, pois deve prever o comportamento de cada etapa/fase da obra, incluindo a
antecipação de cada risco e as medidas necessárias para a sua mitigação/eliminação.
O PCMAT tem a sua existência jurídica garantida por meio do artigo 200 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, já exposto no capítulo 1 do PPRA.

OBRIGAÇÃO

A partir da publicação da NR 18 da Portaria SSST/MTb no 04 de 04 de julho de 1995, os


estabelecimentos cujas atividades estejam enquadrados no Quadro I da NR n o 04, com código de
atividades 45 (Construção), e que possuam 20 ou mais empregados, estão obrigados a elaborar e
implementar o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT, conforme o item 18.3 da aludida norma regulamentadora.

RESPONSABILIDADE

É do empregador, do consórcio ou do condomínio de construção a responsabilidade


pela elaboração e implementação do PCMAT.

ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO

Diferentemente do PPRA a elaboração e execução do PCMAT devem ser feitas por


profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, prioritariamente o engenheiro de
segurança do trabalho.

DOCUMENTOS INTEGRANTES

O PCMAT deve conter no mínimo os seguintes documentos:


a. memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-
se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas
preventivas;

55
b. projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução
da obra;
c. especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
d. cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
e. layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento
das áreas de vivência;
f. programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do
trabalho, com sua carga horária.
O programa também deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, nas fases de antecipação e reconhecimento dos riscos;
estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; avaliação dos riscos e da exposição
dos trabalhadores; implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento da
exposição aos riscos; registro e divulgação dos dados.

RECOMENDAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PCMAT

Não existe uma “receita de bolo” para elaboração do PCMAT, pois sua complexidade vai
depender da dimensão da obra e os riscos presentes em cada fase, em consequência dos trabalhos a
serem executados, utilização de máquinas, equipamentos e produtos diversos. O programa deve ser
elaborado antecipando os riscos, o qual deverá ocorrer após concluídos os projetos: arquitetônico,
estrutural, instalações etc., pois esses serão importantes no reconhecimento dos riscos presentes nas
diversas etapas da obra. Cada intervenção de correção de situações existentes, significa falhas na
concepção do programa, ou seja, os trabalhadores passarão por períodos expostos a riscos, muitas
vezes graves, até sua identificação e consequente correção.
A seguir listaremos alguns tópicos importantes que deverão fazer parte do PCMAT,
sempre lembrando que se trata apenas de sugestões que poderão e deverão ser modificados, desde
que contemplem no mínimo o estabelecido na NR 18 e outras disposições relativas às condições e meio
ambiente de trabalho na indústria da construção, presentes nas legislações federais, estaduais e
municipais.
O PCMAT apresenta as seguintes fases:
» 1o FASE : Identificação e reconhecimento dos riscos (documento-base);
» 2o FASE : Avaliação quantitativa de exposição;
» 3o FASE : Medidas de controle propostas;
» 4oFASE: Monitoramento da exposição aos riscos ambientais e avaliação da
eficácia das medidas de controle implantadas.
Aqui exporemos tão somente o documento base de elaboração do PCMAT, pois a fase
2 é idêntica ao do PPRA e a 3o e 4o fase dependem das avaliações realizadas no canteiro de obras.
A NR 18 tem a falha grave de não especificar claramente quem pode elaborar o PCMAT,
resta somente fazermos interpretação de normas para chegarmos a uma conclusão lógica.

A nota técnica 96/2009/DSST/SITNo do Ministério do Trabalho que conclui o seguinte:

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“Analisando as atribuições do Técnico em Segurança do trabalho verificamos
que eles não possuem atribuições de projetar, dimensionar e especificar
materiais das proteções coletivas, que são competências exclusivas definidas
para categorias profissionais registradas pelo sistema CONFEA/CREA e,
considerando que o projeto, dimensionamento e especificação de proteções
coletivas são partes integrantes do programa. Concluímos que tão somente
os Engenheiros de Segurança do Trabalho devidamente registrados no
sistema CONFEA/CREA, possuem a atribuição para elaboração e execução do
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção – PCMAT. Quanto aos Técnicos de Segurança do Trabalho, em
que pese sua importância no campo da segurança e saúde no trabalho, eles
têm atribuições complementares e operacionais em relação ao PCMAT. No
entanto, não podem assumir sua elaboração”.

Ressalta-se por oportuno que Nota Técnica não tem amparo em nosso arcabouço
jurídico, como um instrumento legal, normativo, ficando a critério dos órgãos fiscalizadores,
principalmente da Vigilância Sanitária – que possui um escopo de aplicação de legislação de saúde e
segurança do trabalho maior que os auditores do ministério do trabalho em recepcionar um PCMAT
realizado por profissional distinto do engenheiro de segurança do trabalho.

ESTRUTURA DO PCMAT

O PCMAT impresso em papel deve seguir a seguinte ordem:


1 - Capa
Deverá ser utilizada uma folha de papel timbrado da empresa que estiver realizando o trabalho,
contendo o título “Programa de Condições de Meio Ambiente do Trabalho”, o local da obra e data.
2 - Objetivos:
O objetivo desse programa é efetuar planejamento de segurança e saúde referentes às etapas de
construção desta obra por meio de interação entre a Engenharia de Segurança do Trabalho e a
participação da Engenharia e da Administração da obra e fornecer procedimentos e subsídios às chefias
hierárquicas, desta obra, em relação à Engenharia de Segurança do Trabalho.
3 - Identificação das empresas
Contratante: XXXXXXXXXX

XXXXXXXXXX Cidade – UF

Contratada/Sede: Construtora XXXXXXX Ltda

XXXXXXXXXXX, 10

XXXXXXXXXXX

Cidade – UF

Local da Obra: XXXXXXXXXX Cidade – UF


4 - Responsabilidades
Compete aos profissionais do SESMT elaborar e implementar o PCMAT na obra. Nos casos em que não
sejam obrigados a manter SESMT, um Engenheiro de Segurança do Trabalho deve elaborar projetos de

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proteção coletiva, (pois Técnico em Segurança do Trabalho não tem habilitação para elaborá-lo e não
pode elaborar PCMAT). Somente o pode fazer em parceria com um Engenheiro.
5 - Características da obra:
Tipo de obra: edificação, de uso comercial, destinada XXXXXXXX, terá uma área construída de,
aproximadamente, 2.000 m² num único pavimento, XXXXXX.
Início da obra: XX/XX/XXXX
Término previsto: XX/XX/XXXX
Efetivo máximo previsto mensalmente: XX operários.
Funções previstas:
Engenheiros, assistente técnico, comprador, mestre de obra, chefe administrativo, recepcionista, técnico
de segurança do trabalho, almoxarife, eletricista, carpinteiro, servente, pedreiro, soldador, encanador,
armador, funileiro, gesseiro, vigia, pintor, office-boy, motorista de caminhão basculante e betoneira,
maçariqueiro, serralheiro, apontador, arrumadeira, operador (de empilhadeira, de munk, de
escavadeira, de guindaste, de motoniveladora, de rolo compactador, de pá carregadeira, de retro
escavadeira, de rolo pé de carneiro, de trator de esteira e de bomba de concreto etc.
Equipamentos e máquinas previstas:
Serra circular de bancada, serra circular manual, esmeril de bancada, máquina policorte, furadeira de
bancada, furadeira elétrica, furadeira, lixadeira manual, fasímetro, gerador, lava-jato, megômetro,
macaco hidráulico, balança vibrador, conjunto oxiacetileno, martele pneumático, compactador,
caminhão basculante, caminhão guindaste, caminhão munck, caminhão betoneira, bomba lança
concreto, plataforma hidráulica, plataforma móvel, retro escavadeira, trator de esteira, mesa para
estacas hélice, solda elétrica, guincho velox, pistola vinca pino, guincho hyster, bob cat, viradeira,
rompedor pneumático, perfuratriz, rosqueadeira, tifor tu–16, máquina de corta juntas, compressor de
empilhadeira, cavalo mecânico, bomba de teste hidráulico, bomba de vácuo hilt, bomba submersível,
andaime tubular, andaime fachadeiro e motoniveladora etc.
6. Riscos de acidentes e medidas de controle
6.1 Demolição
6.1.1 Riscos:
» queda de materiais sobre o trabalhador e pedestres;
abalo da estrutura do prédio e queda.
6.1.2 Causas:
» falta de escoramento;
» falta de isolamento e sinalização.
6.1.3 Medidas preventivas:
» estudo prévio da estrutura da obra e da vizinhança;
» verificação da estabilidade do terreno;
» isolamento das áreas próximas a demolição podendo incluir o canteiro de obras e adjacências.
6.2 Escavação (equipamento e manual)
6.2.1 Riscos:
» soterramento de trabalhador;
equipamento atingir trabalhor;

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» queda de trabalhador;
» queda de materiais sobre o trabalhador;
» queda ou tombamento de equipamento ou máquina.
6.2.2 Causas:
» falta de escoramento ou abertura do talude acima de 2m do fundo da vala;
» trabalhador dentro da área de giro do equipamento;
» falta de escada de acesso e isolamento da área;
» falta de limpeza dos materiais localizados nas bordas do talude.6.2.3 Medidas preventivas:
» realizar escoramento ou atender parecer do consultor de solos (acima de 2m do fundo vala efetuar
abertura de 45o;
» não permanecer dentro da área de giro do equipamento;
» não executar serviços no fundo da vala sem o uso e permanência de escada de acesso adequada;
» efetuar limpeza dos materiais localizados nas bordas do talude;
» uso de cinto de segurança, em serviços dentro da vala, quando existir risco de queda acima de 2m de
altura. (Exemplo: trabalhos de colocação de formas e ferragens);
» efetuar isolamento de área;
» os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da
profundidade, medida a partir da borda do talude, ou ser transferidos diretamente no caminhão
caçamba;
» não efetuar serviços em períodos de chuvas;
» instalar iluminação adequada para os serviços noturnos;
» orientar o posicionamento e o trânsito de equipamentos e máquinas, de tal forma que não faça peso
nas bordas dos taludes das valas.
6.3 Forma ( de Pilar, viga e laje)
6.3.1 Riscos:
» prensagem, perfuração e escoriações das mãos;
» queda de pessoas e materiais;
» projeção de partículas; » esforço excessivo
/ postura.
6.3.2 Causas:
» transporte e manuseio de ferragem / pregos com pontes expostas / desatenção;
» falta de proteções / desatenção no manuseio de ferragens ou no transporte;
» ruptura de materiais, durante o travamento de pilar;
» postura incorreta / transporte com individual excessiva.
6.3.3 Medidas preventivas:
» orientação e supervisão no transporte e manuseio das ferragens com relação a volume e peso
corretos;
» utilização de EPI específico (luva de raspa de couro);
» confecção de plataformas de proteção sob área de forma e desforma. Guarda corpo periférico na
estrutura (ou fechamento de alvenaria) sinalização de segurança e uso de E.P.I específico (cinto de
segurança tipo páraquedista) obrigatório;

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» orientação e supervisão na execução das atividades e uso de EPI específico (óculo de segurança);
» treinamento / uso de equipamentos auxiliares.
6.4 Concretagem
6.4.1 Riscos:
» ruptura da canalização ou emendas da concretagem;
» queda de pessoas e materiais;
» choque elétrico pelo uso do vibrador de concreto; » dermatite de
contato com concreto.
6.4.2 Causas:
» tubulação comprometida / instalação inadequada da canalização / rupturas das emendas da
canalização;
» materiais rompimento da canalização de concretagem / queda de girica de concreto
(quando de processo simples de concretagem, por meio de giricas);
» pessoas Falta de proteções nas extremidades (periferias) da área de concretagem, falta de proteções
nas aberturas de piso e desatenção;
» vibrador sem aterramento elétrico adequado e operação (uso) incorreto, inclusive com operador não
habilitado;
» falta de EPI específico (bota de borracha).
6.4.3 Medidas preventivas:
» carga da empresa prestadora de serviços. Inspeção periódica das emendas e situações geral dela.
Canalização de concretagem montada dimensionamento e corretamente, com apertos / encaixes certos
de seus segmentos, em bom estado e com manutenção;
» materiais efetuar passarela com guardacorpo sempre que possível desde o abastecimento do concreto
até a área de a ser concretada;
» instalar proteções periféricas (guardacorpo) com tela de nylon evitando eventual descuido e queda de
pessoas ou na montagem de bandejas especiais de proteção (plataformas) no pavimento inferior ou
similar;
» operador habilitado e treinado / equipamento em bom estado de utilização, aterrado ou com duplo
isolamento;
» uso obrigatório de EPIs básico (capacete de segurança) específicos (bota de borracha,
óculos de proteção e luva de látex / PVC em que for necessário);
» transporte por giricas, com volume adicionado dentro, sem trasbordamento e com elas amarradas
na prancha do guincho, no transporte.
6.5 Vibrador
6.5.1 Riscos:
» choque elétrico; » vibração
excessiva; » contato com concreto.
6.5.2 Causas:
» falta de isolamento em cabos;
» operação do vibrador dentro do concreto;
» derivante da vibrante no contato de mãos e pernas no concreto.

60
6.5.3 Medidas preventivas:
» providências isolamento correto do equipamento, bem como das instalações gerais do bom estado de
utilização do equipamento;
» operador treinado e capacitado para operação, com equipamento em bom estado.
Em caso de exposição prolongada, deverá haver rodízio na operação;
» uso obrigatório de bota de PVC e luva de PVC para proteção, bem como de óculos de proteção para
respingos gerados eventualmente.
6.6 Desforma
6.6.1 Riscos:
» projeção de Partículas e perfuração de membros; » quedas de
pessoas e materiais durante o processo.
6.6.2 Causas:
» exposição a materiais pontíagudos na retirada das formas e no piso (material já retirado) falta de
organização e limpeza/falta de utilização de EPI específico (luva de raspa de couro e óculos de
segurança) e EPI básico (botina e capacete de segurança);
» não utilização de cinto de segurança tipo páraquedista shafts/escadas e aberturas na laje sem proteção
coletiva/queda de pessoas;
» procedimento inseguro de retirada de material desformado/não amarração dos painéis periféricos e
falta de plataforma de proteção.
6.6.3 Medidas preventivas:
» uso obrigatório de cinto de segurança tipo páraquedista em todo processo de desforma/organização
e limpeza da laje/supervisão dos trabalhos e treinamento periódica/proteção de escadas, shafts, poços
de elevadores e periferia de laje;
» colocação de plataforma de proteção/evacuação e isolamento da área sob os trabalhos/amarração de
madeiras, painéis e periféricos / proteção dos sarilhos e organização do material desformado
(empilhamento seguro com os pregos rebatidos);
6.7 Montagem de pré-moldado
6.7.1 Riscos:
» queda e tombamento de peças; » passar em baixo de
pecas em içamento; » queda de trabalhador.
6.7.2 Causas:
» equipamento e acessórios defeituosos;
» ventania;
» operação inadequada;
» falta de isolamento de área e placas de advertência;
» trabalhador não qualificado para operar equipamentos;
» falta de planejamento de serviço e diálogo diário de segurança;
» não uso do cinto de segurança;
» falta de sinaleiro; » uso de escada
inadequada.
6.7.3 Medidas preventivas:

61
» efetuar manutenção corretiva, quando necessária, e preventiva do equipamento periodicamente;
» operador de equipamento deve ser qualificado;
» efetuar isolamento de área e colocar placas de advertência antes de iniciar os serviços de içamento;
» efetuar planejamento de serviço e diálogo diário de segurança antes de iniciar os serviços;
» usar cinto de segurança tipo páraquedista ou alpinista e caboguia, quando necessários;
» possuir pelo menos 01 (um) sinaleiro, quando do içamento de peças;
» usar escada que ultrapasse 1m do piso superior, devidamente amarrada e estar afastada 1/4 da altura;
» não realizar trabalhos de içamento ao escurecer, à noite e em períodos de chuvas, neblinas e ventos;
» atender as recomendações do fabricante de cabos de aço, acessórios e equipamentos, bem como não
usar gancho sem trava.
6.8 Martelete pneumático
6.8.1 Riscos:
» queda do operador e transporte do equipamento;
» ruído e vibração excessivo;
» rompimento da mangueira;
» contaminação de sílica em suspensão.
6.8.2 Causas:
» desequilibro do operador e peso excessivo no transporte do equipamento;
» ruído e vibração excessiva;
» material danificado / pressão interna muito alta; » decorrente do
processo de perfuração / rompimento.
6.8.3 Medidas preventivas:
» somente operador treinado e capacitado pode operar o equipamento, que deve transportar com ajuda
de terceiro e posicionamento seguro no processo;
» uso obrigatório de protetor auricular tipo concha e óculos de segurança, bem como proceder o
revezamento na operação, devido à vibração excessiva gerada;
» equipamento em bom estado de utilização, com pressão interna adequada;
» umedecido o material a ser operado, com operador fazendo uso obrigatório de máscara respiratória
facial para poeiras em suspensão.
6.9 Marcação de alvenaria
6.9.1 Riscos:
» queda de pessoas;
» queda de materiais;
» contato manual com cimento/argamassa.
6.9.2 Causas:
» desatenção na marcação periferia da laje e junto às aberturas no piso; » falta de
procedimentos preliminares corretos / armazenagem incorreta; » falta do uso de EPI
especificas no manuseio.
6.9.3 Medidas preventivas:
» uso de proteções individuais, cinto de segurança, tipo paraquedista;

62
» armazenar os blocos a serem utilizados e proceder na execução com a máxima atenção, para evitar
eventual queda dos blocos;
» usar luva de PVC / látex flexível quando da operação de marcação para evitar contato com cimento /
argamassa.
6.10 Alvenaria externa e interna
6.10.1 Riscos:
» queda de parede;
» queda de materiais;
» queda de pessoas;
» contato com argamassa/cimento.
6.10.2 Causas:
» trabalho inadequado e não encunhamento da parede no final do trabalho;
» falta de atenção e trabalho realizado inadequadamente;
» uso de andaimes inadequados / não utilização de cinto de segurança; » falta de uso de
EPI específico (luva de látex / PVC).
6.10.3 Medidas preventivas:
» cuidado na execução do trabalho, encunhamento da parede no final do trabalho, evacuação e
isolamento da área sob os trabalhos/treinamento e supervisão constante;
» utilização de EPls especificas luvas de látex ou de PVC e cinto de segurança tipo paraquedista, quando
necessário.
6.11 Fechamento de alvenaria
6.11.1 Riscos:
» queda de materiais, ferramentas e pessoas nas aberturas do piso e periferia de laje; » transporte de
materiais.
6.11.2 Causas:
» abertura do piso, desatenção nos serviços, trabalho na periferia da laje, queda de materiais devido à
má arrumação no local e outros; » queda de materiais tijolos, blocos, massa.
6.11.3 Medidas preventivas:
» armazenar os blocos de alvenaria afastadas no mínimo 1,5 m da abertura de piso e periferia de lajes,
bem como das ferramentas utilizadas no processo.

