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A TEOLOGIA DA IGREJA
2 Timóteo 4.1-5

A igreja evangélica tem experimentado um extraordinário crescimento numérico nestes


últimos anos, especialmente aqui, no Brasil. Querendo ou não, há nesse grande
número, um misto de gente e de crenças que nem sempre se enquadram num padrão
evangélico.

Esse rápido crescimento é motivo de alegria, mesmo que alguns o critiquem e o


condenem, como se o mal fosse o crescimento em si. Digo que esse crescimento é
motivo de alegria, porque vejo nele a conquista de uma etapa que é a da quantidade;
contudo, para que essa quantidade seja bênção, temos que dar a ela uma boa
qualidade.

E esse é o nosso grande desafio hoje. Somos o terceiro país em população evangélica
no mundo, o que nos mostra que, numericamente, vamos bem, mas a mentalidade
desta grande massa não é boa; o perfil teológico dessa gente toda não é sadio.

Ao mesmo tempo em que comemoramos o crescimento numérico, podemos lamentar


o decréscimo da qualidade doutrinária. A Igreja está composta de um grande número
de pessoas que mais querem se servir de Deus do que servir a Deus.

Queremos, neste estudo, fazer uma séria reflexão sobre qual é o perfil teológico da
Igreja hoje. Não é difícil traçar um perfil da Igreja; mesmo diante de tantas caras que
ela possui, há um perfil predominante, ou pelo menos que aparece mais, e esse é o
que mais assusta.

Está na literatura, na TV, na música e, principalmente, nos púlpitos e na prática diária


da Igreja. A teologia da Igreja é marcada por diversas teologias que têm formado a
mentalidade predominante.

O apóstolo Paulo está, nesta Carta a Timóteo, orientando o jovem pastor quanto à
realidade de um tempo que sobreviria, em que se intensificariam as dificuldades, e
estas estariam ligadas ao comportamento dos homens, como vemos no capítulo 3.

Nesse texto, o apóstolo Paulo afirma que haveria tempo em que o comportamento
humano seria de intolerância para com a sã doutrina, busca de mestres segundo os
interesses particulares e não divinos, e recusa da verdade a ponto de se sentir
comichão nos ouvidos.

O nosso tempo é assim, e a Igreja inserida nesse contexto tem se deixado influenciar
negativamente e, por isso, sua teologia não está sadia como o necessário, e segue
recheada de diversas teologias.

1 - AS "TEOLOGIAS" DA TEOLOGIA DA IGREJA HOJE


Após essa palavra de Paulo, podemos destacar, a título de ilustração, algumas
teologias que campeiam o arraial evangélico no presente momento:

A "Teologia do Abracadabra" - Há, hoje, uma forte tendência de se entender o poder


de Deus, como sendo algo semelhante às artes mágicas humanas. Em consequência
disso, muitos passam a imaginar receberem as bênçãos de Deus como num passe de
mágica.

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Esta crença se caracteriza por se imaginar palavras-chaves ou objetos encantados


que liberam o poder de Deus automaticamente. Não são poucos aqueles que têm
pensado como Simão de Samaria que, por dinheiro, queria comprar o poder de impor
as mãos sobre os outros, para receberem o Espírito Santo.

Deus é visto por muitos, como sendo um gênio da lâmpada, e a vida cristã é
reivindicar ao gênio o cumprimento dos nossos desejos. E tudo acontece num passe
de mágica - falta a varinha mágica, mas em compensação, tem trombeta, milho
ungido, vassoura sagrada que varre demônios, rosa ungida, água milagrosa, sabonete
descarrego etc.

A "Teologia de Alice no País das Maravilhas" - Outra forte marca da teologia da


Igreja hoje, é a chamada Teologia da Prosperidade, que afirma que, quem tem fé, é
rico e sadio. Eles afirmam que, num determinado período da História da Igreja,
erroneamente, pobreza era virtude cristã; hoje, a coisa inverteu e a virtude é a riqueza,
a prosperidade.

Jesus morreu na cruz para sermos economicamente estáveis. Existe até a "corrente
da vida regalada", onde se pede a Deus riquezas, como as de Salomão. Assim, o
paraíso é, na terra, uma vida sem problemas, sem enfermidades, com carro 0 Km na
garagem... que maravilha!

A "Teologia do Super-homem" - Outra tendência, é de se tomar certos nomes, como


se fossem gurus da fé; são vistos como semideuses. A prova disso, é que nem os
títulos são suficientes para designá-los.

Pastor ou reverendo não servem mais; agora são apóstolos, e daí é um passo para se
pleitear o de Messias. Estamos numa era de supervalorização do homem, do
antropocentrismo, e não falta, ao nosso redor, os animadores de auditórios, os
leiloeiros de bênçãos, que acabam virando, ao invés de mártires da fé, ídolos.

A "Teologia da Onda" - Esta é outra tendência forte em nossos dias: a dos modismos
evangélicos. De repente, surge algo novo, e passa a ser a sensação do momento.
Acontece num lugar, e vira regra para atestar a presença de Deus.