Nota: No caso de risco de queda pessoal no assentamento de alvenaria, utilizar cinto de segurança tipo
paraquedista, fixado à estrutura resistente;

» armazenar corretamente os blocos na prancha de carga do guincho, em disposição (volume) e


capacidade de carga.

Nota: não transportar os blocos de alvenaria em giricas, porque pode provocar acidentes na eventual
queda de blocos e também gerar desperdício do material.

6.12 Taliscamento

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6.12.1 Riscos:
» Queda de pessoas de diferença de nível. Contato término com produto químico.
6.12.2 Causas:
» falta de proteções coletivas;
» contato direto com as mãos no produto;
» não uso de cinto de segurança, quando necessário.
6.12.3 Medidas preventivas:
» locais dispostos de proteções coletivas (guardacorpos e assoalhamento correto) em poços de
elevadores, shafts, caixas de passagem, escadas e outros;
» uso obrigatório de luvas de proteção (raspa, látex ou PVC) para proteção das mãos e
óculos de segurança para proteção de eventuais respingos; » uso do cinto de segurança, quando
necessário.

6.13 Emboço externo


6.13.1 Riscos:
» queda de pessoas e materiais.
6.13.2 Causas:
» andaimes fachadeiros montados incorretamente;
» não uso do cinto de segurança tipo paraquedista e luvas apropriadas, quando necessário.
6.13.3 Medidas preventivas:
» os andaimes fachadeiros e os andaimes mecânicos pesados ou leves devem ser montados
adequadamente, quando necessário;
» uso do cinto de segurança tipo páraquedista e/ou luvas de látex ou de PVC e/ou óculos de segurança,
quando necessário.

6.14 Emboço interno


6.14.1 Riscos:
» queda de pessoas e materiais. Contato com argamassa.
6.14.2 Causas:
» trabalhos próximo de aberturas na laje no transporte dos materiais; » não uso de EPI
básico e específico.
6.14.3 Medidas preventivas:
» providenciar fechamento adequado das aberturas na laje (assoalhamento, guardacorpo) e instalação,
quando necessário, e de andaimes, banquetes ou patamares seguros na laje;
» utilizar os EPI básicos como capacete e botina de segurança e os EPI especificas corno luva de látex ou
de PVC (para manusear a argamassa) e também óculos de segurança para proteção de eventuais
respingo nos olhos;
» uso de cinto de segurança tipo páraquedista, quando necessário;
» os andaimes devem ser montados tecnicamente correto, quando necessário.

6.15 Estrutura metálicas

64
6.15.1 Riscos:
» queda de trabalhador;
» queda de peças, parafusos, arruelas e ferramentas e, eventualmente, estes sobre os trabalhadores.
6.15.2 Causas:
» não uso de cinto de segurança ou uso incorreto;
» não fixar bem as peças nas cordas ou cabos de aço, quando içamento;
» não uso de sacola para guardar ou depositar parafusos, arruelas e ferramentas;
» não amarrar as ferramentas no punho do braço ou na estrutura metálica;
» soldador não deve usar cinto de segurança comum;
» não isolamento de área; » falta de planejamento
de serviço.
6.15.3 Medidas preventivas:
» usar o cinto de segurança com um ou dois cabos Spia e caboguia adequados, quando necessário;
» uso de cinto de segurança adequado (tipo de material) para soldador, isto é, as tiras devem ser resistentes
a respingos de solda;
» efetuar isolamento de área antes de iniciar os serviços;
» liberação dos serviços, antes de iniciar pela manhã, pela Segurança do Trabalho.

6.16 Instalações elétricas


6.16.1 Riscos:
» eletrocussão;
6.16.2 Causas:
» trabalhador não qualificado;
» existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos;
» sobrecarga no circuito elétrico;
» falta de aterramento das estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos.
6.16.3 Medidas preventivas:
» a execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado e a
supervisão por profissional legalmente habilitado;
» em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos devem ser instalados disjuntores ou
chaves magnéticas, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança;
» as estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas;
» os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos;
» isolamento de emendas e derivações deve ter características equivalentes à dos condutores utilizados;
» os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a circulação de materiais e
pessoas;
» somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico não estiver energizado;
» máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por intermédio de conjunto
plugue e tomada.

6.17 Impermeabilização

65
6.17.1 Riscos:
» irritação ou comprometimento dos olhos;
» intoxicação e doenças profissionais (Ex. Dermatose); » queimaduras.
6.17.2 Causas:
» não uso do óculos de segurança, luvas apropriadas e máscaras adequadas, quando necessário;
» manuseio, estocagem e manipulação de produtos de maneira incorreta Não isolamento de área;
6.17.3 Medidas preventivas:
» uso de óculos de segurança, luvas apropriadas e máscaras adequadas, cremes a base de glicerina e
sabão especial, quando necessário;
» manuseio, estocagem e manipulação de produtos de maneira correta, conforme recomendações de
fabricantes e normas de segurança; » isolamento de área.

6.18 Serra policorte e serra circular


6.18.1 Riscos:
» ruptura do disco de corte;
» contato das mãos com o disco de corte;
» projeção de partículas;
» choque elétrico;
» proteção das partes móveis (serra circular).
6.18.2 Causas:
» disco montado errado, fora de especificações próprias, defeituoso;
» desatenção, cortes de materiais não apropriados (madeira);
» decorrente do corte de peças metálicas;
» contato com partes energizadas, falta de isolamento.
6.18.3 Medidas preventivas:
» montar disco dentro das especificações e em bom estado;
» operação com a máxima atenção, com operador habilitado e materiais especificas para o corte;
» utilização de protetor facial ou óculos de proteção e verificação da existência de protetor (capa) do
disco de corte;
» instalações elétricas adequadas, com aterramento da serra policorte;
» proteção das partes inferiores da bancada da serra elétrica, com calha para depósito do subproduto
e também com comando liga/desliga por meio de botoeira (duplo isolamento).
6.19 Forro
6.19.1 Risco:
» queda de altura;
» fincapino atingir o corpo do trabalhador ou de terceiros; » irritação nos
olhos.
6.19.2 Causas:
» não uso do cinto de segurança;
» uso do cinto de segurança de maneira incorreta;
» não uso de andaime adequado;

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» uso da pistola fincapino por trabalhador não qualificado;
» uso incorreto da pistola fincapino; » não uso do
óculos de segurança.
6.19.3 Medidas preventivas:
» uso do cinto de segurança adequado;
» uso do andaime tecnicamente correto;
» uso da pistola fincapino por trabalhador qualificado; » uso do óculos
de segurança.

6.20 Uso de pistola, fincapino


6.20.1 Riscos:
» projeção de partículas e ricocheteamento;
» traspassar superfícies;
» ruidos excessivos;
» explosão da cápsula do projétil.
6.20.2 Causas:
» uso inadequado / pessoas neohabilitadas;
» Superfície de baixa resistência;
» equipamento defeituoso;
» não uso de EPI específico protetor auricular; » operação
inadequada.
6.20.3 Medidas preventivas:
» manutenção corretiva e preventiva do equipamento periodicamente;
» habilitação e treinamento do operador do equipamento e supervisão dos trabalhos;
» isolamento da área oposto a da execução dos trabalhos e supervisão dos trabalhos;
» uso obrigatória de EPI específico (protetor auricular), óculos de segurança ou protetor facial.

6.21 Pintura
6.21.1 Riscos:
» queda de altura;
» intoxicação, e doenças profissionais (Ex. Dermatose);
» irritação ou comprometimento dos olhos;
» incêndio e/ou explosão.
6.21.2 Causas:
» não uso de EPI cinto de segurança ou uso incorreto, luva de látex, óculos de segurança e máscara
apropriada, quando necessário; » não uso do andaime tecnicamente correto; » fogo aberto, faísca ou
eletricidade.
6.21.3 Medidas preventivas:
» uso correto do cinto de segurança acima de 2m de altura;
» uso de andaime tecnicamente correto;

67
» uso de máscara apropriada, óculos de segurança, luvas de látex, cremes a base de glicerina e sabão
especial, quando necessário;
» controle de ambientes poluídos;
» substituição de produtos nocivos por outros menos agressivos;
» instalação de locais adequados para despejar solventes e diluentes;
» proibir chama aberta (cigarro etc.);
» não provocar faísca por impactos entre objetos metálicos ou contra piso de cimento;
» usar equipamentos ligados à terra;
» não lavar as maoscom benzol ou outros solventes orgânicos;
» evitar e combater a eletricidade estática;
» estacar os materiais inflamáveis fora dos locais de pintura;
» instalação de extintor nas proximidades;
» exames médicos periódicos.
6.22 Colocação de esquadrias, portas e outros
6.22.1 Riscos:
» queda de pessoas e materiais;
» corte / lesões na montagem;
» contato com produtos químicos.
6.22.2 Causas:
» diferença de níveis, posicionamento incorreto, desatenção, sobrecarga de materiais;
» materiais pontiagudo, batidas contra, fagulhas;
» contato com solventes e outros.
6.22.3 Medidas preventivas:
» uso de banquetas, patamares apropriados quando em colocação em altura com o máximo cuidado,
devidamente ancorados e travados;
» uso de EPls específicos como luvas de raspa de couro, óculos de segurança, máscara respiratória;
» supervisão e orientação de execução.

6.23 Colocação de vidros


6.23.1 Riscos:
» transporte;
» estocagem;
» colocação.
6.23.2 Causas:
» quebrados vidros durante o transporte, estocagem e colocação.
6.23.3 Medidas preventivas:
» transporte: Para as peças maiores, colocação em caixas de madeira ou não, transportar sempre em
número para de trabalhadores.
Desobstruir, limpar e isolar o percurso a ser utilizado;
» estocagem: Suportes apropriados para armazenamento (tipo cavalete); piso nivelado e regularizado;
Demarcar área e colocar placas de advertência;

68
» colocação: Durante a colocação a área deve ser isolada; Para as peças maiores, utilizar pegadores;
Após a colocação e até a entrega definitiva, recomendasse demarcar com X cada vidro.

6.24 Limpeza
6.24.1 Riscos:
» retirada de entulhos;
» contato com produtos químicos;
» poeira.
6.24.2 Causas:
» contato com materiais pontiagudos e cortantes;
» manuseio de agentes como ácido muriático, thinner e outros;
» manuseio de entulhos e materiais;
» problemas respiratórios.
6.25.1 Medidas preventivas:
» acondicionamento dos entulhos antes da remoção, com umedecimento dele com os funcionários
fazendo uso de EPI básico (capacete e botina de segurança) específico (óculos de segurança,
máscara respiratória e luvas apropriadas);
» utilização de EPI específico para produto químico, como óculos de segurança máscara respiratória
para produtos químico e luva de PVC ou látex para manuseio.
» utilização de máscara contra poeira.
6.25 Observações finais
Eventuais riscos verificados no andamento das atividades específicas nas fases de execução da obra, e
não apontados no presente documento, será passível de A.P.R. complementar (como adendo).

7. Sistemas de medidas de proteções:


7.1 Projetor, especificações técnicas e procedimentos de proteções coletivas
Os principais itens são:
» Evitar queda de altura
» Isolamento de área
» Máquinas e equipamentos
» Instalações elétricas
Os demais itens e/ou informações complementares vide nas Ordens de serviços as quais encontramse
em Anexo a este PCMAT.
1.1.1 Evitar queda em altura:
7.1.1.1 Sistema de guarda corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:
a. ser construído com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para travessão
superior e 0,70 (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
b. ter rodapé com altura de 0,20 em (centímetro);ter vãos entre as travessas
preenchidas com tela ou outros dispositivos que garanta o fechamento seguro da abertura.

Considerações:

69
Os guardas corpos podem ser de madeira e/ou metálicos e devem resistir a ur esforço
de 150 kgm/ linear.
As madeiras devam ser de primeira qualidade e de resistência equivalente à peroba,
sendo:
» travessão inferior madeira bruta
» rodapé tábua bruta 1” X 12”
» ponblete madeira bruta 3” X 3”, espaçados de máximo 1,50m.

Medidas de proteção contra quedas de altura


A NR18 estabelece algumas normas para prevenção de acidentes no canteiro de obras
como:
» é obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de
projeção de materiais;
» as aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente; as aberturas, em caso de serem
utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-
corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou
similar;os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo,
1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado
à estrutura, até a colocação definitiva das portas;é obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de
proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários
à concretagem da primeira laje; a proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em
sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:
a. ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e
0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
b. ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);
c. ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento
seguro da abertura.
» em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura
equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira
laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno;essa plataforma deve ter, no
mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da
construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45 o
(quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;
» a plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente,
quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma estiver concluído;acima e a partir
da plataforma principal de proteção devem ser instaladas, também, plataformas secundárias de
proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes;
» essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço e um
complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45o (quarenta e cinco
graus), a partir de sua extremidade;

70
» cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada,
somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver
concluída;na construção de edifícios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas, ainda,
plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo
e a partir da laje referente à instalação da plataforma principal de proteção;
» essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção
horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de
extensão, com inclinação de 45o (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade, devendo
atender, igualmente, ao disposto no subitem 18.13.7.2;
» o perímetro da construção de edifícios, além do disposto nos subitens 18.13.6 e 18.13.7, deve ser
fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção;
» a tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas;a tela
deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas, só
podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior,
estiver concluída;em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser
considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção
e aplicar o disposto nos subitens 18.13.7 e 18.13.9;as plataformas de proteção devem ser construídas
de maneira resistente e mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura.
A – Medidas de proteções coletivas contra quedas de altura
Equipamentos de proteção coletiva são aqueles que evidenciam e isolam a fonte do risco no lugar em
que ele se manifesta. As proteções coletivas que devem ser mantidas nas condições que as técnicas de
segurança estabelecem e que devem ser reparadas sempre que apresentarem uma deficiência qualquer.
Todos os EPC adotados serão executados para garantir a integridade física dos trabalhadores, dos
visitantes e tercerizados em geral, dentro das exigências normativas da NR-18. Os EPC devem ser
inspecionados periodicamente para garantir sua segurança.

1. Sistema de guarda-corpo rígido


Dispostos de travessão superior, intermediário e rodapé, de pontaletes de madeiras secas e de boa
qualidade, sem nós, com alturas de 1,20 m, 0,70 m e 0,20 m respectivamente, com montantes verticais
em madeira também, estroncados a espaçamentos de no máximo 2,0 m.
Deve resistir a um esforço horizontal linear de 150 kg/m.
Os guarda corpos também podem ser metálicos desde que resistam ao esforço acima mencinado.
Segue abaixo alguns exemplos:
guarda corpo em madeira

71
guarda corpo com estrutura de madeira e tela metálica

guarda corpo metálico

Em vãos abertos

72
2. Fechamento de aberturas no piso
Fechamento em madeira de primeira qualidade, diversas, com espessura mínima de 0,025 m, com
tamanhos variados, formando assoalho com encaixe inferior, de modo a evitar deslizamento ou,
assoalhamento por meio de madeirit quando da existência de ferros trançados na abertura.

As aberturas no piso devem ter fechamento provisório, exceto de utilizados para transporte vertical de
materiais e equipamentos, quando devem ser protegidos por guarda-corpo ou outros dispositivos de
segurança.

3. Proteção contra queda em altura ( bandeja / plataforma )


São utilizadas para proteção da queda de trabalhadores ou projeção de materiais.

73
A plataforma principal deve ser colocada em edifícios com mais de 4 pavimentos, ou altura equivalente,
na primeira laje que esteja um pé-direito acima do terreno. Deve ser em todo o perímetro da edificação.
As dimensões da plataforma principal são: 2,50 m de projeção horizontal da face externa da construção
e um complemento de 0,80 m de extensão, com inclinação de 45 o, a partir de sua extremidade.
Esta plataforma só deve ser retirada após ser concluído o revestimento externo do prédio. Acima da
plataforma principal devem ser instaladas plataformas secundárias, em balanço de 3 em 3 lajes.
As dimensões da plataforma secundária são: 1,40 m de balanço e um complemento de 0,80 m de
extensão com inclinação de 45o a partir de sua extremidade.
A plataforma secundária pode ser retirada quando a vedação da periferia superior a ela estiver concluída.
Em galpões industriais durante a execução da cobertura, podem ser utilizadas redes de proteção com
demonstrado abaixo.
É obrigatória a colocação de tapumes, sempre que se executarem obras de construção, demolição ou
reparos, os tapumes devem ser construídos de forma a resistirem a impactos de no mínimo, 60 Kg/m2
(sessenta quilogramas por metro quadrado) e ter altura mínima de 2,50 (dois metros e cinquenta
centímetros) em relação ao nível do terreno.
Nas construções com mais de dois pavimentos acima do nível do meio fio, executadas no alinhamento
do logradouro, devem ser construídas galerias sobre o passeio, as bordas da cobertura da galeria deve
possuir tapume fechado com altura, no mínimo, de 1,00 m (um metro) e inclinação de 45 o (quarenta e
cinco graus).
Todo o perímetro de construção de edifício, além do disposto acima, deve ser fechado com tela, ou
proteção similar, a partir de 11a. (décima primeira) laje. A tela deve ser de arame padronizado, rede de
nylon ou outro material de igual resistência e ter malha de 0,03 m (três centímetros) no máximo.
A tela deve ser instalada na vertical, 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) de
face externa da construção, fixados às plataformas de proteção, imediatamente após a
instalação da plataforma superior, e retirada, somente, quando a vedação da objetivos
periferia até esta plataforma estiver concluída.
As plataformas de proteção devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a estabilidade de
suas estruturas e podem ser substituídas por vedação fixa externa em toda a altura da construção
(andaimes fachadeiros).
Exemplo de proteção coletiva em cobertura de estrutura metálica:

74
B – Medidas de proteção individual contra quedas de altura
Deve ser dada prioridade às medidas de proteção coletiva contra quedas de altura. Na impossibilidade
de instalação da proteção coletiva, o trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista,
fixado em ponto resistente ou em cabo-guia, para serviços acima de 2,00m de altura.

8. Relação de funções X Equipamento de Proteção Individual.


8.1 Os Gerente de Obras, Chefe de Obras, Chefe Administrativo, Enc. Administrativos, Mestre,
Técnico de Segurança do Trabalho, Assistente Técnico, Almoxarife, Aux. Administrativo, Estagiário,
Topógrafo, Técnico Laboratorista, Comprador, Recepcionista, Apropriador, Aux. Almoxarife, Técnico de
Ensaio, Fiscal e Orçamentista, Engenheiro, Técnicos, Vigia, Enfermeira, Médico, Copeira, Tesoureiro,
Office Boy, Arquiteta, Líder, Programador, Apontador, Cozinheiro são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro.
8.2 Eletricistas (até 440V) ½ Oficial de Eletricista / Cabista são obrigados a utilizar :
» capacete de segurança;
» botina de couro sem partes metálicas;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinturão de eletricista para portar ferramentas;
» cinto de segurança tipo eletricista; » luvas de
eletricista, até 440V.
8.3 Encarregados de Campo / Enc. Mecânica / Enc. Montagem são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa na cor cenoura).
8.4 Soldadores / ½ Ofícial de Soldador / Caldereiro / Maçariqueiro são obrigados a
utilizar:
» óculos de maçariqueiro;
» máscara para soldador;

75
» avental de raspa. » luvas de
raspa;
» mangas de raspa;
» perneiras de raspa;
» botina de couro, de preferência de elásticos nas laterais; » uniforme.
8.5 Vigias são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (cor padrão) calça e camisa; » apito.
8.6 Montador / Aux. de Montagem /½ Oficial Montador são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» cinto de segurança tipo paraquedista.
8.7 Serralheiro são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» luva de lona brim;
» protetor auricular tipo concha.
8.8 Gesseiros são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» máscara contra poeira;
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» protetor auricular tipo concha (pistola finca-pinos).
8.9 Carpinteiros são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» cinto de segurança tipo carpinteiro;
» luvas de PVC e calça impermeável (concretagem).
Nota: O carpinteiro que atuar como operador de serra circular deverá usar também:
» protetor facial;
» protetor auricular tipo concha; » avental de raspa.

76
8.10 Pedreiros são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» luvas de látex;
» luvas de PVC;
» calça impermeável (concrebgem);
» avental de raspa ou impermeável (vibrador de concreto).
8.11 Armadores são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» luva de raspa;
» luvas de PVC e calça impermeável (concretagem).
Nota: O armador que for trabalhar na bancada de armação deve usar também:
» avental de raspa.
8.12 Serventes são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» otina de PVC (borracha);
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» luvas de raspa;
» luvas de PVC;
» avental de raspa ou impermeável (vibrador de concreto).
8.13 Pintores são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» máscara contra poeira;
» cinto de segurança tipo paraquedista;
» luvas de látex; » luvas de PVC.
8.14 Encanador / ½ Oficial de Encanador:
» capacete de segurança;
» botina de couro;

77
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» luvas de lona brim;
» cinto de segurança tipo paraquedista.
8.15 Vidraceiros são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» óculos de segurança;
» cinto de segurança tipo paraquedista.
8.16 Instaladores de Ar Condicionado (Funileiro) são obrigados a utilizar:
» capacete de segurança;
» botina de couro;
» uniforme (calça e camisa);
» luvas de lona brim;
» cinto de segurança tipo paraquedista
» máscara contra poeira
9. Recomendações para funções e atividades específicas
A seguir consta recomendações para funções e atividades específicas que mereçam atenção especial.
9.1 - Operador de Serra Circular
9.1 .1 Qualificação do Operador:
» operador deve ser qualificado;
» possuir curso ministrado pela empresa;
» ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses na função.
9.1.2 E.P.I. Equipamentos de Proteção Individual:
» capacete de segurança acoplado ao protetor facial e protetor auricular tipo concha;
» botinas de couro; » avental
de raspa.
9.1.3 Uniforme (camisa e calça ou macacão).
9. 2. Eletricista (para até 440V)
9.2.1 Qualificação do eletricista:
» o eletricista deve ser qualificado;
» capacitação mediante curso ministrado por instituição privadas ou públicas, desde que conduzido
por profissional habilidade;ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 6
meses na função;9.2.2 E.P.I. Equipamentos de Proteção Individual:
» capacete de segurança;
» óculos de segurança;
» cinturão de eletricista para portar ferramentas;
» cinto de segurança tipo eletricista;
» botinas de couro, sem partes metálicas;
» luvas de eletricista, até 440V;

78
» luvas de proteção para as luvas de eletricista;
9.2.3 Uniforme:
» camisa e calça ou macacão.
9.3 Ferramentas manuais e aparelhos - Trabalhos com pistola automática
9.3.1 Qualificações do funcionário:
O funcionário deve ser qualificado, isto é, possuir curso ministrado por instituições privadas ou públicas,
desde que conduzido por profissional habilitado.
9.3.2 E.P.I Equipamentos de Proteção Individual:
» capacete de segurança acoplado ao protetor facial e protetor auricular tipo concha;
» luvas de lona brim; » botinas
de couro.
9.3.3 Uniforme:
» camisa e calça ou macocão.
9.3.4 Não retirar a proteção da pistola automática.
9.4 Atividades de lançamento de concreto
9.4.1 E.P.I. de Proteção Individual:
» capacete de segurança;
» óculos ampla visão;
» botas de PVC;
» calça impermeável (preferência trevira); » luvas de
PVC, cano médio.
9.4.2 Uniforme:
» camisa e calca ou macacão.
9.4.3 Condições de Trabalho:
» instalações elétricas adequadas;
» condições adequadas de iluminação para trabalhos noturnos;
» acesso seguro ao local de trabalho.
9.5 Trabalhos de limpeza
9.5.1 EPI – Equipamentos de Proteção Individual:
» capacete de segurança ou protetor facial acoplado ao capacete (depende do tipo de limpeza);bota de
PVC ou botina de couro (dependendo do tipo de limpeza);
» luvas de PVC comp. 54 em ou luvas de PVC comp. 36 cm ou luvas de látex ou luvas de raspa com
punho de 10cm (dependendo do tipo de limpeza);
» respirador para vapores orgânicos ou máscara respiradora para partículas,fumos metálicos e neblinas
(dependendo do tipo de limpeza ).
9.5.2 Uniforme:
» camisa e calça ou macacão.
9.6 Soldador
9.6.1 Qualificação do soldador:
» possuir curso ministrado pela empresa;

79
» ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses na função;possuir
curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por profissional habilitado.
9.6.2 EPI – Equipamentos de Proteção Individual:
» máscara em Celeron, com visor articulado, acoplado ao capacete de segurança cor preta, com lentes
retangulares incolor e filtrante apropriada ao tipo de serviço;avental de raspa;
» mangas de raspa;
» perneiras de raspa;botinas de couro com elástico nas laterais; » óculos para
maçariqueiro.
9.6.3 Uniforme:
» camisa e calça ou macacão.
9.7. Montadores de estruturas metálicas e de andaimes
9.7.1 Qualificação do montador:
» possuir curso ministrado pela empresa;
» ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses na função.
9.7.2 EPI – Equipamentos de Proteção Individual:
» capacete de segurança
» luvas de lona brim; » botina
de couro.
9.7.3 Uniforme:
» camisa e calça ou macação.
9.7.4 Montador de Andaimes:
» Ppode ser uma das funções: carpinteiro, pedreiro ou armador.
9.8. Sinaleiro de prémoldados
9.8.1 EPI – Equipamentos de Proteção Individual
» capacete;
» botina de couro;
» luva de sinaleiro, com punho fluorescente;
» máscara (em caso de poeira);
» óculos ampla visão (em caso de poeira); » colete
fluorescente tipo X.
9.8.2 Uniforme:
» camisa e calça ou macacão.
9.8.3 Rádio de comunicação com o operador do equipamento e apito.

RECONHECIMENTO DOS RISCOS

Na construção Civil, podemos reconhecer os riscos existente no ambiente de acordo


com os serviços realizados no local.

80
RISCOS QUÍMICOS:
» Poeira Mineral: serviços de concretagem e preparação de concreto e argamassas, escavação,
utilização de martelete / rompedor, utilização de jato de areia, lavra e transporte pesado, britagem
e rebritagem, lixamento e concreto projetado
Poeira Incômoda: carpintaria (madeira)
» Névoa de óleo: lubrificação de equipamentos e máquinas.
» Vapores Orgânicos: limpeza com solventes, pintura, aplicação de manta asfáltica e produtos com
solventes orgânicos.
» Fumos Metálicos: solda elétrica, Solda / Corte Oxiacetileno
» Gases (Monóxido de Carbono): equipamentos e máquinas circulando em ambiente fechado.
Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral: limpezas com ácidos, desengraxantes ou
detergentes, aplicação de colas, resinas, adesivos, manipulação de cloro etc.

RISCOS FÍSICOS
» Ruído
› Ruído continuo e intermitente: operação de equipamentos pesados
(escavação e fundação), uso de martelete pneumático e perfuratrizes, lixadeiras, esmerilhadeiras,
compressores, bombas de concreto, vibradores, jato de areia, britadores, serras (manuais, de
bancada e policortes).
› Ruído de impacto: bate-estaca, choque ou quedas de materiais.
› Calor: trabalhos a céu aberto (agregado ao esforço físico), impermeablização com manta asfáltica,
execução de pavimentação asfáltica e exposições e fontes aquecidas (caldeiras, forno etc.).
» Vibrações:
› De corpo inteiro: rolo compactados, trator (de esteira ou pneu), pácarregadeira, retroescavadeira,
motoníveladora, caminhão caçamba/ betoneira, escavadeira hidráulica, empilhadeira, dumper e bobcat.
› Localizadas: vibrador, lixadeira, esmerilhadeira, martelete pneumático, furadeira de concreto, serra
circular manual, serra ticotico e policorte.
» Radiações não lonizantes: solda (UV), trabalho a céu aberto (IR e UV).
» Pressões Anormais: tubulões a ar comprido.
» Umidade: trabalhos em terrenos alagadiços ou encharcados, lavarodas e serviços de utilizem água
constantemente (lixamentos, lavagens etc. ).

RISCOS BIOLÓGICOS
» Bactérias, fungos e parasitas: escavações e demolições, limpeza de banheiro e manipulação e
transporte de lixo.

RISCOS ERGONÔMICOS
» Esforço físico intenso: trabalhos em geral
» Levantamento e transporte manual de pesos: Transporte de sacos de cimento, cal formas, armações
etc.
» Exigência de postura inadequada: reboco, pintura e execução de forros, colocação de pisos, escavação
manual de tubulões e valetas etc.
Trabalhos em turno e noturno.
» Jornadas de trabalho prolongadas.

81
RISCOS DE ACIDENTES
» Arranjo físico inadequado: falta de organização, limpeza e má distribuição de materiais pelo canteiro.
» Ferramentas inadequadas e defeituosa.
» Máquinas e equipamentos sem proteção
» Iluminação inadequada: Trabalhos em subsolos, escadas mal iluminadas etc.
» Eletricidade
» Probabilidade de incêndio ou explosão: formas, utilização de produtos com solventes, fundações
(utilização de explosivos), utilização de materiais inflamáveis e combustíveis, serviços que produzam
gases em locais confinados.
» Animais peçonhentos

RESPONSABILIDADE PELAS AVALIAÇÕES

O profissional responsável pelas avaliações será aquele que possuir as competências


técnicas para tanto, podendo dependendo do porte e das condições da obra, e a quantidade de “obras
de arte” existentes, pode ser um técnico de segurança ou necessariamente um engenheiro de segurança
do trabalho.

PERIODICIDADE DAS AVALIAÇÕES

Como se trata de uma atividade extremamente dinâmica, a avaliação do PCMAT deve


ser no mínimo mensal, variando do cronograma de implantação da obra.

RESPONSABILIDADE PELA IMPLEMENTAÇÃO

A responsabilidade de implantação do PCMAT é do responsável técnico da obra, e de


forma subsidiária dos mestres de obras por ventura existentes.

PROGRAMA EDUCATIVO

Treinamento:

PARA ASSUNTO ASPECTO LEGAL


Trabalhadores Quanto aos riscos que estão Letra “a “,sub-ítem 18.20,1
submetidos, a forma de preveni-los
e os procedimentos a serem
adotados em situação de riscos –
para locais confinados.
Trabalhadores Treinamentos Admissionais (*) 18.28.2
(6 horas)

82
Trabalhadores Treinamentos Periódicos (*) 18.28.3
sempre que tomar necessário ao
inicio de cada fase da obra.
Trabalhadores Uso correto de equipamentos de Letra “d “ sub-item 23.1.1
proteção contra incêndio .
* Os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizados com
segurança.

Relação de Funções que necessitam de Cursos de Qualificação

Funções Cursos Aspectos legal - NR


Operador de serra circular. Operações de serra circular. 18.7.1
Soldador. Operações de soldagem e corte. 18.11.1
A ser definida pela empresa. Montagem e desmontagem de 18.14.1.1
equipamentos de transporte vertical
de pessoas.
Operadores de equipamentos Operações de equipamentos de 18.14.9
de transportes vertical de transporte vertical de materiais e
materiais e pessoas pessoas (elevadores , gruas etc).
(elevadores, grua, etc.)
Eletricista Execução e manutenção das 18.21.1 e 10.2.2.7
instalações elétricas

Operadores de maquinas, Operações que expunham o operador 18.22.1


equipamentos e ferramentas ou terceiros a riscos.
diversas.
Operadores de ferramentas Utilização segura das ferramentas. 18.22.1
de fixação a pólvora (finca
pinos)
Operadores Equipamentos com forca motriz 11.1.5
própria.
Operadores Caldeira e vasos de pressão 13.3.5

83
CAPÍTULO 3

MAPA DE RISCO INTRODUÇÃO

Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos


locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de
acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,
instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico,
ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho,
treinamento etc.)”.
O Mapa de Risco é utilizado para:
» a conscientização e informação dos trabalhadores por meio da fácil visualização dos riscos existentes
na empresa;
reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e
saúde no trabalho na empresa;
» possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores,
bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Etapas de elaboração:
a. conhecer o processo de trabalho no local analisado:
» os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e saúde, jornada;
» os instrumentos e materiais de trabalho;
» as atividades exercidas; »
o ambiente.
b. identificar os agentes de riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da
tabela I;
c. identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
» medidas de proteção coletiva;
» medidas de organização do trabalho;
» medidas de proteção individual;
» medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros,
refeitórios, área de lazer.
d. identificar os indicadores de saúde:
» queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
» acidentes de trabalho ocorridos;
» doenças profissionais diagnosticadas;
» causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
e. conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
f. elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando por meio do círculo:
» o grupo a que pertence o risco;

84
» o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
» a especificação do agente (por exemplo: químico-sílica, hexano, ácido clorídico; ou
ergonômico);
» repetividade, ritmo excessivo que deve ser anotada também dentro do círculo;
» a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.
Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá
ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
No caso das empresas de indústrias de construção, o Mapa de Riscos do
estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre
que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos estabelecida.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

Classificam-se os principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua


natureza e a padronização das cores correspondentes.

GRUPO I: GRUPO II: GRUPO III: GRUPO IV: GRUPO V:


VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL

Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes


Biológicos
Ruído Poeiras Vírus Esforço físico Arranjo físico
intenso inadequado
Levantamento e Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias transporte manual equipamentos sem
de peso proteção
Exigência de postura Ferramentas
Radiações
Névoas Protozoários inadequada inadequadas ou
ionizantes
defeituosas
Radiações não Controle rígido de
Neblinas Fungos Iluminação inadequada
ionizantes produtividade
Imposição de ritmos
Frio Gases Parasitas Eletricidade
excessivos
Trabalho em turno e Probabilidade de
Calor Vapores Bacilos
noturno incêndio ou explosão
Substâncias,
compostos ou
Pressões Jornada de trabalho Armazenamento
produtos
anormais prolongadas inadequado
químicos em
geral
Umidade Monotonia e Animais peçonhentos
repetitividade
Outras situações de
Outras situações
risco que poderão
causadoras de stress
contribuir para a
físico e/ou psíquico
ocorrência de acidentes

85
REQUISITOS

A NR 05 estabelece em linhas gerais como se pretende que o Mapa de Riscos seja feito.
Para isso a CIPA terá de assumir certas atribuições específicas. Das informações necessárias à
elaboração do mapa, muitas já devem estar registradas em atas de reunião ou em outros documentos
produzidos pela Comissão.
As que faltarem, tanto na área de engenharia de segurança como na da medicina do
trabalho, deverão ser obtidas junto ao SESMT e, na sua ausência, os representantes do empregador
devem se incumbir de contatar os órgãos administrativos ou especialistas que possam ajudá-la.
O importante é que as informações sejam verdadeiras, tornando o Mapa de Riscos um
retrato da situação de segurança e higiene nos ambientes de trabalho. Como não há um modelo que
possa servir para todos os casos, a forma operacional e os mecanismos para a elaboração do mapa,
devem ser decididas entre a Comissão, a administração da empresa e o SESMT.
A estrutura gráfica do mapa deve um layout da empresa. Isso se torna inviável se a
empresa tiver uma área muito grande, sendo preferível, nesse caso, dividir a área em setores específicos
a fazer um mapa para cada um. Para esse layout, basta uma planta baixa em que possam ser
identificados os locais dos riscos. Os riscos devem ser representados no mapa por meio de cores, de
acordo com a Tabela I, em círculos que devem, ser proporcionais à intensidade.
Como não há fórmula definida para calcular a proporcionalidade proposta, ela pode ser
estipulada pelos elaboradores do mapa. As anotações de todas as informações propostas pelo anexo IV
dentro dos círculos, só poderão ser feitas com o auxílio do recurso de legendas, o que é lícito do ponto
de vista informativo e atinge aos objetivos do mapa.

IDENTIFICAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS AGENTES DE RISCO

Dificuldades eventuais que devem ser levadas em consideração:


» nem sempre, ou nem todos , tiveram oportunidade de estudar física, química, biologia etc, em cursos
anteriores;
» se estudaram, não foi com vistas à identificação desses agentes de riscos nos ambientes de trabalho;
» podem ter esquecido o que aprenderam.
» essas dificuldades, devem ser compensadas com a assistência do SESMT aos membros da Comissão,
evitando assim, mal entendimentos na sua identificação.

ATUAÇÃO DOS CIPEIROS NO LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES


1. Observar os agentes de riscos de cada um dos cinco grupos, segundo a sua classificação.
2. Conversar com os trabalhadores da área expostos a esses agentes ou que trabalham
próximos deles.
3. Obter opiniões e informações sobre como podem estar sendo afetados.
4. Recorrer à chefia da área se achar conveniente, para esclarecimentos adicionais.