Já temos este pensamento convencionado, e já se fala até em primeira, segunda e


terceira onda do "espírito". E de onda em onda, nosso povo segue em busca de
novidades, nem sempre preocupado com o que é bíblico, mas sim com o que é novo,
como a teologia do dente de ouro, do sopro, do tombo, dos urros do "espírito" etc.

A "Teologia do Aqui e Agora" - Se por algum tempo, no passado, a Igreja esteve


projetando suas esperanças para o futuro, tornando-se extremamente escatológica
nas suas respostas à calamidade humana, agora tem se tornado imediatista e
pragmática, como é o mundo ao seu redor.

A fórmula para atrair os pecadores, é dizer não o que Deus fará ou nos dará em uma
vida porvir, e sim, dizer o que pode ser feito hoje, aqui e agora. Se, no passado, a
Igreja tirou o pé da terra, agora tem tirado a cabeça do céu e, em nome desse
imediatismo, tem levado as pessoas a estarem mais interessadas em servir-se de
Deus, do que servir a Deus.

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2 - PREJUÍZOS DE UMA TEOLOGIA ENFERMA


Em decorrência dessa enferma e instável teologia, pode-se perceber, no cotidiano do
povo evangélico, alguns prejuízos:

Imaturidade Espiritual - A Igreja vive, como diz o autor da Epístola aos Hebreus,
dependente do leite espiritual e não suportando o alimento sólido (Hb 5.12). Se a
teologia é rasa, a Igreja é imatura. Por esta razão, a compreensão das Escrituras é
limitada, ora ficando aquém das mesmas, ora indo além.

Superficialidade Doutrinária - Em Atos 2.42, é dito sobre a Igreja primitiva, que ela
perseverava na doutrina dos apóstolos; a conheciam, por isso perseveravam nela.
Hoje, o conhecimento das doutrinas é superficial: há gente, por exemplo, que se
assusta quando se fala em ressurreição corporal, encarnação do Verbo,
predestinação, soberania de Deus, e outros temas que poucos conhecem.

Exageros quanto à Fé - Há muita gente com fé nos agentes de Deus, e não no Deus
que age. Outros têm fé na fé dos líderes da comunidade. Outros têm fé na oração, na
forma da oração, no óleo da unção, e não no Deus vivo e verdadeiro. Uma teologia
enferma, gera uma fé enferma.

Apostasia - O maior dos perigos, é o da Igreja deixar de ser evangélica, de se


enveredar por caminhos escusos, e se afastar da verdade. Um exemplo bem claro
disso, é o que aconteceu com a Igreja Cristã, quando esta abandonou as Escrituras.

Distorções do Avivamento - Não podemos negar que Deus tem atuado em muito do
que tem acontecido no Brasil, pois há barreiras que ruíram pela intervenção de Deus.
Contudo, temos que tomar extremos cuidados, pois podemos transformar um
avivamento em mero pentecostismo.

Aversão ao Evangelho - Um outro prejuízo notório que uma teologia enferma produz,
é um sentimento de repulsa e aversão por parte dos não-crentes ao Evangelho.
Contrariando o texto de Atos 2.47, a Igreja atual tem começado a despertar a antipatia
da sociedade, e o não reconhecimento da sua voz profética.

3 - RESPOSTA BÍBLICA A UMA TEOLOGIA ENFERMA


Paulo recomenda a Timóteo que, nesses tempos favoráveis à proliferação de uma
teologia enferma, que este pregasse a Palavra com instância, mesmo que isso fosse
inoportuno.

Estando a nossa enferma teologia como está, o único remédio é pregar só a Escritura
e toda a Escritura. Só assim resgataremos a sã doutrina, ou a sã teologia. Há três
etapas desta pregação:

Correção - Voltar-se para a Bíblia, detectar o erro, e substituí-lo pelo que é correto;
colocar a doutrina dos apóstolos no seu devido lugar; rejeitar fábulas, e tudo o que não
tem fundamentação nas Escrituras (I Tm 4.6,7).

Repreensão - Trabalhar a consciência, pois uma teologia errada, leva a uma vida
prática errada. Com os conceitos errados na mente, não poderemos ser "perfeitos e
perfeitamente habilitados para toda boa obra" (II Tm 5.17).

Exortação - Apontar para a verdade. A pregação da Palavra cura o coração, encoraja,


e gera as motivações certas para se buscar e permanecer na verdade.

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Paulo fala de exortar com perseverança e ensino da verdade, para que, nesse tempo
difícil, mesmo com toda oposição, permaneçamos na sã teologia.

Estamos em um tempo de muita inquietação e misticismo; há aversão a verdades


dogmatizadas e absolutas como as que nos são reveladas pela Palavra, e nos cabe,
como Igreja cristã, sermos plenamente evangélicos, e não abrirmos mão de uma
teologia bíblica, sadia, comprometida com Deus e não com os homens, com a
eternidade e não com o nosso século. Assim sendo, não seremos contados entre
aqueles que náo suportaram a sã doutrina (Ef 4.14,15).

DISCUSSÃO
1 - Como a sua Igreja tem reagido diante dos modismos teológicos?
2 - Em sua visão, qual será a teologia da Igreja no 3o milênio?

AUTOR: REV. AMAURI COSTA DE OLIVEIRA

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