86
5. Relacionar, com detalhes possíveis de serem obtidos, todos os riscos levantados. 6. Com as
informações preliminares em mãos, recorrer à seção de Segurança se existente, para revisar
e consolidar os dados que irão compor o mapa da área.

AGENTES DE RISCOS QUANTIFICÁVEIS E MENSURÁVEIS


Levar em consideração que os grupos dos agentes químicos, físicos e biológicos, os
riscos são mensuráveis ou quantificáveis por meio de técnicas e instrumentos específicos de pesquisa
ambiental ou laboratorial.
Caso não existam dados comprovados por pesquisa ambiental, os que forem afixados
no mapa devem levar a observação provisória.
Os riscos ergonômicos e mecânicos não são facilmente mensuráveis por meios
científicos; podem, no entanto, ser quantificáveis em razão da incidência na área e avaliável pela
experiência ou informações estatísticas.

PARÂMETROS
Como não se tem uma definição dos tamanhos e formas de apresentação gráfica dos
riscos, definimos aqui um critério dentro de uma certa coerência.

AGENTES DE PEQUENO MÉDIO GRANDE


RISCOS
Físicos, Quando os Quando as Quando a concentração, intensidade,
Químicos e agentes existem condições tempo de exposição etc. estejam acima
Biológicos no ambiente, agressivas dos dos limites considerados toleráveis pelo
mas de agentes estiverem organismo humano e não há proteção
concentração ou abaixo dos individual ou coletiva eficiente.
intensidade tal limites toleráveis Quando não existem dados precisos
que a para as pessoas, sobre concentração, intensidade, tempo
capacidade de mas ainda causam de exposição etc., e, comprovadamente,
agressão às desconforto - com os agentes estejam afetando a saúde do
pessoas possa ou sem proteção trabalhador, mesmo que existam meios
ser considerada individual ou de proteção individual e coletiva.
desprezível. coletiva.
Ergonômicos Podem ser Podem ser Quando for flagrante:
considerados consideradas as * trabalho permanente e excessivamente
trabalhos que situações citadas no pesado;
cansam, com item seguinte, *postura totalmente em desacordo com
pouca quando ocasionais. a posição e movimentos normais do
probabilidade de corpo, em longos períodos;
afetar a pessoa. *jornada de trabalho com muitas horas
extras;
*serviços com movimentos rápidos e
repetitivos por longos períodos.
de Acidentes Podem ser Podem ser Quando forem evidentes casos que
(mecânicos) considerados os consideradas as podem causar lesões sérias como:
trabalhos que características dos *máquinas, equipamentos, plataformas,
não se meios e dos escadas etc, que estiverem desprovidos
aproximam os processos e dos meios de segurança;
trabalhadores trabalho que *arranjo físico for ou estiver de tal forma
de pontos expõem as a comprometer seriamente a segurança
agressivos, pessoas em das pessoas;
como, por perigo, com pouca *ferramentas manuais forem ou
exemplo, em probabilidade de estiverem visivelmente compromentendo
máquinas lesões sérias. a segurança dos usuários;
automáticas.

87
*o armazenamento ou transporte de
materiais forem desordenados e
visivelmente inseguros.

ELABORAÇÃO DO MAPA
Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
» os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde,
jornada;
› os instrumentos e materiais de trabalho;
› as atividades exercidas;
› o ambiente.
» Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos
ambientais.
» Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia.
» Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho;
» medidas de proteção individual;
» medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área
de lazer.
Identificar os indicadores de saúde, queixas mais frequentes e comuns entre os
trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais
diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
Classificados os agentes de riscos, pode-se começar a organizar o mapa. É necessário
cuidar para evitar confusão na classificação dos agentes e definição dos símbolos - tamanho e cor dos
círculos.

88
Para facilitar o preparo e a disposição dos símbolos, pode ser usado um formulário para
o resumo dos agentes de riscos levantados.
» Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando por meio de círculos:
› o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;
o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico;
ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo;
› a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por
tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos;
› quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o
mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente ao risco.
» Completando o resumo dos riscos levantados já se tem ideia de como o mapa, sobre uma planta baixa
ou um esboço da área, em tamanho sufi ciente para distribuição dos círculos-códigos.
» Dependendo do número de riscos levantados, decide-se pelo uso de círculos individuais para cada
risco ou pelo agrupamento, como demonstrado no modelo.
» Completando o mapa, com todos os agentes devidamente numerados, passa-se para a elaboração do
relatório.
» Para melhor informar os empregados, deve constar no mapa o risco a que cada código (círculo)
corresponde. A forma de indicar fi ca à escolha da CIPA.
» É preferível um mapa por setor de atividade, quanto mais detalhado a setorização, melhor serão
atingidos os objetivos informativo e pedagógico do mapa.
» A localização no setor também é importante, o mapa deve ser instalada onde possa ser facilmente
visto e os empregados possam parar para observá-lo.
» O mapa pode ser um painel de madeira, ou até uma simples folha de papel, desde que cumpra o seu
objetivo de bem informar e instruir.
» Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em
cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

89
ADMINISTRANDO O MAPA

Para melhor administrar o mapa de riscos, convém consolidar todas as informações num único
relativo, no qual deverá constar os riscos, os problemas que eles ocasionam ou que poderão vir a ocasionar e
as recomendações propostas. Um modelo para esse tipo de relatório é aqui mostrado. A CIPA, em conjunto ou
não com o SESMT, poderá adaptá-lo, se for o caso, criar um novo desde que atenda a sua finalidade.
É importante que seja mantido algum tipo de registro dos riscos expostos no mapa, para que
possam ser administrativos.
O relatório poderá ser exposto ao lado do mapa para melhor informar os empregados sobre
os riscos das suas áreas de trabalho, atividades, as recomendações.
O relatório servirá também para manter o empregado informado sobre os resultados dessa
atividade da CIPA e dos pontos a serem melhorados no ambiente de trabalho, do ponto de vista da segurança
e da saúde dos trabalhadores.
É recomendável que o mapa e o relatório sejam atualizados à medida que as condições
apontadas no mapa sofram alterações.
Mapa de Riscos do Setor

Riscos No no Consequência No de Recomendações


Mapa Trab.
GRUPO 1 - RISCOS
FÍSICOS
Unidade - água do piso 2 Desconforto; frio nos pés; 15 Instalar ladrão no
escorregamento tanque

GRUPO 2 - RISCOS
QUÍMICOS
Poeiras: metálica, lixa, 1 Desconforto e doenças 4 Instalar exaustão;
resina respiratórias uso de protetor
respiratório
GRUPO 3 - RISCOS BIOLÓGICOS

Fungos na parede do 3 Riscos à saúde dos usuários 160 Revestir a parede


sanitário com produto
impermeável
GRUPO 4 - RISCOS ERGONÔMICOS

Postura incorreta: 4 Cansaço lombar; dores na 1 Fazer suportes para


agachado (pintura) coluna poder pintar em pé

90
GRUPO 5 - RISCOS DE ACIDENTES

Esmeril sem proteção 5 Não retenção de fagulhas ou 4 Instalar capa


no rebolo estilhaços do rebolo protetora nos rebolos

91
CAPÍTULO 4
LAUDO DE INSALUBRIDADE E LAUDO DE PERICULOSIDADE

INTRODUÇÃO

Insalubridade, em termos laborais, significa “o ambiente de trabalho hostil à saúde, pela


presença de agentes agressivos ao organismo do trabalhador, acima dos limites de tolerância permitidos pelas
normas técnicas. O artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, estabelece que:
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos”.

A periculosidade em saúde e segurança do trabalho, por sua vez, é a caracterização de um


risco imediato, oriundo de atividades ou operações, em que a natureza ou os seus métodos de trabalhos
configurem um contato permanente, ou um risco acentuado.
A legislação contempla as atividades associadas a explosivos e inflamáveis (CLT, art.193, e
NR16 do MTE), a atividade dos eletricitários (Lei no 7.369/1985 e seu Decreto no 93.412/86) e as atividades
em proximidade de radiação ionizante e substancias radioativas (Portaria MTE n o 3.393/1987 e 518/2003).
Mais recentemente, incluído pela Lei no 12.740, de 2012, também faz jus ao adicional quando sujeitos a roubos
ou a outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
A caracterização da insalubridade ou periculosidade deve ser feita por Engenheiro de
Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho conforme artigo 195 da CLT:
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade,
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo
de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do
Trabalho.

ROTEIRO DOS LAUDOS DE INSALUBRIDADE/ PERICULOSIDADE

A Portaria no 3.311 de 29 de Novembro de 1989 foi revogada, porém, nela consta uma
Instrução para Elaboração de Laudo de Insalubridade e Periculosidade que pode ser utilizada, pois é um modelo
básico, isto é, no qual consta o mínimo que esse tipo de laudo deve apresentar, in verbis:

“Instrução para elaboração de laudo de insalubridade e periculosidade


1 - Identificação
Neste item deve constar a identificação do laudo como: n o do processo, nome e endereço
postal da empresa, nome do requerente.
2 - Identificação do local periciado

92
Neste item deve constar os elementos necessários à identificação do local no qual a perícia
é realizada, tais como: Divisão de..., Seção..., da fábrica..., localizada no…
3 - Descrição do ambiente de trabalho
Neste item, devem constar os elementos necessários à caracterização do ambiente de
trabalho, tais como: arranjo físico, metragens da área física, condições gerais de higiene,
ventilação, iluminação, tipo de construção, cobertura, paredes, janelas, piso, mobiliário,
divisória etc.
4 - Análise qualitativa
4.1 - Da função do trabalhador - esclarecer, com os verbos no infinitivo, todos os tipos de
tarefas que se compõe a função. P. ex.:
Auxiliar Administrativo - a) datilografar textos -b> anotar recados - c) atender telefone
etc...4.2 - das etapas do processo operacional
- observando o desenrolar das atividades e/ou do movimento do maquinário, especificar as
fases do método de trabalho, inclusive questionando o supervisor de turma e, sempre, um
ou mais empregados.
4.3 - dos possíveis riscos ocupacionais - o técnico especializado deve ser capaz de perceber
e avaliar a intensidade dos elementos de risco presentes no ambiente de trabalho ou nas
etapas do processo laborativo, ou ainda corno decorrentes deste processo laborativo. Este
item pressupõe o levantamento, em qualidade, dos riscos a que se submete o trabalhador
durante a jornada de trabalho.
4.4 - do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição traduz a quantidade
de exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a determinado risco operacional sem
proteção, multiplicado pelo número de vezes que esta exposição ocorre ao longo da jornada
de trabalho. Assim, se o trabalhador ficar exposto durante 5 minutos, por exemplo, a
vapores de amônia, e esta exposição se repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de
trabalho, então seu tempo de exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade
do fenômeno. Se, entretanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo
se repete por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400 min/dia de
trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição se
processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se que a
exposição é de natureza continua.
5 - Análise quantitativa
É a fase que compreende a medição do risco imediatamente após as considerações
qualitativas, guardando atenção especial à essência do risco e ao tempo de exposição. Esta
etapa ou fase pericial só é possível realizar quando o técnico tem convicção firmada de que
os tempos de exposição, se somados, configuram uma situação intermitente ou continua.
A eventualidade não ampara a concessão do adicional, resguardados os limites de tolerância
estipulados para o risco grave e iminente.
Tanto o instrumental quanto a técnica adotados, e até mesmo o método de amostragem,
devem constar por extenso, de forma clara e definida no corpo do laudo. Idêntica atenção
deve ser empregada na declaração dos valores, especificando, inclusive, os tempos horários
inicial e final de cada aferição. Já a interpretação e a consequente análise dos resultados
necessitam estar de acordo com o prescrito no texto legal, no caso, a Norma
Regulamentadora.
Caso a contrarie, será nula de pleno direito.
6 - Conclusão
6.1 - Fundamento científico - se o instituto de insalubridade e da periculosidade pressupõe
o risco de adquirir doença ou de sofrer um acidente a partir de exposição a elementos
agressores oriundos do processo operacional ou dele resultantes, o técnico tem que
demonstrar, obrigatoriamente, toda a cadeia de relação causa e efeito existente entre o
exercício do trabalho periciado com a doença ou o acidente. O fundamento científico
compreende, então, as vias de absorção e excreção do agente insalubre, o processo
orgânico de metabolização, o mecanismo de patogenia do agente no organismo humano e
as possíveis lesões.
6.2 - Fundamento legal - é tudo aquilo estritamente previsto nas Normas Regulamentadoras
de Segurança e Medicina do Trabalho, Portaria MTb n o 32141/1978 e Lei no 6.5141/1977.
As “Atividades e Operações Insalubres” - acham-se listadas na NR 15 e Anexos, ao passo

93
que as “Atividades e Operações Perigosas” são aquelas enquadradas nas delimitações
impostas pela NR 16 e Anexos, sem contar com os textos da Lei n o 6.5141/1977, artigos
189 e 196, e do Decreto no 93 A12186, este último específico para os riscos com energia
elétrica.”

TEMPO DE EXPOSIÇÃO A SER CONSIDERADO


Todas as dúvidas, envolvendo adicionais de Insalubridade e Periculosidade, recaem sobre a
questão do tempo de exposição.
Profissionais que trabalham em empresas, que prestam serviços a empresas ou são Assistentes
Técnicos de Reclamadas em Reclamações Trabalhistas tem uma visão diferente daqueles que trabalham para
Sindicatos de Trabalhadores ou Reclamantes em Ações Judiciais.
Sabendo que Peritos Judiciais, devem ser imparciais, então, na Justiça do Trabalho, o tempo
de exposição, para conseguir o devido embasamento legal com o rigor técnico que cada situação sob análise
enseja, deve ser seguido do pensamento do Engenheiro de Segurança do Trabalho Sr. André Lopes Netto, ex-
Presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho, a SOBES:
“...há que se analisar cada situação, em particular, e discernir com bom - senso o
verdadeiro sentido das expressões para poder correlacioná-las com o espírito do
diploma legal.”
O Engenheiro André Lopes Netto em entrevista publicada na Revista CIPA, n o 319, mencionou:
“Habitual – o que acontece ou se faz por hábito, frequente, comum, usual;
Permanente – constante, duradouro, ininterrupto;
Intermitente – não contínuo, interrupto a espaços; o que pára por intervalos;
Eventual – depende de acontecimento incerto, fruto do acaso.”
O item 4.4 da Portaria no 3.311/1989 pode ser utilizado como norte e somente nos casos de
insalubridade, pois existe uma diferença muito grande entre tempo de exposição para periculosidade e
insalubridade. Na periculosidade, numa eventualidade, pode haver um sinistro e um trabalhador vir a perder a
vida enquanto que para a insalubridade é mais difícil de um acontecimento incerto vir a prejudicar a sua vida.
Assim como o próprio André Lopes menciona, há de se analisar cada caso.
Nas questões de Periculosidade, deve-se verificar se há previsão nas Atribuições do Cargo, se
há Ordens de Serviço ou Permissões de Trabalho em que a função do trabalhador é mencionada. Se nas Atas
de CIPA, há alguma menção sobre os riscos, isto é, se está ou não o empregado à disposição da empresa e se
ele, nesse caso, verificar que esse sobreaviso ocorria ou não, se ele adentrava em área de risco ou não.

INSALUBRIDADE
Após as devidas definições, no item 4 e 5 do Laudo de Insalubridade devem constar quais os
agentes podem causar a insalubridade e diante disso o tipo de avaliação, pois serão consideradas atividades
ou operações insalubres as que se desenvolvem.
» Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos à NR-15 de números:
1 (Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente);
2 (Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto);
3 (Limites de Tolerância para Exposição ao Calor);

94
5 (Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes);
11 (Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e Inspeção no
Local de Trabalho);
12 (Limites de Tolerância para Poeiras Minerais).
» Nas atividades mencionadas nos anexos números:
6 (Trabalho sob Condições Hiperbáricas);
13 (Agentes Químicos);
14 (Agentes Biológicos).
» Comprovadas por meio de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos anexos números:
7 (Radiações Não Ionizantes);
8 (Vibrações);
9 (Frio);
10 (Umidade).
Nesses casos, há uma discussão se o uso de EPIs pode neutralizar o risco, digo neutralizar
porque eliminar não há possibilidade, pois o risco existe.
Fica claro que eliminar o agente insalubre é adotar medidas de proteção coletiva, conservando o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância. Não é por outra razão que, a NR-6 da Portaria no 3124/1978,
condiciona o fornecimento do EPI a três circunstâncias:
1. sempre que as medidas de proteção coletiva forem, tecnicamente, inviáveis, ou não assegurarem
completa proteção à saúde do trabalhador;
2. no espaço de tempo em que as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;para
atender situações de emergência.
Enquanto não for eliminado, é evidente que o agente insalubre continua acima do limite de
tolerância. Então é que se justifica a utilização de EPI, desde que:
a. seja efetivamente utilizado pelo trabalhador, dentro do princípio de vigilância inerente à empresa
(“cumprir e fazer cumprir”);
b. tenha efetivamente a capacidade de neutralizar o agente insalubre que, no caso, afeta diretamente
o trabalhador, dentro dos limites de tolerância;
c. torne- se, ao invés de uma medida definitiva, uma forma provisória de amenizar o problema da
insalubridade, não eximindo a empresa da obrigatoriedade legal de eliminar o agente insalubre com
medidas de proteção coletiva.
Assim deve-se considerar que o empregador tem a obrigação não só de fornecer e realizar o
treinamento, mas também de fiscalizar o uso do EPI conforme o item 6.6.1 da NR-6 – Equipamento de Proteção
Individual - EPI:
“6.6.1 - Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;

95
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; (grifo nosso)
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.” (griffo nosso)”
Além disso deve ser considera a Súmula no 289/TST:
“O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam
à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo
do equipamento pelo empregado.”
Como já informado:“...há que se analisar cada situação em particular e discernir com bom senso o
verdadeiro sentido das expressões para poder correlacioná-las com o espírito do diploma legal.”

PERICULOSIDADE

Quanto à periculosidade, o artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT define que
somente poderá existir nas atividades e operações que impliquem contato permanente e com risco acentuado
com inflamáveis e explosivos. In verbis:
“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em
condições de risco acentuado.”
Em todos esses casos existem as atividades e respectivas áreas de risco para enquadramento
da tarefa do trabalhador como perigosa, vejamos:

INFLAMÁVEIS

Definição de inflamáveis na NR-20, in verbis:


20.2. Líquidos inflamáveis.
20.3 Definições
20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60 o
C.
20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60o C e ≤
93o C
20.3. Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP.
20.3.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido como Gás
Liquefeito de Petróleo - GLP o produto constituído, predominantemente, pelo
hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.
20.4 Outros gases inflamáveis.
20.4.1 Aplicam-se a outros gases inflamáveis, os itens relativos a Gases
Liquefeitos de Petróleo - GLP.”

96
As possíveis Atividades e Operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO
ACENTUADO, estão descritas no item 1 do Anexo I, nos itens 1 e 3 do Anexo II dessa NR, in verbis:

ANEXO 2
Atividades e operações perigosas com inflamáveis
1.São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos
trabalhadores que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como
aqueles que operam na área de risco adicional de 30%, as realizadas:
ATIVIDADE ADICIONAL DE 30%
a. Na produção, transporte, processamento e Na produção, transporte, processamento e
armazenamento de gás liquefeito. armazenamento de gás liquefeito.
b. No transporte e armazenagem de inflamáveis Todos os trabalhadores da área de
líquidos e gasosos liquefeitos e de vasilhames vazios operação.
não-desgaseificados ou decantados.
c. Nos postos de reabastecimento de aeronaves. Todos os trabalhadores nessas atividades
ou que operam na área de risco.
d. Nos locais de carregamento de navios-tanques, Todos os trabalhadores nessas atividades
vagões-tanques e caminhões-tanques e enchimento ou que operam na área de risco.
de vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos
liquefeitos.
e. Nos locais de descarga de navios-tanques, vagões- Todos os trabalhadores nessas atividades
tanques e caminhões-tanques com inflamáveis ou que operam na área de risco
líquidos ou gasosos liquefeitos ou de vasilhames
vazios não-desgaseificados ou decantados.
f. Nos serviços de operações e manutenção de navios- Todos os trabalhadores nessas atividades
tanque, vagõestanques, caminhões-tanques, bombas ou que operam na área de risco.
e vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos
liquefeitos, ou vazios não-desgaseificados ou
decantados.
g. Nas operações de desgaseificação, decantação e Todos os trabalhadores nessas atividades
reparos de vasilhames não-desgaseificados ou ou que operam na área de risco.
decantados.
h. Nas operações de testes de aparelhos de consumo Todos os trabalhadores nessas atividades
do gás e seus equipamentos. ou que operam na área de risco.

i. No transporte de inflamáveis líquidos e gasosos Motorista e ajudantes.


liquefeitos em caminhão-tanque.
j. No transporte de vasilhames (em caminhões de Motorista e ajudantes
carga), contendo inflamável líquido, em quantidade
total igual ou superior a 200 litros, quando não
observado o disposto nos subitens 4.1 e 4.2 deste
anexo.
l. No transporte de vasilhames (em carreta ou Motorista e ajudantes.
caminhão de carga), contendo inflamável gasosos e
líquido, em quantidade total igual ou superior a 135
quilos.
m. Nas operação em postos de serviço e bombas de Operador de bomba e trabalhadores que
abastecimento de inflamáveis líquidos. operam na área de risco.

ANEXO 3. São consideradas áreas de risco:


ATIVIDADE ÁREA DE RISCO
a Poços de petróleo em produção de gás. Círculo com raio de 30 metros, no mínimo,
com centro na boca do poço.

97
b Unidade de processamento das refinarias. Faixa de 30 metros de largura, no mínimo,
contornando a área de operação.
c Outros locais de refinaria onde se realizam operações Faixa de 15 metros de largura, no mínimo,
com inflamáveis em estado de volatilização ou contornando a área de operação.
possibilidade de volatilização decorrente de falha ou
defeito dos sistemas de segurança e fechamento das
válvulas.
d Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança
e Tanques elevados de inflamáveis gasosos Círculo com raio de 3 metros com centro nos
pontos de vazamento eventual (válvula
registros, dispositivos de medição por
escapamento, gaxetas).
f Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em Afastamento de 15 metros da beira do cais,
navios, chatas e batelões. durante a operação, com extensão
correspondente ao comprimento da
embarcação.
g Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação.
h Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques Círculo com raio de 15 metros com centro nas
com inflamáveis líquidos. bocas de enchimento dos tanques.
i Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de
inflamáveis gasosos liquefeitos. vazamento eventual (válvula e registros).
j Enchimento de vasilhames com inflamáveis gasosos Círculos com raio de 15 metros com centro
liquefeitos. nos bicos de enchimentos.

l Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos
locais abertos. bicos de enchimento.
m Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em Toda a área interna do recinto.
recinto fechado.
n Manutenção de viaturas-tanques, bombas e vasilhames Local de operação, acrescido de faixa de 7,5
que continham inflamável líquido. metros de largura em torno dos seus pontos
externos.
o Desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames Local da operação, acrescido de faixa de 7,5
não desgaseificados ou decantados, utilizados no metros de largura em torno dos seus pontos
transporte de inflamáveis. externos.
p Testes em aparelhos de consumo de gás e seus Local da operação, acrescido de faixa de 7,5
equipamentos. metros de largura em torno dos seus pontos
extremos.
q Abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no
mínimo, círculo com raio de 7,5 metros com
centro no ponto de abastecimento e o círculo
com raio de 7,5 metros com centro na
bomba de abastecimento da viatura e faixa
de 7,5 metros de largura para ambos os
lados da máquina.
r Armazenamento de vasilhames que contenham Faixa de 3 metros de largura em torno dos
inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados ou seus pontos externos.
decantados, em locais abertos.
s Armazenamento de vasilhames que contenham Toda a área interna do recinto.
inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados, ou
decantados, em recinto fechado.
t Carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis Afastamento de 3 metros da beira do cais,
líquidos ou vasilhames vazios não desgaseificados ou durante a operação, com extensão
decantados, transportados pôr navios, chatas ou correspondente ao comprimento da
batelões. embarcação.

Se o Autor tiver executado tarefas enquadradas nas hipóteses acima


descriminadas, de modo permanente ou intermitente, poderá fazer jus ao

98
adicional de 30% sobre o salário, desde que atendido ao tempo de exposição
definido no Art.193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:
4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em
embalagens certificadas, simples, compostas ou combinadas, desde que obedecidos
os limites consignados no Quadro I abaixo, independentemente do número total de
embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as
Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a
Norma NBR 11564/1991 e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios
de transporte utilizados;
4.2 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco litros,
lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis, independentemente do
número total de recipientes manuseados, armazenados ou transportados, sempre
que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho
e Emprego e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte
utilizados.”

EXPLOSIVOS

As possíveis atividades e operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO


ACENTUADO, estão descritas no item 1 do Anexo I, dessa NR, in verbis:
ANEXO 1 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM
EXPLOSIVOS
1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no
Quadro no 1, seguinte:
NR –16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS (Anexo 1,
item 3)
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%

a. No armazenamento de explosivos. Todos os trabalhadores nessa


atividade ou os que
permaneçam na área de risco.
b. No transporte de explosivos. Todos os trabalhadores nessa
atividade.
c. Na operação de escorva dos cartuchos Todos os trabalhadores nessa
de explosivos. atividade.
d. Na operação de carregamento de Todos os trabalhadores nessa
explosivos. atividade.
e. Na detonação. Todos os trabalhadores nessa
atividade.
f. Na verificação de denotações falhadas. Todos os trabalhadores nessa
atividade.
g. Na queima e destruição de explosivos Todos os trabalhadores nessa
deteriorados. atividade.
h. Nas operações de manuseio de Todos os trabalhadores nessa
explosivos. atividades.

Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Anexo da NR16.

99
RADIAÇÃO IONIZANTE
As possíveis Atividades e Operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO
ACENTUADO, estão descritas no Anexo dessa NR inserido pela Portaria GM n o 518/2003.

Atividades/Áreas De Risco.

NR –16 ATIVIDADE S E OPERAÇÕES PERIGOSAS (Anexo)

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

1. Produção, utilização, processamento,


transporte, guarda, estocagem, e manuseio de Minas e depósitos de materiais radioativos Plantas-piloto e
materiais radioativos, selados e não selados, de usinas de beneficiamento de minerais radioativos Outras
estado físico e forma química quaisquer, áreas sujeitas a risco potencial devido às radiações ionizantes
naturais ou artificiais, incluindo:
Lixiviação de minerais radioativos para a produção de
1.1 Prospecção, mineração, operação,
concentrados de urânio e tório. Purificação de concentrados e
beneficiamento e processamento de minerais
conversão em outras formas para uso como combustível
radioativos.
nuclear.
Produção de fluoretos de urânio para a produção de
hexafluoreto e urânio metálico. Instalações para
enriquecimento isotópico e reconversão. Fabricação do
1.2 Produção, transformação e tratamento de
elemento combustível nuclear. Instalações para
materiais nucleares para o ciclo do combustível
armazenamento dos elementos combustíveis usados.
nuclear.
Instalações para o retratamento do combustível irradiado
Instalações para o tratamento e deposições, provisórias e
finais, dos rejeitos radioativos naturais e artificiais.
1.3 Produção de radioisótopos para uso em
Laboratórios para a produção de radioisótopos e moléculas
medicina, agricultura agropecuária, pesquisa
marcadas.
científica e tecnológica.
Instalações para tratamento do material radioativo e
confecção de fontes.
1.4 Produção de Fontes Radioativas
Laboratórios de testes, ensaios e calibração de fontes,
detectores e monitores de radiação, com fontes radioativas.
1.5 Testes, ensaios e calibração de detectores
Laboratórios de ensaios para materiais radioativos.
e monitores de radiação com fontes de
Laboratórios de radioquímica.
radiação.
1.6 Descontaminação de superfícies, Laboratórios para descontaminação de peças e materiais
instrumentos, máquinas, ferramentas, radioativos Coleta de rejeitos radioativos em instalações,
utensílios de laboratório, vestimentas e de prédios e em áreas abertas. Lavanderia para roupas
quaisquer outras áreas ou bens duráveis contaminadas. Transporte de materiais e rejeitos
contaminados com material radioativo. radioativos, condicionamento, estocagens e sua
deposição.
Instalações para tratamento, condicionamento,
1.7 Separação isotópica e processamento contenção, estabilização, estocagem e deposição de
radioquímico. rejeitos radioativos. Instalações para retenção de rejeitos
radioativos.
1.8 Manuseio, condicionamento, liberação,
monitoração, estabilização, inspeção, Sítio de rejeitos. Instalações para estocagem de produtos
retenção e deposição de rejeitos radioativos para posterior aproveitamento.
radioativos.
Edifícios de reatores.
2. Atividades de operação e manutenção de
Edifícios de estocagem de combustível.
reatores nucleares, incluindo:

100
Instalações de tratamento e estocagem de rejeitos
2.1 Montagem, instalação, substituição e
radioativos.
inspeção de elementos combustíveis.

2.2 Manutenção de componentes integrantes Instalações para tratamento de água de reatores e separação
do reator e dos sistemas hidráulicos e contenção de produtos radioativos.
mecânicos e elétricos, irradiados, Salas de operação de reatores.
contaminados ou situados em áreas de Salas de amostragem de efluentes radioativos.
radiação.
2.3 Manuseio de amostras irradiadas. Laboratórios de medidas de radiação.

Outras áreas sujeitas a risco potencial às radiações ionizantes


2.4 Experimentos utilizando canais de
passíveis de serem atingidas por dispersão de produtos
irradiação.
voláteis.
Laboratórios semiquentes e quentes.
2.5 Medição de radiação, levantamento de Minas de urânio e tório.
dados radiológicos Depósitos de minerais radioativos e produtos do tratamento
e nucleares, ensaios, testes, inspeções, de minerais radioativos.
fiscalização e supervisão de trabalhos técnicos.

Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Anexo da NR16.

ENERGIA ELÉTRICA

No caso de energia elétrica, o Decreto no 93.412, de 14/10/1986 regulamentou a Lei no 7.369,


de 20 de setembro de 1985, instituindo salário adicional para empregados do setor de energia elétrica, em
condições de periculosidade, vejamos:
“Art. 1o São atividades em condições de periculosidade de que trata a Lei no o 7.369,
de 20 de setembro de 1985, aquelas relacionados no Quadro de Atividades/Área de
Risco, anexo a este Decreto.
Art. 2o É exclusivamente suscetível de gerar direito à percepção da remuneração
adicional que trata o artigo 1o da Lei no 7.369, de 20 de setembro de 1985, o exercício
das atividades constantes do quadro anexo, desde que o empregado
independentemente do cargo, categoria ou ramo da empresa:
I - permaneça habitualmente em área de risco, executando ou aguardando
ordens, e em situação de exposição contínua, caso em que o pagamento do adicional
incidirá sobre o salário da jornada de trabalho integral;
II - ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que o
adicional incidirá sobre o salário do tempo despendido pelo empregado na execução
de atividade em condições de periculosidade ou do tempo à disposição do
empregador, na forma do inciso I deste artigo.
§ 1o O ingresso ou permanência eventual em área de risco não geram direito ao
adicional de periculosidade.”

Todavia, o Enunciado 361 - TST definiu que o empregado com ao tempo de exposição
intermitente a eletricidade tem direito ao adicional de periculosidade integral, in verbis:
“O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá
direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, tendo

101
em vista que a Lei no 7.369/1985 não estabeleceu qualquer proporcionalidade em
relação ao seu pagamento.”
Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Decreto n o 93.412/1986:

Quadro de Atividades/área de Risco conforme Decreto no 93.412/1986.


Atividades Área de Risco
1. Atividades de construção, operação e 1. Estrutura, condutores e
manutenção de redes de linhas aéreas de alta e equipamentos de linhas aéreas de
baixa tensões integrantes de sistemas elétricos transmissão, subtransmissão e
de potência, energizadas ou desenergizadas, mas distribuição.
com possibilidade de energização, acidental ou por - Pátio e salas de operação de
falha operacional, incluindo: subestação.
1.1. Montagem, instalação, substituição, - Cabines de distribuição.
conservação, reparos, ensaios e testes de: - Estrutura, condutores e
verificação, inspeção, levantamento, supervisão e equipamentos de redes de tração
fiscalização; fusíveis, condutores, páraraios, elétrica, incluindo escadas, plataformas
postes, torres, chaves, muflas, isoladores, e cestos aéreos usados para execução
transformadores, capacitores, medidores, dos trabalhos.
reguladores de tensão, religadores,
seccionalizadores, carrier (onda portadora via
linha de transmissão), cruzetas, relé e braço de
iluminação pública, aparelho de medição gráfica,
bases de concreto ou alvenaria de torres, postes
e estrutura de sustentação de redes e linhas
aéreas.
1.2. Corte e poda de árvores.
1.3. Ligação e corte de consumidores.
1.4. Manobras aéreas e subterrâneas de redes
e linhas.
1.5. Manobras em subestação.
1.6. Testes de curto em linhas de transmissão.
1.7. Manutenção de fontes de alimentação de
sistemas de comunicação.
1.8. Leitura em consumidores de alta tensão.
1.9. Aferição em equipamentos de medição.
1.10. Medidas de resistência, lançamento e
instalação de cabo contra-peso.
1.11. Medidas de campo elétrico, rádio,
interferência e correntes induzidas.
1.12. Testes elétricos em instalações de terceiros
em faixas de linhas de transmissão (oleodutos,
gasodutos, etc.).
1.13. Pintura em estruturas e equipamentos.
1.14. Verificação, inspeção, inclusive aérea,
fiscalização, levantamento de dados e supervisão de
serviços técnicos.

102
2. Atividades de construção, operação e 2. Valas, bancos de dutos, canaletas,
manutenção de redes e linhas subterrâneas de condutores, recintos internos de
alta e baixa tensões integrantes de sistemas caixas, poços de inspeção, câmaras,
elétricos de potência, energizados ou galerias, túneis, estruturas, terminais
desenergizados, mas com possibilidade de e aéreas de superfície
energização acidental ou por falha operacional, correspondente.
incluindo: - Áreas submersas em rios, lagos e
2.1. Montagem, instalação, substituição, mares.
manutenção e reparos de: barramentos,
transformadores, disjuntores, chaves e
seccionadoras, condensadores, chaves a óleo,
transformadores para instrumentos, cabos
subterrâneos e subaquáticos, painéis, circuitos
elétricos, contatos, muflas, e isoladores e demais
componentes de redes subterrâneas.
2.2. Construção civil, instalação, substituição e
limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos, condutos,
canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de
inspeção, câmaras.
2.3. Medição, verificação, ensaios, testes,
inspeção, fiscalização, levantamento de dados e
supervisão de serviços técnicos.
3. Atividades de inspeção, testes, ensaios, 3. Áreas das oficinas e laboratórios de
calibração, medição e reparo em equipamentos e testes e manutenção elétrica,
materiais elétricos, eletrônicos, eletromecânicos e eletrônica e eletromecânica em que
de segurança individual e coletiva em sistemas são executados testes, ensaios,
elétricos de potência de alta e baixa tensão. calibração e reparos de equipamentos
energizados ou passiveis de
energização acidental.
- Sala de controle e casa de
máquinas de usinas e unidades
geradoras.
- Pátios e salas de operação de
subestação inclusive consumidores.
- Salas de ensaios elétricos de
alta tensão.
- Sala de controle dos centros
de operações.
4. Atividades de construção, operação e 4. Pontos de medição e cabinas de
manutenção nas usinas, unidades geradoras, distribuição, inclusive de consumidores.
subestações, e cabinas de distribuição em - Salas de controle, casa de
operações, integrantes de sistema de potência, máquinas, barragens de usinas e
energizado ou desenergizado com possibilidade de unidades de geradoras.
voltar a funcionar ou energizar-se acidentalmente - Pátios e salas de operações de
ou por falha operacional, incluindo: subestações, inclusive consumidoras.
4.1. Montagem, desmontagem, operação e
conservação de: medidores, relês, chaves,
disjuntores, e religadores, caixas de controle, cabos
de força, cabos de controle, barramentos, baterias
e carregadores, transformadores, sistemas
antiincêndio e de resfriamento, bancos de
capacitores, reatores, reguladores, equipamentos
eletrônicos, eletrônicos mecânicos e
eletroeletrônicos, painéis, pára-raios, área de
circulação, estruturassuporte e demais instalações e
equipamentos elétricos.
4.2. Construção de: valas de dutos, canaletas
bases de equipamentos, estruturas, condutos e
demais instalações.
4.3. Serviços de limpeza, pintura e sinalização
de instalações e equipamentos elétricos.
4.4. Ensaios testes, medições, supervisão,
fiscalização e levantamentos de circuitos e

103
equipamentos elétricos, eletrônicos de
telecomunicações e telecontrole.

5. Atividades de treinamento em equipamentos ou 5. Todas as áreas descritas nos itens


instalações energizadas, ou desenergizadas mas anteriores.
com possibilidade de energização acidental ou por
falha operacional.

O item 3.342 da Norma Brasileira NBR5460 da Associação Brasileira de Normas Técnicas –


ABNT define o Sistema Elétrico de Potência – SEP (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica)
descrito acima, in verbis:
“Geração – Conversão de uma forma qualquer de energia em energia elétrica;
Transmissão – Transporte de energia elétrica, caracterizada pelo valor nominal da
tensão entre a subestação elevadora e a subestação abaixadora ou entre subestações
que fazem a interligação dos sistemas elétricos de dois concessionários, ou áreas
diferentes do sistema de um mesmo concessionário;
Distribuição – Transferência de energia elétrica para os consumidores a partir dos
pontos em que se considera terminada a transmissão (ou subtransmissão) até a
medição de energia elétrica, inclusive.”

Finalmente, sem nenhuma lógica frente ao conceito de periculosidade estabelecida até a


presente data, e confundindo com o conceito de PERIGOSIDADE, foi incluído no rol de atividades periculosas
os MOTOBOYS. Sendo caracterizado como a mais nova jabuticaba de nossa legislação de saúde e proteção
ao trabalhador. De tão absurda, que não merece uma abordagem técnica para a caracterização e o porquê da
caracterização da mesma.

104
105
ANEXO 1.
AVALIAÇÃO AMBIENTAL QUANTITATIVA

O roteiro de avaliação ambiental quantitativa foi elaborado de forma a possibilitar uma


avaliação precisa das condições ambientais (de micro-ambientes) passíveis de causar danos à saúde ou à
segurança dos trabalhadores. Esta metodologia instrumentaliza a implantação da etapa de “Avaliação de
Riscos Ambientais”, prevista no PPRA, desenvolvida pelo Laboratório de Segurança Ambiental – LabSAm da
UnB, tendo seu autor o Dr. Phd Eng. Paulo Celso dos Reis Gomes e validado no Distrito Federal, pelo
engenheiro Luiz Roberto Pires Domingues Junior.

A avaliação quantitativa contempla uma perícia nos ambientes de trabalho (micro-


ambientes) por pessoal técnico habilitado preenchendo instrumento específico que está em fase de
elaboração. Os formulários são padronizados - com campos específicos para preenchimento pelo perito
avaliador - para cada tipo de agente ambiental avaliado, de forma a facilitar: (i) a avaliação dos trabalhos
realizados, (ii) a comparação entre diferentes laudos, e (iii) a comparação entre diferentes exposições em
ambientes similares. Os itens desta avaliação são mensurados quantitativamente, para tanto, está sendo
elaborado de um Manual de Avaliação Quantitativa, que estabelece as diretrizes (os parâmetros e os critérios
técnicos) a serem utilizados nesta avaliação.

A avaliação quantitativa demanda a elaboração de uma estratégia de amostragem específica


para cada item a ser avaliado. Esta estratégia de amostragem considera uma amostragem espacial
(avaliação em diferentes pontos de amostragem) e temporal (avaliação em diferentes momentos para cada
ponto de amostragem).

Os resultados da avaliação quantitativa são apresentados em laudo pericial conclusivo. O


laudo deve apresentar anexa uma cópia do certificado de calibração dos equipamentos de medição utilizados
na avaliação ambiental. O certificado de calibração deve ser válido para o período das avaliações realizadas
e deve conter informações sobre a sua rastreabilidade, segundo os critérios da Rede Brasileira de Calibração
(RBC).

A metodologia de avaliação quantitativa deverá estar disponível, para acesso a qualquer


servidor público federal. Os seus resultados, bem como a sua tabulação, devem ser apresentados de forma
integrada aos indicadores de condição ambiental – ICA, resultantes das avaliações ambientais qualitativas
realizadas por pessoal capacitado. Os resultados de ambas as avaliações (qualitativa e quantitativa) deve
ser tornada pública, de preferência disponibilizada na internet.

A conclusão do laudo pode indicar duas situações:

(i) a conformidade do item avaliado no ambiente quanto aos limites estabelecidos em normas de segurança
e saúde do trabalho (nacionais ou internacionais); e

106
(ii) a não-conformidade do item avaliado no ambiente quanto aos limites estabelecidos em normas de
segurança e saúde do trabalho (nacionais ou internacionais).

A comprovação de uma não-conformidade pode estabelecer a necessidade de


execução/implantação de medidas de controle dos riscos (adequações no ambiente de trabalho).

Estas adequações devem fazer parte do laudo em um item denominado “Sugestões para
atingir a conformidade”. O laudo não deve detalhar as sugestões de adequação. O detalhamento destas
adequações deve ser realizado na etapa de “Controle dos Riscos Ambientais”, por profissionais qualificados,
a serem definidos pelo gestor do órgão cujo ambiente apresentou a não-conformidade.

A etapa de “Controle de Riscos Ambientais” será gerada automaticamente no PPRA ao se


constatarem não-conformidades tanto na fase de avaliação qualitativa quanto na fase de avaliação
quantitativa. Como a adequação de algumas nãoconformidades de um ambiente público poderá demandar
verbas públicas (o que implica em orçamento público), a etapa de “Controle de Riscos Ambientais” deve ser
instrumentalizada por cada órgão coberto pela legislação vigente. Este trabalho apresenta diretrizes para a
gestão eficaz da implantação da etapa de “Controle de Riscos Ambientais”, prevista no PPRA.

107
HOLO AMBIENTE:

MACRO AMBIENTE:

NOME DO ORGÃO:

AVALIADORES:

RESPONSÁVEL DA
INSTITUIÇÃO:

E-MAIL:

ENDEREÇO:

TELEFONE:

ÁREA TOTAL:

QUANT. DE MESO:

ACESSIBILIDADE NOTA¹ (0 -10)

A Estacionamento
C 01

A Calçadas
C 02

A Recepção
C 03

A Elevadores
C 04

A Rampas / Corredores / Escadas


C 05

A Telefones
C 06

A Bebedouros
C 07

A Posto de Trabalho
C 08

A Banheiros
C 09

A Aparelhos Sanitários
C 10

A Vestiários
C 11

EDIFICAÇÃO NOTA¹ (0 -10)

108
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
ACESSIBILIDADE
ICA-AC2 = SOMA [(AC 01 a AC 11) / 11] x 10

D 01 Escadas /Rampas /Corredores

ED 02 Elevadores

ED 03 Subestação e Gerador

ED 04 Quadro Elétrico

ED 05 Serviços de Limpeza/Jardinagem

ED 06 Vigilância

ED 07 SESMT

ED 08 CIPA

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL


EDIFICAÇÃO
ICA-ED2 = SOMA [(ED 01 a ED 08) / 8] x 10

MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NOTA¹


0 -10

MAT 01 Sistema de Ar Condicionado

MAT 02 Qualidade da Água

MAT 03 Bebedouros

MAT 04 Sanitários
MAT 05 Esgotos Sanitários

MAT 06 Refeitórios
MAT 07 Vestiários

MAT 08 Resíduos Sólidos

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL


MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
ICA-MAT2 = SOMA [(MAT 01 a MAT 08) / 8] x 10

109
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO NOTA¹ (0 -10)

SPI 01 Brigada de Incêndio

SPI 02 Combustíveis Inflamáveis

SPI 03 Sistema de Alarme e Chuveiros Automáticos

SPI 04 Hidrante de Rua

SPI 05 Hidrantes Internos

SPI 06 Sistema de Extintores

SPI 07 Sistemas de Emergência

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL


SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
ICA-SPI2 = SOMA [(SPI 01 a SPI 07) / 7] x 10

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL MACRO AMBIENTE ICA-MA = SOMA (ICA-


AC+ICA-ED+ICA-MAT+ICA-SPI) / 4

HOLO-AMBIENTE:

MACRO-AMBIENTE:

LOCAL:

MICRO-AMBIENTE:

RF - RISCOS FÍSICOS NOTA1 RGI3

RF 01 Ruído Contínuo

RF 02 Ruído de Impacto

RF 03 Temperatura Extrema - Calor

RF 04 Temperatura Extrema – Frio

RF 05 Umidade
RF 06 Vibração

RF 07 Pressão Anormal

RF 08 Radiação Ionizante

RF 09 Radiação Não Ionizante

110
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
RISCOS FÍSICOS
ICA-RF2 = SOMA [(RF 01 a RF 09) / 9] x 10

RQ - RISCOS QUÍMICOS NOTA1 RGI3

RQ
01 Armazenamento de Produtos Químicos
RQ
02 Manipulação de Produtos Químicos
RQ
03 Ventilação
RQ
04 Higienização do Ambiente
RQ
05 Manutenção do Ambiente
RQ
06 Gestão de Resíduos Químicos
RQ
07 Equipamentos de Emergência
RQ
08 Equipamentos de Proteção Coletiva
RQ Equipamentos de Proteção Individual
09

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL


RISCOS QUÍMICOS
ICA-RQ2 = SOMA [(RQ 01 a RQ 09 / 9] x 10

RB - RISCOS BIOLÓGICOS NOTA1 RGI3

RB 01 Fontes Potenciais (Mofo, Ácaros, Fungos, etc.)

RB 02 Patógenos (Bactérias, Vírus, etc.)

RB 03 Manipulação de Materiais Biológicos

RB 04 Higienização do Ambiente

RB 05 Manutenção do Ambiente

RB 06 Gestão de Resíduos Biológicos


RB 07 Equipamentos de Proteção Coletiva

RB 08 Equipamentos de Proteção Individual

111
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
RISCOS BIOLÓGICOS
ICA-RB2 = SOMA [(RB 01 a RB 08) / 8] x 10

112
NOTA1
RE - RISCOS ERGONÔMICOS E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

RE 01 Ventilação

RE 02 Iluminação

RE 03 Conforto Térmico

RE 04 Conforto Acústico

RE 05 Organização do Trabalho

RE 06 Ginástica Laboral

RE 07 Manipulação de Peso

RE 08 Mesa

RE 09 Cadeira

RE 10 Computador
RE 11 Posto de Trabalho

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL


RISCOS ERGONÔMICOS
ICA-RE2 = SOMA [(RE 1 a RE 11) / 11] x 10

RM - RISCOS MECÂNICOS NOTA1 RGI3

RM 01 Choque Elétrico em Máquinas e Equipamentos

RM 02 Choque Elétrico em Instalações

RM 03 Choque Mecânico

RM 04 Queda em mesmo nível

RM 05 Queda em níveis diferentes

RM 06 Acidente de Trânsito
RM 07 Materiais Pérfuro-Cortantes

RM 08 Superfícies / Materiais em Temperaturas Extremas

RM 09 Máquinas

RM 10 Ferramentas

RM 11 Animais Peçonhentos

RM 12 Rota de Fuga

RM 13 Incêndio

RM 14 Explosão

RM 15 Equipamento de Proteção Individual

113
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
RISCOS MECÂNICOS
ICA-RM2 = SOMA [(RM 1 a RM 15) / 15] x 10

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL MICRO AMBIENTE ICA-MI = SOMA


(ICARF+ICARQ+ICARB+ICARE+ICARM) / 5

NOTA1
RELAÇÃO DO TRABALHADOR COM O AMBIENTE
QUESTÕES ABERTAS

QA 01 CONTROLE DE ACESSO

Obs:

QA 02 PROGRAMA DE MANUTENÇÃO

Obs:

QA 03 TREINAMENTO DE SEGURANÇA
Obs:

QA 04 PLANO DE ABANDONO

Obs:

QA 05 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Obs:

QA 06 ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA A ACIDENTADOS


Obs:

ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL


RELAÇÃO TRABALHADOR
ICA-RT = SOMA [(QA 01 a QA 06) / 6] x 10

114
1. NOTA – A nota deve ser um valor numérico entre 0,0 e 10,0 (vide manual) 188
2. ICA – Média aritmética apenas dos itens com notas atribuídas pelo avaliador
3. RGI – Ocorrência de Risco Grave e Iminente

ACESSIBILIDADE

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO

AC 01 ESTACIONAMENTO

Vagas Vagas para idosos


Vagas para portadores de necessidades especiais
Espaço adicional de circulação
Sinalização Símbolo Internacional de Acessibilidade
Placa Vertical
Sinalização de piso
Localização Próximo à edificação interligada à entrada acessível
Próximo da faixa de pedestre, calçadas e rampas
Em local que evite circulação entre veículos
AC 02 CALÇADAS
Piso Regular, firme e estável
Antiderrapante sem trepidação
Sem buracos ou ressalto
Rebaixamento Próximo às travessias de pedestres
Largura igual à da faixa de pedestre
Estar alinhado com outras calçadas do lado oposto
Circulação Largura mínima de circulação de 1,50 m
Sem grelhas e juntas de dilatação
Tampas de caixa de inspeção e visita niveladas com o piso
AC 03 RECEPÇÃO
Balcão Altura máxima da superfície de 0,90 m do piso
Altura livre inferior de no mínimo de 0,73 m
Catracas e cancelas acessíveis
Sinalização Placas de sinalização
Tátil direcional no piso
Atendimento preferencial
Recepcionistas Conhecimento em Libras
Atendimento de pessoas surdo-cegas, portadores de deficiência mental e múltipla
Conhecimento em procedimentos com cão-guia

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


AC 04 ELEVADORES
Localização Em rota acessível
Sem obstáculos
Área de aproximação livre
Sinalização Tátil de alerta e direcional no piso
Instrução de uso fixado próximo à botoeira e em Braille
Indicação dos pavimentos atendidos
Porta Largura mínima de 0,80 m
Altura mínima de 2,10 m
Dispositivo de segurança para interrupção de fechamento automático
Interior Dimensões adequadas
Dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos pavimentos e
equipamentos Revestido de material resistente
AC 05 RAMPAS / CORREDORES / ESCADAS

115
Piso Regular, firme, estável
Sem ressaltos ou buracos
Antiderrapante sem trepidação
Características Interligadas à circulação principal e de emergência
Boa iluminação
Área de descanso
Sinalização Placas de sinalização
Tátil de alerta em degraus e rampas
Tátil direcional em corredores
Corrimão Feito de material rígido
Estar firmemente fixado e um pouco afastado da parede Extremidade curva

AC 06 TELEFONES
Acesso Amplificador de sinal sonoro
Telefone com texto
Teclado em Braille
Dimensões Área de aproximação livre frontal e lateral
Parte operacional superior de 1,20 m
Altura livre inferior do piso de 0,73 m
Acessórios Comprimento do fio de 0,75 m
Anteparos superiores de proteção de material impermeável
Anteparos superiores com altura livre mínima de 2,10 m

116
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
AC 07 BEBEDOUROS
Sinalização Placa de Sinalização
Símbolo Internacional de Acesso
Condições gerais Localizado em rota acessível
Instalação de 50% acessíveis por pavimento ou mínimo de um por pavimento Bica
localizada no lado frontal do bebedouro
Área de Largura de aproximação frontal para cadeirantes
aproximação Altura de no mínimo 0,73 m do piso
Recuo de 0,50 m sob o bebedouro
AC 08 DO TRABALHO
Pessoal Quantidade de funcionários portadores de necessidades especiais
Treinados para execução da tarefa
Tarefas compatíveis com capacidade física e mental
Execução Alcance manual adequado
Alcance visual adequado
Instruções em braile
Layout Faixa livre de circulação de no mínimo 0,90 m
Área de manobras
Estações localizadas juntos as rotas acessíveis
Mobiliários Cadeira com dispositivos de regulagens e confortáveis
Mesa adequada às necessidades especiais do funcionário
Armários, prateleiras e gavetas acessíveis
AC 09 BANHEIROS
Condições gerais Paredes e pisos revestidos de materiais laváveis e impermeáveis Boa iluminação
Boa ventilação

Sinalização Símbolo internacional de sanitários acessíveis


Sinalização na porta
Sinalização Braille
Barra de apoio Material resistente à corrosão e com aderência
Firmemente fixa e resistente a esforço
Altura de 0,75 m do piso acabado

117
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
AC 10 APARELHOS SANITÁRIOS
Chuveiro Dotado de barra de apoio vertical
Banco articulado ou removível, com cantos arredondados e superfície antiderrapante
e impermeável Dispositivo de emergência em caso de queda
Bacia sanitária Dotado de barra de apoio
Dispositivo de emergência em caso de queda
Altura máxima de 0,45 m do piso
Lavatórios Dotado de barra de apoio
Altura máxima de 0,80 cm
Torneiras de fácil alcance
Mictório Área de aproximação frontal livre
Altura máxima de 0,65m da borda frontal ao piso
Acionamento da descarga através de leve pressão ou automático
AC 11 VESTIÁRIO
Condições gerais Área de manobra e circulação adequadas
Boa ventilação
Boa iluminação
Piso impermeável, lavável, sem buracos e ressaltos
Bancos Providos de encosto
Altura máxima de 0,46 m
Largura mínima de 0,45 m
Armários Boas condições de uso
Altura de utilização entre 0,40m e 1,20 m do piso
Puxadores e fechaduras entre 0,80 m e 1,20 m

EDIFICAÇÃO

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


ED 01 ESCADAS / RAMPAS / CORREDORES

Piso Regular, firme e estável


Sem ressaltos ou buracos
Antiderrapante
Condições gerais Boa Iluminação
Sem barreiras
Altura livre de 2,10
Degraus e Faixa antiderrapante
desníveis Faixas reflexivas
Largura adequada
Corrimão Feito de material rígido
Estar firmemente fixado
Bom estado de conservação
ED 02 ELEVADORES
Sinalização Capacidade máxima
Identificação de andares
Painel de controle
Interior Sistema de condicionamento de ar
Boa iluminação
Piso nivelado com os andares
Dispositivos Sensores na porta
Interfone
Alarmes
ED 03 SUBESTAÇÕES E GERADORES
Manutenção Trabalhador qualificado em instalação elétrica
Treinamento em segurança
Ferramentas adequadas

118
Proteção Coletiva Aterramento elétrico
Desenergização elétrica
Isolação das partes vivas
Proteção Individual Luvas de isolamento elétrico
Botina sem partes metálicas
Não uso de adornos pessoais
Sinalização Identificação de circuitos elétricos
Travamentos e bloqueios de dispositivos
Restrições e impedimentos de acessos

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


ED 04 QUADRO ELÉTRICO
Localização Sem barreiras e bloqueios
Afastado de materiais inflamáveis
Acesso restrito
Condições gerais Portas em bom estado e com dispositivo de fechamento
Partes vivas isoladas
Feito de material não inflamável
Sinalização Identificação
Advertência de risco
Área de cobertura dos disjuntores
ED 05 SERVIÇO DE LIMPEZA E JARDINAGEM
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Prevenção de acidentes
Procedimentos em caso de emergência
Ferramentas Adequadas para execução das tarefas
Em bom estado de conservação
Partes vivas isoladas
Produtos Químicos Armazenados em local próprio
Local adequado para diluição
Restrição de pessoal para diluição
Proteção Individual Fornecimento de uniforme
Botas e luvas impermeáveis para limpeza
Luvas, botas e óculos para jardinagem
ED 06 VIGILÂNCIA
Posto Externo Proteção contra intempéries
Conforto térmico
Assento disponível para descanso
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Prevenção de acidentes
Procedimentos em caso de emergência

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


ED 07 SESMT
Organização Registro na DRT
Dimensionamento compatível com risco e número de empregados do estabelecimento
Inspeções periódicas
Profissionais Engenheiro(a) de Segurança
Técnico(a) de Segurança
Médico(a) do Trabalho
Enfermeiro(a)
Técnico(a) em Enfermagem do Trabalho

119
Programas Programas de Prevenção de Riscos
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
Laudos de Insalubridade/Periculosidade
Treinamentos Execução de treinamentos admissionais e periódicos
Instruções de Segurança para execução das tarefas Treinamento da CIPA

ED 08 CIPA
Organização Registrada na Delegacia Regional do Trabalho
Quantidade de membros compatível com quadro de funcionários
Treinamento de carga horária de 20 horas
Reuniões Ordinárias mensais
Durante expediente normal de trabalho
Registradas em atas atualizadas e assinadas
Mapa de Riscos Identificação dos riscos existentes no local de trabalho
Identificação de quantidade de pessoas expostas ao risco
Fixado em local de fácil acesso e visualização

120
MEIO AMBIENTE DO TRABALHO

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


MAT 01 SISTEMA CENTRAL DE AR CONDICIONADO

Local da Central Limpo


Boa iluminação
Usado apenas para o fim que se destina (não utilizado como depósito)
Saídas Distribuídas uniformemente pelo ambiente Limpas

MAT 02 QUALIDADE DA ÁGUA


Captação Empresa especializada em tratamento de água
Poço com monitoramento da qualidade da água
Reservatório Superfícies lisas, impermeáveis e resistentes
Em boas condições de higiene e limpeza
Cobertura adequada
MAT 03 BEBEDOUROS
Condições gerais No mínimo, um por pavimento
Em boas condições de higiene e limpeza Dotados de filtro

MAT 04 SANITÁRIOS
Condições gerais Separados por sexo
Ventilação para o exterior do prédio
Iluminação adequada
Divisórias com portas nos boxes sanitários
Lixeiras Dotada de tampa
Acionamento por pedal
Revestida de saco plástico
Aparelhos 1 para cada grupo de 20 trabalhadores
sanitários Revestido de material liso e impermeável
Boas condições de uso
MAT 5 ESGOTOS SANITÁRIOS
Tratamento Realizado no local, com monitoramento da qualidade do efluente Tratamento
municipal existente
Destino Final Monitoramento da qualidade ambiental do local

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


MAT 06 REFEITÓRIOS
Local Ventilação e Iluminação adequadas
Capacidade mínima para abrigar 1/3 do turno
Mobiliário Mesa com tampo liso e bordas arredondadas
Área de circulação entre os bancos
Bancos limpos e em bom estado de uso
Localização Não se comunicar diretamente com local de trabalho
Não se comunicar diretamente com sanitários
Não se comunicar com áreas insalubres e perigosas
Condições Fornecimento de copo
Sanitárias Fornecimento de água potável
Lavatórios (individuais ou coletivos)
Estufa, fogão ou similar para aquecer as refeições
MAT 07 VESTIÁRIOS
Condições gerais Separados por sexo
Ventilação adequada
Iluminação adequada
Interior Utilizado apenas para o fim que se destina (não utilizado como depósito)
Espaço de 1,50 m² por funcionário
Barreira/parede entre a porta e a área da troca de roupa

121
Armários Individuais com possibilidade de trancamento
Bom estado de conservação e higiene
Tamanho adequado para guarda de pertences e EPI
MAT 08 RESÍDUOS SÓLIDOS
Coleta Separação de resíduos pelo tipo
Feita por funcionários especializados
Contêineres Localizados em áreas específicas e adequadas
Sinalizados
Controle de Acesso
Bom estado de conservação e higiene
Transporte Veículo adequado
Horário de recolhimento padronizado e adequado
Tratamento Proibida a queima indiscriminada
Realizado no local, com monitoramento periódico
Tratamento municipal existente
Destino Final Descarte local, com monitoramento e controle
Descarte no sistema municipal com monitoramento

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


SPI 01 BRIGADA DE INCÊNDIO

Brigadistas Quantidade adequada para atendimento do órgão


Cobertura de todos os turnos
Treinamentos em evacuação, socorro e combate Simulações periódicas

Local Espaço adequado


Área para guarda de equipamentos e ferramentas
Meios de comunicação estabelecidos
Equipamentos de Quantidade suficiente
Combate Adequados ao combate
Bom estado de conservação
SPI 02 COMBUSTÍVEIS INFLAMÁVEIS
Sinalização Placas de identificação Controle de Acesso

Local Acesso fácil e seguro do combate e socorro


Iluminação adequada
Ventilação adequada
Iluminação de emergência
SPI 03 SISTEMA DE ALARME/ CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
Alarme Número suficiente de pontos em cada pavimento
Perceptíveis em todos os locais de trabalho
Sirenes com som distinto dos demais dispositivos acústicos do local
Botões de Dispostos em locais visíveis Sinalizados
Acionamento
Chuveiros Registro Geral aberto
automáticos Localização que possibilite a descarga de água
Sistema de acionamento hidráulico com manutenção adequada
SPI 04 HIDRANTES DE RUA
Localização Próximo à edificação
Local de fácil acesso ao carro do corpo de bombeiros

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


SPI 05 HIDRANTES INTERNOS

122
Localização Fácil visualização
Fácil acesso
Quantidade suficiente para combate integral (1 a cada 30 m) Desbloqueados e
desobstruídos
Mangueira Em bom estado de conservação
Enrolada de forma adequada
Desengatada da saída de água
Condições gerais Porta em boas condições
Bicos em bom estado
Higienização adequada (caixa não utilizada como depósito)
Água Sob pressão constante
Reserva de Incêndio no reservatório
SPI 06 SISTEMA DE EXTINTORES DE INCÊNDIO
Localização Fácil visualização
Fácil acesso
Desobstruídos
Não estar localizado nas paredes das escadas
Local com menor probabilidade de ser bloqueado pelo fogo
Sinalização Identificação pelo tipo
Círculo vermelho ou seta larga com bordas arredondadas
Área de 1 x 1 m pintado de vermelho abaixo do extintor
Condições Compatíveis com a classe de fogo do ambiente
Validade em dia
Lacre não violado
Quantidade de carga na faixa aceitável
Bicos e válvulas de alívio em boas condições
Mínimo de dois extintores por pavimento (1 a cada 50 m)
SPI 07 SISTEMAS DE EMERGÊNCIA
Saídas Próximas aos locais de trabalho
Largura mínima de 1,20 m
Destrancadas, desbloqueadas, desobstruídas e visíveis
Porta Corta-fogo Abertura no sentido do fluxo da fuga
Fechamento automático
Dispositivo de abertura pelos dois lados
Sinalização Placas de identificação das saídas e dos andares Sinalização luminosa

Escadas Iluminação de emergência


Faixa antiderrapante
corrimão

123
RISCO FISICO
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RF 01 RUIDO CONTINUO
Controle de Exposição Controle de Acesso ao ambiente com ruído intenso
Tom de voz normal para conversa (baixa intensidade)
Tom de voz alterado para conversa (média à alta)
Avaliações periódicas de exposição ao ruído
Avaliações periódicas da saúde (audiometrias)
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição ao
ruído insalubre no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da fonte Manutenção inadequada (peças soltas, gastas e/ou sem lubrificação)
geradora Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva

Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Enclausuramento da fonte, Barreiras de som com materiais
Proteção Coletiva absorventes, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo
funcionário quando em atividade
Equipamento de Equipamento (protetor auricular) dimensionado por técnico qualificado, com
Proteção Individual Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e
Substituição dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 02 RUÍDO DE IMPACTO
Controle de Controle de Acesso ao ambiente com ruído de impacto intenso
Exposição Avaliações periódicas de exposição ao ruído
Avaliações periódicas da saúde (audiometrias)
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição ao
ruído de impacto insalubre ou perigoso no ambiente
Periodicidade simples (manuseio de materiais, marteladas, disparo de armas,
etc.)
Repetitivo (prensas automáticas, guilhotinas, ferramentas pneumáticas, rajadas
consecutivas, etc.)
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da Manutenção inadequada (peças soltas, gastas e/ou sem lubrificação)
fonte geradora Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva

Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Enclausuramento da fonte, Barreiras de som com materiais
Proteção Coletiva absorventes, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
Equipamento de Equipamento (protetor auricular) dimensionado por técnico qualificado, com
Proteção Individual Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição
dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 03 TEMPERATURA EXTREMA – CALOR

124
Controle de Controle de Acesso aos locais aquecidos, limitado e restrito ao pessoal autorizado
Exposição e qualificado Avaliações periódicas de exposição ao calor
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição ao
calor insalubre no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
fonte geradora
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Sistema de Resfriamento e/ou Ventilação do ambiente, Sistema de
Proteção Coletiva Pausas no Trabalho, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
Equipamento de Equipamento especificado (roupa protetora ou outro) por técnico qualificado, com
Proteção Individual Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição
dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 04 TEMPERATURA EXTREMA – FRIO
Controle de Controle de Acesso aos locais resfriados, limitado e restrito ao pessoal autorizado
Exposição e qualificado Avaliações periódicas de exposição ao frio
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição ao
frio insalubre no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
fonte geradora
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Sistema de Aquecimento do ambiente, Sistema de Pausas no
Proteção Coletiva Trabalho, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
Equipamento de Equipamento especificado (roupa protetora ou outro) por técnico qualificado, com
Proteção Individual Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição
dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

125
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RF 05 UMIDADE
Controle de Controle de Acesso aos locais encharcados ou alagados, limitado e restrito ao
Exposição pessoal autorizado e qualificado
Contato direto e permanente com água
Umidade do ar excessiva
Avaliações periódicas de exposição à umidade
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição à
umidade insalubre no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
fonte geradora
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Sistema de “ressecamento” do ar ambiente, Sistema de Pausas
Proteção Coletiva no Trabalho, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo
funcionário quando em atividade
Equipamento de Equipamento especificado por técnico qualificado
Proteção Individual Equipamento com Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e
Substituição dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 06 VIBRAÇÃO
Controle de Controle de Acesso aos ambientes, máquinas ou equipamentos que gerem
Exposição vibrações excessivas, limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado
Contato parcial (membros superiores: ferramentas manuais, moto serras,
derrubada de árvores, fundição, fabricação de móveis, reparo de autos, etc.)
Contato integral (corpo inteiro: plataformas industriais, veículos pesados,
tratores, etc.) Avaliações periódicas de exposição à vibração
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição à
vibração insalubre no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
fonte geradora
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Sistema de de amortecimento das vibrações, Sistema de Pausas
Proteção Coletiva no Trabalho, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
Equipamento de Equipamento especificado por técnico qualificado
Proteção Individual Equipamento com Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição
dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 07 PRESSÃO ANORMAL

126
Controle de Controle de Acesso aos ambientes com pressões anormais, limitado e restrito ao
Exposição pessoal autorizado (18 a 45 anos)
Medidas de controle na câmara de trabalho
Avaliação e controle de agentes químicos e condições de exposição ao calor no
local
Avaliações periódicas de exposição a pressão anormal
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a
pressões insalubres ou perigosas no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção do Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
ambiente
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Cabine de comando, Câmara hiperbárica, Máscaras de nitrogênio,
Proteção Coletiva e Sistema de
de Emergência Pausas no Trabalho, etc.) dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
Equipamento de Equipamento especificado por técnico qualificado
Proteção Individual Equipamento com Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição
dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 08 RADIAÇÃO IONIZANTE
Controle de Exposição Controle de Acesso aos ambientes com radiações ionizantes, limitado e restrito ao
pessoal autorizado
Avaliações periódicas de exposição a radiação
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a
radiações ionizantes insalubres ou perigosas no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Manutenção da fonte Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
geradora
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento (Biombo, Cabine de comando, Sinalização na porta, etc.)
Proteção Coletiva dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
Equipamento de Proteção Equipamento (avental, luvas e óculos plumbíferos, etc) especificado por técnico
Individual qualificado Equipamento com Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição
dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RF 09 RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE
Controle de Exposição Controle de Acesso aos ambientes com radiações não-ionizantes, limitado e
restrito ao pessoal autorizado
Avaliações periódicas de exposição a radiação
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição
a radiações não ionizantes insalubres ou perigosas no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações

127
Manutenção da fonte Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva
geradora
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Proteção Equipamento (Biombo, Cabine de comando, Sinalização na porta, etc.)
Coletiva dimensionado por técnico habilitado
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo
funcionário quando em atividade
Equipamento de Proteção Equipamento (avental, luvas e óculos plumbíferos, etc) especificado por
Individual técnico qualificado Equipamento com Certificado de Aprovação
Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e
Substituição dos EPI
Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

128
RISCO QUÍMICO
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RQ 01 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUIMICOS
Controle de Controle de Acesso aos ambientes de armazenamento de produtos químicos,
Exposição limitado e restrito ao pessoal autorizado
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a
agentes químicos
Recipientes Adequados e Identificados (rotulados)
Prateleiras Estáveis e Resistentes, em bom estado de conservação
Critério de separação dos produtos
Sinalização de Segurança (advertência e emergência)
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
RQ 02 MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS
Controle de Controle de acesso às áreas de manipulação de produtos químicos, limitado e
Exposição restrito ao pessoal autorizado e qualificado
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar os riscos de
contaminação Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e
instalações
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
RQ 03 VENTILAÇÃO
Eficiência do sistema Ambiente confortável para execução das tarefas
Entradas e Saídas externas em ambientes controlados
Monitoramento da de Monitoramento periódico do ar interno e externo Resultado divulgado
Qualida do ar
Manutenção e Empresa especializada
Limpeza do Sistema Realizada periodicamente

129
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RQ 04 HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE
Bancadas Higienização constante
Livres de produtos estranhos ao trabalho
Organização Materiais separados e identificados (etiquetados)
Limpeza Parede, piso e equipamentos higienizados
Objetos pérfuro-cortantes descartados após uso
RQ 05 MANUTENÇÃO DO AMBIENTE
Máquinas e Controle e manutenção de equipamentos danificados Empresa contratada –
Equipamentos pessoal qualificado
Iluminação Suficiente para execução das tarefas
Confortável durante toda a jornada de trabalho
RQ 06 GESTÃO DE RESÍDUOS QUIMICOS
Armazenamento Em local adequado Controle de Acesso

Coleta e Transporte Plano de gerenciamento de resíduos químicos


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Tratamento e Inertização dos materiais contaminados
Descarte Descarte local, com monitoramento e controle
Descarte no sistema municipal com monitoramento
RQ 07 EQUIPAMENTOS DE EMERGÊNCIA
Lava Olhos Equipamento com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
especificações de projeto
Manutenção e treinamento periódicos
Chuveiro de Equipamento com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
Emergência especificações de projeto
Manutenção e treinamento periódicos
RQ 08 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
Capela EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
Acionado pelo funcionário quando em atividade
Ventilação Local a EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
(Exaustor ou especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
Diluidora) Acionado pelo funcionário quando em atividade
Outros EPC EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
Acionado pelo funcionário quando em atividade

PARÂMETRO CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RQ 09 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Adequado Proteção Visual e Facial
Ao risco Riscos: Projeção de partículas, respingos, gases, vapores, poeiras e radiações Protetores:
Óculos, anteparos, protetores faciais, etc.
Proteção Respiratória
Riscos: Deficiência de oxigênio no ambiente, contaminantes nocivos (gases, vapores,
poeiras e fumos) Protetores: Máscaras, respiradores etc.
Proteção para Membros Superiores e Inferiores
Riscos: cortes, perfurações, abrasão, substâncias nocivas, agentes térmicos (calor ou frio),
choques elétricos, impacto de objetos, compressões e umidade
Protetores Superiores: Luvas, protetores de palma da mão e punho, mangas, mangotes,
dedeiras, etc. Protetores Inferiores: Sapatos, botinas, botas, chancas, etc.
Proteção para Cabeça
Riscos: Impacto, penetrações, choques elétricos, queimaduras e arrancamento do cabelo
Protetores: Capacetes, bonés, gorros, redes, etc.
Proteção Auditiva Riscos: Ruído
Protetores: Protetores auditivos de inserção, tipo “concha” ou “plug”, Protetores ativos,
etc.

130
Proteção para o Tronco
Riscos: cortes, projeção de partículas, golpes, abrasão, calor, respingos, substâncias
nocivas e umidade Protetores: Aventais, jaquetas, capas, etc.
Roupas Especiais
Riscos: Temperaturas extremas, radiações, visualização noturna
Protetores: Vestimentas de amianto, aventais de chumbo, coletes, capas, bonés
fluorescentes etc.
Cinturões de Segurança
Riscos: Quedas
Protetores: cinturão de corda, cinturão com talabarte, trava-quedas etc.
Treinamen-to Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição dos EPI
Instruções de Segurança para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Gestão dos Certificado de aprovação
EPI Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

RISCO BIOLÓGICO
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RB 01 FONTES POTENCIAIS (Mofo, ácaros, fungos)
Controle de as) Paredes, Pisos e forros sem infiltração ou mofo Higienização periódica
Exposição (áre
Controle de Móveis, cortinas e tapetes sem mofo
Exposição Higienização periódica
(mobiliário) Sem poeira acumulada ou suspensa
RB 02 PÁTÓGENOS (Bactérias, Vírus, etc.)
Controle de as) Controle de acesso às áreas de pacientes com doenças infecto-contagiosas,
Exposição (áre limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado
Avaliações periódicas de concentração de patógenos
Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a
patógenos no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Controle de Controle de acesso aos materiais contaminados
Exposição Procedimentos em caso de emergência
(materiais Procedimentos e instalações específicos para descarte adequado
contaminados)

Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
RB 03 MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS BIOLÓGICOS
Controle de Controle de acesso às áreas de manipulação de materiais biológicos, limitado e
Exposição a materiais restrito ao pessoal autorizado e qualificado
biológicos Avaliações periódicas da saúde
Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar os riscos da
contaminação Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e
instalações
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
RB 04 HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE
Bancadas Higienização constante
Livres de produtos estranhos ao trabalho
Organização Materiais separados e identificados (etiquetados)
Limpeza Parede, piso e equipamentos higienizados
Objetos pérfuro-cortantes utilizados e descartados.

131
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RB 05 MANUTENÇÃO DO AMBIENTE
Máquinas e Controle e manutenção de equipamentos danificados Empresa contratada –
equipamentos pessoal qualificado
Iluminação Suficiente para execução das tarefas
Confortável durante toda a jornada de trabalho
Ventilação Ambiente confortável para execução das tarefas
Entradas e Saídas externas em ambientes controlados
Monitoramento periódico do ar interno e externo, com o resultado divulgado
Manutenção periódica realizada por empresa especializada
RB 06 GESTÃO DE RESIDUOS BIOLÓGICOS
Armazenamento Em local adequado
Controle de Acesso
Tempo de armazenamento não permite a decomposição
Coleta e Transporte Plano de gerenciamento de resíduos biológicos
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Tratamento e Descarte Inertização dos materiais contaminados
Descarte local, com monitoramento e controle
Descarte no sistema municipal com monitoramento
RB 07 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
Capela EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
Acionado pelo funcionário quando em atividade
Ventilação Local EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
(Exaustora Diluidora) ou especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
Acionado pelo funcionário quando em atividade
Sistema de diferença EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
de pressão (negativa / a) especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
positiv Acionado pelo funcionário quando em atividade
Outros EPC EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as
especificações de projeto Manutenção e treinamento periódicos
Acionado pelo funcionário quando em atividade

PARÂMETRO CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RB 08 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Adequado Proteção Visual e Facial
Ao risco Riscos: Projeção de partículas, respingos, gases, vapores, poeiras e radiações Protetores:
Óculos, anteparos, protetores faciais, etc.
Proteção Respiratória
Riscos: Deficiência de oxigênio no ambiente, contaminantes nocivos (gases, vapores,
poeiras e fumos) Protetores: Máscaras, respiradores etc.
Proteção para Membros Superiores e Inferiores
Riscos: cortes, perfurações, abrasão, substâncias nocivas, agentes térmicos (calor ou frio),
choques elétricos, impacto de objetos, compressões e umidade
Protetores Superiores: Luvas, protetores de palma da mão e punho, mangas, mangotes,
dedeiras, etc. Protetores Inferiores: Sapatos, botinas, botas, chancas, etc.
Proteção para Cabeça
Riscos: Impacto, penetrações, choques elétricos, queimaduras e arrancamento do cabelo
Protetores: Capacetes, bonés, gorros, redes, etc.
Proteção Auditiva Riscos: Ruído
Protetores: Protetores auditivos de inserção, tipo “concha” ou “plug”, Protetores ativos,
etc.
Proteção para o Tronco
Riscos: cortes, projeção de partículas, golpes, abrasão, calor, respingos, substâncias
nocivas e umidade Protetores: Aventais, jaquetas, capas, etc.
Roupas Especiais
Riscos: Temperaturas extremas, radiações, visualização noturna

132
Protetores: Vestimentas de amianto, aventais de chumbo, coletes, capas, bonés
fluorescentes etc.

Cinturões de Segurança
Riscos: Quedas
Protetores: cinturão de corda, cinturão com talabarte, trava-quedas etc.
Treinamen-to Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição dos EPI
Instruções de Segurança para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Gestão dos Certificado de aprovação
EPI Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

RISCO ERGONÔMICO
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RE 01 VENTILAÇÃO
Conforto Sistema de condicionamento de ar ou sistema de ventiladores adequado para
execução das tarefas
Confortável durante toda a jornada de trabalho, com os servidores não recebendo
fluxo direto de ar
Manutenção e limpeza dos componentes do sistema
RE 02 ILUMINAÇÃO
Conforto Luminosidade (função da quantidade e disposição das luminárias) adequada para
execução das tarefas
Confortável durante toda a jornada de trabalho, sem mudanças bruscas de
luminosidade no ambiente Manutenção e limpeza das luminárias e lâmpadas
RE 03 CONFORTO TÉRMICO
Conforto Adequado para execução das tarefas
Confortável durante toda a jornada de trabalho
RE 04 CONFORTO ACÚSTICO
Conforto Adequado para execução das tarefas
Confortável durante toda a jornada de trabalho
RE 05 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Normas e Ordens de serviço para execução das tarefas Periodicidade dos treinamentos
procedimentos
Jornada de trabalho Divisão de tarefas “eqüitativa”
Trabalho em turnos (diurno e noturno)
Excesso de Horas – extras
Rotina no trabalho Ritmo de trabalho não-excessivo com pausas no trabalho
Reconhecimento e valorização dos trabalhos de extrema responsabilidade, cujos
erros geram graves conseqüências
Planos de escalonamento de férias e licenças que não sobrecarreguem os demais
colegas
Avaliação pessoal de Entrevista com alguns servidores solicitando que eles avaliem (0 a 10) a
servidor organização de seu trabalho

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RE 06 GINÁSTICA LABORAL
Profissional Qualificado Empresa especializada ou profissional qualificado
Espaço Adequado Espaço suficiente para a ginástica (área e volume) Iluminação e ventilação
adequadas para a ginástica
Participação Instrumentos que fomentam a participação total
RE 07 MANIPULAÇÃO DE PESO
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos em carga, descarga e transporte
Equipamento Equipamentos para movimentação horizontal e vertical, incluindo a carga e a
descarga
Carga Eventual Carga Contínua
Esforço físico 50 kg 30 kg – Homens
30 kg 15 kg – Mulheres
RE 08 MESA

133
Cantos vivos Observação da adequação e conforto do parâmetro
Superfície lisa Observação da adequação e conforto do parâmetro
Não Reflexiva Observação da adequação e conforto do parâmetro
Cor clara Observação da adequação e conforto do parâmetro
RE 09 CADEIRA
Bordas arredondadas Observação da adequação e conforto do parâmetro
Regulagem de altura Treinamento para utilizar o recurso
Pés apoiados no piso
Perna e coxa em ângulo de 90 graus
Regulagem de encosto Treinamento para utilizar o recurso Apoio da região lombar das costas

Tecido Permeável Em toda a superfície de contato do assento e do encosto

134
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RE 10 COMPUTADOR
Suporte de teclado com Treinamento para utilizar o recurso
altura regulável Braço e antebraço em ângulo de 90 graus
Ombros relaxados
Monitor com altura Treinamento para utilizar o recurso
regulável Dentro do campo direto de visão (pescoço relaxado)
Espaço para mouse Movimento fácil
Próximo ao teclado
Disposição de De modo a minimizar a reflexão de luz na tela
computadores
RE 11 POSTO DE TRABALHO
Postura Posto sentado com conforto na posição da coluna e com espaço suficiente para
as pernas Posto em pé com conforto na posição da coluna e assento para realizar
pausas
Movimentos corporais Alcance dos movimentos do corpo (membros superiores e inferiores) adequado
Alcance visual adequado
Visualização Campo de visão adequado (linha dos olhos para baixo)

RISCO MECÂNICO
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RM 01 CHOQUE ELETRICO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Controle de Controle de Acesso às máquinas e equipamentos que gerem riscos de choque elétrico,
Exposição limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado
Procedimentos e instalações específicos para evitar o choque elétrico em máquinas e
equipamentos
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e do funcionamento das máquinas
e equipamentos
Uso adequado do EPI (botas e luvas isolantes, etc.)
Manutenção Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva

Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento e/ou dispositivo (aterramento elétrico; desenergização elétrica; isolamento
Proteção das partes vivas; e dispositivos de segurança) instalado na máquina / equipamento, de
Coletiva acordo com as especificações do fabricante da máquina / equipamento
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
RM 02 CHOQUE ELÉTRICO EM INSTALAÇÕES
Controle de Controle de Acesso aos ambientes e instalações que gerem riscos de choque elétrico,
Exposição limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado
Procedimentos e instalações específicos para evitar o choque elétrico em instalações
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e do funcionamento das
instalações Uso adequado do EPI (botas e luvas isolantes, etc.)
Manutenção Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva

Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento e/ou dispositivo (aterramento elétrico; desenergização elétrica; isolamento
Proteção das partes vivas; dispositivos de segurança e barreiras físicas) inseridos nas instalações,
Coletiva de acordo com as especificações de projeto
Funcionamento adequado e Manutenção periódica

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RM 03 CHOQUE MECÂNICO

135
Controle de Exposição Procedimentos e instalações específicos para evitar a queda de objetos,
principalmente, no manuseio de máquinas e de ferramentas
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos
Uso adequado do EPI (botas, luvas, capacetes, etc.)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento inserido nas instalações e/ou equipamentos, de acordo com as
Proteção Coletiva especificações de projeto ou do fabricante
Funcionamento adequado, Manutenção periódica e Acionamento pelo funcionário
quando em atividade
RM 04 QUEDA – MESMO NÍVEL
Controle de Exposição Procedimentos e instalações específicos para evitar a queda de pessoas em mesmo
nível, principalmente, em piso molhado, escorregadio, com ressaltos ou buracos
ou com trepidação Manutenção adequada dos pisos
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Uso adequado do EPI (botas, botinas, etc.)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RM 05 QUEDA – NÍVEIS DIFERENTES
Controle de Exposição Procedimentos e instalações específicos para evitar a queda de pessoas em níveis
diferentes
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Uso adequado do EPI (botas, cinto pára-quedas, etc.)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento inserido nas instalações, de acordo com as especificações de projeto
Proteção Coletiva Instalação de guarda-corpos que: (i) tenham altura de 0,90m (noventa
centímetros), no
mínimo, a contar do nível do pavimento; (ii) se vazado, os vãos do guarda-corpo
devem ter, pelo menos, uma das dimensões igual ou inferior a 0,12m (doze
centímetros); (iii) ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal
de 80kgf/m2 (oitenta quilogramas força por metro quadrado) aplicado no seu
ponto mais desfavorável
Instalação de corrimão: (i) feito de material rígido; (ii) esteja firmemente fixado;
e (iii)
esteja em bom estado de conservação
Funcionamento adequado e Manutenção periódica

136
PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO
RM 06 ACIDENTE DE TRÂNSITO
Controle de Procedimentos e instalações (sonorizadores, quebra-molas, etc.) específicos para
Exposição evitar acidentes
de trânsito na garagem e em serviços externos (transporte de pessoas e de cargas)
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Uso adequado do EPI (botas, cinto de segurança, etc.)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamentos (sinalização da garagem, com organização do fluxo e com faixa de
Proteção Coletiva pedestres)
inseridos nas instalações, de acordo com as especificações de projeto
Funcionamento adequado e Manutenção periódica
RM 07 MATERIAIS PÉRFURO-CORTANTES
Controle de Controle de Acesso aos materiais pérfuro-cortantes, limitado e restrito ao pessoal
Exposição autorizado e qualificado
Procedimentos e instalações específicos (guarda, uso e descarte – com embalagem
segura e recipiente específico) para evitar cortes e perfurações
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Uso adequado do EPI (botas, luvas, aventais, etc.)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
RM 08 SUPERFICIES/MATERIAIS EM TEMPERATURAS EXTREMAS
Controle de Controle de Acesso aos ambientes com superfícies e materiais em alta temperatura,
Exposição limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado
Procedimentos e instalações específicos para evitar acidentes (queimaduras) com
altas temperaturas
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Uso adequado do EPI (botas, luvas, roupas protetoras, etc.)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamentos (sinalização, barreiras, etc.) inseridos nas instalações, de acordo
Proteção coletiva com as especificações de projeto
Funcionamento adequado e Manutenção periódica

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RM 09 MÁQUINAS
Controle de Exposição Controle de Acesso às máquinas e equipamentos que gerem riscos, limitado e
restrito ao pessoal autorizado
Procedimentos e instalações específicos para evitar acidentes em máquinas e
equipamentos Instrução de uso fixado próximo à máquina
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e do funcionamento das
máquinas e equipamentos
Uso adequado do EPI (botas, luvas, etc.)
Manutenção Manutenção corretiva (planejada ou não planejada) Manutenção Preventiva

Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas


Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
Equipamento de Equipamento e/ou dispositivo (sinalização de advertência, aterramento elétrico;
Proteção isolamento das partes vivas; dispositivos de segurança, etc.) instalado na máquina
Coletiva / equipamento, de acordo com as especificações do fabricante da máquina /
equipamento
Funcionamento adequado, manutenção periódica e acionamento pelo funcionário
quando em atividade
RM 10 FERRAMENTAS

137
Controle de Exposição Controle de Acesso às ferramentas que gerem riscos, limitado e restrito ao pessoal
autorizado
Procedimentos específicos para evitar acidentes com ferramentas
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos
Ferramentas adequadas para execução das tarefas, em bom estado de
conservação e com partes vivas isoladas
Uso adequado do EPI (botas, luvas, capacete etc.)
Manutenção Manutenção corretiva (planejada ou não planejada)
Manutenção Preventiva
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência
RM 11 ANIMAIS PEÇONHENTOS
Controle de Exposição Combate e controle periódicos de insetos, baratas e roedores
Combate à proliferação
Limpeza e organização de forma a evitar o depósito ou acúmulo de resíduos
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Procedimentos em caso de emergência

PARÂMETROS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RM 12 ROTA DE FUGA
Sinalização Placas de identificação de saídas, portas, escadas e andares Sinalização luminosa

Manutenção da rota de Iluminação de Emergência na rota de fuga


fuga Saídas próximas, visíveis, destrancadas e desobstruídas
Porta Corta-fogo com abertura no sentido do fluxo
Faixa antiderrapante e corrimão nas escadas de emergência
Treinamento Treinamentos em evacuação e socorro Simulações periódicas

RM 13 INCÊNDIO
Controle de risco Procedimentos e instalações específicos para evitar o início de fogo no ambiente
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Sinalização (Advertência de risco e de Emergência) e desobstrução de extintores,
hidrantes e saídas de emergência
Equipamentos adequados ao combate em quantidade suficiente e em bom estado
de conservação
Treinamento Treinamentos em evacuação, socorro e combate Simulações periódicas

RM 14 EXPLOSÃO
Controle de risco Procedimentos e instalações específicos para evitar explosões: (i) no local de
armazenamento de materiais explosivos (distância segura, parede e piso de fácil
lavagem, fiação elétrica anti-explosão e ventilação), (ii) no local de manipulação e
uso destes materiais
Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos e instalações
Sinalização (Advertência de risco e de Emergência)
Treinamento Ordem de serviço para execução das tarefas com explosivos
Treinamentos em evacuação e socorro
Procedimentos em caso de emergência
Simulações periódicas

PARÂMETRO CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO


RM 15 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Adequado Proteção Visual e Facial
Ao risco Riscos: Projeção de partículas, respingos, gases, vapores, poeiras e radiações Protetores:
Óculos, anteparos, protetores faciais, etc.
Proteção Respiratória
Riscos: Deficiência de oxigênio no ambiente, contaminantes nocivos (gases, vapores,
poeiras e fumos) Protetores: Máscaras, respiradores etc.

138
Proteção para Membros Superiores e Inferiores
Riscos: cortes, perfurações, abrasão, substâncias nocivas, agentes térmicos (calor ou frio),
choques elétricos, impacto de objetos, compressões e umidade
Protetores Superiores: Luvas, protetores de palma da mão e punho, mangas, mangotes,
dedeiras, etc. Protetores Inferiores: Sapatos, botinas, botas, chancas, etc.
Proteção para Cabeça
Riscos: Impacto, penetrações, choques elétricos, queimaduras e arrancamento do cabelo
Protetores: Capacetes, bonés, gorros, redes, etc.
Proteção Auditiva Riscos: Ruído
Protetores: Protetores auditivos de inserção, tipo “concha” ou “plug”, Protetores ativos, etc.

Proteção para o Tronco


Riscos: cortes, projeção de partículas, golpes, abrasão, calor, respingos, substâncias
nocivas e umidade Protetores: Aventais, jaquetas, capas, etc.
Roupas Especiais
Riscos: Temperaturas extremas, radiações, visualização noturna
Protetores: Vestimentas de amianto, aventais de chumbo, coletes, capas, bonés
fluorescentes etc.
Cinturões de Segurança
Riscos: Quedas
Protetores: cinturão de corda, cinturão com talabarte, trava-quedas etc.
Treinamen-to Procedimentos específicos para Higienização, Guarda, Manutenção e Substituição dos EPI
Instruções de Segurança para execução das tarefas
Periodicidade dos treinamentos
Gestão dos Certificado de aprovação
EPI Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho
Controle de qualidade e validade dos EPI

139
Para (não) Finalizar
Estes documentos são a expressão concreta da ação do engenheiro de segurança do trabalho, é a parte
mais visível de seu trabalho frente a empresa ou ao seu empregador, e é por meio destes que o engenheiro
de segurança planeja as suas atividades e ações, e avalia a sua efi ciência como profi ssional. Mas como
mostrado aqui, estes documentos tem a casca como receita de bolo, mas o seu conteúdo necessita cada
vez mais experiência e estudos e vivencia na pratica da segurança, pois o incremento do conhecimento e
da experiência de vida refl etem nos documentos produzidos e na efi cácia dele como política de segurança
do trabalho.
A partir daqui os senhores, já como futuros engenheiros de segurança do trabalho, partem com suas pernas
possuindo os subsídios iniciais para a pratica da segurança do trabalho, a manutenção e a pratica do estudo
constante, é regra do profi ssional e segurança que quer estar sempre correspondendo com as demandas
das atividades econômicas.
Boa Sorte.

140
referências
Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 09 – Brasília – 2012
Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 15 – Brasília – 2012
Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 18 – Brasília - 2012
Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 17 – Brasília - 2012
Universidade Cândido Mendes – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho – anotações de aula – Rio
de Janeiro – 2006
Novartis – Mapa de Risco – São Paulo - 2011 www.areaseg.com/
www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco
www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm www.cipa.unidavi.edu.br/
Brasil, Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, Sistema Integrado de Saúde Ocupacional do
Trabalhador Público Civil Federal – SISOSP – Brasília – 2006
Brasil, Universidade de Brasília, Observatório de Saúde Ambiental – Brasília – 2009.

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